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Bog Veterano
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# ago/12
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krz4fx
Muito, muito legal! Dá para ver que eles pensavam no produto indo em outra direção do que acabou entrando para a história. Pô, fazer a guitarra soar como violoncelo, sax e trompete p* nenhuma, fazer a guitarra soar como guitarra!
Hehhe, e ele diz "completely transistorized" como um atrativo. Outros tempos mesmo. =P
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Lelo Mig Membro
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# ago/12 · Editado por: Lelo Mig
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Zoom 9000, 9002 e 9200.
O tópico não segue uma cronologia, vou colocando o que quero na ordem que me vem à cabeça, procurando somente, intercalar efeitos diferentes e datas distintas para que fique mais dinâmico menos monótono.
Também, não me interessa se é digital ou analógico, valvulado ou solid state, de marca consagrada ou obscura. Muitas foram as contribuições e experimentos desenvolvidos. Interessa-me neste tópico, destacar os significativos.
O que mais gosto na Zoom, independente de acertarem algumas vezes e errarem outro tanto, é que eles sempre tiveram a preocupação de fazer algum produto que se diferenciasse dos concorrentes e não ficaram no plágio ou cópia de linhas consagradas. Indiscutivelmente é uma empresa inovadora em muitos aspectos e diferente também. E eles possuem bagagem e estória para justificar sua ousadia.
Fundada em 1983 e batizada de Zoom para ficarem em destaque em listas (já que não havia nenhum fabricante com letra Z, e também pela onomatopeia de quadrinhos, onde Zoom se refere à velocidade), eles passaram perto de sete anos, apenas atuando como “terceirizados” para outras empresas de instrumentos, ajudando a desenvolver geradores LSI, Drum Machines, sincronizadores e sistemas MIDI.
A ideia era ganhar maior know how tecnológico e angariar fundos, para a empreitada que já tinham em mente. Michihito Nozokid, um dos fundadores, lembra: "Nós sempre tivemos a intenção de desenvolver nossos próprios produtos desde a nossa fundação, mas por um longo tempo, o tempo não estava certo, principalmente por razões financeiras. Mas tudo isso acabou por ser uma bênção disfarçada, porque fomos capazes de adquirir as habilidades e conhecimentos que precisávamos para fazer ZOOM à empresa que é hoje. Se não tivesse feito isso, provavelmente teria se tornado uma memória distante dentro do nosso primeiro ano”.
Em 1989, o trabalho duro e espera finalmente valeu a pena quando ZOOM participou da Convenção AES em Nova York. Lá, eles revelaram seus primeiros produtos: Um protótipo de processador multi-efeito compacto apelidado de 9002 que pode ser anexado a correia da guitarra. Um rack de gabinete bastante avançado para à época chamado Zoom 9200, e um “mini rack”, intermediário entre o compacto 9002 e o Rack 9200, do tamanho de um pedal, o Zoom 9000.
O Zoom 9002
null
O Zoom 9000
null
O Zoom 9200
null
Os lançamentos subsequentes e que acontecem até hoje, nem preciso comentar. Mas o que importa, é que vocês imaginem, em pleno início da década de 90, o impacto que estes multi processadores causaram a indústria musical... Uma verdadeira revolução. Apenas por isso, estes Zooms poderiam ser considerados lendários. Mas não acho que devemos desconsiderar que são efeitos bastante honestos, com um custo benefício muito interessantes. Apesar das distorções bastante artificiais que fizeram estas unidades ganharem o apelido de “Zoombido”, é preciso considerar que guitarristas profissionais e renomados da época, não os utilizariam apenas porque eram bonitinhos. Os moduladores Chorus, Flanger e as ambiências Reverb e Delay, são bastante bons, e, quatro efeitos bons num módulo compacto, mais barato que os quatro efeitos em pedais separados, com boas possibilidades de regulagens, deixar cada um destes efeitos com inúmeras regulagens diferentes e aciona-los com os pés, no início de 1990, era algo que os mais jovens não podem dimensionar.
Uma coisa é fato. Sem a Zoom, (e algumas outras empresas) não existiria a discussão “Digital X Analógico”. Afinal, não existiriam digitais à altura de encarar os analógicos. Os digitais estariam relegados a serem caixinhas com sonzinho de rádio de pilha vendidas a “um e noventa e nove” para amadores.
E sabemos que a coisa não é assim...
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krz4fx Veterano |
# ago/12
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Lelo Mig
Me lembro quando comprei um 9002 em janeiro de '91 na Guitar Center de San Francisco!!! Era o máximo. Pena que poucos meses depois deu pau :(
E só pra dar uma idéia de um próximo tópico: Rockman by Tom Scholz, que lançou o primeiro Rockman em 1982!!! (em '84 comprei um que tenho e uso até hoje!!!):
abs
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Lelo Mig Membro
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# ago/12
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krz4fx
Você deu azar....rs. Tenho um Zoom 9000, com pedaleira e tudo. Novinho, até hoje e funcionando. Tá certo, que sempre usei bem pouco, guardei como "relíquia"... (Só há pouco tempo, que a bateria interna "já era" e perdi os presets, mas isso era previsto, inclusive fala no manual, mas tá com um Luthier, ele disse que dá prá substituir por uma bateria atual similar, e funcionar por mais uns 6 anos no mínino..hehe)
Legal o vídeo...tinha "esquecido" do Rockman do Tom Scholz... o bichinho é "nervosinho"!
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Lelo Mig Membro
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# ago/12
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Lelo Mig Membro
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# ago/12 · Editado por: Lelo Mig
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Mu Tron – Musictronics
Mu-tron , foi um fabricante de efeitos musicais ativos na década de 1970. Sua linha de produtos voltada para filtragem e processamento de efeitos derivados de componentes de sintetizador. Os produtos mais conhecidos foram o Mu-tron III, e o Phaser II.
O fundador Mike Beigel tinha inicialmente sido aproveitado para projetar um sintetizador para as guitarras Guild. Após o presidente da Guild, Alfred Dronge, morrer em um acidente de avião em 1970, a empresa tomou a decisão de encerrar a sua divisão de eletrônica para focar estritamente em efeitos para guitarras, usando conceitos do sintetizador de Beigel. Beigel uniu-se com ex-engenheiro-chefe da Guild, Aaron Newman, e criaram a Musitronics. Decidiram extrair seções do sintetizador e tentar fazer um efeito autônomo de áudio. O resultado foi chamado de Auto Wah, e depois comercializado como o Mu tron III. O III Mu-tron se tornou bastante popular graças em parte a Stevie Wonder que o utilizou na gravação de Higher Ground.
No início de 1995, Beigel foi contratado como consultor pela Electro-Harmonix, para criação de uma atualização de seu projeto original, o Electro-Harmonix Q-Tron. Três outros pedais, o Mini Q-Tron, Micro Q-Tron e Q-Tron +, estão disponíveis pela EHX, bem como, o Bi-Filter, uma versão moderna do Envelope de Som de Beigel “Som Lab Filter”, feita em 1979.
Mu-tron III - Envelope Filter
Stevie Wonder usando Mu Tron III ao vivo em seu "Clavinet" em 1973
Phaser (Mu Tron Ohasor II)
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Electric Eye Veterano |
# ago/12
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Que tópico meus amigos, que tópico. Gostei bastante da parte que fala sobre a ZOOM. Estão de parabéns. Pena que eu não tenha nenhuma história para contar sobre pedais. Mas o bom é que eu to aprendendo bastante.
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Lelo Mig Membro
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# ago/12
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Electric Eye
Valeu!! Conforme for sobrando tempo e a memória ajudar, vou colocando e apresentando para os que não conhecem outras "maravilhosas tranqueiras".
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MMI Veterano
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# ago/12
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Um artigo legal sobre reverb e delay.
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ALF is back Veterano
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# ago/12
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nossa galera q q isso! esse topico é animal! quanta informação valiosa! ta merecendo stick!!
to tentando dar conta das informações!
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Lelo Mig Membro
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# ago/12
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ALF is back
Tô aguardando um pouco, prá lançar mais um "brinquedinho" no tópico...rs.
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Ramsay Veterano |
# ago/12
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Lelo Mig
Pra mim o objetivo do tópico não está claro, a começar pelo título: Bienal??? O título correto, na minha opinião, teria que ser "Histórico dos Pedais de Guitarra e sua Evolução".
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Lelo Mig Membro
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# set/12
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Ramsay
Na verdade o título é equivocado mesmo, já que Bienal quer dizer, literalmente "de dois em dois anos"...
Mas "histórico" também não é o caso.
A ideia foi o "State of art"..a galeria de arte. Pedais e efeitos que entraram para estória, seja pela qualidade, inovação, revolução ou mesmo bizarrice!
Quando pensei em "State of Arte" - Galeria de Arte dos pedais, me ocorreu "Bienal"....
Mas, sem dúvida, quando percebi o erro... já tava postado.
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henriquelhrf2 Veterano |
# set/12
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Lelo Mig, obrigado por criar o tópico! Tá MUITO interessante!
P.S.: Queremos mais história!
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Lelo Mig Membro
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# set/12
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henriquelhrf2
Já tô editando aqui o próximo brinquedinho da "galeria"...hehe
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krz4fx Veterano |
# set/12
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Lelo Mig
Estamos sentindo falta de um novo "brinquedinho", que voce sabe apresentar como ninguem.
abs
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Lelo Mig Membro
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# set/12
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krz4fx
Separei uns textos que escrevi aqui... Mas fiquei sem tempo de checar maiores informações....este final de semana eu posto!
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alfacorrea Veterano |
# set/12
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Vc aceita pedidos?
Tá certo que não é vintage, nem tampouco unanimidade, mas será que vc poderia falar do Mesa Boogie V-Twin ?
Abraço.
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Will Bejar Veterano |
# set/12
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Lelo Mig O Zoom 9000 Tive um desses aí!!! Era bem mais ou menos, mas pro que eu sabia na época... huahauhauhauau... eu tive o meu lá pra 2000 mais ou menos... Ele era acionado pelo pedal, e o plug era do mesmo tipo que os conectores de telefone. http://4.bp.blogspot.com/_1MB4MKmaTc8/TK1jJdsDbHI/AAAAAAAACJU/vyORF3YQ RuU/s1600/ChD+Charlys+Zoom+9000.jpg
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Keith.Scott Veterano |
# set/12
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alfacorrea Opa, boa.... Mesa Boogie V-Twin é "cRássico", heim! rs!
E aí.... Lelo Mig, " Mr. Enciclopédia Guitarrista", quebra essa pra a gente?? hehe! ;)
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Lelo Mig Membro
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# set/12 · Editado por: Lelo Mig
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Dando prosseguimento aos brinquedinhos lendários e queridos...
Wah Wah - Cry Baby
A história dos Wah Wah, é bastante confusa e difícil de chegar a uma certeza. Mas, dá prá calcular que foram inventados por volta de 1965.
Ele provavelmente foi inventado por um funcionário da Thomas Organ Company, inicialmente para ser usado em teclados e para ser distribuído pela Vox EUA. É aqui que entra a confusão, porque o projeto original evoluiu para três Wah Wahs, que entram mais ou menos no mercado na mesma época. O McCoy Clyde Wah-Wah Pedal, o Thomas Organ Cry Baby e o Vox Wah-Wah logo em seguida o Vox Cry Baby.
Com a rápida popularidade do Cry Baby da Thomas Organ/Vox, que inundou o mercado, e um problema com registro da marca Cry Baby, pela Thomas Organ e a Vox, Jin Dunlop, numa ação rápida (e não sei como) conseguiu registrar a marca Cry Baby como propriedade da Dunlop.
É até hoje o proprietário exclusivo da marca e passou a fabricar diversos modelos com o nome Cry Baby. No entanto, para quem não sabe, o que é igual ao Cry Baby de 1965, é o Classic.
Porque o Cry Baby se destacou entre os outros Wah Whas? Por causa dos indutores Fasel de fabricação italiana, que se tornaram raridade, mas a Dunlop mantém no Classic.
Você achará muita coisa dizendo que usam Indutores Fasel, mas são hand made ou de outras fabricas.
Faz diferença um indutor Fasel atual, para os italianos dos anos 60? Tecnicamente não sei... mas o Cry Baby da Dunlop virou uma lenda e por isso esta aqui neste post.
Diferente de outros pedais de efeito (que adicionam um efeito "pronto), Wah Whas são pedais de expressão, ou seja, o efeito sofre alteração direta pela interação do guitarrista.
Isso faz com que eles se tornem únicos, valorizando frases, dinâmica ou acentuando ritmo. Por isso podem ser muito bem usados, ou muito mal usados, deixando o som feio e desconexo, quando o guitarrista fica bombando feito acelerador de automóvel e sem propósito ou sentido.
É um pedal que uma boa utilização requer treino, dedicação e sobretudo... bom gosto!!
Aqui, um exemplo, de um guitarrista "meio desconhecido...rs" que sabia usar Wah Wah como ninguém, sempre "valorizando" sua música, a ponto de fazer algumas não existirem sem o efeito. Note que aqui, o Wah Wah é muito mais que um efeito ele faz parte da música.
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Lelo Mig Membro
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# set/12
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Up...
A galera tinha pedido para dar seguimento no histórico dos "brinquedinhos"... aí está!
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Bog Veterano
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# set/12
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Lelo Mig
Eu li e positivei. E só, porque não tenho nada mais que valha a pena ser dito sobre wahs. =P
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Keith.Scott Veterano |
# set/12
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+1, Lelo Mig
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Lelo Mig Membro
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# set/12
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Um detalhe importante...
Jimi Hendrix, ainda desconhecido, descolou um trampo para tocar com sua banda, a Jimmy James & Blue Flames, num café em NY.
Neste café, ele conhece Frank Zappa, que também tocava num outro "buteco" no mesmo bairro.
Foi Frank Zappa, que apresentou a Jimi Hendrix a novidade do momento... o pedal Wah Wah.
Pelo visto, Jimi gostou do brinquedo, né?
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