escalas obrigatorias pra qualquer bom guitarriistas de jazz, blues e rock, e para improvisacao

    Autor Mensagem
    victorioswhat123
    Membro Novato
    # out/16


    Tava vendo as postagens sobre escalas e vi um monte de escala, mas elas sao realmente todas necessarias? Escala cigana, menor harmonica, menor melodica, penta, e mais um monte. Preciso decorar todas elas? Ou sao opcionais e devo ter uma ou mais escalas "basicas e conhecidas" na ponta do dedo para tocar bem

    LeandroP
    Moderador
    # out/16 · Editado por: LeandroP
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    victorioswhat123

    Vejo as escalas como ferramentas pra improvisação/composição. Quanto maior o seu vocabulário, melhores as chances do seu discurso ser atraente, eloquente, melhores as chances de se expressar.

    Eu costumo dividir as escalas em tonalidades maior, menor, diminuta e dominante. As outras são variações, com as suas particularidades, seus sotaques.

    Quanto mais você souber, melhor! O que não significa ter que tocar todas elas numa música.

    victorioswhat123
    Membro Novato
    # out/16
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    Mas tem alguma escala "obrigatoria" pra qualquer guitarrista de blues, rock ou jazz?

    LeandroP
    Moderador
    # out/16
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    victorioswhat123

    Sim, as pentatônicas.

    Insufferable Bear
    Membro
    # out/16
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    Assistindo vídeo aulas da Emily Remler e do Joe Pass eles só consideram as escalas maior, menor e menor melódica, comece daí.

    LeandroP
    Moderador
    # out/16
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    Insufferable Bear

    E muito é disso mesmo. Se considerar as inversões de cada uma delas terá preenchido quase todas as escalas possíveis.

    Luis A.
    Membro Novato
    # out/16
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    Insufferable Bear

    Cara, se nao me engano Joe Pass pensa em maior, menor e dominante.....nao???

    Sendo q para cada uma dessas escalas ele usa outras próximas (menor mudança melódica possível). Ou no caso da dominante, ele insere escalas simétricas....

    Na minha opinião, o iniciante q compreende a aplicação de uma msm pentatonica para a escala maior e sua relativa menor, ja se vira muito bem...
    Com o tempo, o cara vai naturalmente aprendendo a adicionar notas q vão dar um tempero diferente no seu som...

    Quando o carinha se sente confortável na penta, mas acha q seu vocabulário anda meio limitado, aí é a hora dele aprender todos modos de todas escalas e suas relações de proximidade e aplicação....

    Insufferable Bear
    Membro
    # out/16
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    Luis A.
    Essa é a separação dos acordes, mas sim, ele usa bem mais coisas quando tem uma dominante, mas acho que dá pra começar da melódica mesmo.

    O que não acho útil é pensar em modos, talvez pra cada pessoa seja diferente, mas acho mais fácil pensar numa escala maior com uma quarta aumentada quando um acorde maior aparece do que no modo trigo sei lá os nomes.

    Luis A.
    Membro Novato
    # out/16 · Editado por: Luis A.
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    Insufferable Bear

    Começar da melodica???Com todo respeito, de onde vc tirou isso???

    E sim, vc pode ter outras formas de pensar sim, tudo q ajude seu raciocínio é valido, se vc achar mais pratico chamar o Lídio de Jonio com a quarta aumentada, ok.... Eu nao sou de pensar assim pq gosto de saber onde estou situado dentro do campo harmônico....

    Mas nao entendi pq vc acha q um guitarrista deve iniciar pela melodia, sendo q ela é uma das escalas menos usadas na musica pop.....

    Eu sou da opinião q guitarrista deve começar pela penta, quando ele estiver familiarizado com a sonoridade dos intervalos mais básicos ( terça, quarta, quinta e sétima, no caso da penta menor).... aí sim ele deve ir adicionando outras notas, e buscar entender as nuances q essas notas irão causar de acordo com a harmonia....

    E volto a afirmar, o carinha q sabe usar bem a penta maior e menor, ja se vira muito bem na musica pop e rock..... Afinal a base de 90% dos solos clássicos de rock é a penta....

    LeandroP
    Moderador
    # out/16
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    Insufferable Bear
    O que não acho útil é pensar em modos, talvez pra cada pessoa seja diferente, mas acho mais fácil pensar numa escala maior com uma quarta aumentada quando um acorde maior aparece do que no modo trigo sei lá os nomes.

    Eu vejo assim também .Quando comecei a estudar os modos, pensava em modos e em shapes, pra estudo técnico. Hoje quando vou improvisar, penso no acorde, tensão e resolução.

    Lipão guitars
    Membro Novato
    # out/16
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    penta penta blues
    na minha opiniao acho bom dar uma olhada nos modos gregos
    aeolian dorian mixolidian
    e a dominant 7th arpeggio

    LeandroP
    Moderador
    # out/16
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    Por exemplo, se vou tocar um Fá lídio, não penso mais como uma escala de Dó maior partindo do IVº grau. Eu penso apenas no acorde F7M e suas tensões adicionais, como a 6a ou 9a, ou a própria nota característica #11. Ainda sobre o acorde lídio, o legal é que não tem nota evitada dentro do modo. Me ocupo mais com o uso dos arpejos como ferramenta melódica, tipo arpejo de Em7 sobre um acorde C7M, por exemplo.

    JJJ
    Veterano
    # out/16 · Editado por: JJJ
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    Preciso decorar todas elas?

    Não.

    Aliás, NA MINHA OPINIÃO, não precisa decorar nenhuma, precisa é "entender" as principais. Tocar um solo pensando em intervalos "decorados" pra mim é mais ou menos como se mandasse um robô fazer um solo...

    Na minha cabeça (MINHA, ok?) o interessante em aprender escalas (no sentido muito mais de entender do que decorar) é perceber a INTENÇÃO das notas sobre a harmonia; a qualidade melodiosa; a emoção única que cada uma representa.

    Luis A.
    Membro Novato
    # out/16
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    LeandroP

    Eu penso apenas no acorde F7M e suas tensões adicionais

    Exato!!!!

    JJJ

    Imagina se toda vez q vc fosse conversar com alguém vc pensasse em toda regra gramatical a ser usada.... seria no minimo estranho, nao ficaria espontâneo....

    Insufferable Bear
    Membro
    # out/16
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    Luis A.
    Ele perguntou sobre jazz, e jazz tem que ter menor melódica.

    LeandroP
    Outra boa dica isso aí. Ficar preso em campos harmônicos te limita e não ajuda quando você improvisa sobre progressões que se afastam do tom.

    Acho que o maior desafio pra improvisar é achar atalhos e ganhar fluência ao caminhar por eles. Não adianta saber os modos se você engasga quando aparece uma dominante secundária.

    LeandroP
    Moderador
    # out/16
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    Insufferable Bear
    Não adianta saber os modos se você engasga quando aparece uma dominante secundária.

    Exatamente! Por isso me apego aos arpejos porque é uma ferramente que te permite cadenciar as frases. Sobre arpejos tem um vasto campo de estudo, e "motivos melódicos" é uma forma que acho interessante (fiz um tópico a respeito). Eu não sei explicar de uma forma acadêmica, porque aprendi de ouvido, intuitivamente, mas tem um motivo que remete ao som de Bach. Veja este exemplo em D7M e em Dm7:


    e---5----5----5---------|---5------5------5----------
    B-----8----7------------|------8------6--------------
    G---------------7-6-7---|-------------------7-5-7----
    D-----------------------|----------------------------
    A-----------------------|----------------------------
    E-----------------------|----------------------------
    D7M Dm7


    Note que a 5a nota deste arpejo (nota Lá), tá sempre na ponta, sendo chamada de "nota pedal" ou "nota balão". E no entanto o tom é Ré. Este desenho está baseado no shape de D maior e D menor da 5a casa. Você pode aplicar esta ideia em qualquer região, e também criar outros motivos melódicos. Se bem aplicado o resultado é bem legal.

    Ismah
    Veterano
    # out/16
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    Bach compôs muito para o órgão, e o termo "nota pedal" (pedal point em inglês) vem dali..

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_pedal

    Stav
    Membro Novato
    # out/16
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    LeandroP
    Exatamente! Por isso me apego aos arpejos porque é uma ferramente que te permite cadenciar as frases. Sobre arpejos tem um vasto campo de estudo, e "motivos melódicos"

    Bom tocar nesse ponto, no começo é muito mais jogo vc ter uma boa criação motivica para desenvolver uma boa retórica do que saber todas as escalas, recomendo pra quem quiser estudar sobre o assunto o livro "melodic rhythms for guitar" do Willian Leavitt, um ótimo livro sobre o assunto.

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