Se você fosse dono da Fender ou da Gibson, o que faria de diferente?

Autor Mensagem
JJJ
Veterano
# abr/18 · Editado por: JJJ


Acabei de olhar o tópico do Buja: http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/333759/

E vendo essas coisas estranhas (pra dizer o mínimo) como as misturas de Tele e Strato, eu fiquei pensando cá com meus botões e lembrei também daquela coisa-que-lembra-uma-Les-Paul, verde berrante, que a Gibson fez recentemente...

Sei lá... acho que tem uma certa linha vermelha que não poderia ser passada... rs

Essas fábricas tem modelos (cada uma delas pelo menos uns 3 ou 4) que são históricos e icônicos, que tem que ter sempre uma versão anual sem mudar nada ou mudando só a cor e detalhezinhos bestas. Mas eu entendo a necessidade de variar, inovar, sair da zona de conforto, etc e tal... Faz parte da coisa, capturar novos públicos, sair da crise, fazer as pessoas terem vontade de algo novo.

Se você, assim como eu, acha essas novidades algo beirando a heresia; se fosse dono da Fender ou da Gibson, o que faria de diferente?

Buja
Veterano
# abr/18
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JJJ
Eu faria como a fender tentou fazer com a fender meteora.
Criaria um novo modelo "do zero".

A ideia foi até boa, mas faltou mais audácia.
Ela fez um shape completamente novo, porem, hardwares da tele.

Eu fazia uma guitarra com aquele shape, pore, outro formato de headstoch e outros tipos de hardware, talvez até outro design de captadores.

Inovaria total, sem ser uma aberração, como as strandberg.

Nao faria nada strato-tele, telespaul, triple-cut, nada disso.
Nada que lembrasse outro modelo.
O shape da fender meteora é bem moderno, muito legal.
So o hardware e o headstock que poderiam ser mudernizados tambem rsrs.

Quem sabe uma ponte estilo music man? Hein? Tiraria a zona de conforto da fender, certamente!

https://s3-us-west-2.amazonaws.com/static.music-man.com/website/images /instruments/highlights-1/highlight-24.jpg?1453247172

Delson
Veterano
# abr/18 · Editado por: Delson
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Eu acho que tem uma gama de guitarras que, na minha opinião, deveriam ser IMUTÁVEIS:
- Les Paul
- SG
- ES-335 (e variantes tipo 175, 330, 345, 355...)
- Flying V
- Explorer
- Thunderbird
- Stratocaster
- Telecaster

De resto, pode descer o pau com novidades, tecnologia e o escambau, porque o público atual quer modernidade (em se tratando de guitarras, EU NÃO). Tem que acompanhar o bonde se não quiser perder mercado.

OUTRA COISA seria tornar o processo produtivo mais eficiente CONTINUAMENTE, evitando desperdício de materiais, desde a madeira até a cola utilizada (vocês já viram como é a fábrica da Gibson em vídeos? Parece que é uma zona sem tamanho).

OUTRA COISA eu faria (ou teria feito nos últimos 50 ou 60 anos) é investir em reflorestamento, para controlar melhor a qualidade da matéria-prima e contribuir pro meio ambiente.

Quanto a marketing, eu penso que essas duas marcas em específico já têm um bom posicionamento e uma excelente fixação de marca, pois muita gente diz que tem uma Fender, quando se refere ao modelo Stratocaster, ou diz que tem uma Gibson, se referindo ao modelo Les Paul.

Buja
Veterano
# abr/18
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Pra mim as imutaveis são so 4:

Les Paul
Stratocaster
Telecaster
SG

O resto pode variar a vontade.
Nem ligo com a semi-acustica do Dave Grohl ou com a do BB king.
Pra mim sao semi-acusticas.

Tambem tanto faz a flying v korina como a Alexi Laiho, sao Flying Vs do mesmo jeito.

Mas telecaster com braço de stratocaster, nao é nem tele nem strato.

Ahhh cara, guitarrista é um bixo chato pra burro...eu sou um desses pangaré kkkk.

Luis A.
Membro Novato
# abr/18
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Po, vcs são muito radicais...

Eu não tenho nada contra Tele modificada, às vezes o cara quer ter uma guitarra com ponte fixa e HB porém com uma escala de 25,5... não vejo problemas....

Acho ate q após Keith Richards, Steve Howe, Jeff Beck, etc, usarem teles modificadas, elas se tornaram clássicos do rock....

Gabezorx
Membro Novato
# abr/18
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acho que tem uma certa linha vermelha que não poderia ser passada.

Acho que eles tem que parar de querer inventar novos modelos e designs, tudo isso já foi feito pelas outras marcas, combinações de shapes, formatos, e por aí vai.

Eu gosto de novidade, gosto de guitarra frankenstein vide as do EVH, partscaster, etc, mas essas coisas novas estão bizarras demais.

Em tempo, acho muito loucas as guitarras que o Zakk Wylde está fazendo:

https://wyldeaudio.com/collections/guitars

Delson
Veterano
# abr/18
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Buja
SG
Esqueci dessa, kkkkk

Ahhh cara, guitarrista é um bixo chato pra burro...eu sou um desses pangaré kkkk.
Somos dois.

Luis A.
Com relação ao formato do corpo da guitarra eu sou chato mesmo. Agora se quiser trocar de captadores, instalar uma Bigsby, trocar pintura, raio da escala, por mim tá ok.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# abr/18 · Editado por: Mauricio Luiz Bertola
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JJJ
Não há muito o que fazer...
A industria de guitarras (e baixos) está em decadência, pois a música (exceto enquanto um mero produto descartável) também está.
O que é um paradoxo, pois tem muita gente produzindo boa música e tocando bem; mas isso não se traduz em um movimento cultural, e a tendência é piorar.
Ademais, essas duas corporações são vítimas de seu próprio pioneirismo, de seu gigantismo e de sua fama adquirida em décadas passadas. Suas patentes (dos anos 50), já estão em domínio público e, a generalização da produção em vários locais do mundo (mormente a China) e a generalização dos luthiers aumentou exponencialmente a concorrência.
Essa é uma lógica do Capitalismo que não pode ser revertida.
Se eu fosse um dirigente dessas empresas, decretava a falência ou a recuperação judicial, pagaria funcionários e fornecedores, venderia a maior parte do maquinário e fecharia a empresa. Reabriria apenas as Custom Shop com o único ativo financeiro óbvio que essas empresas ainda tem: seu nome e seus trabalhadores (luthiers) altamente especializados e competentes em regime de participação de lucros e trabalharia apenas para o nicho de mercado mais alto.
Suas subsidiárias (Squier, Epiphone) continuariam... E mesmo assim deveriam adotar uma política de preços e marketing agressivo, pois, nessa faixa a concorrência é ainda maior...
Abç

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# abr/18
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Se você fosse dono da Fender ou da Gibson, o que faria de diferente?


Mandava a(s) fábrica(s) pra Ásia, inclusive (especialmente) o controle de qualidade, barateando os custos de produção ou, pelo menos, de mão de obra.

Todo o resto é paliativo, e se essas marcas não fizerem isso muito em breve serão engolidas (já estão sendo) por outras.

Lelo Mig
Membro
# abr/18
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Se eu fosse dono da Fender ou da Gibson comprava um Iate e enchia de mulher e de cerveja.

MatheusMX
Veterano
# abr/18
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Mauricio Luiz Bertola
Se eu fosse um dirigente dessas empresas, decretava a falência ou a recuperação judicial, pagaria funcionários e fornecedores, venderia a maior parte do maquinário e fecharia a empresa. Reabriria apenas as Custom Shop com o único ativo financeiro óbvio que essas empresas ainda tem: seu nome e seus trabalhadores (luthiers) altamente especializados e competentes em regime de participação de lucros e trabalharia apenas para o nicho de mercado mais alto.
[2]

JJJ
Veterano
# abr/18
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Eu me referia especificamente a novos designs de guitarras (e baixos também, porque não).

A conversa descambou pra um lado diferente, mas interessante também, que envolve o que fazer com a empresa, de modo geral. O tópico pode evoluir pros dois lados, sem problema.

MatheusMX
Veterano
# abr/18
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JJJ
Eu me referia especificamente a novos designs de guitarras (e baixos também, porque não).

Mexer com o design é bem complicado. Sempre vão esbarrar em rejeição.
Fico impressionado com o design das stratocasters, como pode ser tão harmonioso, atemporal.
Talvez uma alternativa fosse manter os designs clássicos, mas revolucionar em materiais, principalmente de baixo custo.
Ou até em novas funcionalidades. Eu acharia interessante captadores plug and play, sem necessidade de desparafusá-los e desmontar o escudo pra trocar. Os potenciômetros também poderiam ser melhorados funcionalmente.

Les Strato
Veterano
# abr/18
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A ideia do Mauricio Luiz Bertola é boa, como consumidor ficaria ainda mais difícil adquirir uma, mas do ponto de vista empresarial... Seria a mesma coisa que fazem marcas como Ferrari e Lamborghini hoje em dia, fazem carros bons e ''exclusivos'', mas combram umas 15x o custo de produção do veículo apenas pela marca e exclusividade.

No mais, se fosse dono da Gibson, alem da boa ideia do Lelo Mig, consideraria relançar a Gibson ''The'' Les Paul, que foi produzida apenas no fim da década de 70, mas teve apenas 76 unidades, se não me engano. É simplesmente a guitarra mais linda que já vi.

The Les Paul 1
2
3
4
5

E pra quem quiser conferir melhor



Essa belezinha é 100% madeira e metal, as partes plasticas foram substituidas por partes em madeira.

JulianoF.
Membro Novato
# abr/18
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In termos de design? Nada com o nome GIbson ou Fender. Não iria vender.
Iria criar (ou comprar) alguma outra companhia, para investir em designs modernos. Provavelmente inicar uma linha asiatica de guitarra headless. Acho que a gibson ainda é dona da Steinberger, poderia partir daí. E a Fender poderia começar com a Jackson, ou iniciar alguma marca nova.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# abr/18
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Lelo Mig
Se eu fosse dono da Fender ou da Gibson comprava um Iate e enchia de mulher e de cerveja.
Não é uma má idéia...
Mas vai custar caro... Em todos os sentidos...
Kkkkkkkkkk

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# abr/18
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JJJ
Sinceramente acho que não há nada o que inovar muito no design de guitarras que já o tenha sido feito. A partir de agora é "chover no molhado".
Uma coisa interessante seria investir no barateamento dos custos de novos materiais, como a fibra de carbono, por exemplo.
Abç

Buja
Veterano
# abr/18
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Acho que as marcas tradicionais, poderiam ter um segmento chamado "modern", onde investiriam em guitarras mais modernas em termos de tecnologia, e nao de visual.

Uma strato com saida midi, tele com benders, assim como as gibson com afinaodres automaticos. Investiria em novos shapes de braço, que começam com modern U e terminam em modern C.
Stratos/teles de braço colado, corpo interiço, splitters, novos acabamentos de materiais que nao sejam so plasticos, novas possibilidades de timbres, pontes diferenciadas, modelos 7 cordas, novos tipos de madeira, ou até a fibra de carbono mesmo, captadores plug-n-play, etc etc etc....

Tem muita coisa que tanto a fender como a gibson poderiam reinventar, mesmo que já exista em outras fabricas, mas o nome fender/gibson ainda tem muito valor monetario agragado.

Sinceramente, eu curto um precision....mas ele já existe desde a decada de 50. Já deu né! No segmento de baixos, a diferença é minuscula.
Nao lembro sequer de um fender de 6 cordas!
E a music man, fodera, warwick e luthierias do mundo inteiro arregaçando nesse segmento.

É por isso que essas duas empresas ficam pra tras...confiam no nome, e negligenciam o produto.
O mundo mudou...moçada de hoje nao ta nem ai mais pra ter uma guitarra ou baixo da decada de 60 escrito fender/gibson nao.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# abr/18
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Buja
Sinceramente, eu curto um precision....mas ele já existe desde a decada de 50. Já deu né! No segmento de baixos, a diferença é minuscula.
Cara, o que interessa é a música, não o instrumento; ele não passa de uma ferramenta.
Não há nada, nenhum estilo que vc não possa tocar com um bom P-Bass, e, na prática, mesmo acrescentando cordas ou as duplicando (8 cordas), aumentando o numero de captadores ou suas ligações ou acrescentando circuitos de pré, pouco se faz com um baixo com esses "up-grades" que vc não possa fazer com o velho e bom P-Bass...
Abç

Casterman
Membro Novato
# abr/18
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Buja

Sinceramente, eu curto um precision....mas ele já existe desde a decada de 50. Já deu né!

Assim como stratos, teles e les pauls. Mas não acho que o fato de serem da década de 50 justifique o "já deu".

Luis A.
Membro Novato
# abr/18
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Eu so acho q os modelos já consagrados devem ser sempre mantidos na linha de produção da forma mais tradicional possível pois é isso q o publico dessas marcas buscam....

Podem sim fazer uma linha moderna, como a Gibson tem a HP, mas deixar de fabricar os tradicionais como fizeram em 2015 é um erro....

Drinho
Veterano
# abr/18 · Editado por: Drinho
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Que boa pergunta.

Se a situação é de fato trágica como estão falando eu liquidava e ia passear por aí......

Mais vale um vagabundo desmoralizado com grana no bolso do que um trabalhador honrado fod%¨&...

Mas é legal sonhar e imaginar...

Na verdade são muitos os pilares que mantem uma empresa em pé e você pode ter certeza que esses caras sabem muito mais do que nós o que deve ser feito, fazer uma transição administrativa e comercial sem deixar a peteca cair é uma coisa complicada para qualquer padaria, se é complicado para qualquer padaria, imagina para empresas deste porte.

Sei lá, de maneira bem simplista acho que é um mercado bastante pequeno em termos de publico comparado á outros mercados no mundo e existem grandes e pequenos concorrentes nos dias de hoje com qualidade e possibilidade de comunicação......

Acho que a primeira coisa que deveriam fazer era otimizar a produção e reduzirem a fabrica porque já tá mais que provado que não há mais demanda suficiente para a produção deles e o principal motivo aparente é o mercado reduzido, concorrência com qualidade, agilidade de execução, transformação e voz comercial, coisa que não existia quando essa marcas criaram história.

Não acho que o maior dos problemas seja a não adequação as necessidades dos musicos de hoje, pelo menos eu não vi nenhuma pesquisa que relatasse isso, apenas boatos.

Do ponto de vista do instrumento acho que eles deveriam ser menores e fazer jus ao nome que criaram, vendendo apenas instrumentos caros com alta qualidade e caso algum cliente queira algo fora de linha usarem as custom shops deles para isso com total liberdade ou não (não sei), eu gosto de stratocaster com 2 humbucker, com certeza encomendaria uma da fender com 22 trastes e minhas especificações em vez de comprar qualquer ibanez .....
E usar outras marcas terceirizando produção para atender outras necessidades que é o que eles já fazem, a fender tem a squier, jackson, charvel, gretch e por ai vai ...

E talvez pensarem na possibilidade deles entregarem ao consumidor recebendo pedidos online deles, eu acredito que em algum momento o teste de guitarra passará a ser dispensável por mais absurdo que possa parecer. O varejo físico tem se mostrado cada vez mais caro para o consumidor, limitante para o fabricante que tem que se adequar as limitações do distribuidor local, ineficiente por não ter tudo o que o cliente busca de pronto e atrasado do ponto de vista logistico por ter que distribuir para o revendedor, faturar para o revendedor para que isso termine em uma venda para o cliente....

Eu compraria uma fender direto da fender sem testar, basta eles terem uma politica de troca coerente....

Se a Fender e Gibson são Ferrari e Lamborghini da guitarra não tem que dar acesso mesmo, tem que meter a faca e entregar coisa top compra quem pode......Para o público de menor poder aquisitivo eu usaria outra marca e pau na maquina....

É mais ou menos assim.....

Os carros da porsche em sua maioria são melhores que os carros da Ferrari

Mas quem é teatral e custa 300 mil euros é a ferrari....

As guitarras da suhr são melhores que as guitarras da fender mas quem é teatral e custa no minimo 5 mil dolares (na custom shop) é a fender....

Esses caras não precisam ser grandes com os nomes fender e gibson, eles só precisam ser bons (até a pagina 2 porque isso é relativo) e caros....

Lelo Mig
Membro
# abr/18 · Editado por: Lelo Mig
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JJJ

Quando falei do iate, acima, não estava brincando.

E explico porque:

1- A grande maioria dos empresários, mesmo de empresas que vem a falir, continuam milionários. A pessoa juridica vai a lona... a fisica não.

2- Não acredito, que em quase 100 anos de Gibson e Fender, entre momentos bons e ruins, só teve incompetentes fazendo cagada. CEOs tão imbecis que um user do FCC tem a ideia brilhante e a solução que os caras não tem num momento de crise. Sou pobre, e isso já demonstra minha incapacidade para tal, senão estava rico.

Teles, Stratos, Lespas e SGs foram consagradas pelo Rock! O rock foi durante décadas a voz da juventude. Neguinho queria estas guitarras! Há muito tempo existem guitarras melhores que Fenders e Gibsons. Suhr, PRS, Music Man....isso pra citar só as "populares", mas nunca terão o glamour de uma Fender ou Gibson.

Estas duas são lendárias, sua reputação foi construida na ascensão e auge do rock. Suas histórias se fundem aos astros. A Strato não era a guitarra do Hendrix, era parte dele.... Assim como a Lespa e Jimi Page, Iommi e a SG.... e etc.

Isso acabou!

Se houver uma música que seja a voz da juventude hoje, essa música é o RAP... que nem guitarra tem!

O sonho acabou... E quem não dormiu num sleep bag, nem sequer sonhou!

Acredito, que no futuro, guitarra será como Oboé ou Fagote... O músico comprará o "melhor" que seu dinheiro puder comprar entre algumas marcas, independente de grife. Mas claro tradição sempre terá peso, como um Steinway, Selmer, Zildjian e outras marcas seculares.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# abr/18
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Drinho
Na verdade são muitos os pilares que mantem uma empresa em pé e você pode ter certeza que esses caras sabem muito mais do que nós o que deve ser feito
Cara, não é bem assim não... Trabalho em uma grande corporação, e os CEO's dela vivem tomando decisões questionáveis, que muitas vezes levam à prejuízos e queda do EBITDA. Exatamente por não pensarem à longo prazo, mas apenas no lucro imediato
Acho que a primeira coisa que deveriam fazer era otimizar a produção e reduzirem a fabrica porque já tá mais que provado que não há mais demanda suficiente para a produção deles e o principal motivo aparente é o mercado reduzido, concorrência com qualidade, agilidade de execução, transformação e voz comercial, coisa que não existia quando essa marcas criaram história.
É exatamente o que falei acima. Essas empresas são vítimas delas mesmas, de seu passado. Nesse nicho de mercado não há mais lugar para gigantismo.
Se a Fender e Gibson são Ferrari e Lamborghini da guitarra não tem que dar acesso mesmo, tem que meter a faca e entregar coisa top compra quem pode.
O problema é que guitarras e baixos são produtos de baixo valor agregado, e esses carros, não...
As guitarras da suhr são melhores que as guitarras da fender mas quem é teatral e custa no minimo 5 mil dolares (na custom shop) é a fender....
Concordo integralmente. Por isso eu falo aqui que esse negócio tá cheio é de marketing...
Lelo Mig
Sou obrigado a concordar com suas colocações. Acrescento que uma boa guitarra não é difícil de fazer, nem tem muita tecnologia agregada; seu custo de produção é baixo. Em um mercado cada vez mais contraído, a tendência é esse tipo de marca (Fender, Gibson), desaparecer mesmo.
Quanto à música, também é verdade. O momento é de pulverização cultural, e o Rock, tal qual o conhecíamos, está morrendo. O que é curioso, pois temos boas bandas por aí.
Abçs

Delson
Veterano
# abr/18
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A discussão tá boa.

Como já foi dito, essas marcas são icônicas, símbolos do rock n' roll mesmo. O valor delas (além do valor da marca) está aí.

Eu não sei, mas duvido que essas empresas poderiam prever que seriam tão significativas para o mundo da música como são hoje. E como diria um avô de um super herói: Grandes poderes trazem grandes responsabilidades.
Acho que elas têm uma parcela de responsabilidade em não deixar a arte morrer. Ao meu ver, liquidar tudo seria a morte de um sonho para muitos. Pode parecer meloso, mas é o que eu penso.

Providências deveriam ter sido tomadas muito (MUITO) antes de uma crise. Quero acreditar que algum grupo poderoso e amante das marcas pode chegar e salvar a p*&¨% toda, reestruturando os processos produtivos, ações de MKT, finanças, etc.

Drinho
Sei lá, de maneira bem simplista acho que é um mercado bastante pequeno em termos de publico comparado á outros mercados no mundo e existem grandes e pequenos concorrentes nos dias de hoje com qualidade e possibilidade de comunicação......
Isso é verdade, e a tendência desse mercado é só diminuir.

Acho que a primeira coisa que deveriam fazer era otimizar a produção e reduzirem a fabrica porque já tá mais que provado que não há mais demanda suficiente para a produção deles e o principal motivo aparente é o mercado reduzido, concorrência com qualidade, agilidade de execução, transformação e voz comercial, coisa que não existia quando essa marcas criaram história.
Concordo e tinha dito algo semelhante.

E talvez pensarem na possibilidade deles entregarem ao consumidor recebendo pedidos online deles
Isso diminuiria muito os custos de produção.
Outra saída seria ACABAR COM ESSE NEGÓCIO DE REPRESENTANTE OFICIAL (se tem um negócio que eu tomei birra foi isso). Aqui no Brasil pouca gente tem acesso a um instrumento desse nível (alguns exemplares nem têm tanto "nível" assim) por causa dessa verticalização da cadeia de distribuição, o que aumenta o preço final.

JulianoF.
Membro Novato
# abr/18
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Já que estão falando sobre o papel das marcas na cultura, e na música, segu e uma interessante entrevista com o CEO da Fender:

https://www.forbes.com/sites/petercarbonara/2018/03/28/for-fender-guit ars-the-future-is-digital-and-female/#3a38b2804a37

https://www.bizjournals.com/bizwomen/news/latest-news/2018/04/fender-t argets-new-market-for-guitars-women.html

Eles estão investindo em plataformas digitais de aulas (Fender Play) e muito na questão de acústico (os novos California Players, por exemplo) e estão pegando MUITOS endorsements de bandas indie com cantoras/guitarristas femininas e singer-songwriters.

Buja
Veterano
# abr/18
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Quero acreditar que algum grupo poderoso e amante das marcas

Eu tambem gostaria de pensar assim...mas grupo poderoso é amante de dinheiro, e nao da marca.
Vejo isso por onde eu trabalho, grupo fiat, donos de mais de 10 grandes nomes.
É claro e evidente que cada ação gigante tomada dentro do grupo reflete interesse dos gigantes acionistas e posicionamento no mercado de ações, pra fortaceler as marcas do grupo.

Nao imagino nenhum grupo grande comprando gibson e juntando cacos, porque são amantes da marca, e sim, talvez, porque queiram aproveitar decadas e decadas de nome pra fortaceler ações e no fim..o que todo mundo quer..até a gibson...GRANA

JJJ
Veterano
# abr/18
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Outra saída seria ACABAR COM ESSE NEGÓCIO DE REPRESENTANTE OFICIAL

Nunca entendi isso.

Drinho
Veterano
# abr/18 · Editado por: Drinho
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JJJ

Cara se você pensar no passado até fazia sentido, principalmente para uma multinacional. imagina que você é o diretor de vendas do Feijão Camil e você precisa atender o Sr. João de Manaus, o José de Campinas e o Horácio de Maringá?


Mais coerente é distribuir para os atacadistas para os atacadistas distribuirem para os varejistas para que o feijão chegue na sua casa.


Porém cada vez mais em alguns segmentos (e com certeza o de instrumento musicais é um deles) com o avanço da comunicação e recursos logisticos esse modo de fazer negócio tem se mostrado cada vez mais desnecessário até um dia que eu tenho certeza que grandes marcas comercializarão produtos em suas lojas online e mandarão entregar, no máximo terão seu showroom para demonstração e venda junto da fábrica ou em algum ponto estratégico.

Não dá nem para falar que só as lojas aqui do brasil tão quebrando.

Os caras da guitar center tão reclamando cara.... se eles tão reclamando já era.....

Antigamente o mercado online era embrionário, hoje cara, pega qualquer pessoa seja um cara rico andando de mercedes ou um nóia de biqueira.... todos tem um celular na mão.... eu acho que loja fisica, principalmente as grandes e caras para ficar de pé tão com os anos contados....

esse fórum tá com os dias contados.... o mundo muda... paciência...

E pra aproveitar a historia de fender e gibson.....

Acho que todo mundo viu aqui no youtube videos da produção da Gibson....

Cara, é muito bonito, muito legal, um monte de gente metendo a mão na massa, amarrando o bordo para secar a cola, metendo faca na madeira mas na boa....

Em 2018 uma empresa que visa dinheiro no bolso não pode trabalhar que nem eles, é lastimável, e esse caras sabem que há tecnologia para produzir com eficiencia hoje em dia em alta qualidade, não dá pra entender....

E pra complementar..... Se com o Slash fazendo propaganda já tá ficando uma trolha de 300 milhões, imagine sem ele...

Ou as vezes nem ele mais tá se pagando e tá na hora de ter a cabeça cortada mesmo....

japaubatuba
Melhor interpretação
Prêmio FCC violão 2008
# abr/18
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Mudaria a fabrica do México para o Brasil! E daria desconto pros BR!

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