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makumbator Moderador
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# jan/13 · Editado por: makumbator
Apresento minha versão para guitarra e cravo da sonata n.1 em si menor, BWV 1014, de Johann Sebastian Bach. A peça for originalmente composta para violino e cravo em 1717.
São quatro movimentos, no esquema tradicional do barroco: lento-rápido-lento-rápido. As sonatas barrocas são bem diferentes em estrutura das sonatas clássicas que se estabeleceram posteriormente como um importante gênero de música de câmara.
Gravei na tessitura original do violino, portanto lendo oitava acima do que está escrito na parte, para eliminar a transposição de oitava abaixo da guitarra.
I Adagio: http://www.youtube.com/watch?v=Q6j2WS99mhI
Apenas o áudio: http://www.box.com/s/vqnsltsmcbjuq3iyrgbg
II Allegro: http://www.youtube.com/watch?v=CRovtoRjK0k
Apenas o áudio: http://www.box.com/s/p9nqukhl3a02joy4ivy5
III Andante: http://www.youtube.com/watch?v=hhPZpqrEDJE
Apenas o áudio: http://www.box.com/s/62dytqk66on1y9r25364
IV: Allegro: http://www.youtube.com/watch?v=AF7NN5GvyNs
Apenas o áudio: http://www.box.com/s/pkfl9dl6ih77hdf41blq
Para quem quiser tocar, aqui o material:
Partitura e partes em PDF (com e sem tab na guitarra): http://www.box.com/s/8hn7e555zlkk7k1lmzja Base mov I: http://www.box.com/s/pi9pfe7tcyvooyrawv88 Base mov II: http://www.box.com/s/xyeu2icmg2a8dtbhp9pr Base mov III: http://www.box.com/s/i1jhzdmsdrn4p6kb6m86 Base mov IV: http://www.box.com/s/3tcuyzqoq2osnbe8ltpj Partitura da versão original para violino e cravo: http://erato.uvt.nl/files/imglnks/usimg/a/af/IMSLP02242-Bach_-_BGA_-_B WV_1014.pdf
Para tocar a sonata na oitava real do violino (como gravei) é preciso um instrumento de 24 casas, pois é exigida a nota mais aguda desse tipo de guitarra. Na parte de guitarra eu “escrevi por extenso” todos os ornamentos barrocos, uma vez que a maioria dos guitarristas não saberia executá-los apenas vendo os símbolos característicos. Deixei apenas as indicações de trinado inalteradas. Lembrando que o trinado no barroco quase sempre se inicia pela nota superior (ao contrário do trinado clássico), e também se evita tocá-lo de maneira igual ao longo da nota.
O cravo foi maravilhosamente sequenciado em midi pelo italiano Bruno de Giusti (que permite o uso pessoal e não comercial de seus arquivos).
O que fiz foi alterar levemente o andamento geral de um ou outro movimento e inserir alguns ornamentos extras no cravo do primeiro movimento. Depois apliquei sobre o midi o sampler VSTi de cravo da Vienna software. Mas no geral o que se escuta é a interpretação dele, que além de bela, é bastante correta do ponto de vista da música barroca.
Depois coloco o equipamento usado, pois o post já está enorme! Hshsah!
P.S.
Agradeço ao Die Kunst der Fuge por ter escutado antes o primeiro movimento e dado opiniões.
Valeu!
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TG Aoshi Veterano |
# jan/13
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Escutei meio por cima, durante outros afazeres..
Não me lembro de ter escutado essa sonata antes, então não vou comparar nada. No geral gostei da transcrição pra guitarra!
Achei bem interessante a ideia de uso do feedback, mas estranhei um pouco o resultado.
A única coisa que não me agradou muito foi o timbre da guitarra. Nos movimentos mais vivos se encaixou muito bem, mas nos andamentos mais lentos eu realmente não curti muito.
Parabéns (como sempre) pelo arranjo e também por trazer um pouco de "cultura diferente" do que o pessoal de guitarra em geral tá acostumado.
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Adler3x3 Veterano |
# jan/13
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Makumbator
Adicionei nos meus favoritos para pode escutar e ler todos os detalhes com calma no fim de semana..
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makumbator Moderador
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# jan/13
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TG Aoshi
Achei bem interessante a ideia de uso do feedback, mas estranhei um pouco o resultado.
O uso do feedback foi mais uma necessidade do que uma ideia meramente estética. A questão do primeiro movimento é justamente as notas muito longas. Aí eu tinha algumas opções:
1. Usar o feedback, como fiz, de forma a simular uma nota mais longa. 2. Tocar normalmente e ver a nota morrer muito cedo, o que é inevitável. Essa opção acho que seria a pior escolha. 3. Ornamentar (da maneira que se faz em notas longas no cravo, que assim como a guitarra não sustenta as notas). Isso seria uma opção musical viável, mas eu iria perder o caráter simples e o efeito de uma única nota em crescendo 4. colocar muito mais drive para tentar dar mais sustentação. O problema disso é que nesse movimento há muitas cordas duplas, que soariam muito mais emboladas com muito drive. Então se eu reduzisse o drive forte nos momentos de intervalos harmônicos a diferença entre elas seriam maiores ainda. 5. Usar um sistema tipo sustainiac ou Fernades sustainer (essa seria uma solução mais elegante ao problema).
Então como vc vê era complexo resolver essa questão! Heheh!
A única coisa que não me agradou muito foi o timbre da guitarra. Nos movimentos mais vivos se encaixou muito bem, mas nos andamentos mais lentos eu realmente não curti muito.
No geral eu também concordo contigo. Principalmente no último movimento o timbre casa mais. Inclusive os movimentos mais rápidos são os que gostei mais. Muito por causa disso! O primeiro movimento foi realmente o mais problemático.
Não me lembro de ter escutado essa sonata antes, então não vou comparar nada
Aqui uma versão com execução "barroca" do primeiro movimento:
http://www.youtube.com/watch?v=sC9sjXUrzw4
Aqui uma execução moderna, com piano e violino moderno (todos os movimentos):
http://www.youtube.com/watch?v=tYXKa3T9e_U
Parabéns (como sempre) pelo arranjo e também por trazer um pouco de "cultura diferente" do que o pessoal de guitarra em geral tá acostumado.
Agradeço bastante! :)
Adler3x3
Opa! Aguardarei!!
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Adler3x3 Veterano |
# jan/13
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Gosto muito deste tom de música em Bm.
Escutar Bach sempre é bom. Acho que tenho esta peça em Vinil. Tá um projeto bem diferente é difícil encontrar esta combinação de Cravo com Guitarra. E não é fácil combinar qualquer instrumento com o timbre do Cravo. E o vídeo tá muito bem produzido. Parabéns.
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Adler3x3 Veterano |
# jan/13
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Gosto muito deste tom de música em Bm.
Escutar Bach sempre é bom. Acho que tenho esta peça em Vinil. Tá um projeto bem diferente é difícil encontrar esta combinação de Cravo com Guitarra. E não é fácil combinar qualquer instrumento com o timbre do Cravo. E o vídeo tá muito bem produzido. Parabéns.
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makumbator Moderador
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# jan/13 · Editado por: makumbator
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Adler3x3
Tá um projeto bem diferente é difícil encontrar esta combinação de Cravo com Guitarra.
É verdade! Também acho problemático combinar o cravo com a guitarra, pois o som do cravo se assemelha ao da guitarra com pouco ou nenhum drive, uma vez que ambos possuem grande ataque, som estalado e pouca sustentação sonora. Torna-se um desafio fazer o som de cada instrumento se integrar ao outro sem embolar e confundir o discurso musical. É um caso parecido com peças para violão e piano, que também sofrem de problema parecido.
E o vídeo tá muito bem produzido.
Que nada! É molezinha gerar esse arquivo de vídeo da partitura. Depois basta sincronizar ele com o som da gravação em relação às mudanças de compassos.
Parabéns.
Valeu! Agradeço muito!
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SharedBR Veterano |
# jan/13
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Não vou fazer comentários quanto à transposição porque não conheço a fundo essa obra. No entanto, me chamou muito a atenção o timbre da guitarra. Se inspirou em Malmsteen pra chegar nesse timbre?
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MMI Veterano
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# jan/13
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makumbator
Achei bem legal, Bach é Bach, né? (e vice versa!) kkkkkkkkk
Achei meio estranho o resultado também no som da guitarra. Eu teria pensado no eBow ou alguma solução timbrística diferente para isso, mas tá tudo certo, ficou interessante o resultado.
Parabéns por mais essa produção.
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De Ros Veterano
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# jan/13
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makumbator
Excelente, velho! Os dois Allegro ficaram geniais! Os movimentos mais lentos, eu não sou muito chegado, independente da instrumentação, então é falta de maturidade musical minha para saber aprecia-los.
Eu já tentei fazer coisas com cravo e nunca gostei do resultado, e tenho certeza que se tu tivesse usado um piano, muito mais pessoas iriam curtir, mas acho que tu matou o desafio no peito e tocou pra cacete! Valorizo muito essa postura de "fazer funcionar" ao invés de ir pelo caminho mais fácil!
Abração e parabéns!!!
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Lelo Mig Membro
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# jan/13 · Editado por: Lelo Mig
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makumbator
Sempre vejo/ouço seus tópicos com grande alegria e satisfação.
Você é um guitarrista com uma técnica invejável, gosto refinado e costuma nos brindar com trabalhos muito bem executados e bem produzidos.
Contudo, dessa vez, concordo muito com alguns colegas, preferi os Allegros em detrimento do Adagio.
Além da difícil combinação de "cravo/guitarra", creio que para o Adágio faltou algumas condições técnicas, como um sustain pigtronix (caríssimo) ou um freeze.
Apesar de ouvinte "quase expert" de guitarra e de música erudita, como músico sou tecnicamente limitado e não sinto-me muito confortável em fazer criticas, deixando bem claro que as que faço, nesse caso, são apenas na condição de "ouvinte".
Por último, Bach, e suas progressões, assim como Paganini e Vivaldi, são bem explorados por guitarristas. As linhas melódicas são bem agradáveis para guitarra e influentes no Rock.
Mas, confesso, que gostaria de ouvir algo um pouco diferente, e se há alguém capaz de fazê-lo nesse FCC é você...
Você já nos brindou com Mozart, Albionni, Villa Lobos e etc., agora aguardo um Mozart, Rachmaninoff, Debussy e etc... "ansioso"....hehehe
Parabéns... "tirando essa colocação como ouvinte" de resto é magistral e sem comentários!
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clebergf Veterano
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# jan/13
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makumbator Excelente cara, desde que entrei no fórum escuto seus sons e é sempre um prazer. Todos ficaram uma maravilha, não conheço mta coisa e não entendo de música clássica, mas é algo que me agrada ao ouvir.
Só um detalhe na primeira composição. Dá um agonia ver aquelas fusas, semi-fusas sendo tocadas devagar..rs...estou aprendendo a ler e é engraçado como a mente espera algo rápido ao ver esses tempos, por isso é interessante assistir, ouvir e ler diferentes estilos e em tempos diferentes... :)
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makumbator Moderador
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# jan/13 · Editado por: makumbator
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SharedBR
Obrigado!
No entanto, me chamou muito a atenção o timbre da guitarra. Se inspirou em Malmsteen pra chegar nesse timbre?
Bem, sim e não. Pois ao mesmo tempo que ele foi um guitarrista ao qual ouvi bastante há alguns anos (e portanto tornou-se uma referência) eu simplesmente tentei criar algo que me parecesse funcional, sem ficar tentando emular demais o som dele ou de outros.
MMI Achei bem legal, Bach é Bach, né? (e vice versa!) kkkkkkkkk
Hahsah! Como disse certa vez o jogador Jardel, clássico e clássico e vice-versa!
Eu teria pensado no eBow ou alguma solução timbrística diferente para isso
Seria ótimo ter acesso a um ebow! E com certeza teria usado no primeiro movimento, mas faltou a verba! Hsahsah!
Parabéns por mais essa produção.
Valeu!
De Ros Excelente, velho! Os dois Allegro ficaram geniais! Os movimentos mais lentos, eu não sou muito chegado, independente da instrumentação, então é falta de maturidade musical minha para saber aprecia-los.
Heheh! Eu também gostei mais dos allegros, tanto no ponto de vista de ouvinte quanto para tocar. Principalmente o último, que foi o meu preferido. Não acho que seja falta de maturidade musical de sua parte, é mais uma predileção mesmo.
Eu já tentei fazer coisas com cravo e nunca gostei do resultado, e tenho certeza que se tu tivesse usado um piano, muito mais pessoas iriam curtir, mas acho que tu matou o desafio no peito e tocou pra cacete! Valorizo muito essa postura de "fazer funcionar" ao invés de ir pelo caminho mais fácil!
É verdade! Mas como eu sou tão acostumado ao barroco eu estranho muito esse repertório com piano...hehehe! Na verdade eu posso até cometer a heresia de dizer que "odeio" piano no barroco
Abração e parabéns!!!
Obrigado! E estamos aguardando seu CD...hehehe!
Lelo Mig Sempre vejo/ouço seus tópicos com grande alegria e satisfação.
Você é um guitarrista com uma técnica invejável, gosto refinado e costuma nos brindar com trabalhos muito bem executados e bem produzidos.
Nossa! Não sei se mereço tudo isso, mas agradeço! :)
Contudo, dessa vez, concordo muito com alguns colegas, preferi os Allegros em detrimento do Adagio.
Eu também...hshsah! E como sempre eu aceito e observo as posições e opiniões das outras pessoas como úteis para mim. Só posso agradecer!
Além da difícil combinação de "cravo/guitarra", creio que para o Adágio faltou algumas condições técnicas, como um sustain pigtronix (caríssimo) ou um freeze.
O movimento III nem tanto, pois ele realmente não possui notas tão longas, mas o movimento I é realmente problemático nesse quesito. Para mim o ideal seria um sustainiac ou Fernandes Sustainer, pois eles permitem que eu continue a fazer o vibrato e manipule a nota normalmente, ao contrário de um freeze, que iria congelar o som estático (o que com certeza não me agradaria).
Apesar de ouvinte "quase expert" de guitarra e de música erudita, como músico sou tecnicamente limitado e não sinto-me muito confortável em fazer criticas, deixando bem claro que as que faço, nesse caso, são apenas na condição de "ouvinte".
Que nada, ninguém precisa ser expert em música antiga para saber se gostou ou não! A opinião de ouvinte honesto e bem intencionado (como a galera aqui no tópico) me é bastante útil.
Mas, confesso, que gostaria de ouvir algo um pouco diferente, e se há alguém capaz de fazê-lo nesse FCC é você...
Você já nos brindou com Mozart, Albionni, Villa Lobos e etc., agora aguardo um Mozart, Rachmaninoff, Debussy e etc... "ansioso"....hehehe
Ah sim! Tenho umas coisas nessa linha encaminhadas. Também gosto de fugir do barroco, que se por um lado é mais fácil de se transpor para outros instrumentos , por outro é mais comum ao universo da guitarra.
Parabéns... "tirando essa colocação como ouvinte" de resto é magistral e sem comentários!
Agradeço bastante o comentário e a presença!
clebergf Excelente cara, desde que entrei no fórum escuto seus sons e é sempre um prazer. Todos ficaram uma maravilha, não conheço mta coisa e não entendo de música clássica, mas é algo que me agrada ao ouvir.
Opa! Valeu!
Só um detalhe na primeira composição. Dá um agonia ver aquelas fusas, semi-fusas sendo tocadas devagar..rs...estou aprendendo a ler e é engraçado como a mente espera algo rápido ao ver esses tempos, por isso é interessante assistir, ouvir e ler diferentes estilos e em tempos diferentes... :)
Hsahsha! É verdade! Não é muito comum no nosso meio de guitarra não é? O uso da contagem a 2 no segundo movimento também não é lá muito usual na música de guitarra (e aqui acontece o contrário do I e as notas longas parecem mais rápidas).
Obrigado!
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tomcykman Veterano
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# jan/13
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makumbator SEM PALAVRAS! ficou lindo demais. tu poderia lançar um CD online com todas essas tuas excelentes interpretações!
abraço!
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/13
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Demorei mas cheguei!
makumbator
Porra, bravo! Muito bom, makumba! \o\
Mais uma excelente escolha sua, a adaptação para a guitarra casou perfeitamente, e ainda serviu pra você explorar alguns recursos de maneira muito criativa (feedback, automação...), sem contar o seu timbre que ficou muito bom! (E o cravo é exatamente isso que você disse, "maravilhosamente programado")
O primeiro movimento é uma excelente introdução para toda a peça, muito bonito mesmo, o segundo vem mais incendiário, o terceiro é simplesmente lindo e expressivo, consigo imaginar você tocando ao vivo e algumas pessoas não se contendo e aplaudindo ao final do terceiro movimento (sendo censuradas por alguns velhinhos mais chatos fazendo "shhhh"), em seguida você dando uma inspirada mais forte e começando o último movimento alucinadamente, terminando com a casa vindo abaixo aos aplausos e gritos de "bravo"!
Ehehe queria expressar com palavras todos os elogios que você merece por esta interpretação, mas não dá, então espero que você se contente em saber que eu adorei!
E pra finalizar, acho que os guitarristas que desejam seguir o caminho do virtuosismo e pretendem encher as músicas de notas do começo ao fim deveriam ouvir mais e se inspirar em gênios como Bach, Händel, Tartini, Vivaldi, Locatelli e etc, que quando faziam música estilo "máquina de costura" faziam isso de maneira criativa, musical e ainda com ótimo resultado melódico.
Abração, e parabéns novamente, makumba \o\
Lelo Mig Você já nos brindou com Mozart, Albionni, Villa Lobos e etc., agora aguardo um Mozart, Rachmaninoff, Debussy e etc... "ansioso"....hehehe
Cê gosta mesmo de Mozart, hein, Lelo? Quer até ouvir de novo ehehe Ou você tá falando do Leopold? :P
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makumbator Moderador
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# jan/13
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tomcykman
Agradeço demais a presença e comentários! Fico feliz que tenha gostado!
Die Kunst der Fuge Porra, bravo! Muito bom, makumba! \o\
Porra, valeu! :) hashsha!
explorar alguns recursos de maneira muito criativa (feedback, automação...), sem contar o seu timbre que ficou muito bom!
É, o feedback nem foi tanta criatividade, foi mais necessidade mesmo...heheh! A questão de timbre tem os que gostam e os que não gostam, e isso é perfeitamente normal e esperado.
Eu realmente gostei mais dos allegros (como já comentei), mas acho o III bem singelo também. O mov I é o mais complicado por causa das notas longas e as cordas duplas (tanto que gravei por último). Não digo que não tenha gostado do resultado desse adagio, mas compreendo que muita gente acabe achando ele mais estranho.
consigo imaginar você tocando ao vivo e algumas pessoas não se contendo e aplaudindo ao final do terceiro movimento (sendo censuradas por alguns velhinhos mais chatos fazendo "shhhh"), em seguida você dando uma inspirada mais forte e começando o último movimento alucinadamente, terminando com a casa vindo abaixo aos aplausos e gritos de "bravo"!
Hsahsah! Lembrei do velhinho lá do Rio que vai em todos os concertos(ou pelo menos ia, não sei se ainda é vivo) e sempre grita "bravo" "maravilhoso" e outras palavras antes de todo mundo (ele não espera nem a última nota terminar de soar).
então espero que você se contente em saber que eu adorei!
Fico lisonjeado! Obrigado!
E pra finalizar, acho que os guitarristas que desejam seguir o caminho do virtuosismo e pretendem encher as músicas de notas do começo ao fim deveriam ouvir mais e se inspirar em gênios como Bach, Händel, Tartini, Vivaldi, Locatelli e etc, que quando faziam música estilo "máquina de costura" faziam isso de maneira criativa, musical e ainda com ótimo resultado melódico.
A "máquina de costura" do barroco é uma das coisas que mais gosto no gênero (juntamente com a valorização da polifonia, que se relaciona com o som de "máquina").
Em geral os grandes compositores de qualquer época não tem notas a mais (e nem a menos), e acho que isso é um ideal que todos deveriam perseguir (guitarristas ou não). Mas realmente guitarristas em geral (não todos, obviamente) pensam mais em "licks" prontos, e padrões de escala a serem aplicados na situação X ou Y, ao invés de tentar criar algo realmente musical e único.
Outra coisa curiosa é a valorização apenas da linha do próprio instrumento, e o acompanhamento é visto como algo meramente para embalar o som da guitarra. Então o cidadão não pensa na construção da música como um todo e sim como uma BT para solar por cima.
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tomcykman Veterano
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# jan/13 · Editado por: tomcykman
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makumbator queria te mandar uma msg, mas os recados daqui do fórum não tão funcionando. tu gostaria de participar numa composição minha em andamento de guitarra + orquestra?
me manda seu e-mail pra eu mandar uma semi-prévia!
abraço!
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makumbator Moderador
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# jan/13 · Editado por: makumbator
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tomcykman
anota aí:
XXXXXXXXXXX
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tomcykman Veterano
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# jan/13
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makumbator anotado! vou mandar jájá o que já tenho aqui pra tu dar uma olhada. comecei hoje de manhã, então não é muito ainda.
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makumbator Moderador
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# jan/13
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tomcykman
Beleza! Já apaguei.
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tomcykman Veterano
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# jan/13
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makumbator mandei o e-mail!
abraço
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# mar/13
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makumbator
Espero que este Up não atrapalhe o seu último lançamento, mas queria perguntar algo sobre esta peça.
Sobre a interpretaão da peça, como foi você que programou todo o acompanhamento do zero, e portanto pode decidir todos os detalhes, (diferente do Romance do Beethoven, onde o acompanhamento da orquestra ditou parte da interpretação da peça em geral, ou do seu maior sucesso aqui, A Lista de Schindler, em que temos uma versão "cristalizada" oficial para nos basearmos e percebermos semelhanças na interpretação), gostaria de saber se a sua interpretação geral da peça, incluindo tanto a guitarra solo quanto o acompanhamento, teve inspiração de alguma versão preferida sua, ou se ela veio toda da sua decisão e conhecimento sobre interpretação de época.
A única outra versão desta peça que eu tenho é a do Musica Antiqua Köln, e as duas versões tem diferenças na interpretação. Só avisando aos demais, isso não significa que uma seja melhor que a outra, são apenas diferentes e gosto de ambas (embora tenha uma preferência pela sua interpretação nos movimentos mais rápidos, um dos motivos é que achei-os mais enérgicos do que na versão do Musica Antiqua e preferi assim).
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makumbator Moderador
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# mar/13 · Editado por: makumbator
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Die Kunst der Fuge
Espero que este Up não atrapalhe o seu último lançamento,
Pô, não atrapalha em nada! :)
mas queria perguntar algo sobre esta peça.
Normalmente eu faço essa interpretação em cima do que considero o melhor ou mais adequado para mim (o que não quer dizer que não gosto de interpretações bem diferentes das minhas).
Em geral quando decido fazer uma música até paro de ouvir outras versões até cristalizar a minha idéia ( o que não quer dizer que as versões de outros não me influenciem).
Nesse caso eu parti muito do acompanhamento do Bruno de Giusti para as peças. Alterei uns pontos no metrônomo aqui e ali, eventualmente mudei um rubato em determinado ponto, mas no geral eu parti da base que ele havia feito.
Mas o motivo disso (ter usado muito do que ele já havia planejado) é que concordei basicamente com todas as decisões dele (principalmente no que tange aos ornamentos no cravo). Achei a versão dele tão boa e de tão bom gosto que não precisei mudar muito, o que foi ótimo, pois me economizou bastante trabalho
Inclusive ele adorou a "nossa versão" e quer até vender pelo itunes! Hsahsah!
Eu gosto da versão do Luís Otávio Santos (violino barroco), daqui de Juiz de Fora, e do cravista Pieter-Jan Belder. Muito boa:
http://www.allmusic.com/album/bach-violin-sonatas-bwv-1017-1019-mw0001 548170
Esse lançamento (CD duplo) ganhou até o prêmio europeu mais importante de música erudita, o Diapason d'or. O que é singular para uma gravação de solista brasileiro para a obra de Bach
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MarcosMalmsteen Veterano |
# mar/13
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Muito legal, detalhe pro timbre malmstiniano muito bom msm
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makumbator Moderador
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# mar/13
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MarcosMalmsteen
Muito obrigado! Realmente o timbre é algo muito pessoal, e o que uns gostam outros desgostam. Fico feliz que tenha gostado!
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# fev/14
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makumbator
Tava ouvindo essa sonata, aí me deu vontade de ouvir a sua gravação então resolvi dar um up!
\o\
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makumbator Moderador
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# fev/14
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Die Kunst der Fuge
Legal! Você estava ouvindo uma versão nova, que não conhecia antes?
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# fev/14
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makumbator
Não, era a mesma do cd que eu já tinha (do Musica Antiqua Koln). É que fico "zapeando" pelo vasto repertório erudito que às vezes demora pra eu voltar a ouvir novamente o mesmo cd.
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Pé de chinelo Veterano
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# fev/14
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só achei que a equalização da guitar em alguns pontos bateu muito aguda...fora isso excelente
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makumbator Moderador
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# fev/14 · Editado por: makumbator
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Die Kunst der Fuge
Sei como é!
Pé de chinelo
É, em alguns momentos eu também percebi isso. Mas essa impressão em mim surgiu tempos depois de gravar e editar. Hoje concordo que a guitarra poderia ser mais" aveludada" (principalmente nos movimentos lentos), até para ter mais contraste com o cravo (que por natureza tem um ataque incisivo e brilhante).
...fora isso excelente
Agradeço o elogio!
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