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eduardodff Veterano |
# out/14 · Editado por: eduardodff
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rcorts Pegou pesado com o Lelo Mig!! O problema das guitarras está entre a correia e a guitarra, como bem disse nosso amigo De Ros! Tem muita gente que tira som bom com guitarra barata! Mas tem gente que gosta de grife, ninguém está errado, é questão de gosto e prioridade!
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rcorts Veterano |
# out/14
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eduardodff Tem muita gente que tira som bom com guitarra barata! Mas tem gente que gosta de grife, ninguém está errado, é questão de gosto e prioridade!
Concordo contigo cara.
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Teddy.Picker Membro Novato |
# out/14
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rcorts
dado o talento acima da média poderia tirar som até de pedra
sempre gosto de citar creedence nesses exemplos de tempos de escassez de instrumentos e tecnologia pra gravar, eles sim tiravam som de pedra xD
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SuicideGuy Membro |
# out/14
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Tenho um amigo que usa uma Golden Les Paul dessas em shows e uma pedaleira zoom 505 II (ok podem meter o malho na pedaleira). É incrível o som que o cara tira desses equipamentos. O cara é melhor guitarrista que eu, tenho que reconhecer e o meu equipamento que simplesmente dá de 10 mil a zero no dele, mesmo assim não soa tão bem. Acho que isso só reforça que o guitarrista faz muito mais diferença que o equipamento. Certa vez eu fiz alguns ensaios com esse cara, chegando lá no "estúdio" dele, é Golden na mão e um meteoro de com falante de 6,5" no chão desses de 300 pratas. Quando o cara vai fazer show ele usa um amplificador melhorzinho, mas nada dele, tudo das casas onde ele toca e nada com qualidade inquestionável pois ele faz apenas show pequenos. O máximo que eu já vi ele tocando em termos de amplificador foi em um Meteoro Nitrous. Ai nessas horas eu me pergunto: Será mesmo que eu preciso de toda aquela parafernalha cara que eu tanto comprei gastando até dinheiro que eu não podia gastar pra ter? Acho que foi só preciosismo mesmo. Teria sido melhor investir naquela "peça" que segura a guitarra enquanto ela é tocada.
Em se tratando de equipamentos assim, acho que se fôssemos guitarristas míticos (não apenas famosos mas simplesmente míticos) talvez fizéssemos questão de nossas Gibsons plugadas em nossos Fender Twin Reverb ou outro amp top, realmente daria diferença caso estivéssemos com o projeto de gravar um álbum do nível de um "The Wall". Mas como não é o nosso caso, na verdade precisamos de muito menos que isso. Com certeza aqueles sons do Pink Floyd, Led Zeppelin e afins não foi feito com qualquer equipamento, mas será que esse é realmente o nosso caso? Acho que na verdade crescemos aprendendo a amar aquele som e caímos na ilusão e no preciosismo de que basta comprar um equipamento igual o dos caras, fuçar a regulagem na internet e nosso som vai ser igual. Na verdade passaremos em 99,9% dos casos longe daquilo mesmo tendo o mesmo equip.
Quanto a Golden, a marca era mal falada e de qualidade deplorável, mas desde que eles fecharam a parceria com a Wilkinson as guitarras ficaram inquestionavelmente ótimas. Os modelos antigos são uma bela porcaria, mas as novas com captação e ferragens Wilkinson são guitarras pra ninguém botar defeito. Se a guitarra fosse feita em Mogno só trocaria ela realmente por uma Gibson de boa que ficou.
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entamoeba Membro Novato |
# out/14
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Tenho acompanhado o tópico e sei que a discussão não se deu nesse sentido, mas, me atendo ao título do tópico, pensei:
Uma guitarra top pode ser um estímulo maior para o sujeito se empenhar! O que é mais fácil, deixar encostada uma Gibson de 5.000 dólares ou uma Eagle de 200 reais?
Além disso, a vivência com bons equipamentos contribui para que o músico aprenda a reconhecer nuances no som que alguém que habitualmente usa "porcarias" não seria capaz de notar.
E qual é o preço básico de um instrumento TOP, deixando de lado valores atrelados ao prestígio das marcas? Com "preço básico" me refiro ao somatório dos custos relativos a parte física, que vai desde a infraestrutura da empresa, incluindo o maquinário necessário para a produção do instrumento, a estrutura administrativa, o gasto com publicidade, feiras etc. até a madeira utilizada, captadores e tarraxas. E quanto ao valor do know how? Do conhecimento empregado para fazer um instrumento diferenciado? Ele deve ser embutido no preço?
Será que quando pagamos mais de 5.000 dólares numa Gibson, 4.500 são "apenas pelo nome escrito no headstock"?
NOTA: valor, preço e custo são coisas diferentes. O valor é uma percepção individual; O preço é o quanto é cobrado; E o custo é quanto a empresa gastou para produzir.
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rcorts Veterano |
# out/14
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Teddy.Picker sempre gosto de citar creedence nesses exemplos de tempos de escassez de instrumentos e tecnologia pra gravar, eles sim tiravam som de pedra xD
Creedence é muito bom!
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rcorts Veterano |
# out/14
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SuicideGuy
Cara, concordo em gênero número e grau com o seu post, especialmente na parte: Teria sido melhor investir naquela "peça" que segura a guitarra enquanto ela é tocada.
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rcorts Veterano |
# out/14
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entamoeba
Uma guitarra top pode ser um estímulo maior para o sujeito se empenhar! O que é mais fácil, deixar encostada uma Gibson de 5.000 dólares ou uma Eagle de 200 reais?
Concordo com você, em partes e explico o porquê: a minha guitarra foi toda montada na base da G.A.S, he he. Com peças que eu quis, incluindo captadores e inclusive com direito a troca do braço por um que eu queria. Não vou nem falar de marcas porque não é onde eu quero chegar. Enfim, sendo sincero eu tenho uma guitarra hoje bem do jeito que eu queria ter. E com certeza ela foi um estímulo grande, principalmente nos primeiros anos. Hoje, claro ainda toco a bichinha, mas muitas vezes ela fica parada no canto. O que quero dizer com isso? se o cara não tá no clima pra tocar todo dia, várias horas por dia, mesmo a guitarra dos sonhos pode ficar encostada.
Tenho certeza que alguém entre nós tem lá sua guitarra "top of the line" encostada no case enquanto prefere assistir o fla flu, tomar uma cerva ou apenas tirar um cochilo.
Por outro lado, tem um amigo meu que há mais de 10 anos toca numa Rocky Condor, e toca com muita velocidade, e hoje em dia com técnica bem mais apurada. Parece até piada falar disso, kkkkk. Mas com a Rocky Condor o cara tira leite de pedra. Kkkkk.
O ponto polêmico que eu quis trazer a tona se expressa bem nesse trecho do seu post:
Além disso, a vivência com bons equipamentos contribui para que o músico aprenda a reconhecer nuances no som que alguém que habitualmente usa "porcarias" não seria capaz de notar.
Não existe necessariamente uma vinculação dos atributos "barato" e "porcaria". Principalmente hoje em dia, com as recentes mudanças no mercado de instrumentos e invasão de multi marcas no nosso país.
Só pra usar uma metáfora, se antes a diferença no padrão de instrumentos era algo abismal como "fundo de vale/topo de colina", por ex.: strato Michael/ Strato Fender, hoje temos algo mais para "planície/planalto", por ex.: Squier Classic Vibe/ Fender american standard.
Por isso repito a pergunta: quando rotulamos um instrumento barato de ruim, será que estamos fazendo isso embasados em nossos preconceitos (leia-se conceitos já formados, e que muitas vezes precisam ser revistos), ou estamos emitindo uma opinião racional, baseada em nossas mãos (quando pensamos na tocabilidade) e ouvidos (quando levamos em consideração o timbre).
A Golden é um exemplo disso que eu falei: há alguns anos, como alguns usuários aqui falam e como eu mesmo tive a experiência eram umas guitarras bem vergonhosas. Mas hoje a diferença para aquelas antigas virou uma coisa absurda. A Golden LP de hoje é muitas, muitas vezes superior a aquelas vendidas por volta de 2002.
Vejam, não se trata de desmerecer a qualidade das marcas já consagradas. De forma alguma. Eu tentei direcionar a discussão estritamente no sentido de que ao avaliarmos uma guitarra, podemos fazer isto de forma mais racional, levando em consideração quesitos técnicos como timbre, tocabilidade, acabamento etc...
Talvez o problema desse post seja exatamente o título, como você colocou. Pelo fato de eu ter colocado o título, até propositalmente, assumo, em forma de uma metáfora, criou-se o espaço para a discussão tomar linhas de abordagem diferentes.
Mas, eu preciso assumir em definitivo uma postura, certo? afinal de contas fui eu que abri o tópico, por isso não seria ético ficar em cima do muro. E após muita reflexão, talvez até um pouco de angústia mesmo envolvendo essa questão desde quando decidi (TENTAR) ser guitarrista, hoje estou convicto de que com equipamentos o mínimo decentes, o que faz toda a diferença no som e na criatividade é, parafraseando o De Ros, aquele que está entre a correia e a guitarra.
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entamoeba Membro Novato |
# out/14
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rcorts quando rotulamos um instrumento barato de ruim, será que estamos fazendo isso embasados em nossos preconceitos (leia-se conceitos já formados, e que muitas vezes precisam ser revistos), ou estamos emitindo uma opinião racional, baseada em nossas mãos (quando pensamos na tocabilidade) e ouvidos (quando levamos em consideração o timbre).
Preconceitos são ótimos! O problema é quando o cenário muda! Na maioria das vezes não temos a chance de chegar aos "conceitos" e os preconceitos tornam a vida muito mais prática, poupando-nos de examinar a fundo certas questões. A sua indagação, como você mesmo diz, é fruto de uma mudança de cenário. O sistema de preconceitos que antes funcionava agora precisará se reajustar.
hoje estou convicto de que com equipamentos o mínimo decentes, o que faz toda a diferença no som e na criatividade é, parafraseando o De Ros, aquele que está entre a correia e a guitarra.
É verdade! As vezes compramos equipamentos compulsivamente numa tentativa desesperada de nos tirar da estagnação, de mudar os ares para ver se nosso som melhora. Claro, são estímulos diferentes e tendem a fazer com que o músico experimente coisas novas, mas a qualidade do som advém do desenvolvimento da técnica!
Um bom baterista batucará em uma mesa de boteco como ninguém! Um guitarrista tirará uma sonzeira até de berimbau! Isso é indiscutível!
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rcorts Veterano |
# out/14
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A todos que acompanham o tópico:
Só para esclarecer mais um ponto, apesar da Golden ter sido o exemplo citado, a discussão não se trata deste modelo em si, mas sim de uma série de modelos "baratos" que hoje estão aí no mercado e que muitas vezes chegam a surpreender até mesmo quem já tem mais experiência com várias guitarras.
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rcorts Veterano |
# out/14
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entamoeba Preconceitos são ótimos! O problema é quando o cenário muda!
Tenho de admitir que neste ponto você está completamente certo.
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rcorts Veterano |
# out/14 · Editado por: rcorts
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entamoeba E quanto ao valor do know how? Do conhecimento empregado para fazer um instrumento diferenciado? Ele deve ser embutido no preço?
Só pra responder sua pergunta, que eu tinha esquecido de responder. Penso que sim, em certa medida sim.
O problema do preço de Gibson e Fender aqui no Brasil não é culpa direta nem das marcas e sim da alta carga tributária a que somos submetidos, sem falar na ganância de muitos atravessadores e importadores de instrumentos. Por exemplo, de onde se justifica o preço das Epiphones LP aqui no Brasil, sendo que lá fora custam em média uns 450 dólares?
Uma Gibson Standard lá nos EUA custa em média uns 2000 dólares. Acho um preço até barato lá devido a qualidade das guitarras e como você falou, todo o know how envolvido. O problema se torna grande mesmo é depois que atravessa o oceano.
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Lelo Mig Membro
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# out/14 · Editado por: Lelo Mig
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entamoeba rcorts
Caras, eu sei que foge um pouco ao assunto do tópico, mas essa relação "barato" que se usa em música, me deixa antecipadamente puto. Não pelos valores, por quanto cada um quer e pode gastar, mas pela forma como a grande maioria dos músicos trata seus próprios equipos.
Aí um cara desses paga 200 conto numa merda de camisa oficial de time de futebol e acha um pedal de R$ 300, que vai durar a vida toda, caro!
Paga 2 paus numa merda de vídeo game, que daqui 6 meses tá ultrapassado, e acha uma guitarra de 3 paus, que perigas ficar para seu neto, caro!
Se o cara é um hobbista, divide seu tempo entre dezenas de afazeres e a guita é apenas mais um de suas "brincadeiras"... tudo bem, não vai gastar dinheiro desnecessário nisso.
Agora, o cara é um músico, quer viver de música, estuda 8 hs por dia e sua vida é a guitarra, vai ficar economizando no que seria o principal em sua vida?
Não entendo muito esse tipo de "paixão".
E para encerrar, algo que também já disse aqui: Não se iludam com marcas e modelos nas mãos de guitarristas famosos. Elas são fakes, cheio de ajustes e adaptações solicitadas pelo endorser. Não são as que estão nas lojas.
Uma vez perguntaram ao John McEnroe:
Qual a melhor marca de raquete do mundo?
- A que me paga mais para usa-la!
A diferença entre McEnroe e os Endorses musicais, é que eles não falam isso na lata!
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rcorts Veterano |
# out/14
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Lelo Mig
Quanto a esses argumentos seus eu sou obrigado a concordar cara. Vivo tentando explicar isso pra minha patroa quando eu compro alguma coisa que na opinião dela é cara. Mas se for um celular que ela gosta ela nem toca no assunto de ser caro ou não. É um bom exemplo do que você falou.
A relação de barato em se tratando de guitarras acho que pode ser muito útil em dois casos principais:
1. Quando o cara já tem uma guitarra principal e gostaria de ter uma segunda, uma terceira, ou até uma centésima guitarra (he he, depende da G.A.S do cara);
2. Pro iniciante em música, que não é porque está aprendendo a tocar guitarra que precisa gastar 2, 3 mil para ter uma guitarra com o mínimo de decência (tendo como base a noção que nós que já tocamos há certo tempo temos de um instrumento decente).
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Ismah Veterano |
# out/14
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Lelo Mig
Esse lance de ser pago é tenso. Não passa de jabá, mas é a realidade.
Pode parecer apelativo, mas lendo a bio do Slash, vi que muita coisa é universal, no submundo da música.
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MMI Veterano
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# out/14
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rcorts
por ex.: strato Michael/ Strato Fender, hoje temos algo mais para "planície/planalto", por ex.: Squier Classic Vibe/ Fender american standard.
Isso é preconceito. Quem disse que Fender é sinônimo de guitarra boa? Da mesma forma que hoje saem da fábrica as piores Gibson da história, só comparáveis com as da era Norlin do início da década de 70. Só que o preconceito da galera diz que Gibson e Fender são guitarras boas. huahuahuahua
Lelo Mig
A diferença entre McEnroe e os Endorses musicais, é que eles não falam isso na lata!
Edu Ardanuy e Faíska falam na lata sim. Outros também, mas prefiro nem citar o que rola... (tipo raspar o headstock da guitarra gringa e colocar adesivo da nacional)
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rcorts Veterano |
# out/14
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MMI Isso é preconceito. Quem disse que Fender é sinônimo de guitarra boa?
Realmente, isso é outro tipo de preconceito, que infelizmente nós todos temos em certo grau. No geral, Fender é guitarra boa, mas sempre tem as exceções e quem se decepcione também.
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Filippo14 Veterano |
# out/14
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Gente, mas essa questão das guitarras baratas não acaba entrando inclusive naquele tópico " O que uma precisa ter para estar na estrada?".
Eu tenho 19 anos e não tive chance de pegar aquelas guitarras ruins da época que não havia importação, tudo era muito ruim e tal, mas quase todo mundo que eu ouço, inclusive aqui no fórum diz que as guitarras baratas melhoraram muito de qualidade. Uma guitarra entry level antigamente toma um pau absurdo em comparação às atuais.
Pensando nisso, será que as guitarras baratas, dos seus 600 reais já não são boas o bastante para aguentar a estrada? O Pepeu tocou em uma noite com uma Golden, isso pode não ser considerado estrada, mas mesmo assim, pode ser que elas sejam o bastante.
O que eu acho é que existe uma graaande diferença entre o que você faz precisa na estrada e o que você precisa no estúdio.
Uma guitarra barata, bem equalizada, amplificador razoável e um bom guitarrista faz um som legal em um show, sem dúvida que funciona super bem. A questão é que esse tipo de guitarra provavelmente soará pior em um estúdio. Um ambiente de gravação as nuances contam muito, usar aquele determinado delay para atingir aquele som faz a diferença, porque as pessoas param para escutar seu cd, elas ouvem o som da guitarra, elas não estão em uma multidão gritando.
Todo mundo aqui falou de sonzão ao vivo e tudo mais, mas no meio de um show, se o cara tivesse com uma strato ou com uma lespa não iria fazer diferença.
Abração
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rcorts Veterano |
# out/14
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Filippo14 Pensando nisso, será que as guitarras baratas, dos seus 600 reais já não são boas o bastante para aguentar a estrada? O Pepeu tocou em uma noite com uma Golden, isso pode não ser considerado estrada, mas mesmo assim, pode ser que elas sejam o bastante.
Penso que sim, visto a mudança de cenário no mercado de instrumentos que foi levantada no tópico. Eu tive a chance de tocar em algumas guitarras baratas no início dos anos 2000 e por isso posso afirmar que houve sim uma grande mudança.
Muitas guitarras baratas (vamos chamar de baratas guitarras até uns 800,00, só pra ter referência) estão sendo fabricadas hoje com ferragens melhores, com um cuidado maior na fabricação do braço, no ajuste da escala, dos trastes, etc...
Acho que, hoje em dia estamos mais esclarecidos e refletimos mais sobre o assunto, mas por um tempo, aqui no FCC mesmo, nós tivemos uma forte tendência em atribuir a qualidade de guitarras quase que exclusivamente às madeiras usadas, sendo que este é apenas um dos fatores de qualidade. Ainda bem que essa nóia passou (ou pelo menos parece que passou).
E hoje, ainda temos um quadro um pouco diferenciado. No mercado há guitarras baratas e boas (na faixa de 600 a 1000 reais) e guitarras com preço intermediário (entre 1000 e 2000) com uma grande qualidade agregada. Alguns exemplos: Vintage AFD, Squier Classic Vibe, Cort M600 etc...
O que eu acho é que existe uma graaande diferença entre o que você faz precisa na estrada e o que você precisa no estúdio.
Realmente, saber tocar é uma coisa, saber se apresentar ao público é outra e saber gravar guitarra são universos totalmente particulares.
Um ambiente de gravação as nuances contam muito, usar aquele determinado delay para atingir aquele som faz a diferença, porque as pessoas param para escutar seu cd, elas ouvem o som da guitarra, elas não estão em uma multidão gritando.
Bem colocado, música gravada e música ao vivo são duas coisas totalmente diferentes. Muitas vezes para gravar apenas uma guitarra base o guitarrista pode ter de gravar em várias tomadas diferentes e vários trechos da mesma música separadamente, enquanto num show muitas vezes o mesmo guitarrista faz base, arranjos e solo. Sem falar nas "camadas", que normalmente não são perceptíveis conscientemente, mas fazem toda a diferença pra transformar uma música talvez até simples num hit mundial.
Todo mundo aqui falou de sonzão ao vivo e tudo mais, mas no meio de um show, se o cara tivesse com uma strato ou com uma lespa não iria fazer diferença.
Agora, nesse ponto eu vou discordar de você. Strato é strato e Les Paul é Lespa, independente de ser ao vivo ou estúdio. São muitas características diferentes, não apenas madeira, não apenas modelo. Seja ao vivo ou em estúdio, são coisas quase que completamente diferentes, a não ser pelo fato das duas serem guitarras e pensando genericamente, guitarras são a mesma coisa, o mesmo objeto, só que não.
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Alex guitar man Veterano |
# out/14
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Agora, nesse ponto eu vou discordar de você. Strato é strato e Les Paul é Lespa, independente de ser ao vivo ou estúdio. São muitas características diferentes, não apenas madeira, não apenas modelo. Seja ao vivo ou em estúdio, são coisas quase que completamente diferentes, a não ser pelo fato das duas serem guitarras e pensando genericamente, guitarras são a mesma coisa, o mesmo objeto, só que não.
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Principalmente se for som limpo, e ser realmente for, ai você verá a diferença até de for uma LP pra uma SG
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renatocaster Moderador
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# out/14 · Editado por: renatocaster
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rcorts
guitarras com preço intermediário (entre 1000 e 2000) com uma grande qualidade agregada. Alguns exemplos: Vintage AFD, Squier Classic Vibe, Cort M600 etc...
Exatamente. Essas guitarras vieram para preencher uma lacuna que até então não existia há alguns anos atrás (a nível de Brasil). Vc tinha as bagaceiras e as guitarras top, ou seja, eram os dois extremos.
Eu tenho uma Cort M600, a propósito. Bela guitarra, tocabilidade ótima, confortável, tem um som muito bacana...Na boa, hoje eu vejo que é mais vantagem pegar uma guitarra assim do que pegar uma entry-level Fender ou Gibson da vida que custa mais que o dobro do preço.
EDIT: Não quero dizer que essas guitarras intermediárias são melhores que as entry-level das marcas mais conceituadas, digo mais pelo custo benefício. Já tive uma entry-level da Gibson e a guitarra era ótima. Porém, acho que hoje eu não teria coragem de pagar nela o preço que paguei na época que comprei.
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Filippo14 Veterano |
# out/14
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Alex guitar man rcorts
Concordo que uma mudança de modelos fará o som sair diferente em qualquer ambiente, mas ao vivo é o que menos importa, sabendo mexer nos knobs ou com pedais, uma strato pode ter um som mais forte e uma lespa pode sair com som limpo, o que eu quis dizer com isso é que ao vivo, tendo uma sonoridade boa, pouco importa se fica mais crunchado, mais limpo, faltando graves, uma sonoridade nota 7 já é o bastante para tocar em um show e com qualquer equipamento bom (coloco aí guitarras de 800 reais) podemos atingir qualquer tipo de som.
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Ismah Veterano |
# out/14 · Editado por: Ismah
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Filippo14
Até menos (bem menos)... Tenho um amigo que toca com uma Tagima 935 (acho) de 600 mangos (hj ela tá mais cara), e uma GT9.2tt e faz um puta som...
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rcorts Veterano |
# out/14
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Filippo14 Concordo que uma mudança de modelos fará o som sair diferente em qualquer ambiente, mas ao vivo é o que menos importa, sabendo mexer nos knobs ou com pedais, uma strato pode ter um som mais forte e uma lespa pode sair com som limpo, o que eu quis dizer com isso é que ao vivo, tendo uma sonoridade boa, pouco importa se fica mais crunchado, mais limpo, faltando graves, uma sonoridade nota 7 já é o bastante para tocar em um show e com qualquer equipamento bom (coloco aí guitarras de 800 reais) podemos atingir qualquer tipo de som.
Ainda mais se a galera já tomou mais de 4 cervas ou umas duas doses de bebida destilada aí é que qualquer coisa tanto faz mesmo, he he.
Mas, brincadeiras à parte, principalmente quem vive de palco tem que tomar cuidado com um detalhe muito, mas muito importante mesmo: onde menos se espera pode ter um olheiro, um empresário que vai gostar do teu som. E tanto faz se você agradar mil pessoas bêbadas, se desagradar 1 pessoa sóbria, talvez esteja desagradando exatamente aquela que mais importava naquele momento.
E isso não tem nada a ver com a guitarra x ou y, mas sim com uma característica pessoal que é ser cuidadoso, dedicado ao seu trabalho. Pois antes de exigirmos que qualquer pessoa respeite nosso trabalho, nós mesmos devemos ter muito respeito por ele.
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rcorts Veterano |
# out/14
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renatocaster Exatamente. Essas guitarras vieram para preencher uma lacuna que até então não existia há alguns anos atrás (a nível de Brasil). Vc tinha as bagaceiras e as guitarras top, ou seja, eram os dois extremos.
Eu tenho uma Cort M600, a propósito. Bela guitarra, tocabilidade ótima, confortável, tem um som muito bacana...Na boa, hoje eu vejo que é mais vantagem pegar uma guitarra assim do que pegar uma entry-level Fender ou Gibson da vida que custa mais que o dobro do preço.
EDIT: Não quero dizer que essas guitarras intermediárias são melhores que as entry-level das marcas mais conceituadas, digo mais pelo custo benefício. Já tive uma entry-level da Gibson e a guitarra era ótima. Porém, acho que hoje eu não teria coragem de pagar nela o preço que paguei na época que comprei.
[2 ] Muito bem colocado.
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rcorts Veterano |
# out/14
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Alex guitar man Principalmente se for som limpo, e ser realmente for, ai você verá a diferença até de for uma LP pra uma SG
Som limpo é o bicho!!! sempre foi o que mais me deu trabalho pra "fechar" o som até hoje.
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MMI Veterano
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# out/14
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Filippo14
Todo mundo aqui falou de sonzão ao vivo e tudo mais, mas no meio de um show, se o cara tivesse com uma strato ou com uma lespa não iria fazer diferença.
Bom... Ao contrário do pessoal daqui, eu concordo com você. Dá sim para tapear o pessoal, não é o tipo de guitarra que vai fazer o pessoal descobrir o modelo.
Há um tempo eu fiz uma brincadeira de "teste cego" entre uma strato puro sangue, uma strato HSH splitada, uma PRS e uma Gibson Les Paul Dark Fire. O resultado, caros "ouvidos de ouro", foi ZERO acertos. Zero. Da mesma forma o Jimmy Page virou referência de timbre de Les Paul com Marshall gravando com tele e um amplizinho Supro.
Um amigo, que também é daqui do FCC, andou pedindo e até insistindo para eu botar aqui outro desses, botando timbre de Les Paul, mas usando strato, tele, PRS, Les Paul com P-90 e a R9, poderia até colocar a Lucille na parada (que seria meio covardia). Só não fiz porque ando sem tempo, fiquei quase 2 anos sem gravar aqui em casa e agora me meti num projeto que está me consumindo muito. Mas desconfio que o pessoal não conseguiria acertar, pelo menos não com facilidade. Concordo que são guitarras diferentes, mas se a ideia é fazer uma passar pela outra, garanto que neguinho fala que a Lucille é tele, a R9 é strato, a tele é Les Paul e por aí vai... (isso para falar coisas fáceis de fazer soar, mesmo com som limpo ou quase limpo). Por isso que teste cego é uma bobagem tremenda.
rcorts
um detalhe muito, mas muito importante mesmo: onde menos se espera pode ter um olheiro, um empresário que vai gostar do teu som.
Mais fácil o Papai Noel e o coelhinho da Páscoa começarem a me visitar todos os anos...
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rcorts Veterano |
# out/14
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MMI Da mesma forma o Jimmy Page virou referência de timbre de Les Paul com Marshall gravando com tele e um amplizinho Supro.
Isso é verdade, e bem um tapa na nossa cara.
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rcorts Veterano |
# out/14
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MMI Mais fácil o Papai Noel e o coelhinho da Páscoa começarem a me visitar todos os anos...
Boa!
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Ismah Veterano |
# out/14
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MMI
Não é exatamente assim, mas sim existem os olheiros. No caso, fui convidado a integrar algumas bandas assim.
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