Verdade guitarra velha

Autor Mensagem
Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# ago/13
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Lelo Mig
Aqui vc tocou num ponto essencial: Gênios (como Blackmore e Lartimer, por exemplo) fazem o que querem com o instrumento, tem um timbre único, definido e identificável.
Acontece que 99% dos guitarristas não são gênios como eles, e ficam discutindo essa questão à toa....
Ao longo de todos esses anos de minha experiência como luthier e como (mal) músico amador, eu nunca ouvi uma guitarra ou baixo que soe exatamente igual à outra, nem nas mãos do mesmo cara, nem de fulanos diferentes, e, quanto à questão da madeira... Existe diferença sim; é sutil, mas existe. Uma Strato com corpo de marupá e outra com corpo de cedro-rosa (e mesmo "hardware", mesmas cordas e mesmo amp com a mesma regulagem e o mesmo cara tocando), soam diferentemente entre sí. Repito a diferença é pequena, mas há.
Abç

Drinho
Veterano
# ago/13 · Editado por: Drinho
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O problema é quando chega alguém falando que quem tem que ser bom é o músico kkkk
Aí ninguém sabe mais de nada....

Que o músico tem que ser bom e ele é peça fundamental na história todos sabemos, mas acho interessante fazer uma discussão dessas de forma saudável de modo que cada um coloque seu ponto de vista baseado em suas experiências.....

em se tratando de guitarras sólidas desplugadas, com bem o MMI exemplificou com o rapaz tocando nas duas guitarras eu não acredito na questão de um som melhor, mas sim um som maior, valorizando mais talvez certas frequencias ou o conjunto delas, até com mais volume mesmo, nao sei ao certo, é dificil até achar palavra pra falar disso que é bastante complicado, um som com mais projeção e realmente isso é notável de fato pelo video, acredito que realmente o melhor resultado está na junção desta massa sonora que o instrumento pode gerar em termos de vibração junto á um captação que envie este elemento para o amplificador com uma personalidade própria e forte.... é assim que eu com minhas poucas experiências entendo um bom instrumento....
e tambem nao sei o que é necessário em termos de madeiramento e construção para que o instrumento soe desplugado desta forma, nao sei se existe uma explicação exata pra isso em termos de secagem de madeira, direção de veios.... são muitos detalhes...

agora se isso está apenas nos novos ou nos velhos eu sinceramente nao sei, acho que nada pode ser tomado como regra porque tudo varia muito...

e se esse instrumentos for executado por um bom músico melhor ainda, mas na minha opiniao um bom instrumento é capaz de falar sozinho, soa bem sim com alguem tocando mal, basta bater o dedao no mizao que um som de respeito vem sim a tona....

ALF is back
Veterano
# ago/13 · Editado por: ALF is back
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em um outro topico q coloca em duvida justamente esses questionamentos da influencia da madeira no timbre, nosso amigo boblau colocou um exemplo muito interessante pra ilustrar o q vou falar agora:

esses testes de bancadas feitos em computador são o Ó!
pq colocar um robô pra medir coisas q só os humanos tem plena percepção? será q ngm ouve a diferença? rs
jogar uma guitarra na bancada e por uma mola pra palhetar, mandar o sinal pra um analizador de frequencias é um teste muito ingênuo, uma física perfeita, onde não há atrito nem resistência do ar, primário!

sabemos muito bem das limitações da ciência. Como falei nesse outro tópico, a cura da aids está descoberta a 15 anos, só q ela nao funciona in vivo...só funciona ali na plaquinha de petri, com cultura de células...onde está o erro? é claro, tem algo que nao enchergamos! algo q foi ISOLADO no experimento, mas nao deveria ser isolado, pois influencia completamente no resultado final...pois bem, se estamos testando algo, é pq nao conhecemos a verdade...se nao conhecemos a verdade, isolar é um erro!
creio muito mais em um teste cego com bons avaliadores do q num experimento do beackman como esses q tem purai! nós é q temos q ouvir e avaliar, nosso ouvido é muito superior a esses computadores, pois não é a sensibilidade do dispositivo q importa, mas sim sua competencia cognitiva...uma maquina nao tem isso, e se tem, nós que demos a ela!

pra completar, ilustro com esse interessante post de nosso amigo, com a fonte abaixo:

boblau diz:
"Esta discussão é muito difícil. Eu aprendi que timbre é algo muito mais complexo do que o melhor microfone da tecnologia atual pode captar de duas formas:

1- minha esposa fez o mestrado de linguística dela no IPT em análise acústica com um professor doutor que estava pesquisando uma forma de validar transações bancárias pelo timbre de voz dos clientes. Chegou-se à conclusão que, neste momento, isto é impossível porque os equipamentos simplesmente não conseguem definir "timbre" por análise acústica. Só o ouvido humano.

2- eu fui convidado uma vez para estar no palco do teatro municipal durante um ensaio da OSESP e afirmo com absoluta convicção de que os timbres que lá escutei, eu nunca havia escutado do melhor equipamento hi-fi que já conheci - um McIntosh valvulado com 16 caixas acústicas em quadrofonia. Não chega nem aos pés.

Portanto, acredito que a madeira de uma guitarra influencia sim fortemente na percepção do ouvido humano com referência ao timbre. E é diretamente proporcional ao quanto o som é cru. Quanto mais "efeitos" forem colocados, mais distante esta percepção ficará.

Não é à toa que guitarristas são idolatrados inclusive por aqueles que não conhecem música. Alguma coisa faz os leigos "sentirem" o som de A ou B soar melhor, mais bonito, mais atraente. E quando vc vai ver o que o guitarrista usa, pode apostar - é guitarra de madeira boa e de qualidade com um equipo bem cru (Hendrix, Page, Blackmore, Richards, Clapton, Mayer, Bonamassa, etc etc)

Tem uma outra comparação interessante que uma vez eu ouvi de um enólogo:

"O sabor e o cheiro de um vinho não pode ser medido por nenhum equipamento, assim como o som de um piano Steinway. Só provando..."

É somos "máquinas" muito, mas muito complexas....

(...)

Sem dúvida são casos diferentes, mas eu coloquei para efeitos de comparação na percepção de timbres. Como vc mesmo colocou, os sistemas de reprodução para uma orquestra são ineficientes assim como é ineficiente para o equipamento utilizado no estudo da Unicamp. E por melhor que seja não vai conseguir distinguir "timbre".

Tudo o que passar por equipamento - captador - pré - power - alto falante, ou captador - pré - processamento digital - mídia ou ainda captador - pré - processamento analógico - mídia vai ser influenciado e "comprimido" para as faixas de frequência suportadas por eles.

Eu estou fazendo a analogia do seguinte: imagine que vc está escutando um timbre de uma guitarra top saindo de um amplificador valvulado top. Depois o mesmo guitarrista com o mesmo amplificador troca de guitarra com o mesmo shape, captador, tarraxas, trastes, etc, só que com um corpo de plástico. Com um grande grau de certeza, seu ouvido treinado irá sentir que algo mudou. Se vc for substituído por um microfone, pré, processamento digital e mídia, não será possível esta mesma sensação por análise eletroacústica.

Isto não é a minha opinião, é o estudo que foi feito no IPT a que tive acesso. Um dos argumentos mais interessantes foi o seguinte - se vc colocar a mesma pessoa falando em um microfone com a voz sadia e com um resfriado, a análise eletroacústica te dirá que são pessoas diferentes, porém, se ao invés do microfone, tiver uma pessoa ouvindo, ele vai reconhecer que é a mesma pessoa com resfriado. Muito interessante não?
"

http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/41645/p11#8731720
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/41645/p11#8731775

Cristhyano
Veterano
# ago/13
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ALF is back
Concordo com a parte dos testes com computadores feitos até agora serem fracos. Não sei como está a tecnologia pra isso no exato momento ou como será no futuro, mas os que foram utilizados até o presente momento realmente deixam a desejar.
Sobre o restante não tem muito o que adicionar, já foi tudo falado nos posts anteriores.

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