Autor |
Mensagem |
LeandroP Moderador |
# nov/17 · Editado por: LeandroP
· votar
mauriciogp
Pense primeiro no acorde Bbm.
De imediato sabemos que ele é menor, certo?!
Pensando no acorde isoladamente você tem à disposição qualquer modo menor. Tudo vai depender do sabor modal a ser aplicado. O modo frígio tem uma sonoridade, o dórico tem outra completamente diferente, e ambas são menores. No acorde que está em questão tem uma pista muito forte em relação ao modo. Percebeu que além de menor está escrito com 6a maior?! Aí vem a pergunta: qual escala menor possui um intervalo de 6a maior?
O modo dórico é menor e possui 6a maior. A menor melódica também possui 6a maior.
encontrei um Bbm no Grau III da escala Fm que é homônima de F.
Como você conseguiu isso se o IIIº grau da nota Fá é a nota Lá? A nota Si bemol é o IVº grau de Fá (maior ou menor).
Pra pensar rápido sobre o dórico, sabemos que o dórico é o IIº grau do modo maior, certo?! Se Bbm6 é o IIº grau de alguém, só pode ser do Ab (que é o relativo maior do Fm que você encontrou). Lembre-se do que você escreveu: a derivação é cíclica.
|
mauriciogp Membro Novato |
# nov/17
· votar
Bacana LeandroP,
Essa reflexão da 6a maior em um modo dórico ou menor melódico foi show! Estou errando na contagem dos graus, é falha de quem está começando. As vezes eu conto T, Iº, IIº, IIIº; erro tosco. Eu falei que Bbm era IIIº de Fm por isso, mas obrigado por me mostrar meu erro. Ficou claro pra mim o Bbm como IVº de Fm ou IIº de Ab. Compreendi perfeitamente o dórico que você tinha citado.
Vou continuar nos estudos! Obrigado.
|
LeandroP Moderador |
# nov/17 · Editado por: LeandroP
· votar
mauriciogp
Errar os graus é muito comum, por isso é importante ter bastante atenção e respeitar os graus pra não se embananar com o resultado.
A tabela abaixo mostra todos os modos numa mesma altura (exemplo em Dó):
MODOS PARALELOS DE DÓ MAIOR MODO ESCALA TOM . graus genéricos: I II III IV V VI VII VIII . DÓ JÔNIO C - D - E - F - G - A - B - C C DÓ DÓRICO C - D - Eb - F - G - A - Bb - C Bb DÓ FRÍGIO C - Db - Eb - F - G - Ab - Bb - C Ab DÓ LÍDIO C - D - E - F# - G - A - B - C G DÓ MIXOLÍDIO C - D - E - F - G - A - Bb - C F DÓ EÓLIO C - D - Eb - F - G - Ab - Bb - C Eb DÓ LÓCRIO C - Db - Eb - F - Gb - Ab - Bb - C Db
Veja esta tabela abaixo ilustrando o espaçamento dos intervalos em cada modo:
ORDENAÇÃO DOS MODOS DE ACORDO COM SEUS ESPAÇAMENTOS . LÍDIO F 2 3 4a 5 6 7 8 JÔNIO F 2 3 4 5 6 7 8 MIXOLÍDIO F 2 3 4 5 6 7m 8 DÓRICO F 2 3m 4 5 6 7m 8 EÓLIO F 2 3m 4 5 6m 7m 8 FRÍGIO F 2m 3m 4 5 6m 7m 8 LÓCRIO F 2m 3m 4 5d 6m 7m 8
Onde: F= fundamental m= menor a= aumentado d= diminuto
|
mauriciogp Membro Novato |
# nov/17 · Editado por: mauriciogp
· votar
Fantástico LenadroP,
Essas tabelas vão me ajudar muito! Eu estava tantando acrescentar os intervalos das menores harmônica e melódica como colaboração mas, não consigo deixar as tabelas alinhadas como você fez.
Obrigado.
|
LeandroP Moderador |
# nov/17
· votar
mauriciogp
Tem que usar a tag de tablatura [T][/T] e escrever entre elas
|
mauriciogp Membro Novato |
# nov/17 · Editado por: mauriciogp
· votar
Muito legal! LeandroP, Minha contribuição sería essa:
MODOS PARALELOS DE DÓ MAIOR MODO ESCALA TOM . graus genéricos: I II III IV V VI VII VIII . M. MELÓDICA C - D - Eb - F - G - A - B - C Eb M. HARMÔNICA C - D - Eb - F - G - Ab - B - C Eb
ORDENAÇÃO DOS MODOS DE ACORDO COM SEUS ESPAÇAMENTOS . M. MELÓDICA F 2 3m 4 5 6 7 8 M. HARMÔNICA F 2 3m 4 5 6m 7m 8
= ]
|
LeandroP Moderador |
# nov/17
· votar
Perfeito, mauriciogp
|
mauriciogp Membro Novato |
# dez/17 · Editado por: mauriciogp
· votar
Ola pessoal!
Estou tentando entender os ensinamentos de Almir Chediak e não estou conseguindo assimilar uma das Análises.
Na música tem as notas:
AEM? E F#m7 G#m7 A7M B7 C#m7 G#7(b13) A7M
Não consigo achar esse G#7(b13) sendo um AEM. Se esse acorde não é um AEM o que ele é então? Em todos os estudos que faço só encontro o acidente b13 ou b6 em acordes menores. Alguém conhece algum estudo capaz de relacionar esses acidentes em acordes maiores?
Obrigado
|
LeandroP Moderador |
# dez/17
· votar
mauriciogp
É o dominante do C#m7, o V7 do C#m7.
|
mauriciogp Membro Novato |
# dez/17
· votar
Obrigado por responder LeandroP,
Eu entendi. Isso realmente não caracteriza um AEM. Estou tendo um primeiro contato com as tensões disponíveis em cada modo, consegui identificar esse acorde como Vº da M. Harmônica ou M. Melódica.
Apesar de G#7(b13) não fazer parte do campo harmônico de E, acho que uma modulação também não pode ser caracterizada. Entendi também que esse acorde é usado para a resolução deceptiva. Posso dizer que é apenas um acorde de passagem?
|
LeandroP Moderador |
# dez/17
· votar
mauriciogp
Poderia dizer sim, afinal ele não preparou o acorde. Mas observe a sonoridade deste acorde. A impressão que eu tenho é que ele quis prolongar a duração do C#m7, sem usar o mesmo acorde. Note que junto com a tensão b13, o dominante soa como se o acorde fosse um C#m(7M) com a 5a no baixo.
Mudando de assunto, pegou as manhas de escrever a cifra alinhada, heim rsrs Fica mais legal, né?!
|
LeandroP Moderador |
# dez/17
· votar
mauriciogp Apesar de G#7(b13) não fazer parte do campo harmônico de E, acho que uma modulação também não pode ser caracterizada.
Não poderia mesmo. Entenda que cada grau do campo harmônico pode ter o seu próprio dominante. Este dominante seria um acorde com 3a maior e 7a menor (trítono) e também ser Vº grau do acorde em questão. Isso é o que chamamos de dominante secundário.
Por exemplo, o acorde E maior pode ser a tônica, mas quando vai preparar pro acorde Lá maior, você pode pensar em E7, porque ele é o dominante secundário que prepara pro IVº grau de Mi maior.
| Emaj7 | E7(9) | Amaj7 | F#7 | B7 | Emaj7 |
No caso acima temos o E7 como dominante secundário preparando pro Amaj7. Temos também o F#7 como dominante secundário preparando pro B7, que por sua vez é o dominante natural do Emaj7.
Isso também abre um outro leque que são os dominantes extendidos. Veja:
| C7 | F7 | Bb7 | Eb7 | Ab7 | Db7 | Gb7 | Cb7 | Fb7 | etc...
E ainda há outro tipo de dominante, que é o Substituto do Dominante, grafado como SubV7. Este substitui um dominante qualquer através da inversão do trítono.
Enfim, dominantes são aos montes, e também uma janela imensa pra improvisação.
|
mauriciogp Membro Novato |
# dez/17
· votar
Obrigado LeandroP, tô aprendendo bastante!
Essa parte de dominantes secundários e extendidos ficou bem clara. Vou seguir com os estudos ...
PS. Peguei sim a manha da escrita com TABs, Fica bem legal, tudo alinhado.
= ]
|
mauriciogp Membro Novato |
# dez/17 · Editado por: mauriciogp
· votar
Ola pessoal, por favor me ajudem com mais um estudo ...
Tem uma música onde o refrão fica variando os acordes: | D | Bb | D | C | Acredito que o tom da música é D portanto, Bb e C são empréstimos modais correto?
Imaginando que um músico em uma guitarra base ficasse mantendo essa variação de acordes, para que um segundo músico possa praticar improvição e esse segundo músico queira praticar as escalas menores (natural, harmônica e melódica).
E certo afirmar que essa improvisação (em escalas natural, harmônica e melódica) teria de ser feita no tom Bm?
Obrigado.
|
LeandroP Moderador |
# dez/17
· votar
mauriciogp
A tom é Ré mesmo, de tonalidade maior. No entanto, ao tocar os acordes Bb e C, vamos à tonalidade menor de Ré. Isso é muito comum em harmonia, fugir da tonalidade maior para a tonalidade paralela, menor.
|
LeandroP Moderador |
# dez/17
· votar
mauriciogp
Seria como tocar: D - G - Gm - D Na parte que toca o Gm, dá pra ver o IVº grau de Ré menor, e depois voltando à tonalidade maior.
É o que chamamos de tonalidade paralela.
|
mauriciogp Membro Novato |
# dez/17
· votar
Bacana LeandroP,
Essa parte de tonalidade paralela trocando de D para Dm me lembra o conceito de que li sobre relações homônimas por isso comentei sobre a possibilidade de serem AEMs.
Quando minha duvida sobre improvisação onde questionei a utilização das escalas Natural, Melódica ou Harmônica partindo de Bm. Percebi que Bm não faz sentido pois eu queria me referir a fundamental das escalas, só faz sentido essa fundamental em B. Não em Bm.
Mas ainda estou bem confuso, se o tom da música é D uma improvisação em B Eólico, Melódico ou Harmônico faz sentido mas se a música foje para a tonalidade Dm que é a paralela, tería sentido uma improvisação em D Eólico?
Não consigo entender esses conceitos de qual escalas se pode aplicar na improvisação se a música intercala entre diferentes tonalidades.
|
LeandroP Moderador |
# dez/17
· votar
mauriciogp
Exemplo do campo harmônico paralelo de Ré (em tétrades):
I II III IV V VI VII D7M | Em7 | F#m7 | G7M | A7 | Bm7 | C#m7(b5) | jônio dórico frígio lídio mixolídio eólio lório . I II bIII IV V bVI bVII Dm7 | Em7(b5) | F7M | Gm7 | Am7 | Bb7M | C7 | eólio lócrio jônio dórico frígio lídio mixolídio
É muito comum a substituição de um grau de um capo harmônico pelo mesmo grau do campo harmônico paralelo.
Enquanto a música está em Ré maior, você pode tocar Bm eólio (ou qualquer outro modo, não importa), mas no momento em que aparece o Gm, você pode pensar em Dm eólio ou pensar diretamente em Gm dórico.
As escalas menores harmônica ou melódica poderiam ser utilizadas, mas vai depender muito da sua intenção melódica.
|
LeandroP Moderador |
# dez/17
· votar
mauriciogp
Também é importante pesquisar a respeito de nota alvo, nota de passagem e nota evitada. Isso te dá uma boa ideia do que tocar sobre um acorde e do que não tocar sobre ele também. Por exemplo, a nota Fá faz parte da escala de Dó maior. Agora, experimente tocar a nota Fá enquanto soa o acorde C maior. Com certeza vai ouvir uma tensão muito forte, pedindo, implorando pra ser resolvido rsrs
|
mauriciogp Membro Novato |
# dez/17
· votar
Legal LeandroP,
Preciso estudar mais para entender certinho esses conceitos que são novos pra mim. Essas explicações que me passou com certeza vão me ajudar bastante!
Obrigado.
|