Mauro Lacerda Veterano |
# fev/10
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Eu já tive alguns synths bem legais. O Yamaha SY35 foi o meu primeiro synth. Depois fui para a série QS da Alesis, onde realmente aprendi sobre programação de synths, toda a sequência de geração do som, sobre os osciladores, envelopes, filtros, keyboard follower... Peguei então um Casio CZ5000 que tenho até hoje, já programei sons fantásticos com ele, esse eu não vendo (já vendi e depois comprei de volta hehehe).
Mas foi com VSTs que aperfeiçoei o aprendizado em programação de synths. Hoje em dia consigo programar qualquer synth e chegar ao som que quero, menos com a síntese FM da Yamaha (DX5, DX7, DX11...), nunca entendi direito.
A síntese FM é diferente da Distorção de Fase (série CZ da Casio). Enquanto na FM há o trabalho com os algoritmos, no qual um modula o outro, todos esses algoritmos são formados por ondas senóides. No CZ5000 tem 5 formas de ondas, sendo que nenhuma é uma senóide, embora possa se tirar os harmónicos até que se chegue em uma senoide. Além das 5 formas de ondas tem mais 3 que são ondas ressonantes, que servem para simular a função dos filtros: o ponto de corte e a frequência.
Além disso, a sonoridade do CZ5000 se aproxima muito mais dos synths Prophet do que dos DX.
Tive também um Roland D-50, monstro. Puta synth que acabei vendendo por motivos financeiros. Usado em várias bandas, basta procurar para ver como ele é querido por programadores de synths.
Além dos synths, gosto muito dos pianos elétricos. Esses dias para trás testei um Suette, fantástico. Não é como um Rhodes, é parecido mas tem características diferentes. Teclas muito diferentes das teclas convencionais, pegada totalmente diferente.
Nunca me entendi com os Clavinets, tem uma pegada e uma sonoridade que não consigo absorver, não se encaixa no som que faço, embora seja um instrumento de primeira linha, especialmente o Clavinet D6, o mais conhecido.
Rhodes são fantásticos, tanto o MKI quanto o MKII. Os mais atuais também são excelentes, claro, mas meus ouvidos se acostumaram com a sonoridade dos velhos "bolachões" aonde o MKI e o MKII estão quase sempre presentes. O MKI tem um som levemente mais abafado que o MKII, onde as Malets são mais perceptíveis, tem um som levemente mais límpido. E claro, os Suitcases com seus falantes são lindos.
Hoje também uso muito Wurlitzer nas minhas músicas, como sou eu que componho eu posso escolher quais instrumentos uso hehehe
O Wurlitzer 200A é o mais famoso, mas o som que uso hoje em dia é do Wurlitzer 200. Basta escutar Supertramp e mais um monte de banda boas que ele também sempre está por lá.
O Rhodes eu uso mais para Jazz (pelo fato da maior extensão na região grave em relação ao Wurlitzer) e músicas que tenham bastante partes harmônicas, fica lindo. Tem algumas gravações do Cesar Camargo Mariano com Rhodes, mas não lembro aonde vi, lembro que era junto com a Elis...
O Wurlitzer é melhor quando se quer uma pegada mais agressiva, e as notas com um ataque mais nítido. O ataque é rápido e eu diria até "desesperado" hehehe Fantástico, sendo que as notas mais agudas somem bem mais rápido que em um Rhodes, o que também dá uma característica toda especial.
Nunca gostei de melotron e nunca vou gostar. Acho horrível o som, e fora Stairway to heaven acho que não salva nada. Só usaram Melotron porque era o único sampler da época, tem quem goste mas não me agrada.
O setup de Ray (Doors) era muito interessante, acho acho os sons dos Farfisa e similares muito legais, tem um som agudo e quente, é algo bem gritado, tem presença. Fora o Bass Rhodes que é fantástico.
Hammond é "O" orgão, por ser mais flexível que os Farfisa e similares, e com uma Leslie 122 forma um conjunto que não tem pra ninguém.
Gostaria de ter grana para ter os instrumentos que gosto, mas não tenho. Então uso VSTis, porque tem o som mais fiel que qualquer teclado atual. Vou deixar a lista dos VSTis que uso, caso alguém se interesse. Testei praticamente todos que existem (os de mais qualidade, claro) e cheguei, após alguns bons anos, em uma lista enxuta mas perfeita na minha opinião:
Para Synths uso o SampleMoog, samples de 16 diferentes tipos de Moogs, som muito melhor que qualquer Arturia ou equivalente por se tratar de samples e conter as características que somente os filtros analógicos podem gerar.
Para piano acústico uso o Yamaha C7 da Sampletekk, um monstro de tamanho mas para mim dá a impressão de se estar na frente de um piano acústico de verdade, algo que nem com o Ivory eu consegui, mas obviamente é questão de gosto.
Para Rhodes uso o Scarbee Vintage Keyboard Colection, fabuloso, samples perfeitos e tocabilidade perfeita. Uso apenas samples, porque tem o som muito mais real do que simuladores.
Para Wurlitzer uso o Puremagnetick, samples do Wurlitzer 200. Uqe já tocou em um vai se sentir em casa, está tudo lá sem tirar nem por. Tocabilidade fora de série.
Para CP80 eu uso o Prominy CP80, gigante mas perfeito também.
Hammond eu uso o Charlie Retro Organ, que por se tratar se samples não dá para mudar Drawbars ou Leslie por exemplo, mas tem um som que os outros VSTs não tem. Se quero bricar com as Drawbars e fazer mudanças em tempo real, uso o EVB3, que tem o som mais quente e real do que o B4II da Native Instruments.
É isso, uso tudo num note com HD de 500 Gb, Core 2 Duo 2.53 Ghz e 8 Gigas de RAM, junto com uma Fast Track Pro. Como controlador uso meu GEM PRP700, puta piano digital com teclas perfeitas, bem melhor que UF8, SP88X, Alesis QS8, etc... Diria que esta muito próximo do CP33.
Uso tudo com o Reaper como DAW, plugins eu uso Speakerphone, todos da Waves, alguns da Abey Roads, alguns da Softube, e o Revalver. Para masterizar eu uso o T-Racks.
Caraca, acho que eu estava sem nada pra fazer mesmo hehehehehe
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tiago scott Veterano |
# fev/10 · Editado por: tiago scott
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Mauro Lacerda
Nunca me entendi com os Clavinets, tem uma pegada e uma sonoridade que não consigo absorver, não se encaixa no som que faço, embora seja um instrumento de primeira linha, especialmente o Clavinet D6, o mais conhecido. rsrsrsrs.
Achei engraçado o post sobre não se entender com os Clavs. Particularmente eu tinha uma dificuldade também para encaixar ele em músicas das bandas e cantores que acompanho, mas uma solução para mim foram 3 CDS do Wonder (Monster nos Clavs) e o mestre ED Motta que desde seu CD Manual Prático implantou o Honner D6 muito bem, as músicas que foram boas guias: Daqui Pro Méier e Mágica de um Charlatão.
O Wurlitzer 200A é o mais famoso, mas o som que uso hoje em dia é do Wurlitzer 200. Basta escutar Supertramp e mais um monte de banda boas que ele também sempre está por lá.
Adoro usar o Wurlitzer para levadas de Disco, quase sempre gosto dele com modulação e uma pitada de chorus, fica muito bacana e para músicas Gospel tipo Folk e afins é perfeito.
Rhodes são fantásticos, tanto o MKI quanto o MKII. Os mais atuais também são excelentes, claro, mas meus ouvidos se acostumaram com a sonoridade dos velhos "bolachões" aonde o MKI e o MKII estão quase sempre presentes. O MKI tem um som levemente mais abafado que o MKII, onde as Malets são mais perceptíveis, tem um som levemente mais límpido. E claro, os Suitcases com seus falantes são lindos.
O melhor timbre já feito no mundo, encaixa em qualquer música fora erudito (Mas lá saber). Sempre fui aficcionado por este timbre, talvez por ter crescido ouvindo Sade, Marvin Gaye e afins. Depois pude ver ele ser eternidade por minhas principais referências Hancock, Jarret, Corea, Maccoy e aqui nos lados tupiniquins o mestre César e muito bem eternizado nas músicas do ED, que sabe como ninguém utilizar esse timbre com muita propriedade em suas músicas vide Dez Mais Amor e quase 90% de suas músicas.
Hammond é "O" orgão, por ser mais flexível que os Farfisa e similares, e com uma Leslie 122 forma um conjunto que não tem pra ninguém.
Esse é para finalizar o quarteto mais conhecido e desejado no mundo, Hammond é super Clássic e cria vida e sentimento em qualquer música, basta ele entrar em cena que a música ganha o dobro em peso.
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