Pra que música?

    Autor Mensagem
    Carl V
    Veterano
    # dez/04


    Olá, todos.

    Não levem a mal... Mas vocês falam, falam e falam mais ainda, sobre coisas diversas, como unha, harmonia ou qualquer outro ABC de música ou violão. Certo, é o intuito do fórum, não é?
    Mas pensem... Quantas são as almas que hoje possuem um mínimo da genialidade bachiana ou mozartiana -- e quantas poderiam possuir?
    Provavelmente, não existe uma sequer.

    Pergunta lógica: pra que fazer parte do outono da música, de sua decadência?

    O tempo passou, olhem as pessoas... Ninguém mais crê no que se cria piamente em todos os tempos onde algo foi realmente feito, musical ou filosoficamente falando.

    Argumentações não faltarão, eu sei, mas desafio qualquer um a dizer-me que são equiparáveis as composições de um Vivaldi e d'um Stravinsky e dizer-me o porquê.

    Não quero desencorajar ninguém. Digo, ao contrário: quem goste de música, agarre-a até as últimas forças. Mas é difícil acreditar que exista amor por música nos tempos atuais...

    Pois sentir-se bem com música, isto qualquer um faz. Mas isto nunca passa de corpóreo, e só.

    A mensagem, deste modo fica mais claro, é que seja assim feito: que só componha-se música quando o compositor tiver extrema necessidade de fazê-lo, ou seja, apenas quando não puder evitá-lo.

    E que a música fale por si.

    Gbm7
    Veterano
    # dez/04
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    Ai, nem li tudo mas lanço-lhe a pergunta: Já escutou Quarteto Maogani... certamente não... escute e depois me fale o q achou.

    Carl V
    Veterano
    # dez/04 · Editado por: Carl V
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    Imagino do que se trata...
    Sim, existem coisas muito boas, como uma orquestra de contrabaixos que estava passando esses dias na tv Cultura...
    Mas hoje em dia é fácil.

    É esse mesmo o nome do quarteto? É oriental, no caso?

    El Cid
    Veterano
    # dez/04
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    Quem te disse que Mozart, Bach, ou seja lá qual for o compositor tinha em seus momentos de criação mais do que suas preocupações "corporeas" , mundanas ou seja lá qual fossem. Prá mim eles apenas faziam música da forma que sabiam usando o máximo de seus conhecimentos aliados a motivos afetivos puramente pessoais (não importa se religioso ou amoroso o motivo é sempre uma necessidade humana) ou, às vezes, por necessidades financeiras, porém sempre sendo profissionais na busca de bons resultados. É claro que os tempos são outros e muito foi experimentado mas ainda existe qualidade e espírito humano em muita música atual. O grande problelma é a quantidade e a facilidade que ouvimos música ruim e isso estressa a gente a ponto de desesperar mesmo. A solução é parar de ouvir tanto e começar a tocar mais e talvez até compor mais sem se preocupar muito com o resto e quem sabe daqui uns quinhentos anos alguém não estará incluindo seu nome na lista dos impresindíveis.

    João de Vilhena
    Veterano
    # dez/04
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    Carl V
    Hoje não tenho tempo de escrever, mas dou a minha ideia dentro em breve.

    Abraços.

    João de Vilhena
    Veterano
    # dez/04
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    Caro Carl V, devo dizer que não imaginava encontrar este tipo de intervenção aqui no fórum.
    É difícil estar a reagir pelo facto de não ser claro qual o motivo da sua intervenção e por outro lado qual a sua relação à música (aposto que não é músico)!
    A sua intervenção é tipicamente uma intervenção de tipo hegeliana (Hegel : filosofo alemão séc. XIX), e para os que desconhecem este tipo de posição consiste em fazer uma leitura ideal da arte e do belo, sendo que "...a contemplação do belo em geral como que tem por efeito uma certa libertação da alma desligando-nos das necessidades e fraquezas da vida finita. (...) transformando a dor em prazer...". Esta leitura tem por objectivo criar uma hierarquia das artes ( arquitectura, escultura, pintura, música, poesia) em termos de perfeição e uma hierarquia cronológica (qual a época em que foi atingido o auge da arte). Claro que, aliás como demonstra a sua posição, Carl V, Hegel considerava que o auge da arte foi atingido na época Clássica, tendo em seguida começado a declinar até ao "...ponto culminante da comédia (que) marca o início da dissolução da arte em geral."
    Eu gostaria de lhe lançar um desafio que me permitiria de melhor reagir. Tente ser mais claro em relação à sua posição para com a música e tente desenvolver noções que apresenta como : "corpóreo", "genialidade".
    Abraços.

    edlorena
    Veterano
    # dez/04
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    q aula de história...

    Hammer
    Veterano
    # dez/04
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    filosofia

    lily cenora
    Veterano
    # jan/05 · Editado por: lily cenora
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    puts nossa....
    isso eh realmente a pura filosofia coisa que considero como arte...
    Carl V acho que vc está vendo tudo por apenas um lado naum sou musica(pretendo ser quem sab um dia..)nem filosofa(porem boa no assunto) mais acho que dizer que não há amor a musica nos tempos atuais é um pouco de exagero claro muitos tocam ou cantam por motivos variados poucos tem o verdadeiro amor a musica mais há aqueles que tem esse amor e por isso que a musica hoje em dia ainda vive.
    Pois sentir-se bem com música, isto qualquer um faz. Mas isto nunca passa de corpóreo, e só.
    concordo com esta frase porem como voce sab disso???
    pod passa do corpóreo como voce diz mas a pessoa não perceber acho que essa hisoria de corporeo ou não depende da pessoa claro que para muitos não passa de pura apreciação ou sei lá o que, mais como voce pod ter certeza que não passa disso???
    creo eu que as vezes passamos e nem percebemos quem sabe????
    talvez todos em um certo periodo da vida passem disso...

    rodrigo monteiro
    Veterano
    # jan/05
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    Queridos colegas do fórum. Gosto é uma coisa que não se discute, pois todos nós, enquanto cidadãos "livres", temos o direito de termos qualquer opinião a respeito de qualquer assunto. Mas, ao mesmo tempo, temos também o dever de respeitar a dos outros.

    Não defendo nem acuso ninguém de nada, aliás, se a gente tá com alguma coisa entalada na garganta, é melhor botar pra fora pra não engasgar.

    Uma coisa que tenho que concordar com o Carl V, é que a composição de músicas deve vir (mas não só) quando não puder ser evitada. Acho que realmente, hoje em dia, muita gente compõe sem uma idéia ou motivo interessante. Mas devo lembrar o seguinte: com certeza, muito dos grandes compositores da atualidade estão "escondidos", lutando para conseguir seu espaço nesse mercado tão fechado que virou a música. Não podemos dizer que a música, hoje, não tem talento ou criatividade. Acontece que grande parte do que chega a nós como "música", passa antes pela grande peneira chamada mídia.

    Acho que está se dando valor a muita porcaria que vemos na TV ou ouvimos no rádio, mais do que eles merecem. Ainda acho que a grande "voz" da música de hoje está em pequenos bares, praças, ou mesmo em casa, vindo de pessoas simples, mas que, infelizmente, precisariam assinar contratos milhonários, tirar um monte de fotografias e "vender-se" à mídia para conseguirem um reconhecimento maior.

    JGVC
    Veterano
    # jan/05
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    ai q depressao credo...C mata seu véio doente!

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