Divagações sobre suas experiências com pedaleiras, pedais, digitais, analógicos, valvulados

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erico.ascencao
Veterano
# nov/14 · Editado por: erico.ascencao


Bom pessoal, decidi abrir este tópico no formato "meu querido diário" pra falar um pouco sobre as minhas experiências com diferentes tecnologias no mundo guitarrístico, ressaltando suas vantagens e desvantagens. Seria legal que este tópico tivesse a contribuição de cada um e se tornasse um bate-papo saudável - afinal, sou apenas um Zé Qualquer com alguns anos tentando fazer uns barulhos...

Bom, comecei meu set com uma Zoom G9.2tt logo de cara. Para um iniciante parecia até muita coisa, mas meu objetivo era justamente explorar as variedades de simulações e efeitos que uma pedaleira proporciona. Aprendi muita coisa com ela, principalmente a lidar com a programabilidade de uma pedaleira para se tocar ao vivo.

Depois mudei pra uma Line6 POD X3 Live e encontrei nela simulações de amplificador mais orgânicas e efeitos um pouco mais limitados. Nesta época eu já estava numa fase de experimentar sons de diferentes guitarras (Cort X-6, SX SST 57 e SX GG1 STD) e também de violão, tudo plugado na POD.

O próximo passo foi uma migração para um set mais "orgânico", no qual veio o primeiro valvulado (Electrontubes Wizard) e as latinhas de drive (todas da Fuhrmann) para se misturarem aos efeitos da POD. Esse passo representou o meu maior salto de qualidade timbrístico, em grande parte devido ao amplificador valvulado.

Em busca de drives melhores, troquei as latinhas por uns pedais de pré valvulados (56inc Tubestation e M-Roxy JCM Add), que vieram simultaneamente à troca do meu Electrontubes por um Fender Hot Rod Deluxe III. Logo a POD foi também substituída também pelas latinhas de efeitos. E aqui veio um novo salto de qualidade no timbre, em menor escala que o primeiro, e desta vez com a responsabilidade dividida entre o ampli e os pedais de pré.

Após um hiato sem tocar e no qual vendi tudo que tinha, voltei a tocar este ano. Aproveitei a oportunidade pra realizar meus sonhos de consumo e, dentre eles, vieram o Fender Hot Rod Deluxe III (de novo ele, adorei o ampli), o Marshall DSL40C (o gênio indomável) e o Blackstar HT Club 40 (primo maior do HT Studio 20 que tive por alguns meses anteriormente). Os amplificadores e seus respectivos drives passaram a ser a base pros meus timbres - ou seja, me aproximei ao máximo do purismo timbrístico. Algumas latinhas de drive e uma Zoom G3x para flexibilizar o set completaram o time.

Entretanto, após alguns ensaios com a minha nova banda, comecei a sentir a necessidade de um set mais enxuto, prático e versátil. Aí radicalizei e voltei aos primórdios dos digitais e simulações, usando uma Roland GR-55 pra tocar tudo - até teclados.

Depois deste lenga-lenga todo, algumas coisas que aprendi:
- Os valvulados são sim superiores aos transistorizados. Bem superiores. Até tocando com banda num ensaio;
- Os drives de valvulados são o que há de melhor e a sua diferença para os drives de pedaleiras também é grande, porém num contexto de banda esta diferença é bastante amenizada a ponto de não valer tanto a pena devido à falta de praticidade de se carregar um valvulado pra cima e pra baixo;
- Os drives de pedais analógicos (tanto os com válvulas ou sem, não tem tanta diferença entre eles) soam mais "naturais" do que os de pedaleira, mas esta diferença é ainda mais sutil num contexto de banda;
- Porra, então qual é a vantagem da pedaleira? A praticidade. Numa caixa preta só você tem tudo à disposição pra fazer o seu som, basta você perder algumas tardes montando patches básicos com os sons que você tem em mente;
- Além das desvantagens citadas acima, o tempo que você perde pra programar a pedaleira é uma desvantagem adicional. Entretanto, uma vez programada, é só sair tocando por aí;
- Um grande desafio que ainda enfrento é timbrar distorções digitais. Elas ainda me parecem "duras" em termos de granulação. Não sei se fuçar na EQ ajudaria, ou se tenho que aceitar isso. De qualquer forma, um valvulado ou pedais analógicos acabam sendo ferramentas muito fáceis de se tirar o seu som (desde que escolhidas corretamente), enquanto as pedaleiras exigem um grande esforço de programação/configuração;
- Som de violão plugado é uma merda, aceita que dói menos. A menos que você gaste um rim com pré, captação fodástica e etc., contente-se com aquele som de captação piezo do DVD do Luan Santana;
- Por fim, mas não menos importante: ao tocar num ensaio ou numa apresentação, esqueça aquele timbre maravilhoso do seu quarto. Tudo vai pro saco ao vivo. Certifique-se apenas que você está tirando um bom som na situação ao vivo e pau na máquina.

Bom, agora é a vez de vocês divagarem.

Led Zé
Veterano
# nov/14 · Editado por: Led Zé
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erico.ascencao
Bom vamos lá hehehe. Sei que é não era pra contestar suas idéias mas isso é FCC hahahaha
- Os valvulados são sim superiores aos transistorizados. Bem superiores. Até tocando com banda num ensaio;
Sim. Costumam ser mais construidos, geralmente possuem melhores falantes mas isso é generalizar. Existem amps SS mais caros mas entendi o sentido da colocação. Quando a tocar com a banda e ser superior isso depende muita coisa . Geralmente , no Brasil, se tocando nos bares da vida fica tudo a mesma merda. Aliás, fica melhor um set de pedais com di ou pedaleira na mesa do que microfonação escrota . Mas concordo que os melhores são valvulados. Mas falo dos tops e não entry level e medianos. Nesse classe, existem amps digitais novos aí que são ducaralho e põe alguns valvulados no chinelo.

Os drives de valvulados são o que há de melhor e a sua diferença para os drives de pedaleiras também é grande,
Acho que generalizou de novo. O drive do seu Marshall dsl, por exemplo , não é melhor que nenhum pedal ou pedaleira que tive aqui. Sendo sincero, é um dos piores timbres de válvulas que já ouvi . Não trocaria nem por um segundo , nem por uma música sequer , pelo drive de um Yamaha th, que é um head digital. Nem por um simples drive de SD-1. Outros exemplos são os drives de amps Fender. Na minha opinião, quase todos quando passam daquele drive leve, fica fizzy, embolados e horríveis . Ok, não foram feitos pra isso mas serve de exemplo. Colocar um simples circuito SS na jogada, como um pedal de drive, resolve a parada. Mais uma vez desmistifica que válvula vai ser sempe melhor que digital ou SS.



- Porra, então qual é a vantagem da pedaleira? A praticidade. Numa caixa preta só você tem tudo à disposição pra fazer o seu som, basta você perder algumas tardes montando patches básicos com os sons que você tem em mente;
- Além das desvantagens citadas acima, o tempo que você perde pra programar a pedaleira é uma desvantagem adicional. Entretanto, uma vez programada, é só sair tocando por aí;


Acho que aqui tá generalizando de novo kkk. Existem pedaleiras hoje que são "knob based interfaced", ou seja , não tem display e os knobs ficam ali iguais a pedais, algumas até sem presets como aquela da rocktron. Outro exemplo disso é nova ME80 da boss, a Fly Rig da Tech 21, a da Carl Martin, etc...Tem que lembrar que não existe só GTs e PODs.

- Um grande desafio que ainda enfrento é timbrar distorções digitais. Elas ainda me parecem "duras" em termos de granulação.

Aí é uma opinião sua. Respeito sua dificuldade. Eu não acho dificuldade alguma. Não gosto de vsts, apenas.Acho mais difíceis de timbrar. Mas pedais e pedaleiras digitais não vejo problema se forem boas .Na área do low, medium e hard rock , acho que tá dominado. A tecnologia alcançou. Aliás, quase todas simulações de ts8 que usei em bons equipamentos , soaram melhor que meu TS8 original. Mais versáteis .

No fim, pra dar a minha opinião, vou dizer que tudo depende do seu gosto, da sua habilidade de timbrar , da qualidade do equipamento , da aplicação e do GOSTO do freguês. Existe porqueira no mundo das válvulas, dos SS e dos digitais. Já tive/tenho valvulado, SS , pedais digitais , analógicos e valvulados. Em cada categoria tinha uns muitos bons e outros ruins. Hoje em dia , se fosse ter uma banda com roadie , guitar tech, que tivesse na estrada ganhando grana teria um stack valvulado. Agora , tocando igual 90% da galera , na realidade do Brasil, em igreja e bares, é pedaleira mais alguns pedais direto em linha. No máximo um combo 1x12 valvulado mas entry level comprado fora daqui. Nego que carrega mesa boogie de 10.000 reais pra tocar em buraco pra metaleiro com CC é louco kkkkkkkkk. É puro ego. Não precisa e ninguém percebe a diferença e ainda por cima pode ser roubado , queimado, cuspido hehehehe. My 2 cents

erico.ascencao
Veterano
# nov/14
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Led Zé
Sobre os valvulados ao vivo você tem razão, aí vão entrar fatores como microfonação, PA, prés da mesa, etc.

Sobre os drives de valvulados x drives de pedaleira, a minha comparação se baseou na premissa de comparar os mesmos tipos de drive dos dois lados - ou seja, o drive do Blackstar versus as simulações hi-gain (Soldano, Mesa Dual Rectifier...) e do Marshall versus simulações mid-gain (no meu caso, uso a do 1959 na Roland). Confesso que também não estou 100% satisfeito com o drive do Marshall, mas foi o que de melhor consegui nesta praia de um overdrive mais vintage. O grande problema que eu tenho com os drives na pedaleira é justamente a "dureza" que eu comentei. Sinceramente, não faço ideia em como trabalhar pra eliminar isso.

Sobre as pedaleiras "knob based interfaced", realmente são uma mão na roda. A minha Zoom G3x veio por causa disso. O que pega pra mim são as distorções e simulações da pedaleira, que exigem bastante pra se tirar um bom timbre. Como os efeitos de maneira geral não afetam tanto no timbre da guitarra, pra mim tanto faz efeitos digitais ou analógicos, e por isso uso os efeitos digitais sem grandes problemas até no set caseiro.

rcorts
Veterano
# nov/14
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erico.ascencao
Led Zé

Caras, eu talvez seja um dos users aqui do FCC que pouco tem para acrescentar num tópico como esses, visto que tudo que eu tive até hoje foi uma Vamp2, alguns pedais (alguns bons, outros pebas! mas nunca esses pedais top de linha) e um amp Solid State (mas um excelente solid state: um Peavey Studio Chorus 210).

Mas considerando a realidade do "músico comum" do Brasil, o alto custo para se adquirir equipamentos aqui e uma pequena opinião a que me reservo pela (pouca) experiência com equipamentos, tem duas frases de vocês que eu gostaria de comentar:

Nego que carrega mesa boogie de 10.000 reais pra tocar em buraco pra metaleiro com CC é louco kkkkkkkkk

Também nunca entendi essa maluquice.

O grande problema que eu tenho com os drives na pedaleira é justamente a "dureza" que eu comentei. Sinceramente, não faço ideia em como trabalhar pra eliminar isso.

O que quebra um pouco essa "dureza" que você citou e que eu prefiro chamar de "frieza" nos timbres de drive é a EQ de médios. Se a pedaleira não oferece isso, talvez possa ser resolvido com um pedal de EQ, ou um pré-amp, sei lá. Enfim, na minha opinião o segredo para pelo menos melhorar isso está nos médios!

erico.ascencao
Veterano
# nov/14
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rcorts
Já tentei mexer nessa região dos médios. O resultado foi razoável, mas não tirou a característica do drive que eu chamo de "dureza". Não fica aquela coisa "macia" como um drive de valvulado - até o do DSL, que é um pouco "áspero", ainda tem mais "maciez" do que a smulação de Marshall da Roland GR-55 (ou da Boss GT-10, teoricamente trata-se da mesma coisa).

Ismah
Veterano
# nov/14
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erico.ascencao

É verdade em parte, o que vc diz, mas se limita as de baixo custo. Temos hoje em dia processadores de guitarra muito tops...

Lelo Mig
Membro
# nov/14 · Editado por: Lelo Mig
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erico.ascencao

Venho de um tempo um pouco anterior....pedaleira era sinônimo de módulos de multiefeitos ou efeitos em racks e controlados por uma pedaleira única.

Pedais, eram as latinhas, e mais de um em série "pedalboards".

Eu, durante alguns anos, toquei muito ao vivo......sexta, sabado e domingo, indo prá baixo e prá cima. A necessidade e praticidade acabam prevalecendo, quando você esta "profissional".

Quando tive acesso aos primeiros racks, suas multi funções e alguns timbres, principalmente as modulações, "perfeitos", somados a possibilidade de pressets e ter nos pés "duzentas mil" pedalboards diferentes, chapei.

A decepção veio logo. Ao vivo era um problema. Varava madrugada regulando timbres fantásticos, pressetando tudo, e quando chegava em outro ambiente....não era o que eu tinha timbrado.

E prá alterar aqueles pressets ao vivo? No meio de um show?

Sempre gostei muito de efeitos e uso muito. Não sou um guitarrista de ter um timbre e configuração básica ou única (feito Tony Yommi ou Angus Young) e tocar toda set list com um único som.

Então, pela minha estória e necessidades, acabei ficando no pedalboard.

Cada pedal com sua regulagem fixa, "laçados" em switch loops. E assim me adaptei. A diferença do timbre de "meu quarto" para o palco novo, eu abaixo e em dois segundos ajeito......mais depth, menos gain........rápido e certeiro.

Hoje não tenho mais nada.......vendi tudo.

Esta pedaleiras modernas, sei que são mais eficazes e simples de regular. Mas não tenho conhecimento prático com elas. Mas, creio, que para boa parte dos guitarristas de quarto, é a melhor opção.

Estou estudando/projetando um pedalboard nos moldes do melhor que já tive. Mas é fetiche.......hobbie. Não preciso mais disso.

Ismah
Veterano
# nov/14 · Editado por: Ismah
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Lelo Mig

Nem que me pague aceito que não ia curtir um Yamaha FX770 ou algo da fractal áudio hehe
Ainda mais se aliado a um banco de presets salvos em uma controladora MIDI...

MMI
Veterano
# nov/14 · Editado por: MMI
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erico.ascencao

Honestamente, na minha opinião como regra geral vale muito mais a relação preço x qualidade do que (válvulas, SS, analógico, digital) x qualidade. É óbvio que as regras tem exceções, mas vale mais isso aí. Ou seja, um amp SS caríssimo é melhor que um valvulado baratinho. Isso vale para amps, efeitos etc.

Pedaleiras eu acho um porre, desisti e não quero mais.

Pedais analógicos x digitais faço um adendo... Pouco me importa se um pedal é analógico ou digital. Acho perda de tempo e pior ainda, corre-se o risco de ser enganado comprando um "analógico" que tem um CI ali dentro trabalhando como um "reforço digital" ou as mais variadas enganações. O importante é ter som! Eu pego um pedal testo, vejo o som nas mais variadas situações e compro se gostar - é assim que funciona para mim. Foi assim que comprei 2 pedais recentemente, sem me importar do que se tratava: um foi o Strymon Flint e outro foi Chase Bliss Warped Vinyl (achei excelentes!).

Voltando à questão preço x qualidade... Eu não saio mais de casa com equipo, muito raramente (esse ano foram umas 3 vezes) e quando saio é para algum estúdio, jamais para um boteco. Só que entendo que vamos cair no que falaram aqui:

Nego que carrega mesa boogie de 10.000 reais pra tocar em buraco pra metaleiro com CC é louco kkkkkkkkk

Isso vai cair numa divagação enorme...

O valor pago pelas casas, a qualidade da casa, a qualidade do PA e acústica da casa, muitas vezes até o público mesmo não merecem que se use algo melhor.

Por outro lado, se seu trabalho é sério mesmo, se é profissional de fato, o músico precisa dar o seu melhor. Pelo menos essa é a justificativa que um conhecido (é famoso no meio, não vou dar nomes) dá quando questionado sobre o assunto.

É aí que eu vou entrar na área do Lelo Mig... De que adianta um equipo foda, um guitarrista mais foda ainda, se a acústica, o PA ou o operador é ruim? Eu não me conformo e fico puto com isso - estou me referindo agora principalmente a shows bem grandes.

Todas as vezes, sem exceções, que fui num show onde tinha uma banda brasileira e uma banda estrangeira, o som da brasileira sempre foi obrigatoriamente pior. Pode ser estádio, casas de shows de primeira linha ou não. O som dos brasileiros tem que ser ruim ou no mínimo, sendo bonzinho, um pouco inferior aos gringos. Outro dia fui num show de um guitarrista brasileiro e outra banda gringa que entrou em seguida. Na parte do brasileiro dava para ouvir tudo, um pouco embolado, só não ouvi a guitarra. Isso que o ingresso foi vendido como show do guitarrista e dos gringos. Bom, depois entraram os gringos e o som estava perfeito, inclusive da guitarra. Vale a observação: o brasileiro é muito bom, estava com equipo melhor e mais caro que do gringo. Junto com o brasileiro tinha um baixista que vale uma historinha...

Há um tempo fui ajudar na produção de um CD de um amigo. Podíamos contratar os melhores músicos do Brasil pelo orçamento. Pois bem, falei com um baterista de jazz/samba realmente top que se dispôs a entrar e ajudar a achar os músicos. Segundo esse batera: "tem o fulano A e o B, são os 2 melhores nessa praia de contrabaixo acústico para o estilo proposto. O fulano A tem excelente leitura de partitura, só que o instrumento dele é mais fraco e não tem som bom. O fulano B não lê tão fluentemente, mas tem o melhor som de baixo. Tecnicamente os 2 dão e sobram para o projeto". Pois bem... Nesse show quem estava tocando era o fulano A. Realmente o som de baixo dele é inferior e tecnicamente o cara é top, talvez em padrão mundial. O cara não se toca que precisa melhorar o som? O cara não vê que tecnicamente ele já chegou, mas o som não está no nível dos melhores do mundo? E ainda quem pilota a mesa de som deles não sabe o que faz. Eu não me conformo...

A conclusão é que os músicos apesar se serem de altíssimo padrão mundial, permitem que o público compre ingresso (a preços de show internacional) para show de guitarrista mas não ouça guitarra, assim como o som do baixo não é bom. Talvez não seja culpa do guitarrista que estava com milhares de dólares em equipo ali, top. Ainda assim me pergunto: profissionalismo?

ogner
Veterano
# nov/14
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erico.ascencao
esqueça aquele timbre maravilhoso do seu quarto. Tudo vai pro saco ao vivo.

Hahahaha, pode crer!!!!! Totalmente!!! Todos os knobs mudam de lugar, de todas as partes do todo!! hehehehe

daimon blackfire
Membro Novato
# nov/14
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não tem nada a ver com o tópico, mas algum de vocês ja usou algum multiefeitos da fractal audio? É tão bom quanto dizem por aí?

erico.ascencao
Veterano
# nov/14
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daimon blackfire
Já ouvi maravilhas a respeito, mas nunca sequer vi uns vídeos no U2B.

daimon blackfire
Membro Novato
# nov/14
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eu ja vi alguns, mas mesmo assim, 170 simulações de amps é algo a se considerar.

Nefelibata
Veterano
# nov/14
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ogner

Hahahaha, pode crer!!!!! Totalmente!!! Todos os knobs mudam de lugar, de todas as partes do todo!! hehehehe

Eu acho que exista um feitiço nos palcos que, quando vc encosta o pedalboard no chão, os valores dos pots mudam aleatoriamente!!!

"Ahhh esse pot que controla o tone do pedal eh de 500k log? Peraí, agora ele é 1,35M linear. DEAL WITH IT!!!"

HAHAHAHA

Ismah
Veterano
# nov/14
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daimon blackfire

Pelo preço devia funcionar com o controle da mente...

MMI
Veterano
# nov/14
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daimon blackfire

algum de vocês ja usou algum multiefeitos da fractal audio? É tão bom quanto dizem por aí?

É.

tomarock
Veterano
# nov/14 · Editado por: tomarock
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Bem... vou contar minha experiência...
Tinha uma condor cg-300 no começo de tudo, em meados de 1998, com um wattson cube 30 e uma zoom 505. Após isso consegui comprar um meteoro vulcano g200 que achava animal a aparência, lindo... Meu som melhorou pois passei a usar os drives dele. Mas nunca consegui timbrá-lo de maneira satisfatória ao longo do tempo....
Enfim, depois disso consegui pegar uma x-vamp. A diferença entre a anterior foi notória. Consegui belos timbres em alguns presets. Hora usava-o no return do amp, hora no imput. No fim da história do meteoro eu já estava conseguindo domá-lo melhor. Mas não me sentia satisfeito. Consegui vendê-lo e comprei um Lifesound horizon 50W. Bem... posso dizer que minha vida mudou a partir desse dia. A minha impressão é que tudo que se pluga nesse amp sai com um timbre interessante, e fácil de timbrar. Estou com ele até hoje e pretendo morrer com ele.
Após isso, senti nitidamente a x-vamp comendo som do meu potente valvuldado. Não poderia deixar isso acontecer com meu bichinho de estimação.. pensei em algo prático para efeitos. Depois de ler muita coisa e pedir ajuda pro pessoal, comecei a usar uma gt-10 no loop dela... usando drives do amp e efeitos da gt-10. Bem... maravilha... acho que tenho sido feliz com esse set e uma guitar handmade por uns 5 anos.
Mas não mais... pois ao longo do tempo notei uma pequena diferença de timbre entre a guitarra plugada direto no imput sem o loop, e quando o loop está ativo mesmo com a pedaleira sem utilizar efeitos nenhum. A diferença não é gritante, mas conforme os anos passam isso vai me incomodando... rsrs. É uma diferença que tende a jogar o timbre para o médio/agudo. Bem... o tempo vai passando, a gente vai ficando velho e chato... e a maravilhosa praticidade da Gt-10 está dando lugar ao purismo. Decidi a montar um set de pedais de modulação pra substituir minha Gt-10. Não tenho pressa... Quero algo que seja bom ou agradável, e tenha bom custo benefício. Também não tenho certeza se vou vender a Gt-10 pois acredito que ainda me possa ser útil.
Bem... aí começa essa busca aqui http://forum.cifraclub.com.br/forum/7/316903/
To comprando alguns pedaizinhos made in china que são baratinhos, e tem sido bem falados, pra ver no que vai dar. Já chegaram 3. Um time force Nux (muito massa, me surpreendi); um Mode Core (chegou sem ligar. Levarei em um técnico pra ver se tem solução); e um ultimate drive joyo (funciona, o som é agradável, porém não liga o LED).
Continuarei me aventurando. Acho que nem precisava ou tinha necessidade de eu correr atrás desses pedaizinhos, pois a GT-10 me atende. Mas sei lá... é uma vontade mais forte do que eu, de procurar algo que possa me agradar por mais alguns anos... pra depois mudar tudo denovo, e denovo, e denovo.... rsrs

ABC galera.

Led Zé
Veterano
# nov/14 · Editado por: Led Zé
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tomarock
depois disso consegui pegar uma x-vamp. A diferença entre a anterior foi notória. Consegui belos timbres em alguns presets. Hora usava-o no return do amp, hora no imput. No fim da história do meteoro eu já estava conseguindo domá-lo melhor. Mas não me sentia satisfeito. Consegui vendê-lo e comprei um Lifesound horizon 50W.
Aqui é que se cria o mito dos valvulados serem "infinitamente superiores" hehehe. Sair de Meteorão com v-amp pra valvulado , a incrementação sonora é brutal. Talvez , se tivesse feito uma mudança mais sutil, digamos uma pod hd num amp FRFR , o susto seria menor. Mas um bom ampli valvulado tem sempre seu lugar. Mas esse transição aí de modulações , delays e reverbs digitais com opções de presets , como uma pedaleira, para pedais individuais, não faço nunca mais ! Já fiz e me arrependi amargamente.

e a maravilhosa praticidade da Gt-10 está dando lugar ao purismo. Decidi a montar um set de pedais de modulação pra substituir minha Gt-10. Não tenho pressa...
o comprando alguns pedaizinhos made in china que são baratinhos, e tem sido bem falados, pra ver no que vai dar. Já chegaram 3. Um time force Nux (muito massa, me surpreendi); um Mode Core (chegou sem ligar. Levarei em um técnico pra ver se tem solução); e um ultimate drive joyo (funciona, o som é agradável, porém não liga o LED

Aí que eu não entendi ! Trocar modulações e ambiências da GT por NUX? São digitais também e garanto que não superiores a Boss . Sei lá. Se for montar board pra substituir pedaleira em modulações, o que eu acho a maior furada , que compre uns pedais top, diferenciados e tal. GT por Nux eu acho eu acho retrocesso ou no mínimo 6 por meia dúzia. Mas GAS é foda hehehe

tomarock
Veterano
# nov/14
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Led Zé
Então... eu não sei o resultado final disso como será... por isso não estou tão certo de vender meu equipamento por enquanto. Tenho muitas coisas em mente... Venho lendo também sobre o Eventide modfactor... se essas latas não derem o resultado que espero, talvez meu plano B seja ele.

Aí que eu não entendi ! Trocar modulações e ambiências da GT por NUX?
Então... eu desconheço os pedais, mas andei ouvindo coisas muito agradáveis vindo deles e então resolvi pegá-los umas vez que se paga pouco importando (cerca de $30 em cada é o que to gastando, e esperando alguns meses). Bem... o time force é muito bom... não sei se você já teve oportunidade de tocar em um. Eu não tenho preconceito sobre marcas. Se ouvir e gostar, e o preço for agradável eu tenho a audácia de pegar pra ver de qual que é.
No Mod Core eu pretendo testar os efeitos pouco uso (Flanger, pan, Rotary, Vibrato), pois chorus, phaser e tremolo quero ter pedais separados. O set q estou montando está mais ou menos assim:
Wah Wah: Morley, já tenho;
Delay: Nux Time Force, já tenho;
Chorus: Analog Chorus Joyo, já comprei mas não chegou;
Phaser: Mxr, ainda não comprei... esse eu não vi clone passar perto;
PS5 Boss ou Whammy Digitech, desejo muito. Mas será um dos últimos por conta do preço;
Tremolo: Não me decidi. Possivelmente um mooer;
Drive: Ultimate drive clone OCD da Joyo, Já tenho;
Reverb: Ou HOF mini da Tc ou digiverb da digitech: Vou pegar um desses não vai demorar muito, pois reverb uso bastante.

E fim... pra mim isso aí de cima dá pra tocar tudo que preciso. Realmente será uma aventura pois não sei como será o resultado disso, mas no momento penso estar correto em mirar essa vertente.

ogner
Veterano
# nov/14
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tomarock
Vie velho!! Toca em banda de baile?? Quanto efeito!!! O.o

Fuzatto
Membro Novato
# nov/14 · Editado por: Fuzatto
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Salve galera.

Seria legal compartilharmos aqui também experiências com equipos principalmente por quem toca na noite, tipo 2 a três vezes por semana, sendo shows de 3 horas, fora ensaio; seja com banda ou sozinho. Experiências como durabilidade, formas de ligação, equipos que favorecem ou não performances, principalmente por quem canta e toca ao mesmo tempo.

O que noto é que boa parte da galera toca somente por hobby, e as análises de equipamento, num contexto geral, são, por questões óbvias, diferentes da galera que toca profissional ou semi-profissionalmente.


Lendo as postagens, noto que, na maioria das vezes, aquele que toca por hobby, almeja sempre um ampli valvulado e na maioria das vezes, um set de pedais totalmente analógico. Enquanto quem toca em bandas cover ou bandas de baile, só querem um equipamento de qualidade sonora convincente, durável e de preferência bem portátil, dada a frequência com que tem que montar e desmontar o equipo, e a dificuldade de ficar sapateando no palco ligando e desligando efeitos, e em alguns casos cantando.

Que fique bem claro que a intenção disso é pura e simplesmente troca de experiências e aprimoramento profissional, por aqueles que por ventura utilizem com bastante frequência seu equipamento ao vivo, oque demanda um conhecimento um pouco mais aprimorado, por conta da diferença de ambientes, mais instrumentos tocando junto, galera gritando e cantando e diferentes PAs.

tomarock
Veterano
# nov/14 · Editado por: tomarock
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ogner
Nada man... mas tocamos tudo dentro do rock \m/
Daí vai fazer um Audioslave, sem um harmonizer fica complicado... Reverb é um efeito que ligo no começo do show bem suave, e desligo no final; chorus, e tremolo são muito usados também em muitas músicas; vai mandar um Van halen, sem o phaser fica complicado. Wah wah, nem se fala... distorção do amp, e um drive pra dar um boost. E a onda do mod core da nux é justamente se aparecer algum fraseado interessante de alguma música usando essas modulações menos usáveis, eu tenho algo que possa me ajudar. Nossa banda costuma se apresentar uma vez a cada 2 meses em um Pub aqui da minha cidade. Atualmente estamos fazendo tributos a algumas bandas e estilos consagrados. Tá vendo... nem é tão grande assim O_o

Fuzatto
Membro Novato
# nov/14
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Vou resumir minha história partindo já do momento em que comprei um equipamento razoável para se utilizar em banda, sendo este, o dia em que comprei um Laney TFX3 twin, que tem sido meu companheiro de palco nos ultimos 5 anos mais ou menos. Utilizava os efeitos dele mesmo, e com o passar do tempo fui aprendendo mais sobre a arte de se timbrar e explorar efeitos, e consequentemente adicionando alguns pedais.

Em um dado momento me interessei em montar pedais, dentre os quais se destacam um clone do ts808, reboote delay, dynacomp e tremulus lune, sendo que estes, somados a um ge-7 boss, wha GCB-95 cry baby e uma medieval pedaleira boss ME-5 ligada no loop d ampli, tem constituido meu timbre até o inicio deste mes. Esclareço que utilizava a ME-5 para chorus e o noise gate dela dava uma limpada nos ruídos. Apesar de ser, até entao, defensor das latinhas e ter uma certa aversão a pedaleiras, simplemente por nao ter paciencia para progamar e por achar o timbre das latas mais organico.

Porém nos ultimos tempos estava a procura de um novo equipo, mais compacto e com mais recursos, isso tendo em vista a agenda ter aumentado muito e o ato de montar e desmontar meu enorme case e carregar o ampli já estava me cansando muito. Fora que em pouquissimas casa conseguia passar o volume do 1,5.
Foi ai que em uma conversa sobre isso com um amigo, mestre em luthieria e equipamentos, e também defensor de latinhas, me falou sobre dois equipos: pedaleira Nova System da TC e um amplificador chamado magnum 44. Pesquisei a respeito e só encontrei boas referencias, e no final das contas, os dois estao em minha casa e to satisfeitissimo com o novo universo de possibilidades que se abriram.
Com o magnum tive a opçao de levar uma caixa com um falante de 12 apenas, e nos locais que comportam a laney, ligo os dois falantes em stereo, um com o power da laney e um com o magnum, o gera um efeito fodastico qdo se usa o paner ou o delay ping pong da nova system.

Bem, o post já ficou cansativo…outra hora posto mais algumas experiencias que tenho feito…

abraço a todos

erico.ascencao
Veterano
# nov/14
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Led Zé
Esta história de mudar de Meteoro SS pra valvulado e achar que tudo ficou uma maravilha, apesar de ser uma comparação "injusta", não deixa de ser verdade. Até porque dificilmente um cara vai sair de um SS mais simples pra um SS fudidão (sei lá, um Roland JC) em busca do Santo Graal timbrístico. E acho que mesmo comparando um SS e um valvulado da mesma faixa de preço, o valvulado tende a sair ganhando na maioria dos casos.

Enfim, tudo são generalizações...

Led Zé
Veterano
# nov/14
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erico.ascencao
. E acho que mesmo comparando um SS e um valvulado da mesma faixa de preço, o valvulado tende a sair ganhando na maioria dos casos.

Com certeza , Érico. Ainda mais pra nossa praia que é o blues, rock, etc.

Ismah
Veterano
# nov/14
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erico.ascencao
o valvulado tende a sair ganhando na maioria dos casos.

Depende... Se vc pensar em acordes que precisam soar por 2 segundos está corretíssimo. Se quiser que soe percussivo eu ia direto num SS - e olha que não tenho o que reclamar do meu VOX.

ogner
Veterano
# nov/14 · Editado por: ogner
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Ismah
Se vc pensar em acordes que precisam soar por 2 segundos está corretíssimo. Se quiser que soe percussivo eu ia direto num SS - e olha que não tenho o que reclamar do meu VOX.

Como assim velho?!! Oq pode ser mais percussivo que um groove tocado com singles num amp, Fender style?? Nao entendi bem?

EDIT: Ademais, notas soarem por mais tempo, na minha opinião e experiencia, esta muito mais ligado a qualidade da guitarra/montagem e a regulagem perfeita da mesma!!

Ismah
Veterano
# nov/14
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ogner

Quis dizer que um válvulado soa mais cheio, que dá uma preenchida no som, que fica legal pra uma rock, algum rock balada etc... E um SS soa mais seco, que fica bom pra sons percussivos, swing, funk, maxixe...

erico.ascencao
Veterano
# nov/14
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Ismah
O que o Led Zé procede. E o que você comentou também vale, acho que pra sons mais limpões mesmo um SS pode se sair melhor que um valvulado, porque nestes casos um valvulado de headroom mais baixo poderiam encher o saco.

Ismah
Veterano
# nov/14
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erico.ascencao

Os percusivos mesmo... Nos pall mute/abafiatto/abafado clean os SS se saem melhor...

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