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Curly Veterano |
# jul/05
olha aí, entrevista do Faísca, 6 páginas só sobre equipamentos, guitarras, regulagens de pedais, amps, gravação, macetes, etc. uma verdadeira aula de um cara mto experiente... o arquivo zipado tem 16M, scaneei melhor por causa das figuras q são importantes...
http://s12.yousendit.com/d.aspx?id=0TKW2O6MNH8ZP263GGCX5P6KLZ
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Curly Veterano |
# jul/05
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pra turma q ñ tem banda larga segue o OCR da entrevista (ñ tive saco pra corrigir os erros de scan, ok ?)
GC- Qual é o equipamento que está
noseu set-up ?
Faíska - O meu set-up básico é com-
posto de 6 pedais e amplificadores,
que uso em gravações e ao vivo. Eles
são ligados em série, sempre que pos-
sível nesta ordem: guitarra, A/B box,
Wah Crybaby, Compressor, Marshal
Guv'Nor, TS-9 Tube Screamer Ybanez,
Arion Chorus, CE-2 Chorus Boss, Di-
gital Delay DD-5 Boss e RV-2 Digital
Reverb Boss indo para o canal limpo
do(s) amplificador(es).
O meu som de distorção vem dos
pedais. O Tube Screamer TS-9 é uma
distorção para um som mais limpo ou
fusíon. Raramente uso a guitarra lim-
pa. Quando tenho de fazer um solo
limpo, às vezes ligo o TS-9 com a
regulagem de distorção no "O" para
puxar mais brilho e alguns harmóni-
cos a mais. Isso ajuda a dar mais cor-
po às cordas 0.09; elas têm menos ação
e tensão e o pedal ligado melhora o
"punch" das notas.
Depois de muitas pesquisas, cheguei
à conclusão de que este era o meu som,
e quando você consegue, tem de per-
manecer com ele! Todos os guitarristas
como o Mike Stern, Scott Henderson e
JeffBeck fazem o mesmo.
GC -Já que estamos falando de sons
limpos, como você utiliza o pedal de
compressor ?
Faiska - Quando os pedais estão li-
gados em série, o compressor sempre
fica antes das distorções. Ligar o com-
pressor depois das distorções não dá
bom resultado, nunca faço isso. Ge-
ralmente ligo o com-
pressor em guitarras
com pickups singie
coil. As guitarras com
humbucking eu só ligo
em som limpo, pois não
há necessidade de ligá-
las junto com o pedal de
distorção. Se eu toco
com uma guitarra com
singie coil em som lim-
po parece que as notas
não se Juntam devido
aos captadores serem
mais fracos. No pro-
cesso de compressão
perdem-se algumas
frequências, mas fica
bom assim.
GC- Você possui
dois pedais idênti-
cos Boss CS-2. Quais
são as suas experiên-
cias com outros com-
pressores?
Faiska - Já tive o Dyna
Comp - MXR e também
Boss CS-3. Deste últi-
mo não gostei, pois pro-
duz um ruído estranho
como um pentofone (ri-
sos). Eu descobri isso
numa gravação. Ao vivo
é difícil de se perceber.
Como músico tenho a
obrigação de perceber
mínimos detalhes
como pequenos ruídos
ou chiados e alterações
que o pedal possa causar ao meu som.
Com bons pedais japoneses ou ameri-
canos é difícil acontecer algo assim.
Há alguns anos atrás o pedal Mar-
shall Guv'Nor apareceu e deu origem
aos outros da linha: Shreed Master,
Drive Master e Blues Master, Ele é igual
ao Drive Master, só que um pouco mais
forte, com mais sustain e mais agudo,
GC - Você acha que o som destes pe-
dais se compara ao som de distorção
dos amps da Marshall?
Faiska - Acho que não. As
distorções dos amps são perfeitas. Têm
um som forte e presente, é a distorção
que vem das válvulas. Eu prefiro um
som mais morno, já tentei fazer como
o Scott Henderson, que regula o ampli
até começar a saturar e depois empur-
ra com o pedal, mas não curti. Como
eu ligo tudo pela frente, se fosse fazer
isso teria que ligar os efeitos pelo loop
do ampli. E um jeito bem básico, onde
tudo é ligado em série. Infelizmente
não tenho grana para algo mais sofis-
ticado, com conexões em paralelo e
que use loops que adicionem só os
efeitos necessários.
GC- Os pedais de wah são bem co-
nhecidos por serem grandes vilões do
som, roubando muito sinal. O seu tem
alguma modificação?
Faiska - O meu tem modificações.
Eu não sei porque a Dunlop ainda não
descobriu isso, pois todo mundo faz
as modificações. O meu roubava mui-
tos agudos, médios e graves. Isso ocor-
ria quando o pedal ainda estava desli-
gado. Todo o meu sinal de guitarra
passava por cie. Agora, com a chave
nova de 6 pinos, o sinal da guitarra
passa pela chave, mas só entra no cir-
cuito do pedal quando o efeito está
ligado. As modificações foram feitas
pelo Helcio Aguirra. Para esto tipo de
trabalho, o Helcio é ótimo. Ele escuta.
É um bom guitarrista e sabe o que a
gente quer.
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Curly Veterano |
# jul/05
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GC- Porque você tem dois pedais de
Chorus em sua pedaïeira?
Faiska - Eu tenho dois pedais, um
Boss e um Arion. O Boss CE-2 fica re-
gulado com os dois botões no centro.
Quando preciso testar algum equipa-
mento, começo colocando os botões -
sejam dos pedais ou dos amplificado-
res - no centro, que seria o mais próxi-
mo do nat. Uma boa dica é iniciar com
esse princípio, pois a partir daí adicio-
no ou subtraio o quanto preciso. O CE-
2 é um pedal antigo e bem prático por
possuir dois controles que ficam regu-
lados sempre no centro. Tentei repetir
o mesmo no Arion, mas o efeito de
chorus ficava muito rápido. Entretan-
to, este pedal produz um efeito tipo
leslie bem parecido com sonoridades
de John Scofield e Stevie Ray Vaugham.
Eu queria também ter um pedal
Univibe, mas ele não tem esse som.
GC- E quanto aos outros pedais de
delay fí reverb?
Faiska - Eu adiciono um pouco de
delay e muito pouco reverb, mais delay
do que reverb. Antes eu fazia ao con-
trário. A regulagem do delay que eu
usava era, por coincidência, a mesma
que vi no set-up do Mike Stern. Os
botões ficam mais ou menos no meio,
e o volume é ajustado de acordo com o
volume geral do amp. Estes ajustes
devem ser feitos de acordo com o ta-
manho do local onde se está tocando.
Se o volume geral está muito alto, é
conveniente diminuir um pouco o efei-
to de delay para não embolar o som.
Tenho usado o DD-5, que mesmo pos-
suindo um som mais digitalizado, pos-
sui a função tapping, que é muito útil
para ajustes rápidos especialmente
quando gravo. Quando toco ao vivo já
não sinto tanta falta. Para mim, a fun-
ção do delay ao vivo é dar ambiência e
não destacar muito. Ele deve ficar fora
de tempo. Prefiro assim do que um efei-
to muito sincronizado, como Pink
Floyd. Os modelos mais antigos, como
o DD-2 e o DD-3, tinham um som me-
lhor por serem monos digitalizados.
Hoje uso bem pouco reverb, o sufi-
ciente para o som não ficar seco.
Quando usava muito reverb chegava
até a saturar o som. Quando toco com
os meus amplis fender nem chego a
ligar o pedal de reverb, mas uso este
como splítter e para dividir o sinal
da guitarra entre os dois amplis. Na
verdade, isso não é um estéreo real.
Para isso acontecer, deveria dividir o
sinal com o chorus, e ainda se man-
ter bem no centro dos dois amplifi-
cadores para sentir bem o efeito. Caso
você fique fora deste centro, não vai
ouvir um som muito legal. Depois de
muito tempo, fico feliz em chegar a
conclusões parecidas com as de ou-
tros grandes guitarristas. Acho que a
vivência profissional me ensinou
tudo isso. Nunca se deve ligar mui-
tos pedais em série, pois acabam por
roubar muito do sou sinal.
GC- Você tem alguma preocupa-
ção especial com cabos?
Faiska - Quando vou comprar ca-
bos levo comigo meu multímetro para
verificar se eles passam O db de
impedância. Impedância é uma resis-
tência que deve atuar em fios de cai-
xas e de força, mas não no sinal da
guitarra. Eu ligo positivo com positi-
vo o terra com terra para checar isso;
se algo mudar, está roubando sinal.
Descobri isso durante um show do Le-
andro e Leonardo. Um cabo quebrou.
Pedi outro ao roaddie. Ao substituí-
lo, o som ficou agudo demais. Para
obter um resultado bom, você deve ficar
atento às pequenas coisas como: tipo
de cabo. comprimento, solda, plugs
etc... Cabos nacionais ru só uso da
Santo Angelo. Na minha pcdaleira os
pedais estão somente encaixados e não
aparafusados. Isso ajuda a sanar qual-
quer problema de troca rápida.
GC- Você ainda tem um enorme ar-
senal de outros pedais. Fale sobro eles.
Faiska - Pedais como T-wah,
Harmonisl, Pitch, Phaser e outros
distortions eu uso em situações pro-
fissionais específicas, não são o meu
som preferido. Uma distorção mais for-
te fica bem melhor com umDS-1 Boss.
E a mesma distorção que o Mike Stern,
o Steve Vai e o Satriani usam. Rara-
mente uso o Ral, mas é sempre bom
tê-lo por perto, pois às vezes vou gra-
var em um lugar e não consigo o som
desejado. Aí vou experimentando até
chegar no som que quero. As salas do
gravação nunca estão bem preparadas
para se gravar um bom som de guitar-
ra. Se a sala tem muita forração, pode
ficar boa pra gravar bateria, mas este
revestimento pode matar o som da sua
guitarra. Uma vez fui gravar no estú-
dio com o Manny Monteiro. Por coin-
cidência, o Sydnei Carvalho estava lá
com um set-up Boogie e duas caixas.
O som não estava legal. Falei pró
Sydnei: "Coloque uma das caixas den-
tro do banheiro, em cima da privada",
Adivinhem qual caixa ficou com som
melhor? A do banheiro! Peguei uma
caixinha de um pedal noise gale que-
brado e transformei-o aqui em casa
num A/B box. Quando acionado, ele
desvia o sinal de guitarra da série que
vai aos amps, enviando-o para o
afinador. Assim eu posso afinar em
silêncio. Pesquisar é a palavra-chave.
GC- E sobre o seu rack de grava-
ção, composto de umJMP-1 Marshall
e um Zoom 9050?
Faiska - Uso os dois direto na mesa
ou no computador, em estúdios digi-
tais que não tenham salas de gravação
para colocar meus amplificadores.
Como o rack tem uma saída balancea-
da, isso agiliza muito em caso de gra-
vações rápidas, quando não tenho
tempo de pesquisar muito. Sempre
uso a saída speaker emulator com a
impedância em -20 db e ligo no in do
zoom 9050. Não costumo usar o send
return. Às vezes adiciono um Com-
pressor Cs-2 quando uso guitarras
com capladores singie coil.
GC- Você acha que este rack tem
um som fiel?
Faiska - O som é bem fiel, mas ain-
da sinto a falta do vento dos falantes.
É fundamental o papel dos falantes
nesta história do som, pois é por onde
ele se propaga.
GC- Quais os tipos de falantes e cai-
xas que você mais gosta?
Faiska - Eu gosto de caixas abertas
e do som que sai por trás delas. Fa-
lantes mais macios são bem-vindos
também. Eu tenho usado amplificado-
res menores, do tipo com 40W. Posso
tirar maior proveito da potência dos
mesmos, já que tenho tocado em di-
versos lugares pequenos. Para lugares
grandes, 2 combos Fender Twin reverb s
de 100W dão uma boa receita. O Hot c
Devile da Fender também tem um puta r
som. Prefiro os aparelhos com mais c
de um falante. Se você pegar dois s
combos de mesma potência e coloca- t
los no volume 6 ou 7, o que possuir ï
dois falantes terá um som melhor do ï
que aquele que possuir somente um. í
Dois amps de 40W ligados juntos pró- :
duzem muito mais som do que um só '
de 100W. Um amp de 100W possui o :
dobro da potência, mas não o dobro '
do volume. Acho que todo guitarrista
deve conhecer um pouco de eletrôni-
ca, isso ajuda em muitas coisas.
GC- E o que você pode falar sobre
Amplis transistorizados?
Faiska - Eu tive um Roland Cube
60, "o laranjinha". Naquela época era
legal devido às dificuldades de se
conseguir as coisas aqui. Nesse tem-
po meus Fender Twin estavam chei-
os de peças Lorenzetti, peças nacio-
nais etc. (risos). Se você fosse na rua
Santa Ifigênia e pedisse um jogo de
válvulas 6L6, causaria indignação nos
vendedores. Hoje em dia temos uma
boa oferta de válvulas. As fábricas che-
garam à conclusão de que o melhor
para o som de guitarra sempre foram
as válvulas.
GC- Quando você toca blues, cos-
tuma abaixara afinação das cordas?
Faiska - Para fazer a mudança de afi-
nação é preciso achar um cantor que
se adeque a estas tonalidades. Nor-
malmente os tons são sempre muito
baixos para eles. Como uso 0.09, se
abaixar a afinação tenho que trocar para
0.10, 0.11, que para mim são muito
duras. Eu sou considerado um músi-
co fusion devido às fusões de todos os
estilos em minha música. Se começar
a tocar com muitos tipos diferentes de
cordas, como por exemplo 0.11 para
jazz, 0.10 para não sei o quê, não con-
sigo tocar e acabo por perder a referên-
cia e a pegada nos bends etc. Daí prefi-
ro tentar tocar tudo com as mesmas cor-
das. Sei que as 0.09 não são o melhor
som, mas é o que uso. A minha
palhtilada é muito leve, uso as Fender
Heavy que sempre usei em minha vida.
Depois, passei para as Dunlop 2mm.
Só que com cordas 0.09 as palhetas de
3 mm deixavam o som muito estala-
do. Resolvi diminuir a bitola da palheta
para uma mais fina, e assim, se eu to-
car forte, compensará o excesso de for-
ça empregada.
Prefiro as palhetas de cor marrom-
tartaruga. As coloridas são um pouco
mais duras. Como eu toco muito liga-
do. tem muila gente que acha que é um
iigado palhelado. Eu palheto muito le-
vemente e isso acaba por deixar o som
com ataque igual a se eu estivesse to-
cando ligado.
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Curly Veterano |
# jul/05 · Editado por: Curly
· votar
GC- Você já teve alguma experiên-
cia em usar softwares e phig-ins como
Anip Rirm n uma gravação em hará disk?
Faiska - Experimentei, mas não gos-
tei, fica muito digitalizado. Me sinto
bem mais à vontade com meus amps.
Eles facilitam a minha execução, pos-
so trabalhar melhor a minha dinâmi-
ca. E um grande prazer poder explorar
as dinâmicas com a guitarra. Testei, mas
não aprovei. Prefiro o meu rack
Marshall. Simuladores são aparelhos
que tentam imitar, mas não são. Che-
gam bem próximos. Se eu quero um
som de Vox para gravar em meu disco
ou de algum amigo, vou atrás de um
legítimo Vox.
O mais certo seria você ir até o estú-
dio. montar tudo, passar e acertar o som
num dia, e no dia seguinte, de cabeça e
ouvidos descansados, ir até lá com a
única preocupação de tocar bem. Che-
gar no estúdio, montar tudo, passar som
de bateria, baixo, voz, guitarra etc. As-
sim não dá para o trabalho ficar bom.
Isso sem falar que você terá que des-
montar tudo, pois no período posterior
ao seu haverá outra banda para gravar.
São coisas que desestimulam a gente e
atrasam muito um trabalho.
GC- Qual o melhor som de guitarra
que você conseguiu tirarem um estúdio?
Faiska - Não acho que o som de gui-
tarra do meu disco Stratosfera seja o
melhor. A maioria das coisas foram gra-
vadas direto na mesa. O estúdio não
tinha uma sala adequada para guitar-
ra. Alguns sons de guitarra ficaram
muito agudas. Tenho um amigo que é
dono do estúdio São Paulo, onde o
nível técnico é bem alto. Todo mundo
gosta de gravar lá. Tiro um grande som
de guitarra com meus pedais e um am-
plificador valvulado de 50 W Tagíma.
O dono do estúdio é um cara muito
experiente e atencioso. Achamos a po-
sição ideal do amp, a posição de mi-
crofone. Temos a paciência do fazer
isso. Pesquisamos. Qualquer guitarra
minha com os pedais e um amplifica-
dor com regulagem em "Flat", produz
um ótimo som. Fazemos isso porque
gostamos mesmo. Vou lá à tarde com
tempo, e isso faz a diferença. Não é um
grande estúdio. Não preciso de um
estúdio projetaclo por um engenheiro
inglês que não me dá tempo de fazer
as coisas com calma.
GC- Como você dimensiona o que
levar paru fazer um bom som ao vivo?
Faiska - Tudo em equipamento deve
ser adequado. Não posso usar como
referencia o meu minúsculo quarti-
nho, pois quando estiver num bar. a
ambiêncía será outra. O resultado se-
ria um som embolado. Por exemplo, o
grave que você usa tocando no volu-
me 2 seria muito para se usar no vo-
lume 5. Se você toca com o compres-
sor ligado no volume 2, tem que levar
em consideração que no volume 5 ou
6 as válvulas do amp iráo comprimir
muito mais e talvez você nem precise
dele ligado. Ao vivo são outras difi-
culdades. Num show, por exemplo, o
certo seria você ir à tarde passar o som
com calma, e ainda levar em conside-
ração que com o bar lotado, na hora
do show, a referência acústica será ou-
tra. absorvendo muitas frequências.
Em palcos grandes nunca coloco os
amps direcionados aos meus ouvidos.
E muito melhor, para se ter um som
bem grande de guitarra, colocar os
amplis mais espalhados e depois de
microfonados passando pelo mixer
irão as caixas de side e retorno. Fa-
zendo isso, seu som vai ficar mais bem
distribuído.
Num palco você deve procurar uma
posição em que possa ter uma boa re-
ferência. Uma das maiores maravilhas
é ouvir o som de sua guitarra por um
vazamento de PA. Se você só encos-
tar o dedo na sua guitarra, vai sentir
um som enorme e não aquela coisa
direcionada em seu ouvido. Procurar
por um bom lugar é um bom começo.
Hoje, não preciso de amps de 300W,
mesmo tocando num lugar muito gran-
de, pois existem bons PA.s, bons mi-
crofones etc. Há alguns anos atrás isso
não era fácil. Pegávamos microfones
de gravador National, colocávamos al-
godão em cima e grudávamos com fita
crepe nas peles da bateria e no que
dava. O som de guitarra que vinha
atrás de mim deveria ser ouvido por
todos num bar. Imaginem o volume
que eu precisava usar quando tocava
no Clube Atlético Tietê. Hoje está tudo
muito mais fácil. Em Nashville todos
usam amps Matchiess de 35W. Quan-
do tocava no Sanja com o Zona Sul,
eu usava um Fender Vibrolux com
dois falantes de 10' que tinham um
timbre e uma qualidade impressionan-
tes. Os amplificadores menores ga-
nham nestes pontos - a praticidade e
o timbre. Em lugares pequenos levo
um, em maiores levo dois. Dá muito
trabalho carregar um caixa enorme 4
X 12 para ir tocar num boteco.
GC - Quais são as modificações e
ajustes que você sempre fez em seus
equipamentos? Conte algumas des-
tas situações.
Faiska - A minha geração e do Ál-
varo Gonçalves - ou quem foi músico
na geração anterior - não tinha aces-
so a tantos luthíers, técnicos etc. As-
sim, acabávamos fazendo as modifi-
cações em casa. Destruí várias guitar-
ras Fenders. Arrombava para colocar
um Humbucking, furava com a bro-
ca. Escalopava a escala, mas esque-
cia de que ainda tinha que passar as
lixas para dar acabamento. Fui apren-
dendo. Uma coisa importante na par-
te elétrica da guitarra é não perder ca-
racterísticas quando se abaixa o vo-
lume. O volume mais legal está no 8,
e não no 10, porque tira o ardido do
som. Fica bem parecido com aquele
rachadinho de ampli. Para resolver
isso, adiciono um resistor no
potenciômetro de volume, que adianta
os agudos do volume 10 quando es-
tão no 8. Assim, com um capacitor
instalado que faz com que não se per-
ca os graves, equilibro bem as coisas.
Esse truque já foi descoberto por
muita gente. O Steve Ray Vaugham
usava um capacitor de 670 PF e
resistor 150K. Eu uso, por sugestão
do Hélcio, um capacitor de 470 PF e
o resistor 100K.
GC - E quanto à altura de corda?
Faiska - Não costumo usar corda bai-
xa. Veja os caras que tocam flamenco,
o violão parece um arco e flexa. Mi-
nha escolha é feita com tolerância.
GC - Qua] é a guitarra dos seus so-
nhos?
Faiska - O meu sonho desde crian-
ça sempre foram as Fender Strato.) t
tive 3 Gibson Lês Paul: 60 Deluxe, 7 i
Deluxe e 78 Custom. A 72 era muil t
pesada, mas leve comparada com a 6E 1
Ter uma guitarra bem antiga como <
58 é legal como valor sentimental./ l
madeira dela é mais seca, ma. i
tecnologicamente tem muitas falhas f
O Radius (curvatura da escala) é mui
to grande, você tem de usar ação di
corda muito alta. As guitarras maii ,
leves produzem mais grave e as maií
pesadas mais agudo. Todos os outro;
protótipos de guitarras derivaram dai
Fender e das Gibson, por exemplo, a
PRS, que veio da Lês Paul, ou as
Ibanez, da Strato.
GC - E quanto aos tipos de madei-
ra que você prefere?
Faiska - Ash e Alder, devido ao tim-
bre que rola. Gosto de guitarra com
escala escura. As com escalas claras
têm o verniz que prende um pouco.
Gosto das com rosewood e jacarandá;
não gosto cie ébano, pois abafa muito
e é uma madeira muito seca. Já usei
trastes altos que deixam o som macio
e menos trastejado. Gosto de guitar-
ras que mantenham, em relação ao
corpo do instrumento, um ângulo relo
e não para trás, assim mantenho um
referencial bom para fazer bend.
GC - E quanto aohardware em suas
guitarras?
Faiska - Uso três pickups Texas
Special na Strato 62 que não têm um
som padrão Fender, eles são mais for-
ces. O Roller nut faz deslizar bem as
cordas depois das alavancadas,
tarrachas Sperzel e ponte Wilkinson,
três pickups Seimour Duncan JB na
Strato American standard (JB mini-
humbucking no agudo e JB 59 no grave
e no médio - este 59 último dá um som
estalado bem característico Fender em
posições intermediárias) e dois
humbucking Seymour Duncan na Strato
Big Aplle. Antos eu usava Floycl rose,
mas é um saco quando acaba a regulagem
da microafinação; tem de soltar tudo,
acertar tudo, tem de pôr o ferrinho que
faltou. O sistema de tarrachas Sperzel é
bem mais legal. Uso também um
Hipshot, que é uma contramola que se-
gura a tensão das alavancas. Se loco um
country e levanto uma corda, a alavan-
ca permanece firme no local e não irá
desafinar uma corda solta se eu fizer um
bend em double stop.
GC - Você prefere sistemas ativos ou
passivos?
Faiska - Já usei os pickups ativos
EMG desenvolvidos pelo David
Gilmour. Gostei, mas não é meu som.
Prefiro os passivos por parecerem mais
reais. Já usei alguns da linha PAF 59,
da Seimour Duncan, e HS-3, da
DiMarzio. Acho que são pickups que
têm um som mais opaco. Meu gosto
foi mudando. Hoje é impossível usar
um HS-3, por exemplo.
GC - Você acha que as guitarras
Japonesas têm personalidade
tímbrística como as americanas?
Faiska - Nunca ouvi o som limpo
de guitarras maciças Ibanez como a
JEM ou a Satriani. Nunca trouxe uma
para casa e testei seu som limpo. Na
maior parte das vezes as pessoas to-
cam com drive ou distortion nelas.
Ainda prefiro o som limpinho de
uma Fender; uma Fender com
humbucking ainda tem o som carac-
terístico de Strato. Acho que o mo-
delo de guitarra influencia muito no
timbre. Tive duas Telecaster, uma 63
e uma G6. Na 63 haviam dois
humbucking e mesmo mais grave e
mais encorpado, ainda tinha som de
telecaster. Guitarras como as
RÍckenbacker, Guild, Gretsch, cada
uma tem seu som característico. As
melhores são as Gibson e as Frender.
GC - E quanto aos amplificadores
e pedais nacionais?
Faiska - Nosso problema aqui no
Brasil sempre foram os falantes.
Usei osamplificadores Giannini. que
eram cópias do Fender Twin. Se
você pegar um ampli Fender e colo-
car um falante ruim vai ler uma per-
da maior do que colocar um falante
bom num ampli ruim. O falante
ruim mata todo o som. O falante é
por onde todo o seu som vai pas-
sar. Acho muito importante que ele
seja bom. Os Gianninis da série
G"100 eram muito bem-feitos, mas
acho que fazer amplis daquele ní-
vel encarecia muito. O preço linal
para o consumidor era exorbitante.
Então o cara poderia até optar em
pagar um pouco a mais e ter um
Fender legítimo. Numa certa época
cheguei a tocar até nos baguinhos-
não tinha outro -. que quebravam
um bom galho. Pedais nacionais tive
um da Sound-Malagoli e um Delay
Giannini do qual eu gostava. Um d
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slashhhh Veterano |
# jul/05
· votar
isso fla da samick ?
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Chad Veterano |
# jul/05
· votar
cara eu só fã do faisca quando cresce euq euro ser que nem ele
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Chad Veterano |
# jul/05
· votar
cara eu só fã do faisca quando cresce euq euro ser que nem ele
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Marisco Veterano |
# jul/05
· votar
Curly
Valeu!
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ESP Veterano |
# jul/05
· votar
Curly
Boa!
Eu conheço pouco do trampo dele, porem esse tipo de entrevista sempre é interessante, logo mais vou ler com calma. Vlw.
Abraços.
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Jaum_Paulo Veterano |
# jul/05
· votar
em guitarras com floyd se vc da um bend as outras cordas desafinam e vc não pode tocar outra nota solta?
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ricardo metallica Veterano |
# jul/05
· votar
Curly
valeu mesmo. porra nao sei como esqueci do workshop dele, agora ja foi....
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ricardo metallica Veterano |
# jul/05
· votar
a folha 4 ta de ponta cabeça
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Curly Veterano |
# jul/05
· votar
ricardo metallica
só a folha 4 desinvertida:
http://s8.yousendit.com/d.aspx?id=2JI6LVMN4CDO80ZVW0PDD3U98L
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Fisioterapeuta Veterano |
# jul/05
· votar
eu fui num worshop dele aqui no parana 10 reais so
Jaum_Paulo
se for um bend muito alto sim ai vc deve apoiar a mao na ponte para poder tocar a corda solta
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Fisioterapeuta Veterano |
# jul/05
· votar
tava friu e o cara errou altas musicas
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Jaum_Paulo Veterano |
# jul/05
· votar
Fisioterapeuta
eu costumo fazer bend de 1 tom só... raramente 1 e meio... já da pra desafina ou não?
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Jimmy_Page Veterano |
# jul/05
· votar
esse lance de deixar o volume no 8, e nao no 10, é bem interessante!
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Fritz_mkvl Veterano |
# jul/05
· votar
Jimmy_Page
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/95641/
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Iago Veterano |
# jul/05
· votar
Faíska Rocks... mais uma do Curly..esse bixo é foda mermo! xD
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Fisioterapeuta Veterano |
# jul/05
· votar
Jaum_Paulo
nao sei ai vai depender de ponte pra ponte
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LOW Fl Veterano |
# jul/05
· votar
Muito boa a entrevista
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Jaum_Paulo Veterano |
# jul/05
· votar
hm
Fisioterapeuta
valeu ae
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SIGMAN Veterano |
# dez/05
· votar
E AQUELA HISTÓRIA QUE ELE USAVA AMPS DA LANEY? PURO MARKETING!
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Melquii Veterano |
# dez/05
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ta dizendo que o arquivo expirou
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