Só eu que não entendo o Jazz?

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Lelo Mig
Membro
# jan/13
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Shredder_De_Cavaquinho

eu também gosto de Bill Evans!!

Você deve ser igual a um amigo saxofonista que tenho, autor da seguinte frase:

"Todo Jazz com guitarra é ruim!".......kkkkkkk

clebergf
Veterano
# jan/13 · Editado por: clebergf
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Shredder_De_Cavaquinho

Tem mta coisa excelente no Jazz sem guitarra, afinal qdo ele foi criado as guitarras passavam longe do estilo.... o/

Shredder_De_Cavaquinho
Veterano
# jan/13
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Lelo Mig
clebergf
"Todo Jazz com guitarra é ruim!"
hahahahaha... Não é pra tanto. :p

Scrutinizer
Veterano
# jan/13
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"Todo Jazz com guitarra é ruim!"
Eu diria só 99,9%.

http://www.youtube.com/watch?v=hptFGUk2vX0

clebergf
Veterano
# jan/13
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Scrutinizer

Curioso para conhecer o seu 0,01. :)

Scrutinizer
Veterano
# jan/13 · Editado por: Scrutinizer
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clebergf
Já postaram dois dele, Wes e Joe Pass, aí falta o McLaughlin e o Django Reinhardt.

Aliás, obviamente o que eu falei é uma hipérbole. Eu não ouvi todos os guitarristas que tocam jazz do mundo. O que eu posso dizer com certeza é que a grande maioria do que eu ouvi eu não gostei.

clebergf
Veterano
# jan/13
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Scrutinizer

Eu saquei q foi apenas forma de falar, só queria saber quem vc curtia msm, imaginei q era algo dessa linha msm.... :)

Escuta o Kurt Rosenwinkel, postei um dele logo atrás, não garanto q vai gostar e como eu curto demais o som do cara sou suspeito.... o/..

Lelo Mig
Membro
# jan/13 · Editado por: Lelo Mig
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clebergf

Esse sujeito divide, em minha opinião, sua estória guitarrística em 3 fases distintas:

1- A que eu gosto, com elementos funk/latin/bossa!
2- A que eu não gosto, com elementos Pop/Balads!
3- A que eu acho meio gay, "sou fodão prá caralho e vou cantar junto com a guitarra"!

Aqui um exemplo da fase 1:




Obs: Ele é Shredder do Jazz, e, gostando ou não, duvido que muito velocista do rock, teria a coragem de soar veloz desse jeito (algumas passagens, não o tempo todo) com guitarra totalmente clean, sem acusar os erros e sujeiras.

ViniciusBorges
Veterano
# jan/13
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Acredito que a questão de 'entender' o que está sendo feito pelo artista no momento em que ele está tocando pode até ser um passo a mais para gostar daquilo, mas não necessariamente um leva ao outro. Me tomando como exemplo, depois que passei a estudar solos que fogem do campo harmônico(nada muito a fundo), creio que passei a apreciar mais os solos que conseguem fugir dessa 'mesmice'; Por mais que às vezes seja algumas notas apenas no solo, quando o cara consegue construir um tema bacana com outsides, isso me desperta um fascínio quase imediato.
Enfim, quanto ao jazz rápido, eu aprecio muito mais como virtuosismo técnico do que como melodias que eu escuto em casa. Músicos como o Coltrane, por exemplo:

Não sei se com alguns anos de estudo e uma compreensão maior sobre o bando de dissonâncias dessa música vão me levar a gostar mais dela, mas hoje eu a enxergo muito mais como algo muito bem tocado, porém muito estranho melodicamente falando.
Ps: Eu acho que esse foi o texto mais prolixo que eu já escrevi na minha vida, peço desculpas, apesar de achar que dá para entender o meu ponto.

Zebrão
Veterano
# jan/13
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Hoje tenho aversão de música para músicos...

Tenho também, diria até um certo desprezo.

até aquele ponto, a linha tênue entre musica e cuequisse...o cara sair socando acidentes em um Monte de acordes semitonando até o baixo do acorde enquanto o baixo é outro q ta viajando sozinho em outro universo, e depois que termina a música o peão vai explicar o porque daquela musica ser boa com bases teóricas...tem horas q musicas pra músicos perdem totalmente o sentido

Nunca consegui ver o cara explicar, mudo de canal, desligo o som, saio de perto, normalmente é nessa hora que eu falo "Isso é uma bichona!" e deleto.

Acontece com todo mundo, e não só na música. Acho que a explicação é bem simples, vou utilizar um exemplo ad terrorem para tentar ser claro:
Por que eu não gosto de dar a bunda? Simplesmente por não ser algo que faça parte do meu universo. Se um homem me penetrar, provavelmente meu cérebro não irá reconhecer tal ato como parte do conjunto de coisas que me dão prazer. Contudo, isso não invalida o sexo anal passivo como prática sexual potencialmente prazerosa.


Que porra é essa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu li o tópico todo, e o cara escreveu isso ai mesmo? ... sem palavras...

3- A que eu acho meio gay, "sou fodão prá caralho e vou cantar junto com a guitarra"!

Depois do que foi escrito acima, to achando tudo meio gay, essa foi a melhor do ano do ano até agora...

clebergf
Veterano
# jan/13 · Editado por: clebergf
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Lelo Mig

Pois é, ser veloz no Jazz é foda, pois praticamente não tem efeito, a parada é limpa, na cara, sem dó...rs..
Eu acho bacana o Benson, não manjo mto do som dele, escutei pouco, mas o q eu ouvi achei interessante...

ViniciusBorges
Mto louco esse vídeo, nunca tinha visto...

Bom, acho esse solo do Coltrane musical pra caralho, tem diversas ideias melódicas que se repetem ao longo do solo (desenvolvimento de motivos), como se fosse um tema ocasionando um conforto ao ouvir...


Zebrão
xD

Lelo Mig
Membro
# jan/13
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ViniciusBorges

Entre o compasso 27 e 28 o Coltrane da um Fá# em semínima na trave!

KKKKKKKKKKKK...tô zuando!!

Cristhyano
Veterano
# jan/13 · Editado por: Cristhyano
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Não se pode forçar a gostar/entender o jazz.
Eu venho do metal, fui até o "fundo do poço" e ouvia muito grindcore, goregrind, splatter e afins.
Mais de 1 ano pra cá pelo menos 80% do que eu ouço é jazz. Mas ainda assim não gosto de jazz muito cerebral.
É Wes Montgomery, Coltrane, Bobby Broom, Will Bernard, Chick Corea, Jimmy Smith, John Scofield, Funkessência, Hammond Grooves.
Mas tenho que admitir que a grande maioria é um jazz com um pé no funk e blues.
Jazz extremamente cerebral como Jody Fisher e afins não é muito minha praia. O groove tem que estar ali, pra mim é essencial "sacudir o corpo" na música.
Mas isso não invalida o jazz "cerebral" como música. Se a pessoa sente prazer em ouvir música desse tipo, quem é o outro pra julgar? Afinal, tem que faz e tem quem ouve.
É tipo um cara que não entende a teoria do multiverso ou das supercordas chamar aquilo de física inútil.
Cada um no seu buraco.

Lelo Mig
Membro
# jan/13
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Zebrão

"3- A que eu acho meio gay, "sou fodão prá caralho e vou cantar junto com a guitarra"!

Depois do que foi escrito acima, to achando tudo meio gay, essa foi a melhor do ano do ano até agora..."


Zebrão, eu escrevi isso, porque existe uma fase que o Benson exagera numa mania de cantar as notas dos solos junto... e eu acho um porre!

Veja bem, não falei nada sobre "bom ou ruim", apenas não gosto, acho um pé no saco!

clebergf
Veterano
# jan/13
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Lelo Mig

Eu acho mto foda cantar as notas do solo junto, lógico que não exageradamente, mas o John Pizzarelli e o Kurt faz isso as vezes e eu acho mto foda, queria conseguir fazer isso...quem sabe um dia..rs...

Alias, já que o papo é Jazz, escutem minha última gravação ae... xD

http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/299534/

Scrutinizer
Veterano
# jan/13
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http://www.youtube.com/watch?v=zFdWVFTNqUc

E que tal isso aqui?

Que porra é essa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu li o tópico todo, e o cara escreveu isso ai mesmo? ... sem palavras...

Algum problema, cara? Tá sendo um pouco defensivo...

guizimm
Veterano
# jan/13
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Bigtransa
acho que pode ser isso, vou tentar me acostumar

Shredder_De_Cavaquinho
Veterano
# jan/13
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Hammond Grooves.

bem lembrado!


Bigtransa
Veterano
# jan/13
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guizimm
Está falando do jazz, né? heheh

Cristhyano
Veterano
# jan/13 · Editado por: Cristhyano
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Tenho que concordar do que falaram do Guthrie Govan. Apesar de achar ele extremamente foda, acho as jams dele meio pé no saco. Já as músicas próprias, não. São ótimas. Mas ele é um shredder por natureza, assim como o Greg Howe (porém acho Greg Howe infinitamente melhor nas jams, mais funkeiro). Eles são 90% rock/metal e 10% jazz, daí vem a nomenclatura fusion.
Porém tenho que discordar no que foi dito sobre gulturais. É questão de gosto e já foge do ponto de discussão do tópico.
Se eu ouvir death metal, quero gulturais ogros do começo ao fim. Odeio death metal com cantoria, pra mim perde a essência. Bolt Thrower <3

Lelo Mig
Membro
# jan/13 · Editado por: Lelo Mig
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Eu gostcho!!! \o/



E prá não dizerem que só gosto de "coisa torta" eu gosto das "babas" também!!!



Musicoo
Veterano
# jan/13 · Editado por: Musicoo
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guizimm

Meu professor já falou sobre isso comigo, ele me mostrou um video de um frevo, uma parada muito foda, andamento acelerado, realmente algo que não é qualquer um que ouve e de certa forma entende. E estas coisas tem a ver com quem ouve, as vezes nossos ouvidos não estão acostumados com musicas muito sofisticadas.. E aquela historia, se tu mostrar uma musica de Villa lobos pra um leigo musical acostumado a ouvir sertanejo universitario somente, ele vai achar chato e não vai gostar muito provavelmente, e a riqueza nas composiçoes do Villa dispensa comentarios.. Mas é nesta linha ai..

Flw

Jeps
Veterano
# jan/13
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Jazz é o que há. Musicalmente falando, acho que só a música clássica bate de frente. Também não sou muito fã de guitarra no gênero, prefiro os instrumentos de sopro mesmo.

Uma das minhas favoritas. Compositor fantástico.



guizimm
Veterano
# jan/13
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Agora a conexão melhorou e eu to vedo so videos que postaram, achei bem legais as músicas, com surpresas e tudo
Mas essa Giant Steps(to ligado que é uma obra importante do jazz), é uma base super rapida, um monte de notas rapidas onde eu não vi sentido algum, creio que é uma coisa bem técnica e inovadora, mas eu ouvi e pensei ''hmm, bacana'', mas foi só isso, parece que o John Coltrane não quis passar nada pra quem ouve, entedem o que eu quero dizer?e eu ja ouvi essa música varias vezes e nada mudou

Scrutinizer
Veterano
# jan/13
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onde eu não vi sentido algum
parece que o John Coltrane não quis passar nada pra quem ouve

Uma coisa é isso, que é uma evidência clara de que você não está acostumado com o básico do jazz, e não é uma questão do quanto você sabe de teoria, mas do que você consegue ouvir puramente no "instinto". Pra mim o solo do Coltrane nessa música soa como um gatinho bebê mergulhado em adrenalina, e eu não entendo bosta nenhuma de harmonia, não a ponto de poder te dizer o que ele está fazendo.

Volte a esse depois de você ter ouvido muito do que veio antes (não adianta ouvir esses jazz suaves pra rockeiro que tem medo de arriscar, você tem que sentir porque aquilo é assim, porque o bebop veio e porque os músicos sentiram necessidade de inovar).
Obviamente isso pode ser questão de gosto, mas não é o que me parece. Louis Armstrong dizia que bebop era incrompreensível, mas eu não acho que ele estava na sua situação quando disse isso...

Por fim, ouça o que você gosta, claro, mas se você tem alguma ambição em abrir sua cabeça e ouvir coisas diferentes talvez seja melhor começar com o mais básico. Isso não vale pra todo mundo não, pelo menos pra mim, eu comecei com bebop mesmo e fui me interessar por swing bem depois, geralmente eu pegava os que todos diziam ser difíceis e tal, e me diverti muito com isso, e ainda me divirto.

Ah sim, e obviamente, mesmo que você não veja sentido, mesmo que teórico, muita gente vê. Leia o que os críticos de jazz escrevem sobre Cecil Taylor e free jazz em geral, no fim você vai estar meio que "que diabos ele tá falando? Onde ele ouviu isso? Está falando disso aqui que acabei de ouvir?" porque depois de tanto tempo ouvindo esses caras você começa a perceber os padrões e tudo mais, em qualquer gênero, na verdade, é imprescindível esse tipo de maturação, você não vai a lugar nenhum sem ouvir muito do estilo.

guizimm
Veterano
# jan/13
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Scrutinizer
eu não quis dizer sentido de teoria(provavelmente deve dar pra fazer uma análise complicada), mas sim essa coisa de percepção do que a música quer passar
Não pense que eu sou daqueles que fica bitolado com teoria e tem a cabeça fechada ao ouvir coisas diferentes, mas pra mim todos esses jazz rápidos parecem iguais
Volte a esse depois de você ter ouvido muito do que veio antes
esse é o problema, eu ia perguntar pro pessoal que conhece por onde começar pra ouvir e tocar o estilo, porque eu me interessei

guizimm
Veterano
# jan/13
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Então, por onde eu começo a ouvir Jazz?
eu sei que não existem um caminho, mas é muita coisa e eu to meio perdido

makumbator
Moderador
# jan/13 · Editado por: makumbator
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Eu em geral gosto muito mais da formação de trios de jazz tradicional: piano, contrabaixo acústico e bateria. Ou seja, nada de guitarra.

Para mim o trio de jazz clássico é o equivalente estético jazzístico do quarteto de cordas da música erudita (que é uma formação extremamente importante na história da música).

Citaram o Bill Evans alguns posts atrás, e o trio dele é um dos meus preferidos (com a formação clássica do Scott La Faro no baixo e Paul Motian na batera).

MMI
Veterano
# jan/13 · Editado por: MMI
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guizimm

Pô, cara, eu já acho Giant Steps duca. Mas admito, fica na fronteira de música para músicos ás vezes. Mas não é para ser entendida, é meio como a letra de Lucy in The Sky With Diamonds dos Beatles, esquece o lance de entender. Mesma coisa, outro dia me falaram que se homem andasse com 3 pernas, toda marcha seria uma valsa. Eu fiquei sem palavras... kkkkkkk

Coltrane é um som complexo, de forma geral, Giant Steps precisa ser situada na história do jazz, na vida do cara e na teoria musical. Ele foi um grande parceiro de Miles Davis, num tempo em que se afundava em heroína, com quem em 59 gravou o épico Kind of Blue, composto inteiro em escalas modais pela primeira vez. Em 60 ele lança esse Giant Steps, primeiro álbum inteiro dele, apresentando um novo conceito de uso harmônico conhecido mais tarde como "Coltrane changes", que consistiam em substituições de progressões harmônicas. Este álbum é considerado seu último álbum de bebop, passando mais tarde a explorar o jazz modal. Coltrane fez muita música experimental, de vanguarda, essa mesma não deixou de ser uma. Em 1961, a revista Down Beat citou Coltrane, como tocador do "Anti-Jazz" em um artigo que confundiu e angustiou o cara, mesmo porque recebeu críticas até de Miles Davis. Coltrane admitiu que muitos dos seus solos anteriores eram baseados mais em ideias técnicas.

Talvez isto ajude ou não a se situar sobre Coltrane. Esse jazz modal experimental até hoje me soa como de vanguarda, muita coisa indigesta. Mas Giant Steps e My Favorite Things eu acho uma piração legal. Mas não peço para ninguém gostar não, entender menos ainda.



Bigtransa

Por que eu não gosto de dar a bunda? Simplesmente por não ser algo que faça parte do meu universo. Se um homem me penetrar, provavelmente meu cérebro não irá reconhecer tal ato como parte do conjunto de coisas que me dão prazer. Contudo, isso não invalida o sexo anal passivo como prática sexual potencialmente prazerosa.

Caro amigo Big... Interessante sua análise. Mas ainda recomendo que se experimente alguns sons jazzísticos. Já o sexo anal passivo não recomendo, pois dizem ser um caminho sem volta, mais viciante que crack. Esse conselho vale para o guizimm também, que não deixou claro a intenção ali atrás.. huahuahua

clebergf
Veterano
# jan/13 · Editado por: clebergf
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guizimm
Então, por onde eu começo a ouvir Jazz?

Começa ouvindo Blues por volta dos anos 1900, depois passa para o Jazz de New Orleans, ai vai para o Swing, Big Bands...
Isso é uma ordem legal...eu não conheci nessa ordem, alias ainda estou engatinhando nesse mundo, mas ao conhecer dessa forma vc começa a entender melhor a parada.

Tem um documentário do Ken Burns, Jazz a Film by Ken Burns, assiste ele, praticamente td mundo que gosta de Jazz já viu esse documentário e se não viu deveria ver... :)

O Scrutinizer foi perfeito ao comentar sobre conhecer o passado da parada...
Como já diria Chico Science:

"Modernizar o passado é uma evolução musical
Cadê as notas que estavam aqui
Não preciso delas!
Basta deixar tudo soando bem aos ouvidos"


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