Jafet Veterano |
# out/10
Já dei uma pesquisada no manual das pedaleiras e sites e só o que acho é propaganda dizendo que a mais nova pedaleira tem um processador 10x mais potente e bla bla...
Queria saber qual a diferença de processamento da GT-10 pro GT-8 e da X3 pro HD-500, pq o fabricante das pedaleiras costumam não informar isso e a gente nem se importa!! Quando vamos comprar um computador essa é a primeira pergunta que se faz!
Estava em uma apresentação da ME70 e da ME25 e a grande idéia, segundo eles da Boss, é fazer uma pedaleira com a qualidade de efeitos da GT-10 por um preço mais em conta! Pro preço diminuir eles colocavam um processador mais fraco e pro som continuar com a mesma qualidade , eles diminuiam os efeitos e simulaçoes que esse processador mais fraco teria que trabalhar.
Mas então eu queria saber em números qual a diferença do processador da GT-8 pra GT-10 e da X3 pra HD 500, pq alguns testes que eu fiz entre as GTs e com X3 contra XT, a diferença de simulação ou de efeitos é quase zero, a parte de hardware a gente v claramente, mas o software é sempre meio obscuro pra gente!! Será que alguém já leu algo sobre isso?
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Dreh28 Veterano |
# out/10 · Editado por: Dreh28
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Jafet,
Ninguém pode te afirmar isso precisamente a não ser que essa pessoa tenha feito parte do desenvolvimento do produto.
O que podemos eventualmente comparar em relação aos produtos é:
Processador: Sabendo a marca e o modelo do processador é possível comparar velocidade, cache, etc. é muito parecido com o princípio utilizado nos pcs.
Memoría física: a mesma coisa que escreví acima
memória flash: a mesma coisa que escreví acima
Geralmente o que é melhorado são os algoritmos utilizados para o processamento dos efeitos e simulações e o processador.
Eu tive as pedaleiras citadas acima e pra comparar apenas a xt para a x3, por exemplo, eu posso citar que existia uma melhora na x3, ainda que pequena, nos harmônicos naturais e na dinâmica. O som é um pouco mais orgânico.
Em geral, o que é feito de uma pedaleira para a outra é a otimização dos recursos de hardware, e uma melhora nos algorítimos de simulação.
Isso não deve nunca ser transparente para o usuário, pois o usuário não deve ter informações sobre o desenvolvimento ou informações sobre algorítimos e sim, plugar a guitarra e sentir que a coisa melhorou.
Se alguém aqui fosse um "insider" da line 6 ou da boss, poderia dizer exatamente (se isso não fosse SEGREDO INDUSTRIAL, protegido por patentes e contratos multi-milionários) quais foram as alterações feitas realmente.
Eles sempre vendem a idéia de que o processador é mais poderoso e etc., e geralmente são, mas o que realmente importa é se o processador é utilizado adequadamente pelos algorítimos implementados para a devida utilização desse processador mais poderoso.
Tudo isso pode ser simplificado pelo seguinte (antes que alguém fale alguma coisa, estou escrevendo METAFÓRICAMENTE, mas usando um exemplo que pode ser muito válido pela semelhança entre essas interfaces e pcs):
Se vc tiver um pc com core 2 duo para rodar windows 98, vc vai ter 99% do processador livre em 99% do tempo, e não aproveitará da maneira adequada.
Se vc rodar o Windows 7, vai aproveitar o que o processador pode realmente oferecer.
O que roda na pedaleira, nada mais é do que um SISTEMA OPERACIONAL dedicado àquele hardware, ou seja, um "Windows" para aquela pedaleira, onde a interface é o que o usuário vê e o que roda no background (por trás da interface, ou seja, o que o usuário NÃO VÊ) são os algoritmos que simulam os amps e os efeitos.
Pode-se fazer essa mesma comparação com o Windows por exemplo, pq o usuário final NÃO CONHECE O CÓDIGO FONTE DO WINDOWS, e tbm NÃO CONHECE O CÓDIGO FONTE DO SOFTWARE DA PEDALEIRA.
Se tivessemos o código fonte da pedaleira "A" e pedaleira "B", poderíamos dizer o que foi implementado em relação a software, quais as mudanças no código e o que cada pedaço daquele código foi alterado (se não foi recemeçado do zero) para a melhoria dos efeitos e simulações.
E abrindo a pedaleira A e a pedaleira B, podemos eventualmente dizer quais foram as melhorias implementadas em hardware, ou parte delas.
É claro que eu omití uma série de fatores, como por exemplo a interação do processador com os demais componentes e principalmente com o circuito de toda a pedaleira. Mas isso é um assunto que eu conheço superficialmente, e talvez só um engenheiro de hardware, que já tenha trabalhado na Boss ou na Line 6 possa te responder isso de verdade, sem supor nada. ;-)
Conclusão:
Quem não participou do desenvolvimento, internamente nessas empresas, só pode supor, e não fazer uma afirmação concreta do que realmente mudou de uma para a outra.
Espero ter ajudado.
Peace
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Dreh28 Veterano |
# out/10
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Jafet,
Eu acho que não necessáriamente, pq os algorítmos para pedaleiras já são escritos para utilizar uma determinada parte do processamento do processador. Isso pode ocorrer em algumas pedaleiras e em outras não!
Acho que ficou dessa maneira na nova POD HD 500, que ela mostra se vc atingiu o pico de processamento, mas eu não acredito que ela diminua a qualidade do efeito para poder colocar na cadeia, ela simplesmente não deixa vc adicionar!
No guitar rig por exemplo, se vc empilhar vários delays, e atingir o limite de processamento do processador, ele não processa corretamente, acontecem clippings, etc...
Acho que essa é uma variação que pode ocorrer de acordo com o desenvolvimento do produto...
Eu posso dizer que eu posso montar por exemplo uma pedaleira virtual e permito que vc empilhe 200 reverbs... só que se o limite for atingido, seu computador trava... :-S
É claro que o que estou postando são devaneios sobre o desenvolvimento de vários produtos diferentes, mas é claro que todo produto de processamento digital tem um determinado limite que pode ser implementado por capacidade do processador, limite de memória ou limite estabelecido dentro do próprio software!
Espero ter ajudado!
Dreh28
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