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piculo Veterano |
# fev/05
Agora acho que todos teremos uma fonte mais profunda sobre o assunto.
I
O grau I é o grau da tónica. É o acorde que melhor caracteriza a tonalidade, pelo que é normalmente o primeiro acorde numa música. É também o único acorde que sugere completo repouso, e uma sensação de conclusão, pelo que é também normalmente o acorde final. Os outros acordes com função tónica também partilham esta sensação de repouso e conclusão, mas de forma menos intensa.
O acorde I é alcançado de duas formas: ou numa sequência dominante-tónica (ver o grau V) ou numa cadência plagal (ver o grau IV). Estas formas têm diversas variantes que discutiremos em seguida.
Nas tonalidades menores o acorde I é um acorde menor. Na menor natural é um acorde menor de sétima (Im7) enquanto que na harmónica e na melódica é um acorde m6 ou m(7M). A sua função é sempre tónica.
O acorde I pode ser também um acorde de sétima (I7) quando se pretende uma sonoridade mais blues, mantendo a função de tónica.
III
O acorde III é normalmente um substituto para o acorde I, visto conter practicamente as mesmas notas. A sua função é a mesma que a do acorde I, sendo normalmente o ponto de partida para progressões, quando se quer usar uma sonoridade ligeiramente diferente do acorde da tónica.
O modo correspondente ao acorde III é o modo frígio, um modo menor com uma 9ª e uma 13ª menores. Por essa razão raramente se inclui a 9ª natural neste grau (apenas como artifício harmónico).
bIII
O grau bIII apenas ocorre nas escalas menores. Normalmente usa-se o grau bIII da escala menor natural, isto é, o mesmo acorde que o I relativo maior. Nas escalas menor harmónica e melódica, este acorde apresenta a quinta aumentada, o que pode dificultar o seu uso em temas mais populares.
Quando usado em harmonias menores, tem a mesma função que o IIIº grau maior tem em harmonias maiores.
No entanto este acorde é muitas vezes usado em harmonias maiores, como acorde de empréstimo, conntribuindo para um colorido particular (exemplo, em Dó maior usar Eb7M). Aqui ele surge normalmente com função subdominante, sendo muitas vezes seguido pelo V, por exemplo: Eb7M - G7sus - G7 - C.
VI
O acorde VI é o relativo menor, mantendo também uma função tónica nas tonalidades maiores. Devido à proximidade intrínseca entre as escalas maiores e as suas relativas menores, o VIº grau (ou Iº grau menor) é também um acorde de repouso.
Como o VIº grau está uma quinta acima do IIº, funciona de certa forma como seu dominante, precedendo o II-V-I na progressão tão frequente: I-vi-ii-V. Por vezes é mesmo tocado como um acorde dominante (VI7), tornando-se o dominante do II.
O VIº grau funciona ainda como uma forma de enganar o ouvinte, conferindo interesse, quando este esperava que nos dirigissemos para o I. Um exemplo é fazer V-vi em vez de V-I, o que é chamado de resolução deceptiva (este tipo de resoluções só se empregam durante a música, para manter o interesse, não sendo usual por exemplo usar o acorde VI para terminar a música).
Na escala melódica temos um sexto grau m7(b5). O interesse deste grau, reside principalmente numa substituição muito usada, trocando um acorde m7(b5) por um acorde m6, uma sexta abaixo. Na verdade, dada a ausência de avoid notes na escala melódica, todos os seus modos são intercambiáveis (trata-se apenas de trocar o baixo). Assim, o Im6, o IV7(9) e o VIm7(b5), são equivalentes, respeitando as distâncias entre os baixos. Por exemplo: Cm6 = F7(9) = Am7(b5) = B7alt.
Dominante
V
O Vº grau é o grau dominante da tónica. A razão porque o Vº grau domina o Iº tem a ver com os tons tendenciais. Este acorde contém o trítono (entre a 3ª e a sétima menor, respectivamente a 4ª e a 7ª notas da escala maior), intervalo altamente instável, e que por isso pede movimento e conclusão. Se podemos dizer que o acorde I é o mais parado, podemos dizer que o V se encontra mais em movimento, e de facto os acordes dominantes são aqueles que conferem dinamismo à harmonia.
Sendo o único grau dominante da escala (o único que corresponde a um acorde de sétima: 1-3-5-b7), podemos concluir que todos os acordes de sétima são dominantes, e apontam para uma tónica uma quinta abaixo (na realidade isto só se passa com a resolução para uma quinta abaixo, existem outros acordes de sétima com resoluções diferentes, que veremos quando falarmos do bII7 e do VII7alt).
De qualquer forma, nenhuma resolução é tão caracterizadora de uma dada tonalidade como a progressão V-I dessa tonalidade, pois esta resolução de facto identifica a tonalidade. Por esta razão, é esta a sequência que normalmente se emprega para estabelecer uma nova tonalidade (isto é, numa modulação).
Esta tendência para resolver para uma quinta abaixo, tem sido inclusivamente transmitida a outros graus, e é responsável pelo uso do VI7 num I-vi-ii-V e mesmo pelo uso mais frequente hoje em dia do IIº grau em vez do IVº como subdominante (o IIº grau domina o Vº grau que domina o Iº).
Na escala maior, o Vº grau tem uma 9ª natural e uma 13ª natural, ao passo que na escala menor (harmónica) estas extenções estão baixadas meio tom. Por esta razão é normalmente empregue um V7(9) ou V7(13) para resolver para um acorde maior, e um V7(b9) ou V7(b13) para resolver para um acorde menor, embora esses acordes sejam livremente intercambiados nos dias de hoje.
Na escala menor natural, o quinto grau nem sequer é um acorde dominante. De facto, como a escala natural tem o sétimo grau descido meio-tom, não exibe o tom tendencial do VIIº grau, e o acorde do Vº grau é um acorde menor. Por essa razão se optou por subir este sétimo grau meio-tom, de forma a que o acorde do quinto grau fosse dominante, e se pudesse assim usar a função harmónica nas tonalidades menores (a escala resultante, a menor harmónica, deriva daí o seu nome, pois preserva a função harmónica, só possível quando existe meio tom da sensível -7º grau- para a tónica).
A utilização dos acordes dominantes não se restringe à preparação do I. Podemos usar um acorde dominante para aproximar qualquer grau diatónico, denominando-se nesse caso dominante secundário. O dominante secundário é um acorde dominante de sétima que aponta para um qualquer grau da escala. Por exemplo, em Dó maior, o dominante secundário do segundo grau (V7/ii) será VI7, isto é A7. O dominante secundário de III (V7/iii) será B7, o de IV (V7/IV) será C7, etc. O uso do dominante secundário é muito frequente, e não significa que tenhamos modulado para o grau em que esse acorde resolve. Uma modulação só se torna efectiva, a partir do momento em que há uma permanência na nova tonalidade, e desde o momento em que o uso do dominante secundário é transitório, apenas como forma de alcançar um dado grau diatónico, não se pode dizer que tenha havido uma mudança de tonalidade.
SubV
O subV7 não é um grau diatónico, isto é, não ocorre em nenhuma escala. No entanto, dada a sua estreita relação com o V7, optei por incluí-lo aqui.
O dominante substituto nasce de uma propriedade do trítono, o intervalo característico do acorde dominante. Com efeito, o trítono divide a oitava em duas metades, e em consequência, as mesmas duas notas que compõem o trítono no acorde dominante (a terceira maior e a sétima menor), são também as notas de um outro trítono, num outro acorde dominante (onde serão respectivamente a sétima menor e a terceira maior).
Vejamos um exemplo: na escala de Dó maior, o acorde dominante (G7) contém o trítono Fá-Si. Si é a sua terceira maior, e Fá a sua sétima menor. Mas existe um outro acorde dominante (Db7) que contém o mesmo trítono: Fá é a sua terceira maior e Si é a sua sétima menor.
Este acorde gémeo do acorde dominante, chama-se o subV7, isto é, o substituto do V7, e constitui a substituição mais empregue para um acorde dominante. Este subV7 encontra-se à distância de um trítono (três tons) do baixo de um acorde dominante.
Se o acorde dominante resolvia uma quinta para baixo, para a tónica, o subV7 resolve descendo meio tom para a tónica.
Todas as outras preparações do dominante se mantém, e podemos por exemplo ter a progressão IIm7-bII7-I.
Uma característica do subV7, é que apenas comporta as seguintes extensões: 9ª natural, 11ª aumentada e 13ª natural. Isto é, quando um acorde dominante resolve para meio tom abaixo, pode apenas ser enriquecido com 9, #11 ou 13. Em particular a 11ª aumentada (#11), como como não ocorre nem no dominante maior, nem no menor (pois ambos têm uma 11ª natural), é marca registada do subV7 (ou do IV7, ver grau IV). Por isso, quando nos surge um acorde 7(#11), quase de certeza irá resolver para meio-tom abaixo, e caso não resolva, trata-se provavelmente de um acorde 7(b5) mal escrito.
A relação de substituição entre os dominantes aparece na escala melódica, pois dada a correspondência dos seus modos (ver grau VI), o IV7(9,#11,13) e o VII7alt, são intercambiáveis.
O bII7 joga ainda um papel interessante com o bVI, pois permite fazer progressões do género bVI-bII-I, que imitam uma cadência plagal, com backdoor dominant (ver grau IV). Podemos inclusivé ter bVI-bvi6-I em que o bvi6 não é mais do que o bII7(9) com o baixo trocado. VIIO sétimo grau é uma substituição para o Vº grau, visto conter practicamente as mesmas notas, em especial o trítono. A sua resolução é no entanto para cima meio tom, para a tónica.
Na escala maior o VIIº grau é um acorde m7(b5), e raramente se usa para substituir para o dominante (o VIIº grau é mais usado como II menor, numa modulação para o relativo menor (em Dó maior: Bm7(b5)-E7(b9)-Am7). Na escala menor harmónica, o VIIº grau é diminuto, e resolve frequentemente para a tónica. As progressões em que usamos um acorde diminuto para alcançar um dado grau (por exemplo, I-Io-II), têm aqui a sua origem.
Na escala menor melódica encontramos um VIIº grau interessante. Trata-se de um acorde de sétima, com a quinta e a nona alteradas. A sua designação é normalmente 7alt, indicando que pode conter qualquer combinação de b9 ou #9, b5 ou #5, mas não uma quinta ou nona naturais.
Este acorde possui uma sonoridade estranha, mas muito interessante, e permite resoluções dramáticas por meio tom ascendente (VII7alt-I). Esta aproximação desde meio-tom abaixo, pode ser usada não a
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piculo Veterano |
# fev/05
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SubV
O subV7 não é um grau diatónico, isto é, não ocorre em nenhuma escala. No entanto, dada a sua estreita relação com o V7, optei por incluí-lo aqui.
O dominante substituto nasce de uma propriedade do trítono, o intervalo característico do acorde dominante. Com efeito, o trítono divide a oitava em duas metades, e em consequência, as mesmas duas notas que compõem o trítono no acorde dominante (a terceira maior e a sétima menor), são também as notas de um outro trítono, num outro acorde dominante (onde serão respectivamente a sétima menor e a terceira maior).
Vejamos um exemplo: na escala de Dó maior, o acorde dominante (G7) contém o trítono Fá-Si. Si é a sua terceira maior, e Fá a sua sétima menor. Mas existe um outro acorde dominante (Db7) que contém o mesmo trítono: Fá é a sua terceira maior e Si é a sua sétima menor.
Este acorde gémeo do acorde dominante, chama-se o subV7, isto é, o substituto do V7, e constitui a substituição mais empregue para um acorde dominante. Este subV7 encontra-se à distância de um trítono (três tons) do baixo de um acorde dominante.
Se o acorde dominante resolvia uma quinta para baixo, para a tónica, o subV7 resolve descendo meio tom para a tónica.
Todas as outras preparações do dominante se mantém, e podemos por exemplo ter a progressão IIm7-bII7-I.
Uma característica do subV7, é que apenas comporta as seguintes extensões: 9ª natural, 11ª aumentada e 13ª natural. Isto é, quando um acorde dominante resolve para meio tom abaixo, pode apenas ser enriquecido com 9, #11 ou 13. Em particular a 11ª aumentada (#11), como como não ocorre nem no dominante maior, nem no menor (pois ambos têm uma 11ª natural), é marca registada do subV7 (ou do IV7, ver grau IV). Por isso, quando nos surge um acorde 7(#11), quase de certeza irá resolver para meio-tom abaixo, e caso não resolva, trata-se provavelmente de um acorde 7(b5) mal escrito.
A relação de substituição entre os dominantes aparece na escala melódica, pois dada a correspondência dos seus modos (ver grau VI), o IV7(9,#11,13) e o VII7alt, são intercambiáveis.
O bII7 joga ainda um papel interessante com o bVI, pois permite fazer progressões do género bVI-bII-I, que imitam uma cadência plagal, com backdoor dominant (ver grau IV). Podemos inclusivé ter bVI-bvi6-I em que o bvi6 não é mais do que o bII7(9) com o baixo trocado.
VII
O sétimo grau é uma substituição para o Vº grau, visto conter practicamente as mesmas notas, em especial o trítono. A sua resolução é no entanto para cima meio tom, para a tónica.
Na escala maior o VIIº grau é um acorde m7(b5), e raramente se usa para substituir para o dominante (o VIIº grau é mais usado como II menor, numa modulação para o relativo menor (em Dó maior: Bm7(b5)-E7(b9)-Am7). Na escala menor harmónica, o VIIº grau é diminuto, e resolve frequentemente para a tónica. As progressões em que usamos um acorde diminuto para alcançar um dado grau (por exemplo, I-Io-II), têm aqui a sua origem.
Na escala menor melódica encontramos um VIIº grau interessante. Trata-se de um acorde de sétima, com a quinta e a nona alteradas. A sua designação é normalmente 7alt, indicando que pode conter qualquer combinação de b9 ou #9, b5 ou #5, mas não uma quinta ou nona naturais.
Este acorde possui uma sonoridade estranha, mas muito interessante, e permite resoluções dramáticas por meio tom ascendente (VII7alt-I). Esta aproximação desde meio-tom abaixo, pode ser usada não apenas para a tónica, mas para qualquer grau, soando por exemplo muito bem ao resolver no IVº grau, em que a sua agressividade contrasta com a doçura do acorde IV
Na verdade, tanto o VIIº grau diminuto da escala harmónica, como o VIIº grau alterado da escala melódica, podem ser usados, extendendo o conceito de dominante secundário, para alcançar desde meio-tom abaixo, qualquer grau diatónico.
O sétimo grau da escala natural é um bVII7, e não resolve particularmente bem para a tónica. Algumas pessoas tentam confundir este modo com o backdoor dominant (ver grau IV) mas isso parece-me errado. No fundo os graus 'dominantes' da escala menor natural (o V e o bVII), não chegam a ter função dominante devido à inexistência de um intervalo de meio-tom da sétima nota da escala para a tónica.
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piculo Veterano |
# fev/05
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No tópico acima tive que repetir o Dominante SubV por não ter dado tudo num só tópico entaum resolvi colocar tudo junto denovo. Em fim.... vamos ao q interessa.
Sub-Dominante
IV
O IVº grau é o subdominante por excelência. A progressão primordial consiste em fazer I-IV-V-I. O I inicial identifica a tónica. Seguidamente o IV, sendo também um acorde maior, contesta a tónica (isto é, o nosso ouvido pergunta: será esta, afinal, a tónica?). Mas logo em seguida a progressão característica da tonalidade V-I reafirma o pressuposto inicial da tónica.
No entanto, com o decorrer dos tempos (especialmente com o jazz), o acorde II passou a tomar o lugar do IV como subdominante preferencial. A descida de baixo de uma quinta, do II para o V, enquadra-se melhor na tendência natural do baixo para se mover por quintas.
O IVº grau é também protagonista da outra principal forma de alcançar o acorde I: a cadência plagal. Denomina-se cadência plagal qualquer cadência do tipo subdominante-tónica, no entanto a cadência plagal por excelência é a cadência IV-I, muito usada nomeadamente no célebre amén final das músicas religiosas.
Devido à sua grande beleza harmónica, e pelo sentimento ambíguo que desperta, hoje em dia o IVº grau é muito usado no refrão das músicas, e sempre que se queira evocar uma emoção mais forte no decurso da música.
Uma evolução do IV-I inicial consiste em inserir um IV menor (ou menor de sexta) entre o IV e o I. A progressão torna-se assim: IV-iv-I, (por exemplo em Dó : F-Fm6-C). Além de ser uma progressão muito interessante, e extremamente popular, esta progressão extendeu a função do iv6 a dominante. De facto podemos dizer que o iv6 é também uma forma de dominar e alcançar o I.
Prosseguindo ainda neste conceito, trata-se apenas de uma mudança de baixo para que o iv6 se torne um bVII7(9), o backdoor dominant (dominante-da-porta-de-trás), tão usado no jazz e não só. Progressões do género C-F-Bb7(9)-C são muito utilizadas. Esta equivalência do iv6 e do bVII7(9) encontra-se também na melódica, pois podemos intercambiar os graus i6 e IV7(9) (ver grau VI).
O bVII7(9) é também usado para resolver para o VI, numa descida de meio-tom que imita a resolução subV7-tónica.
Nas tonalidades menor natural e harmónica o IVº grau é um acorde menor, e as cadências plagais tornam-se IVm7-Im, IVm7-iv6-Im ou IVm7-Bb7(9)-Im.
Na escala melódica encontramos um quarto grau dominante (mais precisamente lídio dominante, isto é um acorde de sétima com 9ª, 11ª aumentada e 13ª). Além do facto de este modo ser também o do subV7, este grau usa-se muitas vezes para obter uma sonoridade diferente no quarto grau. É também muito usado no final de músicas, alternando com a tónica e deixando o final um pouco suspenso.
II
O IIº grau tornou-se gradualmente o subdominante por excelência, em detrimento do IVº. A descida de baixo de uma quinta, para o Vº grau está mais de acordo com a movimentação do baixo por quintas, pelo que a progressão típica do tipo subdominante-dominante-tónica é hoje em dia o ii-V-I.
Na escala maior o segundo grau é uma acorde menor, ou menor de sétima. A progressão usual para nos movimentarmos para um acorde maior é IIm7-V7(9,13)-I.
Na escala menor, o segundo grau é um acorde menor de sétima com quinta diminuta. A progressão usual para nos movimentarmos para um acorde menor é IIm7(b5)-V7(b9,b13)-Im.
bVI
O bVI é outro acorde que apenas ocorre naturalmente nos tons menores (escalas menores harmónica e natural). Faz parte de uma função que Schoenberg classificou como subdominante menor, mas podemos tratá-lo como um simples subdominante (não apresenta função tónica como o VI maior).
Tal como o bIII pode ser usado como empréstimo em tonalidades maiores, com função subdominante. Quando assim é, é usado brevemente, para não sugerir que se tinha feito uma modulação para o tom paralelo menor, podendo por vezes ser precedido pelo bIII, visto tratar-se de uma descida de uma quinta.
É muitas vezes usado para preceder o V (bVI-V-I) dado a sua função subdominante, e por vezes resolve mesmo directamente para a tónica, no que podemos também considerar uma cadência plagal (aliás vê-se por vezes a resolução bVI - bvi6 - I ).
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piculo Veterano |
# fev/05
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IV - V - I A cadência típica de estabelecimento da tonalidade: subdominante - dominante - tónica.
maior: IV - V7 - I exemplo em Dó maior : F - G7 - C
menor iv - V7(b9) - i exemplo em Dó menor : Fm - G7b9 - Cm
II - V - I O II passou a ser usado em substituição do IV na função subdominante. A razão para isto é a descida de o baixo de uma quinta, que é a sua tendência natural. A progressão anterior continua a usar-se, especialmente em música popular, mas o II-V-I passou a ser o paradigma da cadência de estabelecimento de tonalidade.
maior: IIm - V7 - I exemplo em Dó maior : Dm - G7 - C
menor: IIm7(b5) - V7(b9) - i exemplo em Dó menor : Dm7(b5) - G7(b9) - Cm
I - VI - II - V Mantendo a tendência do baixo de descer uma quinta, pode-se colocar o sexto grau a preparar o II, resultando neste outro cliché harmónico, tão usual. Por vezes o sexto grau surge como um acorde dominante, funcionando como o V7/II (V7 do II seguinte, no exemplo em Dó, A7 é dominante do Dm)
maior: I - VIm - IIm - V7 exemplo em Dó maior : C - Am - Dm - G7
maior: I - VI7 - IIm - V7 exemplo em Dó maior : C - A7 - Dm - G7
IV - iv - I Chama-se cadência plagal sempre que um acorde de função subdominante resolve para a tónica. As cadências plagais são muito usadas, principalmente no refrão da música. Normalmente entre o quarto grau e a tónica surge o quarto grau menor de sexta. Este acorde pode ainda surgir disfarçado num bVII7(9) pois tem as mesmas notas (Bb7(9) tem as mesmas notas que Fm6). É conhecido como o backdoor dominant pois também resolve para a tónica, um tom acima. O quarto grau pode ainda ser preparado pelo V7/IV, neste caso um I7.
maior: IV - IVm - I exemplo em Dó maior : F - Fm - C
maior: IV - IVm6 - I exemplo em Dó maior : F - Fm6 - C
maior: IV - bVII7(9) - I exemplo em Dó maior : F - Bb7(9) - C
maior I7 - IV - IVm6 - I exemplo em Dó maior : C7 - F - Fm6 - C
menor: IVm - IVm6 - i exemplo em Dó maior : Fm - Fm6 - Cm
menor: IVm - bVII7(9) - i exemplo em Dó menor : Fm - Bb7(9) - Cm
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piculo Veterano |
# fev/05
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o tópico acima fala sobre progressoes harmonicas.
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LuizFB Veterano |
# fev/05
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piculo
po k-ra, valeus ae pelo tópico! Eu não sei qto ao povo daki, mas eu curto pra caramba a parte teórica da música tb! Vlwz mesmo pelo post! Tah de parabéns!
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LeandroP Moderador |
# fev/05
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!
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Marisco Veterano |
# fev/05
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Boa!
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piculo Veterano |
# fev/05
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Valeu Panucci.
adimiro sua postura cara.
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Pedropgs Veterano |
# fev/05
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Valeu Panucci.
adimiro sua postura cara.
hauahuahuahuah...isso foi engraçado
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Gbm7 Veterano |
# fev/05
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muito bom heim....
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maggie Veterana |
# fev/05
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[lendoooo]
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edlorena Veterano |
# fev/05
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kramba!!!!
vc decorou td issu??
copiou d algum lugar???
ou sabe td d kbça???
mto legal sua atitude kra
merecido !
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Aleinilder Felipe Veterano |
# fev/05
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Toco violão desde os 8 anos .Hoje tenho 13 é a coisa q mais gosto de fazer.
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Aleinilder Felipe Veterano |
# fev/05
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Toco com uma mistura de acordes e rítimos
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edlorena Veterano |
# fev/05
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piculo = Aleinilder Felipe????
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Verdadeiro Adorador Veterano |
# fev/05
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Alô galera!
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algo Veterano |
# fev/05
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Cara muito obrigado pelas informações.!
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Hocus Pocus Veterano |
# fev/05
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porra valeu isso é útil \o/
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wesley2 Veterano |
# mar/05
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O Balbino ficou com inveja e num quis comentar , euhaeuhaeuha
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Moska DF Veterano |
# mar/05
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Cara! Muito loko!!!!
A teoria é uma coisa que falta para muitos músicos e aspirantes...
Vc está de parabéns!!!
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Moska DF Veterano |
# mar/05
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Cara! Muito loko!!!!
A teoria é uma coisa que falta para muitos músicos e aspirantes...
Vc está de parabéns!!!
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Classical_Man Veterano |
# mar/05
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Boa kra, tá mais explicadinho que no livro do Almir Chediak...
Agora eu vou entender!!!
Vlw mesmo!!!
Big Up!!!
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romaisobreira Veterano |
# mar/05
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Parabens pelo topico!!!
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algo Veterano |
# mar/05
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Alan Lima
essa é véia em...
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The Blue Special Guitar Veterano |
# mar/05
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algo
Muito velha...
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piculo Veterano |
# mar/05
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a todos que gostaram valeu. Na verdade naum fui eu quem escreveu de cabeça. algumas coisas eu acrescentei etal mas no geral foi tudo copiado. Eu vivo correndo atrás de coisas sobre harmonia pq acho muito mais legal se saber harmonia que teoria(leitura etc). Essa é minha opinião, isso naum quer dizer que teoria naum seja importante,muito pelo contrario, cada um tem seu peso no seu contexto.
Valeu galera.
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thiwil Veterano |
# mar/05
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aprendi a tocar na tora, tenho muitas dificuldas nesses lances de teoria, mas valeu k-ra aos poucos eu estou sacando da parada... continue assim ta muito legal...
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sozerado Veterano |
# mar/05
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egua vcs são todos zerados meu, discutindo graus??? formação de acorde???? PROGRESSAÕ HARMONICA?????????
SO SENDO MUITO BURRO MESMO
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guilhermerp Veterano |
# mar/05 · Editado por: guilhermerp
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