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Lelo Mig Membro
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# fev/13 · Editado por: Lelo Mig
Explicando o inexplicável...A Aula do que você NÃO deve fazer!
Percebo, em alguns posts/respostas, que muitos não entendem a forma como alguns caras do passado tocam/pensam a música.
Não se trata de tocar bem ou mal, hoje toco mal e o que vale é o presente, mas já toquei razoavelmente quando estava na ativa.
O tópico, apesar de em primeira pessoa, não é prá de falar de mim, apenas, explicar as formas de tocar, que alguns desenvolvem por razões e motivos diferentes.
Como sou de outra geração, algumas coisas que para mim são óbvias, percebo que não são para os mais jovens e vice e versa.
Numa época onde não haviam internet e etc, as coisas aconteciam num outro curso e ritmo, e se você era criança, tinha menos informação ainda
Então, apenas para uma ideia geral, tentem imaginar a seguinte situação:
"Na minha casa havia um violão, que não sei como foi parar lá. Ninguém sabia tocar, nem tinham a miníma noção de como fazê-lo".
Estava lá encostado e um dia eu peguei e comecei a brincar. Comecei a tirar algumas coisas de ouvido, até aí, tudo bem, mas aqui entra o primeiro detalhe bizarro:
- Eu não sabia que o vioão tinha uma afinação fixa. Então eu esticava ou afrouxava as cordas a "bel prazer", dessa forma, a música que eu tirava hoje, era tocada diferente amanhã, porque eu alterava a afinação constantemente.
Ou seja, se eu fizesse um Mi maior, com um desenho X, no dia seguinte eu tinha que descobrir um novo desenho, para aquele mesmo acorde soar igual.
Eu achava que isso era normal.
Depois de um tempo, descobri ou aprendi com alguém, que a afinação era fixa. Isso facilitou, porque agora os desenhos eram os mesmos.
Mas, detalhe: Meu violão era desafinado, então, meus acordes eram montados de forma totalmente diferentes do que são na real.
Até que um vizinho afinou meu violão, certinho, e me disse que aquela era afinação padrão e fixa.
Achei uma beleza....Aí os acordes começaram a ficar parecidos com o que vocês fazem, porém, com alguns erros de montagem.
Lembro que meu Mi Maior era feito como um Dó, ou seja, com dedo 1 na casa 1 de Sol, dedo 2 na casa 2 de Ré e dedo 3 na casa 2 de Lá.
Meu Sol Maior era "dedão" (Polegar mesmo...kkkk) pegando As 3as casas de Mi e Lá, e dedo 2, pegando as 3as casas da Mizinho e da Si. Ou seja, eu não tocava o Dó da corda Lá e sim um Dó bemol, mas "passa batido"...rs
(experimentem fazer aí..kkk, é muito tosco e engraçado)
Depois, este mesmo vizinho me ensinou os acordes básicos, e eu resolvi estudar por conta. Comprei livros de violão básico, harmônia e fui estudando por conta e risco.
Deixei de ser músico de ouvido e fui me tornando autodidata.
Acontece, que se você ensinar teoria para alguém que não toca, ele será capaz de aprender. Poderá até ler e escrever partituras, sem saber tocar instrumento algum.
Comigo, aconteceu algo parecido. A teoria que aprendi sozinho, ficou desvinculada da prática.
Escalas, campo harmônico e etc, para mim existem só na pauta, e não no braço do instrumento. O braço do instrumento, devido ao vício adquirido de "procurar" o som pelo som, já que as notas não eram fixas quando comecei a tocar, me fizeram acostumar a ir no som, onde ele esta, e não na nota X.
Na prática é a mesma coisa. Um lá prá vc é um lá prá mim. Mas você vai na nota Lá, eu vou no som Lá.
Tanto é, que acostumei a estudar no escuro de luz apagada ou olhos vendados, porque prá mim rende mais.
Mas como um estúpido que estuda no escuro vai conseguir aliar a teoria à prática? Não dá, por isso ficou separado prá mim.
Tudo isso, para explicar que desta forma, fica mais fácil de vocês entenderem como caras tipo Jimi Hendrix, B.B King e etc, se desenvolveram. Se comigo foi assim, imaginem com estes caras nascidos nos anos 40?
Se eu que sou medíocre aprendi o basicão, imagina esses caras que são gênios? Agora imagine se eles estivessem estudado da forma correta?
É isso aí!!
Obs: Você aconselha seu método? NÃO!!!
Músicos há séculos desenvolveram métodos para facilitar a vida dos que vinham depois, querer reinventar a pólvora é criar vícios e perder longo tempo fazendo de forma complicada, coisas que as vezes são simples.
Eu fiz esse caminho torto, porque não tive informação e inicei como brincadeira.
Aqui um exemplo de alguém formado na escola da ignorância, como eu, a diferença é que ele não precisou mudar, porque tem talento!!
Reparem como ele monta os acordes:
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kiki Moderador |
# fev/13
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Lelo Mig hahaha, legal... mas não entendi, essa história é sua ou é uma ficção misturando causos que voce viu por aí?
eu não cheguei a aprender tão na marra, mas foi meio na orelhada de amigos que faziam aula. tinha uns 2 que tavam fazendo aula e estudando sério, uns 2 que já tocavam bem há bastante tempo (um até dava aula pra molecada no bairro), e um monte de gaiato tipo eu aprendendo na marra.
a afinação padrão eu sabia, mas os acordes eu fazia com uns dedos trocados, simplificava quando não conseguia, essas coisas. e dá-lhe revistinha de cifra!
o que hoje o povo faz com video-tutorial eu fazia indo na casa dos amigos ou eles indo em casa e eu vendo como eles tocavam as musicas.
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Lelo Mig Membro
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# fev/13
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kiki
Eu aprendi assim mesmo Kiki, se é que pode chamar de aprendizado. Eu usei meu exemplo, porque não sei como foi exatamente para Hendrix, B.B King e etc, mas creio que foi a mesma merda ou parecido.....só que os caras são gênios!
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james.gurley Veterano |
# fev/13
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Faz sentido, mas ñ acho que esse método caótico seja melhor que aprender a teoria.
O bom músico sabe aplicar a teoria ao que ouve. Não tem essa de "eu vou no som de lá, vc vai na nota...".
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james.gurley Veterano |
# fev/13
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Faz sentido, mas ñ acho que esse método caótico seja melhor que aprender a teoria.
O bom músico sabe aplicar a teoria ao que ouve. Não tem essa de "eu vou no som de lá, vc vai na nota...".
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ALF is back Veterano
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# fev/13
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Lelo Mig kkkkkkkkkkkk Puts cara q engraçado, me vi aprendendo violão do 0 com seu texto! Quando tava começando foi exatamente assim tbm! Em 1997, embora já houvesse Internet, era coisa para poucos! O PC em casa só servia pra jogar Prince of Pérsia rodado num disquete! rodava as tarrachas de acordo com o meu humor, e as vezes me perguntava pq os violonistas não gostavam de tocar com o violão deitado no colo, com a boca virada pra cima. Caramba, como era mais fácil!, a primeira musica q "aprendi/ tirei" de ouvido foi cai cai balão, em uma partitura pra teclado q tinha em casa, já q eu já sabia tocar teclado... me disseram q a corda mais fina era o dó, e q o violão só não tinha a corda B...era só C, D, E, F, G, A de baixo pra cima... A partir dessa falsa informação, tentei tocar o cai cai balão, mas nao batia...so dava certo se eu tocasse tudo na mesma corda...ai eu deduzi q meu violão tava desafinado! Fui afinar então usando as notas do teclado como referencia...logo na mizinha, tentei afinar em C e,claro, ela quebrou! Foi quando conclui q eu precisava achar alguem pra trocar a corda e afinar pra mim! Kkkkkkk
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fla3d Veterano |
# fev/13
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Teus textos como sempre são muito legais, imagino que o vizinho deve ter ficado de saco cheio de ouvir aquele violão desafinado e depois aqueles acordes errados e resolveu te ensinar. :D
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Lelo Mig Membro
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# fev/13 · Editado por: Lelo Mig
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james.gurley "método caótico seja melhor que aprender a teoria"
Onde eu digo que é melhor?
Acho que vc comentou sem ler o tópico, ou não o entendeu!
ALF is back
kkkkkk...é hilário.........C/D/E/F/G/A...qual foi o "tecladista" que te passou essa informação?
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Lelo Mig Membro
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# fev/13
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fla3d
Ele tocava violino, virou violinista famoso, entrou numa orquestra nos E.U.A....imagina só...kkk...coitado!!
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bezerrabru Veterano |
# fev/13
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Lelo Mig Muito legal seu texto, como o ALF is back falou, eu também me ví aprendendo violão. Embora seja de familia onde quase todos tocam, eu aprendi sozinho por orgulho. Ganhei um Di Giorgio de 88 que, com 3 meses, caiu e quebrou o Headstock (eu mesmo colei com medo do meu irmão, que era guitarrista, que me deu o violão, descobrir). Ia nas bandas de jornais e comprava revistinhas de cifras, fiz meus primeiros acordes em violão desafinado mesmo. Naquela época, não tinha noção nenhuma de tom do violão, acreditava que estaria afinado REALMENTE quando meu irmão (outro irmão, baixista) usava um afinador e colocava ele em Mi.
Meu professor de Guitarra aprendeu igual você, mas ele não tinha dinheiro pra comprar os livros então ele ia em bibliotecas, e acabou se "perdendo" na teoria, embora na prática ele fosse muito bom. Tocava um Blues & Country como poucos, o engraçado que ele gostava mais de tocar metal. Bom, aprendi muito com ele, mas o que eu mais aprendi é procurar o solo pela "sonoridade" e não pelas escalas, e ele me aconselhou a procurar um professor de teoria. Não fui atrás, parei de tocar guitarra por uns 3 anos (larguei banda e abandonei a guitarra) por causa de namorada. Voltei a ativa MESMO uns 2 anos e estou indo atrás de teoria, aprendi alguns modos de improviso, shapes, escalas e talz que me faltava, mas ainda vou por extinto.
Belo texto. Abraços.
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renatocaster Moderador
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# fev/13 · Editado por: renatocaster
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Lelo Mig
Hehehe, esse lance de afinação no violão para quem tá começando aprender é tenso mesmo. Eu lembro que comecei a aprender os primeiros acordes com um amigo que era vizinho meu de muro. Teve um dia que ele me emprestou o violão dele, mas de tanto eu tocar todo desajeitado, com aquela mão dura, o violão desafinou rápido, lógico.
Eu não sabia o nome das notas, muito menos das cordas. Mas eu achei estranho porque aquele único acorde que eu sabia fazer e fica tocando repetidas vezes (Lá maior...sem pestana, claro, hehehe) estava com um som estranho, diferente daquele que eu acostumei a ouvir.
Então, eu pensei: "Ahn, acho que tem que apertar esses negócios aqui" (tarraxas, hehe). Só que na minha mongolice, eu achava que tinha que apertar as cordas ao máximo, pra deixá-las o mais esticadas possível. Coitado do violão do meu amigo, depois disso ficou parecendo um berimbau, todo envergado, uhauhauhauha.
ALF is back
O PC em casa só servia pra jogar Prince of Pérsia rodado num disquete! E Carmen San Diego! o/
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joao b. Veterano |
# fev/13 · Editado por: joao b.
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lelo mig
Também entrei na música de uma forma engraçada. Algo curioso e que eu não sei explicar, é que, mesmo antes de eu ter contato com um instrumento, na igreja, enquanto a banda tocava, eu conseguia perceber quando alguém errava um acorde e até mesmo quando algum instrumento estava desafinado. Claro, eu não sabia explicar isso, mas percebia a diferença.
Não havia músicos na minha família, e vivíamos numa tanga desgraçada, então não haviam possibilidades (nem de longe) de adquirir um instrumento musical. O que eu fazia? Ficava olhando os instrumentos na igreja, e como eu gostava do som da guitarra, resolvi pegar um pedaço de madeira e construir uma, nesse tempo eu tinha de 10 pra 11 anos de idade.
Fiz várias guitarras de brinquedo. Eram peças rústicas e desprezíveis, mas pra uma coisa serviam, eu decorava os acordes que o guitarrista da igreja fazia, e em casa tentava fazer na minha guitarra de brinquedo, e assim fui aprendendo os acordes de C, G7, F... Que eu só soube que tinham os respectivos nomes anos depois. Um dia, cortando um pedaço de madeira na tentativa de construir um braço, acertei o facão no 5º dedo da minha mão esquerda, o dedo ficou em duas partes, e até hoje minha unha tem uma cicatriz.... rsrsrs
Um dia, o dirigente da igreja foi visitar minha família e me viu tocando minha guitarra "Signature joao b. Séries", e então me emprestou um violão velho que ele tinha, pra que eu pudesse aprender. Nesse tempo eu já tinha 12 anos.
O violao era um "Trovador", e mais parecia um birimbal (rsrsrs), o braço era bem largo, cordas duras e havia um buraco no tampo traseiro... Mas pra mim era o melhor violão que eu conhecia... afinal, eu só havia tocado na joão b. Séries até então.
Havia um sernhor na igreja que tocava viola, então pedi que afinasse o violão. Pequei o violão afinado e procurei no braço onde as notas coincidiam e decorei o intervalo de uma corda pra outra. Também não sei explicar, mas, em poucos dias eu conseguia afinar o violão apenas ouvindo o som das notas (claro, não na altura padrão, afinal, eu desconhecia o "padrão"). Eu ajustava a 6ª Mi numa altura qualquer ( a que eu julgava correta) e a partir daí afinava as outras cordas.
Minha mãe quase me expulsou de casa, eu levantava às 5:30h da manhã pra dar tempo de tocar um pouquinho antes de ir pra escola. Isso quando não levava o bendito violão pro colégio, pra tocar na hora do recreio (bons tempos!)
Nâo tinha acesso à internet, nem revistas, nem livros... Aprendia ouvindo e procurando os sons no braço do instrumento.
Meses depois comecei a tocar no conjunto da igreja, e aprendia com os outros músicos. Fiquei nessa por anos, e só depois que comecei a trabalhar tive acesso revistas, livros, internete... E só então tive condiçoes de desenvolver melhor minha musicalidade...
Não virei músico profissional, hoje música pra mim é diversão, toco pra ser feliz! Faço parte do ministério de musical da minha igreja, continuo estudando, tenho alguns trabalhos autorais... E me considero "privilegiado" por ter o "dom musical", que eu prefiro chamar de "aptidão musical"...
Só me arrependo de não ter guardado nem um exemplar da "signature joao b. Séries"... É que quando peguei o Trovador, esqueci do resto do mundo... rsrsrsrs
Entao é isso, cada um com sua história!
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Bigtransa Veterano |
# fev/13
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ALF is back Que nada! em 97 já rolava uma mulherada forte no mirc e no chat do uol, era só xavecar e pedir o icq! E se ninguém tentasse usar o telefone, dava pra elas mandarem foto em menos de 40 minutos... Lelo Mig Eu já tentei trocar as cordas do violão contando o numero de voltas que dei pra pra desenrolar e dando o mesmo número de voltas pra enrolar (pra não perder a afinação)... toquei com o violão ´"afinado" desse jeito uns 10 dias até alguém arrumar pra mim...
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Lelo Mig Membro
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# fev/13
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bezerrabru renatocaster joao b.
Puxa!! é muito legal ler a história de cada um, como cada indivíduo teve contato e encarou a sonoridade do instrumento.
joao b.
Uma "Signature joao b. Séries" pendurada na parede do quarto hoje, seria um motivo de orgulho, hein?...hehehe
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e_merson Veterano |
# fev/13
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Eu tenho meu primeiro violão até hoje... comprado em 1994. Na época eu tinha o maior cuidado do mundo e ele não parava afinado nem a pau... hoje deixo ele jogado em qualquer canto do meu quarto e toda vez que pego ele pra brincar tá perfeitamente afinado. Vai entender...
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MMI Veterano
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# fev/13
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Lelo Mig
Eu acho que entendo perfeitamente a sua concepção.
Minhas primeiras aulas de música foram lá na década de 70. Na casa de meus pais ainda existe, era um piano bem antigo para o qual arrumaram uma professora de piano clássico. Tive aulas por vários anos, aprendi muita coisa sobre música e grandes compositores e intérpretes. Talvez nem todos aqui sabem, mas a teoria ensinada no clássico é muito diferente do que se aprende no popular, principalmente porque não há espaço para improvisação, a leitura e interpretação é bem mais estimulada.
Hoje mal consigo tocar um dó maior ao piano, mas ainda acho que a teoria musical é bem mais simples de pensar no piano do que na guitarra ou violão. Dizem que a primeira língua que se aprende é a principal, tanto é que na época da guerra umas das partes do interrogatório para saber se o sujeito era espião consistia em fazer a pessoa se extenuar fazendo contas rápidas (todo mundo faz na língua que aprendeu na escola, por mais que domine um outro idioma). Então acho que meu primeiro idioma musical foi nas teclas brancas e pretas - por sinal, literalmente era marfim e ébano.
Eu ouvi muita música clássica, jazz (lembro que aprendi um jazz e logo se tornou minha música predileta de tocar) e MPB, mas fui pego pelo vírus do Led Zeppelin, Pink Floyd etc. Nisso apareceu em casa um violão nacional de nylon, por sinal muito bom. Aquilo me intrigou, já tinha uma boa noção de notas, afinação, acordes. Mas tinha uma "gaitinha" para afinar, o que era um martírio, porque aquelas cordas de nylon cediam e afinar de ouvido com aquela gaita era trabalhoso e difícil. Aquilo me desestimulou um bocado... Mesmo o piano eu chegava a me perder na música e na partitura e acabava seguindo de ouvido, improvisando no sentido mais literal, já que não era o objetivo. Mas ainda estudei, aprendi algumas coisas, peguei gosto or ouvir e entender música.
A exemplo do Lelo, alguns motivos acabaram por me afastar de tocar propriamente, fiquei bons anos sem tocar uma nota sequer. Até que pude ganhar meu dinheirinho, não queria pedir dinheiro para me divertir. Assim comprei um teclado, mas aquilo me remetia ao clássico e histórias que não me empolgavam tanto, mas comecei até a tocar em banda e uma ou outra apresentação nas teclas. Percebi que já que ia recomeçar, me divertir, que fosse então no velho violão que logo se transformou numa guitarra. Era bem mais legal, bem mais rock`n roll, mais divertido, porém um desafio maior porque não sabia tanto.
Por uma série de razões, comecei a participar de gravações e produções. Para isso precisava de timbres, até instrumentos diferentes, outras guitarras, violões, baixo, cavaquinho (não é para mim isso!), ukulele e bandolim. principalmente esses dois últimos, são afinados de forma diferente e acabam por funcionar um pouco diferente também. Então entra, finalmente, esse negócio de "buscar sons" e não estudar tudo de novo, toda teoria. Funciona meio que por intervalos, intuitivamente sei que tenho que buscar um semi-tom, um tom, uma quarta, sei lá. Principalmente no bandolim, sei tocar alguma coisa, as escalas são fáceis, tão fáceis que nem sei que escala estou tocando, toco acordes e não sei que acordes são, kkkk. E ao entrar em chorinho, aquilo chega a ser complexo a ponto de não valer a pena pegar a teoria e pensar em inversões, modos, escalas etc. É bem isso, pegar e mandar ver, do jeito errado e desaconselhável que você se referiu.
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MarcosMalmsteen Veterano |
# fev/13
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o som pelo som, já que as notas não eram fixas quando comecei a tocar, me fizeram acostumar a ir no som, onde ele esta, e não na nota X
Quando preciso tirar um solo, sempre procuro, ouvir exaustivamente... até decorar, depois tento tocar acompanhando a musica... em ultimo caso eu leio... pq... ahuahuah acho mais facil de tirar assim.
Acho que é tudo questao de costume...
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guizimm Veterano |
# fev/13
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eu acho melhor juntar o instintivo com a teoria, afinal música se faz com sentimento, não com estudo, a teoria ajuda a expandir a cabeça, mas não substitui nada
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EduBluesMan Veterano |
# fev/13 · Editado por: EduBluesMan
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Lelo Mig Voltar no tempo é algo legal. Acabei de voltar pra 1985, quando eu tinha 13 anos e com o meu primeiro salário, juntando com alguns caraceros vendidos, comprei minha primeira guitarra. Uma vermelhinha feita por algum luthier tupiniquim de fundo de quintal e provavelmente com erros de medidas, mas que era igualzinha à do Brian May. Até hoje tenho fotos empunhando aquela mágica guitarra. Depois de uns meses, comprei um pedal de distorção e me embrenhei na música bem ao estilo como você falou. OUVIDÃO. Eu conhecia os acordes, mas os powercords (antigos bordões), eram na orelha mesmo. Ou tirava musica na orelhada ou trocava idéias com alguns amigos e assim, consegui tocar N.I.B, Purple Haze, Hey Joe, algumas co CCR e também uns nacional como Beth Balanço, Polícia e coisas do gênero. Lembro também que internet nem existia, então, se quiséssemos descolar uma musiquinha cifrada, tínhamos que correr na banca de jornal e comprar aquelas revistinhas de cifras (lembra??????)
De vinte músicas, só uma servia pra galera do rock !!!! ... Só nos anos 90 é que começaram (veja bem...começaram) a surgir as tais TABLATURAS, que um ou outro amigo (mais abonado $$$$) conseguia comprar e tirar xerox pra todo mundo. ... Encostei minha guitarra em 1992 e voltei a me apaixonar por "elas" em 2011 e agora, quando quero uma música qualquer, é só ... digitar no google... que vem tudo, tudo... a um preço maravilhosamente gratuito. .... Viva a tecnologia.!!!!!!!!!!!!!! (guitar rig, guitar pro, cifra club, amplitube, internet) VIVA
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jaen Veterano |
# fev/13
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Caramba! Quando comecei a aprender comprei um violãozinho e tirava meoldias de ouvido. Não entendia nada de música, e achava que assim já tava bom hehehe. Comecei a fazer aulas e ninguem me avisou que canhoto "deveria" tocar diferente. Toco como destro. Aprendi meia duzia de acordes e de novo achei que já tava bom. Toco meio que instintivamente até hoje, 18 anos depois, e uso o dedão pra fazer acordes...
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wilvaz Veterano |
# fev/13
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Ainda erro muito na mão direita, tá difícil aprender fluentemente, não sei se acontece com vocês, mas o toque involuntário em uma corda indesejada está me matando!!! Comecei agora com 41 anos,acho que é isso, não pretendo desistir ( 6 meses de 1 hora por dia), mas eu acho que meu tempo está curto heheheh.
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rasjr1305 Veterano |
# fev/13
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Acho que não tem problema voce começar sozinho, na verdade é até melhor pois você tem maior controle da guitarra ou violão. Quando digo isto, estou falando na questão de que muita gente fala que vai "improvisar" e fica tocando shape de pentatônica que já está manjado por todo mundo e ainda acha que é o cara da teoria. O certo é mesclar os dois tipos teoria e conhecimento do instrumento, tente improvisar sem saber o tom, a exemplo.
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Lelo Mig Membro
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# fev/13
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wilvaz
Cara, infelizmente, não dá prá comparar com a molecada, isso não podemos negar.
Mas dizer que seu tempo está "curto"? Curto prá que? Você quer ficar famoso e ser maior que o Steve Ray Vaughan?
Creio que não!...Então relaxa.
Você não têm a mesma facilidade motora de um moleque de 16, mas em compensação, não precisa ficar mais ansioso.
Sussa, tira o pé do acelerador, diminui a velocidade de tudo que for tocar quando estiver estudando, sejam músicas, sejam escalas, sejam os fatídicos 1,2,3,4, toca devagar, tão devagar que saia perfeito. Aí você vai aumentando a velocidade, de boa.
Teu cérebro assimila rápido e a precisão vai fluindo.... só alegria!!..hehehe
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vinibassplayer Veterano |
# fev/13
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aconteceu comigo tbm... o único kra sobrando na igreja q precisava logo de um baixista.. aí eu comecei num baixo de 5 cordas afinado em E A D G B.. aí vc aprende tudo errado até q chegou um kra q fragava mais e afinou o baixo certo.. de qualquer forma eu tive q aprender a fazer e tirar tudo de ouvido na hora e talz... acaba q a gnt cria essa relação de ouvir antes de tocar... mas era caidade pequena e ñ tinha NINGUÉM q soubesse música pra me ensinar... agora é q, 5 anos depois, eu to numa cidade q me dá uma estrutura pra começar a estudar do zero, e já vi q vai ser mais difícil ainda!!!
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clebergf Veterano
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# fev/13
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Lelo Mig
Bacana a história. Esse tipo de aprendizado era e é muito legal e válido, mas o que algumas pessoas hoje em dia confundem é que se vc e outros na época aprenderam alguma coisa sem aula, então não é preciso estudar nada...mas vai ver o que quanto vc e outros caras dessa época ralaram para chegar nessas descobertas? Diz a lenda que o Hendrix passava umas 16 horas por dia com a guitarra na mão, ele não teve estudo formal, mas ralou pra caralho para descobrir as paradas que ele fez.... Infelizmente estamos em uma geração onde tudo é fácil e rápido, e se tem duas coisas que não fazem parte da arte é velocidade e facilidade...
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Hammer Veterano |
# fev/13
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Lelo Mig legal a história... acredito que se pareça com a de muitos aqui, inclusive a minha... o pior de tudo no Brasil é que até algum tempo atrás o conhecimento musical era muito restrito... e lembro que ja tive alguns professores de musica e a maioria deles não sabia muito de teoria... Hoje com a internet as coisas estão mudando muito..hoje está tudo muito mais facil...do que antigamente, lembro que até as revistinhas de cifras vinham cheias de erros...
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EduBluesMan Veterano |
# fev/13
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Hammer lembro que até as revistinhas de cifras vinham cheias de erros... kkkkkkkkk pior que é verdade. A gente ficava esperando a publicação delas e quando vinham... aff....l
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Will Bejar Veterano |
# fev/13 · Editado por: Will Bejar
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kiki e dá-lhe revistinha de cifra! hauahuahuahuauahu... tinha várias e ficava me questionando com a minha Tonante Finder "mas o som não tá igual ao do Metallica... nem do Guns... nem do Nirvana... o que será que eles fazem???" aí descobri os powerchords (bicorde na época!). Mesmo assim, ainda não tava igual... então, um vizinho me presenteou com um OD da Oliver!!! Ah, agora sim meu ampli Brabus tava rock n roll!!! Daí um belo dia um amigo me emprestou uma dessas revistas que explicava as escalas... aí minha vida mudou!!! Muito bom... huahauhauha
ALF is back O PC em casa só servia pra jogar Prince of Pérsia rodado num disquete! Gostava da música, tentei fazer umas gambiarras pra gravar aquela música do jogo, mas não consegui... aí fui obrigado a tirá-la no violão... kkkkkkkkk
Bigtransa mandarem foto em menos de 40 minutos... Cruel!!! Tinha o Bate-Papo do UOL.
Lelo Mig Cara, belo texto!!! Eu tentei dar aula pra alguma rapaziada no bairro, mas, cara, eu desisti pq as pessoas só querem tocar!!! Como vc vai ensinar um cara a tocar Fear Of The Dark se ele não tem coordenação/agilidade pra fazer o 1234??? Eu desisti... A gente pelos caminhos tortuosos foi desenvolvendo métodos de estudo evolutivo, e hoje com as tabs e programas que ensinam tocar, as pessoas tem PRESSA em pegar um instrumento e sair tocando. Eu sou um guitarrista meia-boca, mas sempre que tentei ensinar o pouquinho que sei, tentei fazer o cara entender pq a música foi composta daquele jeito pra ele não virasse simplesmente um "tocador de violão/guitarra". Belo texto!!! (como sempre!!!). Abç!!!
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Will Bejar Veterano |
# fev/13
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EduBluesMan Hammer Eu ficava babando naquelas guitarras anunciadas no verso... hehehehe
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SpectrosGuitarman Veterano |
# fev/13
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eu vou marcar esse tópico aqui pq tbm tenho uma história pra contar, mas no cel n da.
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