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erico.ascencao Veterano |
# fev/16
E aí pessoal, beleza?
Há pouco mais de um ano venho usando uma Roland GR-55 para tocar com banda, ligando-a sempre em linha em caixas de PA.
Logo que peguei a pedaleira eu providenciei três timbres padrão de guitarra: * Clean: simulação de Fender Twin Reverb bem limpa; * Overdrive: simulação de Marshall 1959, com um ganho moderado para um som bem tradicional dos anos 70; * Distortion: simulação de Soldano SLO100, com ganho um pouco mais alto e com um timbre entre os médios exagerados dos Marshall e o "scoop" dos Mesa Boogie Dual Rectifier.
Insatisfeito com os timbres que eu vinha tirando, dediquei alguns dias para repensá-los. Fiz as seguintes alterações: * Clean: pasei a aumentar um pouco o ganho da simulação do Fender Twin Reverb para dar uma "crocância" a mais no clean, coisa que é legal para um contexto de se tocar ao vivo com banda; * Distortion: passei a usar a simulação do EVH 5150, pois achava que a do Soldano SLO100 tendia a embolar um pouco com o baixo.
Estou bastante satisfeito com o clean e o overdrive. O clean geralmente é fácil de se timbrar em pedaleiras. O drive Marshall eu não achei tão difícil de timbrar pois ele tem uma "rispidez" que é natural nas distorções digitais. Agora o problema está sendo chegar num bom som de distorção, então gostaria de pedir uma ajuda para vocês.
Minha grande referência de distorção é o meu Blackstar HT Club 40. É uma distorção com boa dose de ganho, "macia", definida e com uma característica tonal intermediária entre o Marshall e o Mesa Boogie. Meu principal problema está em conseguir esta "maciez" sem abafar o timbre, pois não consegui nem com a simulação de Soldano nem de EVH. Vocês acham que equalização é o caminho? Que faixa de frequências podem estar sobrando e/ou faltando? E a compressão, pode ajudar de alguma forma?
Eis uma referência de timbre com as simulações de Les Paul e Soldano SLO100 da Roland GR-55:
E agora a Gibson Les Paul e o Blackstar HT Club 40:
Obs.: o objetivo aqui não é discutir sobre equipamento em si, e sim discutir conceitualmente sobre como chegar em bons resultados.
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SkyHawk Membro |
# fev/16
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Marcando
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Ramsay Veterano |
# fev/16 · Editado por: Ramsay
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erico.ascencao Timbre high-gain de qualidade numa GR-55 é difícil, mas, talvez até seja possível. Melhor seria ter comprado uma GT-100 e aí sim, timbre high-gain de altíssima qualidade. Estou pensando em vender todos os meus pedais de boutique, pq o som deles, por mais que eu tente, não chega nem perto do som high-gain que obtenho com a GT-100.
No caso, como o foco é uma GR-55, acho que não posso te ajudar.
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erico.ascencao Veterano |
# fev/16
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Ramsay: Timbre high-gain de qualidade numa GR-55 é difícil, mas, talvez até seja possível.
Esqueci de lembrar que a Roland GR-55 tem os mesmos algoritmos de simulações e efeitos para guitarra que os da GT-10. Você já chegou a mexer com a GT-10? Vi alguns vídeos do Alex Machado e ele comenta que ela tinha um problema de "fizz" nas distorções. Ele deu umas dicas de equalização mas, pelo menos pra mim, elas não resolvem o problema - tanto pelos resultados que eu ouvi no vídeo quanto pelos resultados que eu tive tentando implementá-las.
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Soultunes Membro |
# fev/16 · Editado por: Soultunes
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Ramsay nem perto do som high-gain que obtenho com a GT-100.
Onde consigo ouvir algum sample teu, com timbre hi-gain na GT100?
Tens algum canal no youtube ?
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thmenezes_RJ Veterano |
# fev/16
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erico.ascencao O que disse o Ramsay tem fundamento. Não tive a GT-10, contudo, os comentários em geral são de que as mudanças dos algoritimos na GT-100 resultaram em significativas (positivas) mudanças nos overdrives / distorções.
Uma vez que você usa GR-55, e consequentemente já tem os GK-3 instalados nas guitarras, eu recomendaria o teste da GP-10. Pois, embora não seja tão completa quanto a GR-55 (é mais voltada para sons de guitarra, não tem piano por exemplo), ela já possui os algoritmos da GT-100.
Cuidado com os reviews em vídeo... o do Vernon Reid, por exemplo, é de chorar. Mas é possível tirar belos timbres, só tem que saber mexer na pedaleira. Com muito mais facilidade e qualidade, na minha opinião, do que uma POD HD500, que tive também.
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SkyHawk Membro |
# fev/16
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Ramsay Mais um que pensa como eu.
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Ismah Veterano |
# fev/16
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Ramsay SkyHawk
Isso é fácil... Nos pedais, tu não tem 5% do processamento (acredite, é muito hoje em dia) que teria numa faixa de CD, ou no timbre de um grande artista ao vivo. Mas se consegue ter nas pedaleiras.
Existe um nicho de som, timbres, mixagem, arranjo etc que chamo de "som de garagem", que é um som sem muito processamento. Aqui nas bandas gaúchas como Tequila Baby, Acústicos&Valvulados, Alemão Ronaldo, é comum, Internacionalmente Stones, ACDC, e Winery Dogs.
erico.ascencao
É bem complicado, mas acho que poderá chegar perto com equalização, ou até pós-equalização. Tudo dependerá de como o timbre se encaixa no todo da banda.
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SkyHawk Membro |
# fev/16 · Editado por: SkyHawk
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Ismah Gostei, tem como explicar um pouco melhor isso ?
Eu timbro muito melhor com processadores e simuladores do que com pedais e amps, inclusive usando processadores e simuladores na frente de amps.
Só gosto de pedal para timbre muito crú, ou seja tubescreamer ou fuzz empurando valvulado.
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erico.ascencao Veterano |
# fev/16
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thmenezes_RJ: O que disse o Ramsay tem fundamento. Não tive a GT-10, contudo, os comentários em geral são de que as mudanças dos algoritimos na GT-100 resultaram em significativas (positivas) mudanças nos overdrives / distorções.
Vi este vídeo aqui e entendi um pouco disso. Basicamente, a GT-100 já vem com sons mais "prontos" do que a GT-10.
Mas é possível tirar belos timbres, só tem que saber mexer na pedaleira. Com muito mais facilidade e qualidade, na minha opinião, do que uma POD HD500, que tive também.
É mesmo? Achou mais fácil mexer na GT-10/GT-100 do que na HD500? Eu tive uma POD X3 Live anos atrás e gostava bastante das simulações dela.
SkyHawk: Eu timbro muito melhor com processadores e simuladores do que com pedais e amps, inclusive usando processadores e simuladores na frente de amps.
Só gosto de pedal para timbre muito crú, ou seja tubescreamer ou fuzz empurando valvulado.
Engraçado, comigo é o contrário. Tenho muito mais facilidade pra tirar som de guitarras com valvulados e pedais analógicos. Neste esquema é tudo mais pronto, não preciso ficar girando muitos botões.
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Ismah Veterano |
# fev/16
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SkyHawk
Só escutar algum som dessas bandas. Elas são aquilo sempre, ao vivo, no estúdio, na TV etc... O Winery Dogs é um exemplo de banda gringa que é assim. Basicamente, instrumentos no amplificador e taca-lhe pau.
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SkyHawk Membro |
# fev/16 · Editado por: SkyHawk
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erico.ascencao Isso mesmo, mais crú, mete um TS na frente de um Marshall e uma 4 x 12 tmb Marshall e sai o que se espera, pronto sem mistério.
Uma gig que fiz no final do ano passado foi assim, confraternização de fim de ano dos parceiros, levei a Tele 52 butterscoth custom shop (meu pau pra toda obra), tinha um VOX AC30 e um TS, foi plug and play, timbraço.
Mas quando estou sozinho estudando ou no ensaio da banda, aí a coisa muda... Com simuladores ou pedaleira na frente de um bom amp faço miséria que não chego nem perto mesmo com pedais de boutique.
Meu set favorito é um iPad com Bias FX, Bias Amp e Bias Pedal na frente de um Mesa Boogie Roadster de 100 watts combo com 2 x 12 !!! Kkkkkkkkkk, não tem Pod Hd 500x ou GT-100 que chegue perto, pedal então não dá nem pra saída.
Eu que sou um simples guitarrista esforçado, sem talento natural nenhum, tiro um som da porra !!!!
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erico.ascencao Veterano |
# fev/16 · Editado por: erico.ascencao
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Ontem fui fazer meu primeiro show com a minha banda. Passamos uns perrengues com som e eu, particularmente, me vi muito amarrado à pedaleira. Estou revendo uns conceitos aqui e um deles é de que a GR-55 sozinha talvez não seja uma boa alternativa para tocar ao vivo, pelo menos pra mim.
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Iversonfr Veterano |
# fev/16
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erico.ascencao e eu, particularmente, me vi muito amarrado à pedaleira.
O que você quis dizer com isso?
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erico.ascencao Veterano |
# fev/16
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Iversonfr: O que você quis dizer com isso?
Citando um exemplo: percebi no começo do show que os volumes de solo estavam muito mais altos do que os das bases. Pra corrigir isso, teria que passar patch por patch para reconfigurá-los. Num set analógico, um girar de knob resolveria o problema.
De forma mais ampla, uma pedaleira como essa pressupõe você trabalhar mais com patches prontos do que com comandos manuais de ligar/desligar coisas. Isso se deve muito aos sons de teclado, que induzem a necessidade de se criar um patch exclusivo para uma determinada música. Num set de cerca de 40 músicas ontem, umas 15 tinham sons de teclado. Portanto, fica difícil usar a pedaleira com poucos e versáteis patches para os sons de guitarra.
Num set analógico (ou com uma pedaleira com a filosofia de controlar efeitos como pedais separados), você sapateia mais porém tem um maior controle dos timbres caso precise fazer alterações emergenciais.
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Ismah Veterano |
# fev/16
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erico.ascencao
Na real como amigo, menos é mais. Pense nisso.
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erico.ascencao Veterano |
# fev/16 · Editado por: erico.ascencao
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Ismah: Na real como amigo, menos é mais. Pense nisso.
Concordo. Só estou pensando em como colocar isso em prática. Tentei levar menos equipamentos, porém fiquei na mão. Neste caso específico, vou ter que partir para "um pouco mais" para não ficar na mão da próxima vez.
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Delson Veterano |
# fev/16
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erico.ascencao Olha se na GR tem algum parâmetro parecido com o "Direct Mix" presente na GT-10 e GT-100. Certa vez eu vi um video do Alex Machado no qual ele abaixava um pouco esse controle, pra dar uma "crocância" no timbre. Nunca cheguei a usar com banda, mas experimentei em casa e ficou legal.
No mais, na GT-100 eu usava um HiGain vindo de uma simulação de Soldano, com ganho baixo e volume alto, e com um médio e um brilho a mais (eu gosto de um som mais "na cara").
Hoje eu uso uma simulação de HiGain do Bogner Uberschall, na GT-100.
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erico.ascencao Veterano |
# fev/16
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Delson: Olha se na GR tem algum parâmetro parecido com o "Direct Mix" presente na GT-10 e GT-100. Certa vez eu vi um video do Alex Machado no qual ele abaixava um pouco esse controle, pra dar uma "crocância" no timbre. Nunca cheguei a usar com banda, mas experimentei em casa e ficou legal.
Triste... não tenho o "direct mix".
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thmenezes_RJ Veterano |
# fev/16
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erico.ascencao Estava falando da GP-10, que tenho e aparentemente tem os mesmos algoritimos da GT-100. Não sei sobre a GT10 / GT100, pois não tive e não posso comparar diretamente com a HD500.
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Iversonfr Veterano |
# fev/16
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erico.ascencao Pra corrigir isso, teria que passar patch por patch para reconfigurá-los
Nossa, realmente ficou complicado pro seu lado rs. Eu particularmente nunca toquei com pedaleira em show. A minha última pedaleira pra vc ter noção foi uma RP6 e eu comprei nova rs. Eu brinco com a GT10 dum colega mas não consigo mais me ver usando isso.
Muitas vezes é oq vc falou, sapateia mais porém ajusta muito melhor. Esses dias no meio de uma música num bar de rock eu liguei meu bb preamp e ficou muito agudo, bem diferente do que na passagem do som (sei lá se eu chutei sem querer montando as coisas), mas aí dei uma girada com o pé mesmo no knob do Bass e já resolveu. Pra ajudar no o sapateado, comprei um ampli que desliga o loop no footswitch, é só pisar no foot que dá bypass no loop inteiro, ajuda demais. Deixo o foot perto dos pedais de drive, fica tudo pertinho.
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Ismah Veterano |
# fev/16
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thmenezes_RJ
Eu tive diversas, e usando de diversas formas. A Boss sempre me soou artificial, enquanto a POD soa mais solta.
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thmenezes_RJ Veterano |
# mar/16
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Ismah Acho que até a GT-10, isso que você diz era quase um consenso. A partir da GT-100, a coisa mudou, elas ficaram mais equivalentes, eu diria.
Eu tirei bons timbres na POD. Nessa parte não me arrependo de ter tido ela. Não gostei de ter sido "beta user" da empresa, pois somente após a 2a ou 3a atualização de firmware, pelo menos pra mim, foi possível timbres satisfatórios, antes estava impraticável. Mas principalmente, o que me irritou, muito, demais mesmo, foi a quebra do footswitch com 3 meses de uso (no máximo).
O lance é que após ter pego a GP-10, e ter passado aquele trâmite inicial (que no meu caso foi um pouco problemático) de instalar o GK-3 e regular seus parâmetros na pedaleira, eu fiquei simplesmente embasbacado com o timbre high gain que eu tirei da minha american standard, com singles, em linha, tocando drop D (sem desafinar a guitarra), sem regular simplesmente nada. Tudo simulado pelo GK.
Enfim, minha recomendação pela GP-10, vem de que o erico.ascencao já possui o GK-3 instalado nas guitarras e alguma prática com esse tipo de equipamento.
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erico.ascencao Veterano |
# mar/16
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thmenezes_RJ Ismah Iversonfr Delson
Bom, depois de uns testes feitos em casa ontem, optei por trocar a minha Zoom G3x por uma Zoom G5 e passar a usá-la em conjunto com a Roland GR-55 ao vivo. A filosofia agora é cada um no seu quadrado: Roland GR-55 ligada em linha para sons de violão, teclado e guitarras de modelos e afinações alternativas; Zoom G5 ligada no Blackstar para os sons de guitarra (Blackstar fazendo a os high-gain e a Zoom com as simulações de drives mais leves).
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Ismah Veterano |
# mar/16
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erico.ascencao
Dosar o nível de saída pra domar o high gain, e transformar o dragão em lagartixa não é possível?
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erico.ascencao Veterano |
# mar/16
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Ismah: Dosar o nível de saída pra domar o high gain, e transformar o dragão em lagartixa não é possível?
Você quer sugerir pra mim tentar diminuir o ganho deste meu timbre high gain? A minha dificuldade é justamente fazer com que o high gain deixe de ser uma lagartixa. Eu sinto muita falta do "punch" que o Blackstar tem ao se tocar acordes abafados. Com os drives de maior ganho da Roland GR-55 em linha, rolava uma rispidez muito forte no timbre que não resultava neste "punch". Se eu tentasse aumentar o ganho buscando esta característica, aí as abelhas começavam a soar. Por isso, meus sons high gain com a Roland GR-55 não eram tão fortes quanto eu queria.
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Ramsay Veterano |
# mar/16
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Eu tive diversas, e usando de diversas formas. A Boss sempre me soou artificial, enquanto a POD soa mais solta.
Ismah Mentira, vc nunca teve nenhuma pedaleira nenhuma, simplesmente pq vc não é guitarrista e sim carregador de caixas de som e talvez técnico de som. Vc pode até ter testado as duas pedaleiras de outras pessoas, mas, não suas.
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Ismah Veterano |
# mar/16
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Ramsay
O Torao é médico, isso também faz dele alguém que não pode ter tido nada de guitarra?
Só porque meu profissionalmente sou roadie, técnico de som, eu não posso ter nada que não seja um afinador, um RTAA, e uma console??? Achei bem madura sua forma de tratar. Como se carregar caixa fosse vergonhoso.
Por que esconder de alguém, que carreguei muita caixa, muito case, muito main power e gerador pra ter o que tenho. Trabalhei muito de graça, e fui ao trabalho sem receber, só pra poder aprender a operar uma console, porque não tenho os N mil que custa fazer o curso.
Novamente, não entendo qual a razão de não ser possível eu ser roadie, e ter meu equipamento.
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