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stevebecker Veterano |
# out/12
Sei que muito já se falou sobre modos gregos aqui no fórum, porém sei também que muitas dúvidas ainda persistem mesmo entre músicos mais experientes. Por isso posto aqui o resultado de meus estudos sobre os modos e espero poder ajudar aqueles que ainda tem dúvidas sobre esse assunto.
Muito bem, em primeiro lugar devemos ter em mente que os modos estão muito mais ligados a parte harmônica do que a escalas. Segundo, os modos não são nada mais do que referências nominativas que indicam qual (ais) escala(s) temos disponíveis para utilizar sobre determinado acorde ou progressões de acordes.
Vamos relacionar cada modo a um grau do campo harmônico. Vou tomar o campo de dó como exemplo. Assim teremos:
Jônio Dórico Frígio Lídio Mixolídio Eólio Lócrio I II III IV V VI VII C Dm Em F G Am Bº
Analisando a tabela, podemos agrupar os modos e dois grupos, maiores e menores:
Maiores Menores Jônio Dórico Lídio Frígio Mixolídio Eólio Lócrio (Obs: relacionado sempre a um acorde m7/b5)
Vou explicar o raciocínio primeiro pelos modos menores, pois fica mais fácil assimilar através deles.
Vou tomar o acorde de Am como exemplo. Podemos considerá-lo dórico, frígio ou eólio, pois como ele é um acorde menor pode então ser relacionado a qualquer modo menor. Aqui vem a grande sacada dos modos. Se eu considerar esse Am como dórico, vamos estar relacionando ele ao II grau do campo harmônico. O campo que tem o Am no grau II é o de G maior. Assim sobre o Am dórico, deve-se utilizar a escala de G maior. E se eu considerar o Am como frígio? Ele vai estar relacionado ao grau III de um campo harmônico, ou seja, será relacionado ao campo de F maior. E se ele for eólio? Então como está na tabela acima, usaremos a escala de C maior sobre o acorde. Viu? Não é necessário ficar decorando aqueles formatos de escala. Elas são apenas referências, mas não é por que você está utilizando o modo eólio ou qualquer outro que você vai ficar preso ao shape de escala do modo. O mesmo raciocínio vale para os modos maiores. Vou dar apenas um exemplo. Se considerarmos o acorde de C maior lídio, vamos utilizar a escala de G maior sobre o mesmo, visto que ele está associado ao grau IV do campo de G maior. Ou seja, como falei anteriormente, os modos estão muito mais ligados aos acordes, pois são eles que vão determinar qual escala será utilizada. O efeito dos modos está na relação entre as notas que você toca e os acordes da progressão, as escalas são as mesmas. Vou exemplificar isso através de progressões, todas na tonalidade de C maior:
Jônio: C – Em – F – G Dórico: Dm –G – C Frígio: Em – F – G – C Lídio: F – G – Em – Dm Mixolídio: G7 – Gsus4 – G7 – C Eólio: Am – F – C – G Lócrio: Am7/5b – C
Perceba que para todos os modos se utiliza a mesma escala, a de C maior. Então você pode estar pensando, pra que servem então os modos? Eles servem para diferenciar quais notas em uma mesma escala, soam melhor acusticamente sobre um determinado acorde ou progressão. Para isso devemos analisar os intervalos gerados por cada uma das rotações na escala:
Jônio: 2M 3M 4J 5J 6M 7M Dórico: 2M 3m 4J 5J 6M 7m Frigio: 2m 3m 4J 5J 6m 7m Lídio: 2M 3M 4+ 5J 6M 7M Mixolídio: 2M 3M 4J 5J 6M 7m Eólio: 2M 3m 4J 5J 6m 7m Lócrio: 2m 3m 4J 5º 6m 7m
Analisando o quadro, vemos que segundas são excelentes notas de repouso para todos os modos, com exceção do frígio e do lócrio. Terças soam bem nos modos jônio, lídio e mixolídio. Quartas soam bem em todos os modos, com exceção do jônio e do mixolídio. Quintas são boas para todos com exceção do modo lócrio. Sextas funcionam bem nos modos maiores, principalmente no mixolídio. E por fim as sétimas devem ser utilizadas como notas de repouso apenas nos modos jônio e lídio.
Isso não é uma regra geral, apenas convenções que nos orientam quais são as melhores notas disponíveis em cada modo. Mas não se deve seguir isso mecanicamente. O seu ouvido é a melhor ferramenta para discernir qual a melhor nota em cada situação. Os modos ajudam, mas seu principal auxílio sempre deve ser o seu feeling. Lembrem-se, modos são apenas referências nominativas, não um bicho de sete cabeças. Espero que este texto contribua para o enriquecimento musical daqueles que ainda tem dúvidas sobre esse assunto.
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cafe_com_leite Veterano |
# out/12
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Outro?
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Monkey D. Luffy Veterano |
# out/12 · Editado por: Monkey D. Luffy
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Outro? Quanto mais melhor cara. Informação nunca é demais. Além de que, cada explicação pode ser diferente uma da outra.
stevebecker Material de explicação é sempre bem vindo. Valeu!
Edit: Pra usar direitinho dessa maneira que vc ta falando tem que ter todas as escalas e saber quais são seus graus na ponta da linguá.
Pode ser melhor pra uns e pra outros não.
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Drinho Veterano |
# out/12 · Editado por: Drinho
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Outro?
Amigo é muito difícil pra quem não entende nada desse negócio compreender uma explicação sobre modos, principalmente em leitura sem alguem pra ilustrar com um instrumento na mão cara a cara então é interessante que haja uma explicação de forma simples lembrando que ainda sim haverá dificuldade para o sujeito.... quanto mais informações desse tipo melhor....
quando eu comecei a frequentar esse fórum e estava começando a me interessar por essa historia de improvisação eu buscava informação nos tópicos do nosso querido Leandro Panucci que é uma das nossas autoridades em termos de teoria e me lembro que por mais que eu tentasse era muito dificil entender o fato de G7 ser o V do campo de C e funcionava como mixolídio.... uma vez que eu não sabia o que era campo, não sabia o que significava V e não sabia porque esse G tinha um 7 e nem imaginava que quando o cara colacava I II III IV V VI VII em cima de C7+ Dm7 Em7 F7+ e por aí vai se tratava de uma tabela, pro estudo fluir deve existir uma ordem de assuntos que mal passa pela cabeça de quem tá começando...
Eu tive que pagar para aprender isso e infelizmente tem gente que não pode então é bom dividir informações com os colegas....
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cafe_com_leite Veterano |
# out/12
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Drinho Monkey D. Luffy Vocês estão certo, é porque há umas três semanas atrás criaram um tópico falando do mesmo assunto.
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stevebecker Veterano |
# out/12 · Editado por: stevebecker
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Eu sei que existem diversos tópicos com esse asunto, até citei isso no meu texto, mas mesmo assim resolvi colocar pq é uma explicação diferente de muitas que eu já e foi resultado de minhas pesquisas em relação a esse assunto. O q me motivou mais foi quando esses dias veio um kra q toca a 10 anos me perguntar oq são modos gregos. Resolvi postar aqui para ajudar o entendimento de outros aqui.
Monkey D. Luffy Realmente você precisa ter uma boa noção dos graus das escalas, mas com o tempo e a prática você começa a dominar isso rapidamente. Quando tiver mais tempo aqui vou postar outros estudos q fiz aqui, sobre rearmonização, escalas harmônicas e melodicas e outras coisas mais.
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renatocaster Moderador
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# out/12
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stevebecker
Valeu velho, com certeza sua colaboração vai ajudar a quem tiver interesse em aprender este assunto. Acho que seria bom a moderação pensar em criar um tópico fixo só para modos gregos, haja vista o volume de informações que tem espalhadas por aí e o número de interessados no assunto. Assim teríamos tudo em apenas um tópico.
Abs
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LeandroP Moderador |
# out/12
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A teoria é mesma, não tem diferença.
A explicação é diferente, e isso faz toda a diferença.
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Denis Guitar Veterano |
# out/12
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stevebecker Olá, acho muito legal a iniciativa de trazer um ponto de vista novo para o assunto "Modos Gregos" que normalmente é mal interpretado ou usado de forma equivocada por muitos músicos.
Algumas pequenas correções que tenho certeza que foram apenas acasos na formulação do teu texto:
No Lócrio era pra ser Bm7(b5) - C e não A... E cuidado ao usar o b5, o símbolo bemol vem antes da numeração.
E na análise de graus:
Mixolídio: 2M 3M 4J 5J 6M 7m e não terça menor.
Outra coisa, você colocou corretamente as notas características de cada modo, só discordo com o Jônico, a característica é a quarta justa.
Jônico - 4J Dórico - 6M Frígio - b2 Lídio - #4 Mixolídio - b7 Aeólio - 6m Lócrio - b5, não use o símbolo "o" para a quinta diminuta, isso é referente ao acorde tétrade diminuto.
Não entendi a tua explicação sobre as notas de repouso. Isso vai depender da cadência harmônica e da relação do modo com o acorde de fundo, então como você chegou nas notas que dispôs? Pergunto isso pois eu penso de forma diferente e estou curioso sobre o teu ponto de vista e o processo de raciocínio usado pra chegar na tua conclusão.
Abração!
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stevebecker Veterano |
# out/12
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Denis Guitar
Realmente errei a digitação é Bm7b5. Quanto as notas características, a quarta justa nunca poderá ser a nota característica do modo jônio, visto que é uma nota a ser evitada nesse modo. Você tem que analisar as notas em relação ao acorde principal do modo, no caso do jônio o acorde de C e a nota F, quarta justa não é ideal para o repouso. Quanto ao simbolo º, não me referi a tétrade diminuta e sim a triade, visto q no meu exemplo de campo harmônico só trabalhei com tríades. As notas de repouso foram analisadas, como falei anteriormente, ao acorde principal de cada modo, por exemplo ao acorde de C no modo jônio, visto que a harmônia que se seguirá no modo seguirá as mesmas características sonoras, até por que esta é a função dos modos, identificar as caracteristicas sonoras de cada progressão. O que tentei através deste estudo, é mostrar isso, que os modos estão associados aos acordes e as escalas não mudam, só a relação entre as notas e os acordes.
Abç
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Cochise Veterano |
# out/12
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Mixolídio: 2M 3m 4J 5J 6M 7m
nao seria 3M ?
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stevebecker Veterano |
# out/12
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Cochise
Sim sim, tentei editar mais n dá mais pra consertar.
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LeandroP Moderador |
# out/12
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stevebecker
Editei pra você. Qualquer coisa entre em contato com a moderação através da "central de ajuda".
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Denis Guitar Veterano |
# out/12
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stevebecker "Quanto as notas características, a quarta justa nunca poderá ser a nota característica do modo jônio, visto que é uma nota a ser evitada nesse modo."
A quarta justa só é evitada no acorde tônico, deverá ser usada nos demais acordes. É esse balanço que cria a sonoridade do Jônico, ou então soará como muitos guitarristas que usam a escala maior apenas repousando nas notas da penta m7 relativa. A 7M não é característica do Jônico pois o modo existe até na tríade C, é a nossa referência sonora. Tocou o acorde de C todo mundo já espera Jônico.
Teorias antigas tratavam o Jônico e o Aeólio como modos sem nota característica pois eram as nossas referências tonais (tom maior e tom menor). Mas isso já foi amplamente discutido e aceita-se o apoio nas notas do trítono como vital para a construção da sonoridade tonal. Por consequência para a construção da sonoridade modal.
Não estou falando do emprego modal por acorde onde a aplicação modal deverá existir sem ambiguidade. Falo das cadências num determinado modo onde usamos as notas características para criar balanço durante o solo.
As notas características de cada modo são aquelas que definem a escala sem criar dúvida, ou seja, o trítono da diatônica. Se você evidenciar somente a 7M do acorde de C sem o uso da quarta justa fica ambiguo entre jônico e lídio.
Observe o exemplo com a escala de C (C D E F G A B), o trítono é entre as notas F e B:
C Jônico -> evidenciar o F nos acordes não tônicos. D Dórico -> nota característica é a 6M, ou seja, nota B. E Frígio -> nota característica é a b2, ou seja, nota F. F Lídio -> nota característica é a #4, ou seja, nota B. G Mixolídio -> nota característica é a b7, ou seja, nota F. A Aeólio -> evidenciar o F nos acordes não tônicos. B Lócrio -> nota característica é a b5, ou seja, nota F.
Assim também fica mais fácil visualizar todas as relativas:
Jônico e Aeólio Dórico e Lídio Frígio, Mixolídio e Lócrio
"Quanto ao simbolo º, não me referi a tétrade diminuta e sim a triade..."
Esse símbolo é exclusivo do acorde de tétrade diminuto mas sei que muitos usam equivocadamente na tríade.
"Quintas são boas para todos com exceção do modo lócrio. "
Não entendi, a quinta diminuta não é a característica do Lócrio?
Todas as notas da escala são potencialmente notas de repouso. Ou fazem parte do acorde ou são tensões compatíveis. Um solo modal bacana é aquele que cria esses balanços na sonoridade e explora os contrastes na tensão. Temos que entender quais os quesitos mínimos para que exista a sonoridade modal...
Apenas 1 acorde - precisa trazer a tônica, terça e característica do modo - Exemplo: Jônico - C ou C7M (já que é a referência tonal) Dórico - Cm6 Frígio - C74(b9) (soa melhor sem a terça) Lídio - C7M(#11) Mixolídio - C7 Aeólio - Cm ou Cm7 (já que é a referência tonal) Lócrio - Cm7(b5)
Com 2 acordes - a soma das notas resulta na escala ou pelo menos define o trítono, exemplo:
Jônico - C7M | F Dórico - Cm7 | F7 Frígio - Cm7 | Db7M Lídio - C | D/C Mixolídio - C | Bb Aeólio - Cm | Fm Lócrio - Cm7(b5) | Db7M
Com escala + acorde, exemplo:
Jônico - C + C maior Dórico - Cm + Bb maior Frígio - Cm + Ab maior Lídio - C + G maior Mixolídio - C + F maior Aeólio - Cm + Eb maior Lócrio - Cm7(b5) + Db maior
Apenas com a melodia - deve-se evidenciar sempre a tônica pois define a tônica do modo, a terça, pois define o modo como maior ou menor, e a nota característica do modo, exemplo:
Jônico - C maior, evidenciando C E pois é a referência tonal. Dórico - C maior, evidenciando D F e B, prepara-se o B com a nota C. Frígio - C maior, evidenciando E F e G (a nota B pode entrar no lugar de G). Lídio - C maior, evidenciando F A e B. Mixolídio - C maior, evidenciando G B e F. Aeólio - C maior, evidenciando A C pois é a referência tonal. Lócrio - C maior, evidenciando B D e F (a nota E pode entrar no lugar de D).
Muito mais importante do que apenas conhecer a nota característica é saber como essa nota deverá ser inserida no fraseado, de que forma ela é preparada e resolvida. Só repousar nas notas características faz o solo soar estranho, muitas vezes dissonante demais pro contexto. Vamos aos poucos...
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Denis Guitar Veterano |
# out/12
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Esqueci um detalhe - a diferença entre evidenciar e repousar.
Evidenciar uma nota: - ser a nota mais aguda de uma frase. - ser a nota mais grave de uma frase. - ser o ponto na mudança de direção melódica da frase. - ser a primeira nota da frase. - ser a última nota da frase. - ser uma nota pedal. - ser tocada no tempo forte. - aparecer várias vezes. - ser tocada mais forte.
Repousar numa nota: parar nela.
No emprego das notas características entregando intenção modal deve-se adotar as 2 estratégias. As notas evitadas são aquelas que evitamos repousar mas que devemos evidenciar.
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Arimoxinga Veterano
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# out/12
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marcando aqui vou ler! me parece bem interessante!
Obrigado!
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ferbarper Veterano |
# out/12
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stevebecker boa!. Acho que o pessoal do forúm ta deixando muito de fala estudo de música. e muita jam hehe
cafe_com_leite
fui eu quem fiz o tópico algumas semanas atras hehe.
LeandroP Como sempre dando uma lição em todo mundo hehe. comenta lá o meu post sería uma honra.
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Johnny Favorite Veterano |
# out/12
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bem explicado
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Arimoxinga Veterano
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# out/12 · Editado por: Arimoxinga
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ferbarper
Mas já é uma forma de estudo! contudo estamos absorvendo informções de qual quer forma! eu acho mais bacana participar de jam hahaha
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stevebecker Veterano |
# out/12
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Johnny Favorite e ferbarper
Obrigado pelos elogios. Meu objetivo foi apenas dar uma luz e fazer com q o pessoal entenda oq são os modos q muitas vezes são mal interpretados. Espero ter ajudado de alguma forma.
Abç
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thms555 Veterano |
# nov/12 · Editado por: thms555
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uma pergunta rápida, quando eu usa a escala dentro de um acorde, por exemplo escala Si Menor Natural (escala de Ré Maior Natural), dentro de um Acorde de Lá (esse acorde tem que ser maior ou menor?), isso configura um modo dórico, entretanto, eu uso a tônica igual do acorde, no caso lá ou, a tônica da escala, si ou ré?
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thms555 Veterano |
# nov/12 · Editado por: thms555
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Um fato interessante que eu tava vendo, é impressão minha ou o cara ta ensinando errado aqui? Ele coloca o acorde de A7 (Lá com sétima) de base e sola com a a escala de Ré Maior Natural em cima do lá com 7, ré configura a quarta do campo de lá, logo seria modo Lídio certo? E não mixolídio que é o quinto grau, que nem ele ta ensinando, não? Assistam o vídeo e me tirem essa dúvida, to aprendendo modos gregos só agora.
Vídeo começa mesmo no 1:20, onde ele mostra a digitação em cima do acorde.
Abraço
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Denis Guitar Veterano |
# nov/12
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thms555 Escala de D ou Bm-> D E F# G A B C#
Monte o acorde de Lá com as notas da escala, fica:
A + C# + E = A ou A + C# + E + G = A7
Então o resultado é um A maior.
O cara no video está certo. O que dá o ponto de partida pra contagem dos modos é a tônica da escala maior. Como a escala é Ré maior fica:
D E F# G A B C#
D Jônico, E Dórico, F# Frígio, G Lídio, A Mixolídio, B Aeólio e C# Lócrio.
Acordes do campo harmônico:
D ou D7M | Em7 | F#m7 | G ou G7M | A ou A7 | Bm7 | C#m7(b5)
Quando o acorde é A7, use a escala de Ré maior e a intenção será A Mixolídio.
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Denis Guitar Veterano |
# nov/12
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Se quiseres uma dica pra evitar confusão faça o seguinte, substitua o nome do modo pela seguinte frase:
Ré Jônico ou Ré é a primeira nota ou acorde da escala maior. Mi Dórico ou Mi é a segunda nota ou acorde da escala maior. Fá# Frígio ou Fá# é a terceira nota ou acorde da escala maior. Sol Lídio ou Sol é a quarta nota ou acorde da escala maior. Lá Mixolídio ou Lá é a quinta nota ou acorde da escala maior. Si Aeólio ou Si é a sexta nota ou acorde da escala maior. Dó# Lócrio ou Dó# é a sétima nota ou acorde da escala maior.
Quando você usa um acorde de A na base e diz que vai solar em A mixolídio, é a mesma coisa que dizer que vai solar em A, que é a quinta nota ou acorde da escala maior. Se A é a quinta, o Ré vai ser a primeira, ou seja, escala de Ré maior.
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thms555 Veterano |
# nov/12
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ah ta entendi, agora acho que peguei a manha. E em relação a tônica , o efeito dos modos se dá enfatizando a tônica do acorde propriamente, no caso Lá ( A ) , ou da escala no caso Ré ( D) , em cima do acorde de Lá?
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Denis Guitar Veterano |
# nov/12
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As notas características (excessão do Jônico e Aeólio) sempre serão a tônica do acorde + o trítono da escala maior (quarta e sétima notas).
Ré maior - o trítono será entre as notas G e C#.
Lá Mixolídio será a nota A (Tônica do modo ou acorde) + G e C#.
para os outros modos:
E Dórico-> E G C# F# Frígio-> F# G C# G Lídio-> G C# (como falta uma nota poderá ser D, tônica da escala maior ou B, terça do modo) C# Lócrio-> C# G (como falta uma nota poderá ser F#).
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thms555 Veterano |
# nov/12
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sim, aquela história de que se pode usar a escala da quarta e sétima em um mesmo tom de base, não é? Até com penta, por exemplo tom é ré, vc pode usar a penta de G e C Sharp também, me diga se falei besteira? E a tônica do Jônico e Aeólio, não serão a do acorde?
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LeandroP Moderador |
# nov/12
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Um lance legal pra entender qualquer escala, é harmonizá-la.
Harmonize primeiramente em terças sobrepostas, depois experimente outros intervalos para harmonização, como os de quartas. Aí depois, quando você sacar os dois tipos de harmonização, experimente harmonizar por quintas. Duvido você não sacar qual é "o lance" de cada acorde, qual a sua escala de origem. Não tenho muito o que dizer. O nosso colega Denis Guitar, além de manjar muito de harmonia (o que notável), tem uma ótima noção de síntese, ou seja, de explicar, de demonstrar cada nuance. Valeu Denis Guitar!!! Tô aprendendo um bocado contigo ;)
Se você ainda não sabe o que significa "harmonização", pesquise no dicionário. Na música, essa palavra é entendida ao pé da letra, mas tem gente que distorce, procura pêlo em ovo, e não percebe o óbvio.
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Denis Guitar Veterano |
# nov/12
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LeandroP Sabe, depois de dar aulas por uns 20 anos aprendemos a explicar tudo usando ao menos umas 50 diferentes abordagens, hehehe. Cada um entende de forma diferente e achar o caminho que é o desafio. Mas afinal o que mais conta é o entusiasmo, a vontade de entender. Com isso consolidei o meu entendimento no assunto e nunca me canso dessa formula, sempre busco um ponto de vista diferente. A melhor forma de ensinar é quando aprendemos junto, parece clichê mas é a pura verdade.
thms555 "por exemplo tom é ré, vc pode usar a penta de G e C Sharp"
Qual penta você se refere?
Existem muitas pentas, a m7 (ou maior), m6, M7, harmônica, modais, alterada, etc...
As pentas m7, m6 e M7 são reduções da escala maior, podem ser pensadas da seguinte forma:
m7 = escala maior sem 4,7 ou sem 3, 7 ou sem T, 4. Am7 = A C D E G Dm7 = D F G A C Em7 = E G A B D
m6 = escala maior sem T, 3 Dm6 = D F G A B
M7 = escala maior sem 3, 6 G7 = G B C D F
Então usamos a penta m7 nos graus 2, 3 e 6, m6 no grau 2 e M7 no grau 5.
Para D maior fica: Pentas de Em7, F#m7, Bm7, Em6 e A7. Com cuidado com as pentas de Em7, Em6 e A7 pois possuem a quarta justa do tom que só funciona quando existe a mesma nota no acorde da base.
"E a tônica do Jônico e Aeólio, não serão a do acorde?"
Sim. E como esses modos são as nossas referências tonais (maior e menor) precisamos evitar repouso na quarta justa da escala maior nos acordes que não possuem a nota na sua formação. Exemplo em D:
Jônico - notas características: D F# e G (esse G não é usado como apoio em acorde que não possua ele na formação. Quando tocar apenas em cima do acorde de D pode-se usar o C# como apoio ao invés do G).
Aeólio - notas características: B D G (esse G não é usado como apoio em acorde que não possua ele na formação. Quando tocar apenas em cima do acorde de Bm pode-se usar o C# ou o F# como apoio ao invés do G).
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marcosaalcantara Veterano |
# nov/12
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Bom gente tenho uma dúvida sobre ultilização dos modos , mesmo estudando eu não estou conseguindo compreender sem alguém pra me explicar. Por exemplo : Eu tenho uma base no campo hamonico de G G Am Bm C D Em
a base é: G D Bm G D Am Em
Como está na sonoridade do CH de G eu sei que posso usar G jônio que tem G jônio, A dorico, B frigío , e assim por diante , mas se eu sempre seguir só o modo da nota que dá o tom ,e seguir a sequencia do modo pra solar sempre, vai ficar repetitiva a sonoridade. Como faço pra saber que outros tons em quais modos posso usar pra dá novas sonoridades?, podem me ajudar no exemplo da base que citei. abrçs
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