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Beto Guitar Player Veterano |
# nov/17
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Olá amigos, queria aproveitar o assunto discutido aqui e perguntar...
Eu costumo fazer minhas composições no Guitar Pro, inclusive a bateria. Então uso o BFD3 pra rodar a bateria e tornar o som em algo audível. Mas eu não tenho noção de como configurar a intensidade (piano, pianissimo, forte, etc...) Na verdade, eu sei onde fica a função dentro do Guitar Pro, mas não entendo do conceito, porque não sou baterista... Tenho usado bastante coisa pronta já, mas queria eu mesmo escrever as linhas de bateria. Alguém conhece um bom tutorial de como escrever bateria midi, sem teclado, apenas no mouse? Lembrando mais uma vez, não sou baterista.
Valeu!
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Ningen Veterano |
# nov/17 · Editado por: Ningen
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Beto Guitar Player
Você já pensou em escrever o MIDI direto em uma DAW? Ao menos a dinâmica fica mais intuitiva... Já que você pode ouvir as batidas e ver gráficos enquanto toca...
O único contra é que o timing em relação ao BPM fica meio quadrado (em comparação a um baterista num kit acústico no mundo real) por você se orientar pelo grid. Contudo, em comparação com o Guitar Pro, dá na mesma...
Se você não precisa da partitura talvez seja uma boa pensar em escrever direto pro VST.
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acabaramosnicks Membro Novato |
# nov/17
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O único contra é que o timing em relação ao BPM fica meio quadrado
Na própria DAW há ferramentas para "humanizar" o MIDI, seja na intensidade seja no tempo. Ele coloca valores aleatórios dentro de um intervalo específico para a variação do tempo ou intensidade. Tem vários plugins que já tem essa opção nativamente. Dá até pra ajustar quanto que ele vai variar no tempo, se é muito (como se fosse um bateria "ruim") ou pouco. Uma pequena observação: muitas vezes a intensidade é chamada de velocity ou velocidade em MIDI, mas é a intensidade, isso não se refere à duração da nota ou o timing.
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Ismah Veterano |
# nov/17
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Acho que uma aula de bateria pode ajudar a pensar como um baterista... E não tem mui como fugir...
A questão das intensidades, em ROCK só BR usa... Concordo com o Lisciel que isso é pela influência afro, principalmente do veio sambista que nós temos.
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Ningen Veterano |
# nov/17
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Na própria DAW há ferramentas para "humanizar" o MIDI, seja na intensidade seja no tempo.
O pior é que fiz a minha colocação "incluindo" essas ferramentas...
Não sou muito fã do humanizar das DAWs... Quando penso em timing me vem a proposta da música, os trechos... É aquele acelerar e desacelerar em harmonia com o feeling da canção.
Mas entendo perfeitamente sua colocação... Questão de gosto talvez.
o/
Ismah
Acho que uma aula de bateria pode ajudar a pensar como um baterista...
Concordo.
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Ismah Veterano |
# nov/17
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acelerar e desacelerar em harmonia com o feeling da canção.
Isso é coisa de baterista mediano...
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Ningen Veterano |
# nov/17
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Ismah
Isso é coisa de baterista mediano...
E essa é uma declaração superficial. Poderia discorrer sobre?
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acabaramosnicks Membro Novato |
# nov/17
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Quando penso em timing me vem a proposta da música, os trechos... É aquele acelerar e desacelerar em harmonia com o feeling da canção.
não to entendendo... o tempo permanece o mesmo, então como acelerar durante a música sob o mesmo tempo de referência? Tem algum exemplo aí?
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Beto Guitar Player Veterano |
# nov/17
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Você já pensou em escrever o MIDI direto em uma DAW?
Ningen
Já pensei e já tentei, mas achei mais complicado do que fazer pelo GP.
Na própria DAW há ferramentas para "humanizar" o MIDI,
acabaramosnicks
Então, eu sei da existência dessa ferramenta, mas nunca consegui compreender muito como funciona.
Acho que uma aula de bateria pode ajudar a pensar como um baterista
Ismah
Estou começando a me dar conta dessa necessidade...
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Ningen Veterano |
# nov/17 · Editado por: Ningen
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acabaramosnicks
o tempo permanece o mesmo, então como acelerar durante a música sob o mesmo tempo de referência? Tem algum exemplo aí?
Um exemplo disso é Kim Keltner, que trabalhou com John Lennon, George Harrison, Tom Petty, Pink Floyd, Bee Gees e por aí vai, 38º lugar nos melhores bateristas de todos os tempos da Rolling Stone, bla-bla-bla... que em Knockin' on Heaven's Door (versão original de Bob Dylan) atrasa o contratempo na sua levada... Ou seja, toca a caixa um pouco depois... Pra quê? Eu não sei. Só sei que sua track teria um "feel" completamente diferente se ele não o fizesse.
Se você parar pra analisar músicas, principalmente mais antigas, que não passaram pelos "beat detectives" da vida, vai perceber que eles aceleram e desaceleram às vezes compassos e/ou trechos inteiros... se escolhia o baterista baseado em sua "identidade", seu "print", seu jeito de tocar... Se você encarar o metrônomo como uma simples orientação e não uma camisa de força, sua música pode até fazer menos sentido lá na tela, mas no ouvido não.
Agora, me responda, onde eu clico pra que o "programa" descubra, partindo da minha ideia, qual nuance melhor se encaixaria na música X ou Y? Tem lá no humanizer trocentos profiles de bateristas e canções? Acho que não.
Meu ponto é, existem zilhões de particularidades originadas simplesmente no "melhor ou pior", no que se sente estar certo ou errado, que mesmo bateristas profissionais nem sonham. Simplesmente porque não se fala nisso. Essa fixação por fórmulas matemáticas, gráficos, receitas, mina criatividade e personalidade de músicos e músicas.
Flw vlw.
P.S: O que não quer dizer que não se deva "tocar no tempo". Veja bem, a intenção é tocar onde você quer tocar, ter perspicácia técnica para isso. Vai ter que fazer exercícios e tocar onde o metrônomo manda eventualmente. Para que na música, você toque onde quiser.
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Ismah Veterano |
# nov/17 · Editado por: Ismah
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acabaramosnicks Ningen
Simplesmente, no contexto da atualidade, e falando de TODOS os ramos de música ocidental com finalidade de agradar, aka vender, se a bateria não ficar presa a um grid, e o vocal não for afinado mesmo que digitalmente, soa amador... E não estou de papo...
Da bateria, o cara tem que treinar com metrônomo pra ficar bom. Pode apostar que tem cara que faz isso. E não quer dizer que ele não acelera, mas a flutuação é muito baixa, a ponto de ser imperceptível. O ideal é gravar com metrônomo. Se existem partes mais rápidas, o metrônomo é acelerado naqueles compassos. Armata di strigoi (Powerwolf) é um power metal com pegada folk-sinfônica, e tem uma variação. Não sei como os caras gravaram, mas essa variação existe. Apesar disso, é tudo cravadinho em cada parte.
Música popular com flutuação de tempo proposital, eu desconheço... Isso é coisa de gravação antiga - as vezes pode ser a intenção, mas fazer algo exótico não necessariamente tem vendas... Por exemplo Stand by me (John Lennon) gravada em 75, é toda no feeling, mas de verdade... O cara era um mito, poderia gravar um disco com a namorada Yoko Ono que seria sucesso, poderia ser um "hippie moderno" da USP...
Voz, se o cara for minimamente bom, ele canta sem desafinar. Estava estudando as linhas vocais da Amy Lee num show ao vivo, ela desafina entre 3 e 11 cents... Eu sempre achei que fosse afinado por processamento, mas não é... A mulher é foda bagarai mesmo... L.E.J. (lê-se Elijay, acrônimo de Lucie, Élisa e Juliette) é foda bagarai também... Mas são as exceções. Pode apostar que a Amy Lee e nem Elijay saíram do nada. E nem consigo crer que foram pobretas que começaram cantando no chuveiro. Pessoas normais, precisa-se passar na afinação digital, ou soa como gravação amadora.
Em ambos os casos, é que nos habituamos a isso... Sempre foi a proposta da música popular sustentar o tempo, os que não fazem, são exceções ou incapazes... Com o advento do ProTools, o troço robotizou...
É uma mentira bem contada. Difícil crer que um batera de metal mais extremo, tocando blast beats a 350 BPM por 17 min, não desacelera por cansaço...
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Ismah Veterano |
# nov/17
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Ningen onde eu clico pra que o "programa" descubra, partindo da minha ideia, qual nuance melhor se encaixaria na música X ou Y?
Tu estás a confundir algumas coisas... Eu não sou baterista, tenho estudado um pouco a parte teórica do instrumento...
O que tu propõe não toca a dinâmica que é a pergunta inicial, toca a síncope. Pode apostar que esse cara não tirou essa ideia do nada... Pode ser efeito de drogas, mas esse tipo de coisa, é um swing bem característico do jazz... Vou pesquisar quem é o cara...
https://en.wikipedia.org/wiki/Jim_Keltner
Baterista de Rock, R&B e Jazz... BINGO!
Mas assim... De verdade, o cara é um monstro, não se acha um desses em cada esquina, como não se acha uma Amy Lee ou um L.E.J. em cada esquina.
Pode pegar todas as bandas da tua cidade, duvido tirar UM que saiba que se faz um leve flam entre prato e bumbo, e não os dois ao mesmo tempo... O Tommy Ramone tem um jeito tosco de tocar, mas isso deu personalidade a ele, e com certeza esse cara inspira muito baterista novo...
Além de que tá cheio de pessoas achando bonito ser feio - nessa linha do políticamente correto...
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makumbator Moderador
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# nov/17
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Ismah Música popular com flutuação de tempo proposital, eu desconheço...
Tem um monte (quase todo jazz é assim, todo o choro, e muitos outros). Tocar no grid é antinatural em vários estilos (e esperado em outros). Sem contar a existências de trechos em ritardando ou acelerando claros e propositais, que também aparecem em músicas com tempo fixo e "matemático" (além das mudanças bruscas de tempo, como você mesmo citou).
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Ningen Veterano |
# nov/17 · Editado por: Ningen
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Ismah
Simplesmente, no contexto da atualidade, e falando de TODOS os ramos de música ocidental com finalidade de agradar, aka vender, se a bateria não ficar presa a um grid, e o vocal não for afinado mesmo que digitalmente, soa amador... E não estou de papo...
A gente está falando de música, arte. Você sempre parte do princípio financeiro da coisa. Nem todo mundo pensa igual a você. A minha crítica foi ao fato de você generalizar e depreciar quem não toca necessariamente em cima do grid. O que é um absurdo.
Tu estás a confundir algumas coisas... Eu não sou baterista, tenho estudado um pouco a parte teórica do instrumento...
É você quem não está se atentando ao contexto em que escrevo e principalmente a quem eu escrevo.
O que tu propõe não toca a dinâmica que é a pergunta inicial, toca a síncope. Pode apostar que esse cara não tirou essa ideia do nada...
Eu não chamei de dinâmica e sim de timing (e no contexto "humanize" virtual). Mas a questão não é essa... Eu só quis adicionar uma razão por preferir escrever direto na DAW e abandonar o Guitar Pro.
Resumo: - Tocar fora do grid não é coisa de baterista medíocre. - Nem todo mundo está tentando se adequar aos "padrões atuais da indústria".
Abç.
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Ningen Veterano |
# nov/17
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Sem contar a existências de trechos em ritardando ou acelerando claros e propositais, que também aparecem em músicas com tempo fixo e "matemático" Exato!
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Ismah Veterano |
# nov/17
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Jazz e choro é tão popular quanto qualquer erudito na atualidade... Longe de grandes massas consumirem isso. rs Não estou me referindo a popular no sentido de música profana, ou não-erudita... Estou usando no sentido de ter atingido uma grande quantia de pessoas - desculpe não ter sido claro quanto a isso.
Mas se puder realmente me apontar algo que foi popular, gravado depois da década de 80, com flutuação de andamento intencional, ficarei feliz...
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Ningen Veterano |
# nov/17 · Editado por: Ningen
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Ismah
Busquei isolated drum track e o segundo hit foi esse: Se você ouvir essa parte a partir dos 0:22 segundos vai perceber, fora uma porção de outras coisas que nem me dei o trabalho, se guiando pelo chimbal que o bumbo tá atrasado...
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makumbator Moderador
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# nov/17 · Editado por: makumbator
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Ismah Jazz e choro é tão popular quanto qualquer erudito na atualidade...
Mas é música popular.
Aqui um pop com tempo flutuante quase que do começo ao fim, com ritardandos, fermata e o escambau, (mesmo nos trechos com bateria, (que são mais "a tempo" que os demais). Ah, e só para registro, esse cara vendeu uns 30 milhões de discos (o que hoje em dia é coisa pra caramba). Mas não sei se isso é suficiente pra você considerá-lo popular.
https://www.youtube.com/watch?v=aJxrX42WcjQ
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Adler3x3 Veterano |
# nov/17 · Editado por: Adler3x3
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Bem. Esclareço que não sou baterista de verdade.
Em midi eu procuro pegar bons exemplos, bons midis. E a partir disto criar o meu próprio midi.
E tento bater os pés para ver se consigo acompanhar bem as batidas, se sinto um conforto é um bom sinal, mas se não consigo acompanhar direito, é sinal que tem alguma coisa errada, que precisa ser corrigida. Se a batida não me contagia eu desprezo e começo tudo de novo.
Cada DAW ou software dedicado a bateria tem os seus mapas e seus detalhes.
As vezes dá para misturar loops com midi, tem loops bons, que completam o trabalho, e com os editores de áudio que existem dá para fazer inúmeros ajustes, e fazer soar bem. Outro ponto importante é pegar um loop de bateria, e analisar dentro da DAW a forma da onda do arquivo de áudio, dá para perceber os picos e outras nuances, e tentar imitar no midi.
As vezes até em músicas com bateristas de verdade, conforme a gravação, algum trecho mesmo que minúsculo pode ficar soando mal (acontece as vezes até com midi), e aí tem que encaixar um pedaço de um loop para consertar. As vezes a própria composição, e a música em si tem erros de passagem, e aí entra em cena a adição de loops ou até outros instrumentos, que soam algo inesperado mas bom, que confunde quem esta ouvindo, e esconde os erros, seja de execução seja de composição mesmo. As vezes tem que diminuir o volume e até não fazer soar a gravação, e encaixar no lugar um loop, e as vezes fica difícil pois o timbre é um pouco diferente, e aí tem que criar uma variação para enganar os ouvidos dos ouvintes. Ou pegar uma parte parecida da gravação e recortar editando e encaixando na parte com problema.
Toda a música tem que ter uma boa introdução e um bom final, e aqui a bateria tem que ser caprichada, e claro nas outras partes também ter variações, paradas, breaks, e mudanças nos instrumentos da bateria. Lembrem que a bateria na verdade é um conjunto de instrumentos de percussão. A bateria junto com o baixo é que dão suporte para a música, é cozinha, se a comida é boa é porque tem tempero. Pode começar a música pela criação da bateria e baixo, mas sempre imaginando o todo. Bateria e baixo tem que se completar não pode embolar.
Existem inúmeros tutoriais na internet de como criar sequências de bateria, o que envolve muita pesquisa para saber filtrar o que é bom, e o que é ruim é mal feito. Somente com a constante prática é que se desenvolve a técnica, e cada um vai aos poucos desenvolvendo a sua própria técnica, a música tem que ter variações, compasso a compasso, um compasso não pode soar igual ao anterior, tem que ter criatividade e pensar como um baterista.
Existem também inúmeros arquivos midi de bateria profissionais, tem que conseguir e olhar no editor da DAW para aprender como foram feitos. Só tem um problema, a maioria dos midis que se baixa na internet são ruins e de baixa qualidade.
E cada software dedicado a bateria tem os seus midis e loops, que servem para começar, mas tem que saber editar e fazer boas sequências, e ir modificando com o mouse mesmo, ouvindo e comparando até chegar num bom resultado.
Em certos casos dá para fazer o inverso, em vez de criar o midi em si para depois transformar em áudio, partir do loop de áudio para criar o midi, através de uma boa audição e até o uso de outros softwares, para depois fazer o normal com os instrumentos virtuais.
Muitas vezes estes bons exemplos somente se sustentam por alguns poucos compassos, e para sustentar uma música inteira tem que criar variações. E a combinação DAW e software virtual dedicado a bateria, pode ter variações e variações, numa combinação pode soar bem, conforme os softwares envolvidos a combinação de um mesmo midi com outros softwares pode não dá certo, e é necessário fazer ajustes.
Agora o principal de tudo é ter muita paciência e perseverança, pois na verdade dá um trabalho danado, e quando estamos com preguiça e sem paciência e queremos terminar a música logo, o resultado fica prejudicado, pois o sequenciamento de instrumentos virtuais é uma arte, e se a música tem diversos instrumentos virtuais o trabalho é imenso, e não tem reprodutor automático que dê jeito, sempre tem aqueles detalhes que são acertados pelo mouse mesmo. E não é somente as instruções de midi que tem que ser bem observadas, tem as linhas de automação que controlam o instrumento virtual, que também tem que ter uma atenção especial.
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Ismah Veterano |
# nov/17 · Editado por: Ismah
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Arte? To cagando pra arte ou não arte, eu falo de música... Aliás, quem sou eu pra dizer o que é ou não arte?
Falei lá em cima... São poucos os bateristas que sabem que se faz um leve flam entre prato e bumbo... Mas isso não é flutuação de andamento, é a nota do bumbo levemente deslocada... rs
Isso é usado a muitos tempos, lembro de observar isso nos discos do Renato Carosone, Dave Brubeck e uma penca de gente do jazz, soul, blues, surf, funk... Não tenho certeza, se o Zeppelin tem algo assim, mas não conheço a banda tão bem... Mas sendo o John Boham fã de jazz, big bands, e LSD... Muita coisa é explicada... rs
Saiu de "moda" deslocar essas notas, com o rockabilly, mas muita coisa conviveu ali no meio. Morreu de vez com o movimento punk nos anos 70, e ficou esquecido... Só volta a ter groove nos anos 90, do citado RATM, e alguns do tipo... Agora seja sincero, onde tu acha que esse cara copiou notas deslocadas? - e sim, acredito que ele quis elas, como acredito que tu iria querer elas...
Não sabia quem era o baterista do RATM. Fui pesquisar, e ele é creditado como um baterista de funk... Funk é um misto de soul, jazz e R'n'B...
- Tocar fora do grid não é coisa de baterista medíocre. (eu não disse isso) - Nem todo mundo está tentando se adequar aos "padrões atuais da indústria".
Ok, nem todo mundo quer emplacar 2mi de discos vendidos - essa é uma mentira que todo mundo conta e quer acreditar. rs
Só que a indústria mainstream é a referência, americano e inglês fazendo pop e rock é o que nós imitamos. Ninguém imita The Shaggs, todos imitam Stones, Beatles... Gente que virou lenda da música, e não fez isso sendo underground...
IMHO, perde o sentido vir perguntar aqui, se vai fazer do seu jeito mesmo, seja na contra-mão do normal ou não... De verdade... Primeiro quero ver se consegue tocar SEM acentuar, o mais quadrado possível... Se conseguir isso, aí começa a acentuar... Mas nem isso to vendo baterista fazer!!! Principalmente baterista BR, toca rock com escola de samba - e as vezes ainda faz isso truncado - e quer cagar que é feeling... Que é dinâmica... Caracas...
Eu sou um que tenho um pouco de problema nisso, costumo colocar muita nota, em tudo que eu faço. "Aí fica cocô" (Silas Fernandes), e preciso refazer, re-gravar... Mas to começando a perceber isso, logo tendo a melhorar nisso...
Só que tu está preso ao fato que eu disse que tocar fora do grid é coisa de baterista MEDIANO (medíocre foi por tua conta), o que quer dizer que está FLUTUANDO - e bastante - no tempo... Usando notas deslocadas como argumento, o que é tolice... Ouça o HH, é um igual o outro, no tempo e na intensidade...
Desculpa, mas essa flutuação que tu sugere estar presente na "arte musical" NÃO É INTENCIONAL, ou seja, o cara não escreveu uma partitura com isso lá... Ele NÃO CONSEGUIU MANTER O TEMPO. (não estou "gritando", estou apenas usando para grafar esses termos) Agora, com flutuação de tempo intencional, ou seja há um ritardando ou acelerando, eu lembrei de uma: AC/DC! Usou muito esse recurso pra finalizar músicas, como TNT... ISSO é flutuação de tempo e aparentemente um acelerando bem intencional. rs ___________________
Mas cara! Tu tá realmente reclamando de um algoritmo, deixar uma caixa de ritmos menos bosta, porque ele não consegue tornar um baterista real... OI?! Se o cara quer realmente esse feeling todo, ele precisa de um batera de ponta, ou se tornar um... Não tem saída!
RESUMINDO:
Pergunta inicial:
-> Como usar as dinâmicas AKA INTENSIDADE? Use o humanize, isso não te dá um baterista, mas poupa serviço absurdo, e a diferença é grande contra não fazer isso...
-> Como usar dinâmicas de tempo? Pense como um baterista, uma aula pode ajudar a isso. Novamente o humanize deixa menos bosta, mas não te dá um baterista...
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Ningen Veterano |
# nov/17 · Editado por: Ningen
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Ismah
- Medíocre e Mediano são sinônimos.
- Eu falei sobre atrasar o contratempo e sobre trechos da canção em si, assim como compassos inteiros e etc. O exemplo do RATM não foi tão bom.. mas aqui em baixo tem mais.
- Sobre ser intencional ou não...
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Ningen Veterano |
# nov/17 · Editado por: Ningen
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Ismah
Eu disse: Quando penso em timing me vem a proposta da música, os trechos... É aquele acelerar e desacelerar em harmonia com o feeling da canção.
E você: Isso é coisa de baterista mediano...
Então o do AC/DC é mediano? Se você ler novamente, lá do início, vai entender que eu falava exatamente disso... A diferença é que a DAW faz de forma aleatória... E eu prefiro fazer pensando na música e na proposta dela...
Você pode até não entender o "feeling" de se atrasar o backbeat, por exemplo, mas se entende "ritardando ou acelerando" já tá valendo... Quem sabe um dia reconheça o das outras variações...
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makumbator Moderador
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# nov/17 · Editado por: makumbator
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Ismah Desculpa, mas essa flutuação que tu sugere estar presente na "arte musical" NÃO É INTENCIONAL, ou seja, o cara não escreveu uma partitura com isso lá... Ele NÃO CONSEGUIU MANTER O TEMPO. (não estou "gritando", estou apenas usando para grafar esses termos)
Muitas flutuações são perfeitamente intencionais. Chama-se rubato (que é a arte de se roubar o tempo em alguns momentos, adicionar em outros). Isso é feito em nome do fraseado e do estilo, não tem nada de deficiente. É usado em profusão em muitos gêneros. Rubato via de regra não se escreve explicitamente na partitura (da mesma forma que no barroco não se escrevia praticamente nada de dinâmica na partitura, mas se esperava que o músico de bom gosto aplicasse tais variações na execução)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo_rubato
O cara que postei vídeo lá em cima vendeu 30 milhões de discos tocando muita música não metronômica. Isso é popular ou precisa vender 100 milhões pra não ser "erudito"?
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Ningen Veterano |
# nov/17
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makumbator
Não sei se você concordou ou só não deu atenção mesmo rsrs.
Você acha que falei alguma besteira aqui?
(Às vezes viajo no meu romantismo rsrs.)
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makumbator Moderador
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# nov/17 · Editado por: makumbator
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Ningen Você acha que falei alguma besteira aqui?
Acho que não. A questão do tempo "in the pocket" em oposição a tocar levemente atrás ou a frente da batida é algo realmente intencional e estudado pelos bateristas. Obviamente isso é diferente de um erro de execução.
http://www.drummercafe.com/education/articles/in-the-pocket.html
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acabaramosnicks Membro Novato |
# nov/17
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Ningen Bem interessante isso, vou dar uma pesquisada. Eu escuto nada de jazz, quase nada de samba (na verdade nada já fazem uns 4 meses ou mais), pouco de MPB e bossa. Acho que eu já vi isso em solo de guitasrra blues, acho que foi quando vi Robert Cray, teve um momento que ele bateu uma nota meio atrasado logo no início do solo, foi inesperado mas não ficou parecendo um erro, no contexto caiu bem, até hoje não sei se foi proposital ou se ele errou e ficou bom rsrsrs agora me parece que não foi um erro!
Ismah tocando blast beats a 350 BPM por 17 min, não desacelera por cansaço... Na verdade é muito natural que em blast beats haja pequenas variações não só no tempo (ou síncope, ou como queira chamar) mas também na intensidade. Na verdade na verdade mesmo, é inclusive desejável simular isso quando vc faz a bateria no MIDI, tem banda grande que faz isso. Se ficar demasiado quadradinho fica feio, e olha que quem tá falando isso é um metalhead dos inferno!
Ps: Fiz uma experiência na primeira vez que programei MIDI no Ardour que foi usar uma função que ao invés de vc clicar e o DAW colocar a nota MIDI certinho dentro do tempo, ele coloca exatamente onde vc clicou. O resultado disso foi uma bateria mais natural sem ter que mandar humanizar depois.
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Ismah Veterano |
# nov/17
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makumbator
Pô Marcão, tu é um baita músico, sou descrente que tenha convívio com um cara que toca truncado, que se perde em todas as viradas... As vezes tu me parece com uma visão restrita do mundo... Comparar Zeppelin, comigo é uma máxima do absurdo, eu miro neles quando faço um trabalho, mas sei que não é nada provável que consiga fazer igual, imagina melhor...
Tocar fora do grid é erro de execução para pop, rock, metal, eletrônico, e qualquer coisa com pegada / intenção moderna... E isso dá som de banda de garagem, já fiz esse teste algumas vezes... Quem vê de fora, tá cagando pra rubato, crescendo, diminuendo, acelerando, ritardando etc... É bom ou não é... Nos últimos anos, tudo que foi produzido é assim, e o que é fora, causa estranhamento...
Não precisa quantizar absurdamente, mas uma variação de mais que 5% no BPM não é bem vinda. Batera BOM, consegue tocar reloginho, e consegue atrasar ou adiantar notas. Isso é soda bagarai, mas tem que saber o que está fazendo. Venho gravando pouco, mas salvo poucos bateras que são realmente session drumers, os caras não acertam um tribal, sempre fica truncado... Não tem dois toques iguais no HH, fica diferente as partes de HH aberto... E pode apostar que isso é uma grande maioria. Claro que não dá para todo mundo ser bom, como não dá para nivelar por baixo, mas antes de dizer que isso é intencional, toca quadradão, se conseguir eu aceito que tu quer fazer a swingada...
Aí eu escrevo o metrônomo com essa quebra de tempo - tenho usado isso direto - pro cara tocar em cima.
Jazz, bossa, samba, blues, talvez até alguma coisa de funk, tem a variação como natural... Mas cara, quem toca isso é nego foda pra caral... Não tem um amador ali...
Eu preferi estudar um pouco a obra do Josh Groban, o cara é um absurdo... O melhor que ele conseguiu foi um #70 na Billboard com The Prayer (ft Celine Dion), o que já é uma coisa absurda! Mas de coração, sabemos que isso não é predominante no que esteve acima dele... E não será tão logo diferente.
Ningen Você pode até não entender o "feeling" de se atrasar o backbeat, por exemplo, mas se entende "ritardando ou acelerando" já tá valendo... Quem sabe um dia reconheça o das outras variações...
Ao contrário, eu entendo.. E acho isso monstruosamente incrível, só que to dizendo é que nem todo mundo é bom o suficiente para acertar na mosca, e argumenta dizendo que é feeling... To dizendo que antes de querer tocar com swingue, toque quadrado...
A diferença é que a DAW faz de forma aleatória... E eu prefiro fazer pensando na música e na proposta dela...
LINDO, mas nada prático... Implica em escrever nota a nota, ou ser / ter um baterista... Legal que tu reconhece uma visão romântica, mas ela não é prática - talvez eu precise de mais romance rs
Para pra pensar o quanto absurda é sua ideia no contexto: O cara não é baterista, está escrevendo no GuitarPro e tá lindo! Ter uma coisa levemente humanizada é luxo... O que ele precisa é só do "pum pá bumbum pá", pra trabalhar em cima.
Pode apostar se ele soubesse tudo que conversamos acima, ele não estaria aqui fazendo essa pergunta...
(Às vezes viajo no meu romantismo rsrs.)
Longe disso! Acho muito nobre a sua visão, mas ela é preocupação muito mais de arranjo e pré-produção do que de composição... Se tu perder 40 dias para fazer uma bateria, que nunca pode ser usada, tu leva a vida toda para fazer um álbum...
Já notou que eu sou veemente prático, encaro abertamente a música como produto. Eu componho, gravo e divulgo porque quero venda, quero que as pessoas ouçam meu trabalho. Isso é expressão, e me fazer ouvir. Arte? Cara arte é qualquer forma de expressão, de The Shaggs até Daft Punk, só se sustenta com dinheiro. Vale a pena pesquisar o que levou ao Renascimento na França e Itália...
Existe
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Ismah Veterano |
# nov/17
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acabaramosnicks Na verdade é muito natural que em blast beats haja pequenas variações não só no tempo (ou síncope, ou como queira chamar) mas também na intensidade.
Sim, na raíz, Death tem isso... Vai ouvir se Meshuggah ou The Forsaken tem isso...
Síncope eu usei como termo errado, quis dizer outra coisa, e sempre associo síncope a acentuação de tempos, e não tem exatamente nada a ver...
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Ningen Veterano |
# nov/17 · Editado por: Ningen
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Ismah
só que to dizendo é que nem todo mundo é bom o suficiente para acertar na mosca, e argumenta dizendo que é feeling... To dizendo que antes de querer tocar com swingue, toque quadrado...
Concordo! Inclusive, ainda que na minha visão romântica, disse lá em cima:P.S: O que não quer dizer que não se deva "tocar no tempo". Veja bem, a intenção é tocar onde você quer tocar, ter perspicácia técnica para isso. Vai ter que fazer exercícios e tocar onde o metrônomo manda eventualmente. Para que na música, você toque onde quiser.
Longe disso! Acho muito nobre a sua visão, mas ela é preocupação muito mais de arranjo e pré-produção do que de composição... Se tu perder 40 dias para fazer uma bateria, que nunca pode ser usada, tu leva a vida toda para fazer um álbum...
Mas cara, essa abordagem diferente não necessariamente significa mais trabalho ou mais demora. Esses "trejeitos baterísticos de personalidade" são muitas vezes meramente intuitivos. Há quem use a palavra "espírito" mas há quem use a palavra "subconsciente" ou mesmo "ouvido", a segunda, com mais afinidade para o lado racional da coisa.
Sobre dinheiro, arte, produto e etc... Não sei se é o seu caso mas muita gente fala como se "ou você toca por dinheiro" ou "você não quer dinheiro"... Não é 8 ou 80... São 50 tons de cinza aí no meio rsrs. Também encaro como forma de expressão e não concordo com quem faz música sem se preocupar nem um pouco com o que se ouve por aí, e a forma como se encontra o mercado, ou como gosto de ver, como se anda comunicando musicalmente... Veja bem, do meu ponto de vista isso se equipara a uma pessoa falando palavras aleatórias que só ele entende. Qual o sentido? (vou editar essa parte porque, agora que pensei a segunda vez, pode ter sentido sim... mas não é lá muito do meu gosto e/ou não é a forma que quero me expressar) Eu acredito num meio termo. Não se trata de não ligar pro pop, ou mesmo fazer tudo dentro das "normas" atuais de música em massa. A questão é que quando você se expressa, se comunica, tem de pensar em quem está ouvindo. Talvez seja uma forma de egoísmo não fazê-lo. É o yin-yang, personalidade-comunidade.
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Ningen Veterano |
# nov/17
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Vale a pena pesquisar o que levou ao Renascimento na França e Itália...
Vou fazer isso!
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