Esse é o caminho carreto?

    Autor Mensagem
    Fernando Faria
    Veterano
    # jul/07


    Sou um estudante que iniciou não faz muito tempo o estudo de violão erudito. Resolvi entrar em um conservatório de pouca expressão aqui no abc, em Santo André mesmo, onde moro.
    Há dois professores de violão erudito no conservatório: o professor oficial de violão erudito e o que dá aula dos dois.
    Eu sempre achei estudar violão erudito algo meio utópico então me inscrevi no de violão popular mesmo, logo que cheguei a aula o professor pediu para que eu mostrasse algumas coisas que eu tocava, conversou comigo e disse que seria importante o aprendizado de partitura, me deu uma xerox de umas dez páginas do primeiro livro do henrique pinto, me mostrou a postura e alguns exercícios simples de dedilhado, para minha surpresa ele aos poucos foi só passando exercícios para erudito apesar de eu ter entrado num curso de violão popular.
    Enfim, pelo pouco conhecimento que tenho, posso ter uma conclusão errada, mas não "levo muito fé" nesse professor.
    Por recomendação dele fizemos o "Iniciação ao Violão, Vol. I" do Henrique Pinto e tal professor dia para eu não tirar as três últimas peças pois as mesmas estão um nível acima das outras e que deveria fazer outras e depois retornar a elas.

    Foi correta essa "parada"?


    Fui então para o "Iniciação ao Violão Vol. II" e me espantei porque comecei a tirar as músicas e achei que eram mais fáceis do que as do vol. I, qdo pensei que a dificuldade seria progressiva, o livro é assim mesmo?

    luiz_sjrp
    Veterano
    # jul/07
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    Fernando Faria

    mas não "levo muito fé" nesse professor.

    Se você não confia no professor pode parar.
    Tente conversar com ele a respeito dos exercícios, e que você quer estudar popular. Agora pagar para aprender violão popular é melhor comprar revistinhas.

    Radamés
    Veterano
    # jul/07 · Editado por: Radamés
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    Eu sempre achei estudar violão erudito algo meio utópico então me inscrevi no de violão popular mesmo, logo que cheguei a aula o professor pediu para que eu mostrasse algumas coisas que eu tocava, conversou comigo e disse que seria importante o aprendizado de partitura, me deu uma xerox de umas dez páginas do primeiro livro do henrique pinto, me mostrou a postura e alguns exercícios simples de dedilhado, para minha surpresa ele aos poucos foi só passando exercícios para erudito apesar de eu ter entrado num curso de violão popular.

    Eu diria que você está fazendo aula de violão clássico. Mas quem conhece a teoria tem mais chances com o violão popular, quando você passar a estudar os acordes. Eu diria também que o caminho que você está fazendo está legal.


    Por recomendação dele fizemos o "Iniciação ao Violão, Vol. I" do Henrique Pinto e tal professor dia para eu não tirar as três últimas peças pois as mesmas estão um nível acima das outras e que deveria fazer outras e depois retornar a elas.

    Cada método tem suas vantagens e desvantagens, seus admiradores e críticos. No Henrique Pinto, há quem diga que algumas composições colocadas no início são de execução mais difícil que outras inseridas mais ao final. Não há unanimidade sempre em relação à ordem. Pular alguma coisa é normal. Voltar atrás também. Se você já está tocando Bourré integral, parabéns.

    Fernando Faria
    Veterano
    # jul/07 · Editado por: Fernando Faria
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    Mas depois que ele insistiu no erudito eu peguei gosto pela coisa, quero fazer o erudito mesmo, só não sei se eu tenho conhecimento para julgar meu professor ou não, eu achei estranho um professor de violão, dar aula no mesmo conservatório de violão popular, violão erudito, baixo e canto, isso me deixou receoso.

    "Agora pagar para aprender violão popular é melhor comprar revistinhas."
    Tá, Yamandu Costa, Chico Pinheiro, Baden, tocam ou tocavam músicas populares, correto? Não creio que estudaram só revistinhas.

    "Cada método tem suas vantagens e desvantagens, seus admiradores e críticos. No Henrique Pinto, há quem diga que algumas composições colocadas no início são de execução mais difícil que outras inseridas mais ao final. Não há unanimidade sempre em relação à ordem. Pular alguma coisa é normal. Voltar atrás também. Se você já está tocando Bourré integral, parabéns."
    Valeu, eu estranhei bastante o fato de músicas mais difíceis estarem antes de músicas mais fáceis mesmo.
    Infelizmente eu ainda não toco Bourré, é a última peça do primeiro livro e uma das que nós pulamos,rs.
    Valeu aí pelos toques.

    Mega
    Veterano
    # jul/07
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    Fazer violão erudito serve de base, o professor não está lhe enrolando, eruditos têm progressões relativamente simples. Violão popular é muito mais complicado do que você pensa, a começar de ritmos específicos que erudito nenhum lhe prepara. Eu gosto de violão erudito e pratico, mas sei que do ponto de vista de dificuldade e desenvolvimento rítmico, violão popular é bem melhor. Mas do ponto de vista melódico, erudito é o que há. Por isso que eu faço os dois. Quem lhe disser que fazer violão popular é ler revistinhas está enganado, e provavelmente nunca estudou ritmos presentes em sambas, chorinhos, bossa nova e tal

    eu achei estranho um professor de violão, dar aula no mesmo conservatório de violão popular, violão erudito, baixo e canto, isso me deixou receoso.

    Mas todo professor de conservatório tem noção de, no mínimo, dois instrumentos.

    Mega
    Veterano
    # jul/07
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    E defendendo o tipo de som que gosto: erudito é uma música construída, perceba que se você tocar qualquer dessas progressões de forma diferente geralmente vai soar mal, e as peças de um único instrumento são meios chatas, realmente são. Erudito passa a ficar muito bom quando mistura timbres. Escute Igor Stravinsky ;P

    xXCarolXx
    Veterano
    # jul/07
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    Estudei com esses métodos do Henrique Pinto, o I e o II, estou iniciando no progressivo; meu professor também pulou algumas peças e depois voltou, no final isso foi legal, porque quando voltei sabia executá-las tranquilamente..
    Acho que o livro não está em ordem, tipo de dificuldade, pq intercalar uma peça mais fácil com uma difícil talvez estimule o estudo...
    Realmente, o segundo livro começa com músicas mais fáceis, mas só as do iniciozinho mesmo..

    luiz_sjrp
    Veterano
    # jul/07
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    Fernando Faria

    "Agora pagar para aprender violão popular é melhor comprar revistinhas."
    Tá, Yamandu Costa, Chico Pinheiro, Baden, tocam ou tocavam músicas populares, correto? Não creio que estudaram só revistinhas.


    Se isso te ofendeu peço desculpas.
    Mas tem revistas por aí e até livros que levam a uma perfeição incrível.

    gabert
    Veterano
    # jul/07
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    luiz_sjrp, só por curiosidade... cita uma!!!

    jOe_RaMoNe
    Veterano
    # jul/07
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    gabert
    eu tenho um livro antigão aki "Toque" de um tal de Ralph Denyer

    ele fala desde como surgiu o violão, passa pelas guitarras, como funfa um captador, como funciona um alto falante, te enssina a faze pequenos reparos tampo em parte eletrônicas quanto no violão/guitarra

    e dae tem a parte da apostila que fala desde a parte da postura pra se tocar, passa uns exercicio ate formação de acordes, tríades e sl oq mais,

    qria ter saco pa termina de le esse livro.

    luiz_sjrp
    Veterano
    # jul/07
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    gabert

    Não precisa ir longe, é só clicar em livro (veja que a palavra livro está pontilhada) e fazer uma busca.

    http://www.comprar-livro.com.br/buscas.php?q=viol%E3o&tipo=3

    Mas acho que meu comentário acima causou revolta geral..... Desculpas.

    gabert
    Veterano
    # jul/07
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    luiz_sjrp, não há necessidade de se desculpar, eu apenas nunca vi alguém "tocar de verdade" esse instrumento, sem que tenha passado pelo ensino de professores. Mas esse conceito, para muitos é subjetivo... O lance é: "fazer umas levada e mandar no canto!". Como dizia o poeta: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena." Abração!!!

    Fernando Faria
    Veterano
    # jul/07
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    E defendendo o tipo de som que gosto: erudito é uma música construída, perceba que se você tocar qualquer dessas progressões de forma diferente geralmente vai soar mal, e as peças de um único instrumento são meios chatas, realmente são. Erudito passa a ficar muito bom quando mistura timbres. Escute Igor Stravinsky
    Ok, tá na lista aqui para baixar, obrigado pelos conselhos.


    Estudei com esses métodos do Henrique Pinto, o I e o II, estou iniciando no progressivo; meu professor também pulou algumas peças e depois voltou, no final isso foi legal, porque quando voltei sabia executá-las tranquilamente..
    Acho que o livro não está em ordem, tipo de dificuldade, pq intercalar uma peça mais fácil com uma difícil talvez estimule o estudo...
    Realmente, o segundo livro começa com músicas mais fáceis, mas só as do iniciozinho mesmo..

    Legal, você não está tão distante de mim,rs.
    Eu só fui até a página 27 do segundo volume, é praticamente a metade do livro, tomara que tudo ocorra bem e eu consiga desenvolver nas páginas que estão por vir, e o estudo do progressivo? Como anda? Me disseram que a diferença de dificuldade é gritante para os outros dois, boa sorte, para nós.

    Vale ressaltar que eu faço aulas de violão, não tô tentando tirar tudo sozinho não,rs. O Conservatório está de férias, volto agora em agosto, vou seguir esse caminho, acho que por vezes assistimos alguns feras tocando e isso dá uma vontade incrível de evoluir, mas ao que vejo, no erudito não cabe pressa e paciência e dedicação são atos sábios, vou continuar treinando esse segundo método, com calma e sem ter pressa para acabar e tocar logo o que quero e do jeito que tenho vontade, qdo acabá-lo passo aqui novamente para pedir conselhos de vocês, violonistas mais experientes e que têm mais conhecimento e tudo mais, um abraço a todos.

    Helder Bello
    Veterano
    # jul/07
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    Bem. Tal como em qualquer área do conhecimento, os livros apenas auxiliam o professor em seu trabalho. Atuam como um material de apoio. A música é algo que se transmite oralmente. Sem um bom professor, o aluno apenas decodificará a pauta, mas não compreenderá como ela funciona, quais são os princípios que ali subjazem, enfim, jamais apreenderá a música.
    Certamente existem livros indispensáveis: os de técnica (Carcassi Op 59, por exemplo), os de teoria, e "etcéteras".

    Bom. Amplexos!


    Visite: http://violaoerudito.blogspot.com/

    Obras completas (em PDF) de grandes compositores: Bach, Sor, Tárrega, Villa Lobos, Brouwer, Giulianni.
    Métodos (também em PDF) de grandes e exponenciais violonistas: Carcassi, Carulli, Sor, Coste, Henrique Pinto.
    Álbuns (em MP3) de grandes virtuoses: John Williams, Andrés Segóvia, Julian Bream, Kazuhito Yamashita, Dilermando Reis, David Russell, Manuel Barrueco, Xuefei Yang, Duo Abreu, Turíbio Santos, entre muitos e muitos outros.

    Tudo isso GRATUITAMENTE.

    Basta visitar: http://violaoerudito.blogspot.com/
    Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=21956844

    Violão Erudito - Blog: http://violaoerudito.blogspot.com/

    Fernando Faria
    Veterano
    # out/07
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    Saí do conservatório, fui para outra escola de música e o professor meio que mescla erudito e popular, me dá aula de música popular, teoria, mas foi bem claro ao dizer que nunca vamos abandonar o erudito, que vira e mexe vamos voltar nele.


    Certamente existem livros indispensáveis: os de técnica (Carcassi Op 59, por exemplo), os de teoria, e "etcéteras".
    Por acaso está naquele livro dos 25 estudos melódicos e progressivos do Carcassi?

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