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pedropohren
Membro Novato
# out/16
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marcelosz
Ainda estou pensando em colocar mais uma lâmina pra fazer um sanduiche MESMO, ficaria um efeito legal, tipo um binding...

Tá, mas então as bordas dessa superstrat vão ser square mesmo? Sem curvas e alívios anatômicos?

(fiquei meio descrente desse lance de madeira afetar o som... longa história!)

Cara, se tu me contar essa história eu posso tentar destrinchar pra ti... Pq de fato, o tipo de madeira que tu escolhe tem uma diferença MUITO grande, mas é num nível muito mais subjetivo do que a galera adora propagandear aqui no fórum e em vários outros lugares... ^^

JJJ
Veterano
# out/16
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pedropohren
diferença MUITO grande [...] mas é num nível muito mais subjetivo

É "muito grande" ou é "muito subjetivo"?

marcelosz
Membro Novato
# out/16 · Editado por: marcelosz
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pedropohren
Tá, mas então as bordas dessa superstrat vão ser square mesmo? Sem curvas e alívios anatômicos?

Aquele alívio em que o braço direito repousa eu consigo fazer, consigo dobrar o top de 5mm e colar apesar de tudo.
As bordas serão pouco arredondadas mesmo em função do sanduíche. Ideal mesmo seria um top de maple de 5mm, mas é caro pra kct além de ser difícil de achar aqui na BananaLand.

o tipo de madeira que tu escolhe tem uma diferença MUITO grande, mas é num nível muito mais subjetivo do que a galera adora propagandear aqui no fórum e em vários outros lugares... ^^

Pois é... sei lá, eu a princípio acreditava bastante no efeito da madeira no timbre. Mas depois fui vendo que os captadores / amp / falante tem um impacto tão superior que acabam mascarando isso. Porém continuo com fé no impacto da madeira sobre o sustain, isso pra mim é mais fácil de "acreditar" e "aceitar". Mais "palpável" fisicamente falando...

Will Bejar
Veterano
# nov/16
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Então... minha partscaster.

Corpo: Cruizer by Crafter (basswood)
braço: Dolphin (maple e rosewood)
tarraxas: Giannini antigas tipo standard, bem bacanas!!!
captadores: Squier Affinity cerâmico
ponte: xexelenta, mas com saddles em aço inox da GuitarFetish

Essa guitarrinha tem um sustain muito bom, vou ver se consigo gravar umas paradas com qualidade decente!

http://i675.photobucket.com/albums/vv114/wbejar/IMG_20161115_034156871 .jpg

boblau
Veterano
# nov/16
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Will Bejar

lembrei da minha Charvel de 1986... sem os botôes de tone hahaha, mas eu tirei também o captador do meio!!!!!

Bela guitar, parabéns!

JJJ
Veterano
# nov/16
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Will Bejar

Deu vontade de fazer mais uma Strato? É isso aí! Cachaça never ends!

Will Bejar
Veterano
# nov/16
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boblau
Essa guitarra tava sem o captador de meio tb... Kkkkkkkkkkkkk
Eu acabei montando ela com várias peças de vários rolos que fiz. Acho que contei algumas páginas atrás.
É a reserva.

JJJ
Ela já tava montada. Só troquei os captadores mesmo... Hehehehe

Fottógraffo Ceggo
Veterano
# nov/16
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Olá pessoal

Tenho uma SX modelo SG (que troquei há uns anos num baixo com outro usuário do fórum), e tava querendo trocar o braço original dela por um braço de telecaster ou stratocaster.
Como não tenho experiência nenhuma em construção de instrumentos, obviamente deixarei o serviço a cargo de um luthier.

O que vocês acham da ideia?
Acham que ficaria com um visual legal?

acabaramosnicks
Membro Novato
# nov/16
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Fottógraffo Ceggo
Normalmente braço de SG é colado (set in neck), e braço de strato/tele é parafusado (bolt on).
Eu não sei se dá pra fazer isso. Qual o motivo de vc querer fazer isso? Mudar o formato do headstock, o formato do braço, a escala...?
Na minha opinião, se der pra fazer o trampo vai ficar feio hahahaha

Fottógraffo Ceggo
Veterano
# nov/16
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acabaramosnicks
Nas Gibson o braço é colado sim, mas na minha SX é parafusado.
O motivo é puramente estético.
Fiz um desenho simulando o resultado e até que não achei tão ruim.

pedropohren
Membro Novato
# nov/16 · Editado por: pedropohren
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JJJ
marcelosz

Kkkkk... Desculpem a confusão. Explico:

A madeira cresce quase como uma cebola: em camadas. Cada um dos anéis em um tronco de árvore é uma camada que ela criou ao longo da vida (inclusive esses anéis são usados pra medir a idade da árvore.) Mas esses anéis, entre eles, existem alguns anos de crescimento de uma árvore, qualquer que seja. Ou seja, são alguns anos de ar acumulado entre um anel e outro. (E o ar, como sabemos, tem uma condutibilidade BEM diferente da madeira.)

Como isso se traduz na acústica da peça de madeira? Quando a tábua é cortada do tronco, um pedaço específico do interior desse tronco é levado. Um pedaço específico, com uma configuração anelar X, veios da madeira (a parte que não fica entre os anéis) X, e principalmente, dureza X. Quanto mais dura a madeira, menos ela absorve as vibrações. Quanto mais aleatórios os veios (dentre os quais o ar também pode atravessar), mais difícil prever como será a passagem das vibrações produzidas por aquele ponto da madeira. Quanto mais áres de "choque" entre os anéis da árvore presentes na peça usada, mais ar na peça, e mais esse ar que vai exercer influência no som.

Ficou confuso? Calma.

O corpo do instrumento nada mais é do que um filtro. A física nos ensina que não existe um moto perpétuo: Um movimento iniciado perde energia com o tempo e se dissipa. Isso se aplica também às vibrações das cordas de um instrumento. Mas como as cordas da guitarra estão presas ao corpo, e não à elétrica, o corpo acaba sendo o principal filtro dessas vibrações: Grande parte das frequências emitidas se perde no corpo, pois a madeira as absorve. Quanto mais duro o corpo, menos frequências ele consegue absorver. Madeiras duras tendem a ser preferidas para um som mais agudo (até o baque que elas produzem se você bater nelas é mais agudo e estalado), e a recíproca é verdadeira. Assim como essas mesmas vibrações, dependendo da junção entre braço e corpo, conseguem ser melhor transmitidas de um ponto ao outro do corpo e "realimentar" a vibração das cordas, criando o famigerado "sustain"... (Daí inclusive o mito de que braços colados ou inteiriços criam um melhor sustain...)

Só que aí entra a maravilha da biologia: Cada espécie de árvore, pelo seu código genético diferenciado, gerará anéis e veios em um padrão diferente. Terá uma dureza diferente. E terá mais ou menos (e infinitas diferentes) variações desse mesmo padrão dentro da sua natureza genética. Por ISSO a diferença "MUITO grande" que eu mencionei antes...

Mas o detalhe da "subjetividade" que eu mencionei, é que esses "obstáculos" criados pela madeira pra algumas das frequências, são ínfimos. Influenciam muito mais na qualidade do som criado do que propriamente no "timbre". Já dizia meu mestre Daniel Carvalho: "80% do timbre do instrumento é dos captadores, 15% do corpo, e os outros 5% são divididos entre o resto das peças do instrumento"...

Espero ter ajudado em alguma coisa ^^

E Bertola, pelo amor de deus, se eu estiver errado em algo, me corrija kkkkkk

ramon1O
Membro Novato
# nov/16 · Editado por: ramon1O
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Fottógraffo Ceggo

Mande fazer sob medida, baseado no original (mudando somente o headstock) caso contrário não irá dar certo.

JJJ
Veterano
# nov/16 · Editado por: JJJ
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Fottógraffo Ceggo
Acham que ficaria com um visual legal?

Sinceramente? Não.

Mas o pior não é a parte visual... As escalas tem tamanhos diferentes. Pra casar, seria complicado! Talvez tivesse que refazer a furação da ponte... enfim... eu não faria.

pedropohren

Rapaz... esse assunto dá pano pra manga... kkkkkk

Fottógraffo Ceggo
Veterano
# nov/16
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JJJ
Sei que tem escalar diferentes, por isso eu faria como o ramon1O disse.
Fazer o braço conforme o original, mudando somente o headstock.

pedropohren
Membro Novato
# nov/16
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Fottógraffo Ceggo
E cara, as SG da SX não são parafusadas puramente por estética: É pra baratear a produção mesmo... O processo de parafusar um braço, além de ser MUITO mais barato do que o de colagem, demora MUITO menos, o que agiliza a produção. E considerando que as SX são guitarras low end...

(Apesar de a madeira usada em muitos dos instrumentos deles serem bem escolhidas)

boblau
Veterano
# nov/16
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pedropohren

muito boa sua explanação sobre o tema. Além destes pontos colocados por vc, existem mais algumas variáveis em relação à madeira escolhida para uma guitarra que influenciam no som de uma guitarra como um todo e já foi exaustivamente discutido aqui.

Mas estas discussões chegaram a um ponto onde a razão deixou de ter sentido e virou discussão com traços religiosos e políticos, o que não levaria a nada.

O fato é que a madeira realmente não tem influência nenhuma em um instrumento, assim como outros aspectos da guitarra, uma vez que na sequência da cadeia se colocam captadores ativos, distorções hi-gain, modulações intensas, conversores AD-DA, PC, etc.

Guitarristas que usam guitarra->cabo->ampli têm convicção que a madeira influencia no som da guitarra. Além destes guitarristas, os luthiers de qualidade também.

Portanto, na minha opinião, este assunto tem problema de abordagem. É como se fosse necessário fazer uma triagem antes da discussão com quem vai discutir, senão parte-se para uma discussão aleatória, sem base empírica ou científica, só na base do achismo e que não leva a nada.
Fica uma discussão como se colocássemos uma galera PSOL discutindo com uma galera do Trump, ou uma galera evangélica discutindo com islamitas. Não vão se entender mesmo, nunca.

O pior cego é aquele que não quer ver - e isso vale para ambos os lados desta discussão.

JJJ
Veterano
# nov/16
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boblau
Fica uma discussão como se colocássemos uma galera PSOL discutindo com uma galera do Trump, ou uma galera evangélica discutindo com islamitas. Não vão se entender mesmo, nunca.

Mas eu curto ver (de longe...) rs

Iversonfr
Veterano
# nov/16
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pedropohren
O processo de parafusar um braço, além de ser MUITO mais barato do que o de colagem, demora MUITO menos, o que agiliza a produção.

Qual o sentido do braço colado ser muito mais caro que parafusado? Tirando o tempo de secagem que é maior (que numa linha de produção isso é previsto e ajustado assim como pintura etc), não vejo sentido custar mais caro ainda mais em fábricas com linha de produção, e ainda economiza parafuso e neckplate. Antigamente tudo bem ficar mais caro, mas hoje em dia com a altíssima precisão sendo tudo cortado no cnc, não tem sentido. Pra mim o único custo a mais que justifica essa diferença atualmente está no headstock.

Quanto a dizer que SX é parafusada por ser low end, e as Fender American e CS, são parafusadas pra baratear custo tb? Esse tipo de processo de fabricação está mais ligado à tradição das marcas do que qualquer outra coisa. Imagino que a SX provavelmente já tinha uma produção feita para braços parafusados e não deve ter compensado alterar a fábrica para colar apenas algumas linhas.

marcelosz
Membro Novato
# nov/16
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pedropohren

Excelente explicação! Eu concordo com você. Concordo mais ainda quando você diz que há influência na qualidade do som, e não necessariamente no timbre.
E como vc bem observou, a influência dos captadores é muito maior que a madeira. Gostei da proporção 80 - 20%. Isso sem contar a influência do amp + falante + microfonação. :-D

Vou abrir um parenteses sobre essa questão de timbre e influência dos outros elementos no contra-baixo: tenho um SX que customizei, só que nunca ficava satisfeito com o som. Achava meio xoxo, sem vida... Já estava até pensando em vendê-lo. Até o dia que tive a brilhante ideia de testar as simulações da linha Ampeg no Amplitube 4. MEU DEUS!!! Que timbre maravilhoso consegui tirar!!! Passei a amar novamente meu baixo kkkkkkk... E tudo isso sem saber e nem muito menos me importar muito com o nome/procedencia da madeira do corpo do baixo etc! Porém, captadores (que troquei) e PRINCIPALMENTE o amp (SVT4) + caixa fizeram toda diferença!! ;-)

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# nov/16
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pedropohren
boblau
marcelosz

Sem querer ressucitar a velha polêmica, mas já o fazendo, rsrs:

No vídeo abaixo o cara, provavelmente engenheiro, prova por A + B que madeira não influencia em NADA no som da guitarra elétrica. Isso porque os captadorers são isolados de qualquer contato, e são eles que transmitem o som equivalente às vibrações das cordas para o amplificador.

Tendo a concordar com ele. EU tenho a impressão de que essa história de madeira é só pras grandes fabricantes e para os grandes luthiers terem uma desculpa pra jogar o preço de seus instrumentos lá pra cima.

De qualquer maneira o voraz capitalismo de estado chinês está a engolir todos eles...

Segue:



Abçs

Iversonfr
Veterano
# nov/16
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Felipe Stathopoulos

Poutz você não deu essa! rsrs

Não comentei nem uma vírgula a respeito do post da madeira do colega ali em cima porque como o JJJ disse, isso sempre dá pano pra manga rs, até porque não concordo com nem uma vírgula do post mencionado, então iria longeeee rs, mas falei que não ia mais dar corda nesse assunto aqui no FCC pq já deu no saco...

boblau
Veterano
# nov/16
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undefinedFelipe Stathopoulos

No vídeo abaixo o cara, provavelmente engenheiro, prova por A + B

nem de perto....

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# nov/16
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Iversonfr

Eu sei bro, mas é que eu particularmente adoro estes debates de "ciência X fé" rsrsrs...

Mais um:



Abç

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# nov/16
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boblau

Este também é legal: uma guitarra de acrílico e uma de madeira, mesma captação, cordas, etc, e um treco mecânico tocando:



MauricioBahia
Moderador
# nov/16 · Editado por: MauricioBahia
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boblau: É como se fosse necessário fazer uma triagem antes da discussão com quem vai discutir, senão parte-se para uma discussão aleatória, sem base empírica ou científica, só na base do achismo e que não leva a nada.

Me lembrou o épico debate sobre a existência de Deus entre o padre Frederick Copleston e filósofo Bertrand Russell. Numa introdução, eles fazem um acordo:

"Copleston: Como nós vamos discutir a existência de Deus, deve ser benéfico chegarmos a um acordo provisório sobre o que nós entendemos pelo termo “Deus”. Eu presumo que nós entendemos um Ser supremo e pessoal, distinto do mundo e criador dele. Você estaria de acordo- provisoriamente, ao menos- em aceitar esta exposição como o significado do termo “Deus”?

Russel: Sim, eu aceito essa definição."


E por aí vai: https://felipepimenta.com/2013/07/18/o-debate-sobre-a-existencia-de-de us-entre-frederick-copleston-e-bertrand-russell/

Felipe Stathopoulos: Eu sei bro, mas é que eu particularmente adoro estes debates de "ciência X fé" rsrsrs...

Aproveita o link acima. Coisa fina. :)

:)

Fottógraffo Ceggo
Veterano
# nov/16
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Sobre o braço da SX ser parafusado ou colado, não me importo com isso.
A guitarra tenho só pra brincar, meu instrumento principal é o baixo.

Quanto à madeira, já vi um cara usando o mesmo corpo de guitarra e as mesmas cordas com dois braços diferentes, um todo em maple e outro com a escala em rosewood.
A diferença é sutil, mas eu preferi mais o som do braço em maple.
Não me aprofundei nos estudos de guitarra, quem dirá sobre timbre, mas ao meu ver depois de passar o sinal por diversos pedais e simuladores, a madeira não influencia tanto no som. Só mesmo no sustain, mas não no timbre.

Iversonfr
Veterano
# nov/16 · Editado por: Iversonfr
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Felipe Stathopoulos
Mais um:

Eu acompanho o canal dele. Ele tem vários videos sobre o assunto, na minha opinião é um dos melhores e no teste foi o mais lúcido. O que vejo de "teste" falho tanto de um lado quanto do outro não é brincadeira.

Fottógraffo Ceggo
Não me aprofundei nos estudos de guitarra, quem dirá sobre timbre, mas ao meu ver depois de passar o sinal por diversos pedais e simuladores, a madeira não influencia tanto no som. Só mesmo no sustain, mas não no timbre.

Assisti um video esses dias que o cara compara num teste cego uma Gibson, uma Ibanez, uma Tele e uma Strato. Faz com som clean, crunch, drive etc. Rapaz, como é difícil acertar mesmo assim com guitarras completamente diferentes. É tranquilo separar a Tele e a Strat da Gibson e Ibanez, mas acertar de prima por exemplo antes de ter o comparativo das outras três, não é mole não. Em um testei troquei a Tele com a Strat. Em outro troquei a Gibson com a Ibanez e num terceiro só não errei novamente porque chutei bem rs.

Edit: Achei no histórico do youtube aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=9AEp4R7v_oc

pedropohren
Membro Novato
# nov/16
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Iversonfr
Qual o sentido do braço colado ser muito mais caro que parafusado? Tirando o tempo de secagem que é maior (que numa linha de produção isso é previsto e ajustado assim como pintura etc), não vejo sentido custar mais caro ainda mais em fábricas com linha de produção, e ainda economiza parafuso e neckplate.

Mesmo assim, cara, uma placa de aço e 4 parafusos, tudo made in china, é bem mais barato do que manter um suprimento constante de cola pra madeira. Sem falar no aspecto do tempo de produção, que como tu mesmo repetiu (eu falei disso no meu post :P ) é maior por conta do processo de secagem.

boblau
Veterano
# nov/16 · Editado por: boblau
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Felipe Stathopoulos

Este também é legal: uma guitarra de acrílico e uma de madeira, mesma captação, cordas, etc, e um treco mecânico tocando:

A pergunta é: o que foi usado para captação do som e exposição do vídeo? Do jeito que foi feito, provavelmente um violão teria o mesmo som de uma Strato.

Isso aí não prova nada. Do ponto de vista da análise acústica, os recursos que se necessita para realmente entender o que um ouvido humano é capaz de processar, não estão disponíveis no ambiente em que se fez o vídeo. O exemplo abaixo é uma velha piada sobre matemática e experimentos sem base científica:

COMO PROVAR QUE VACA E SORVETE SÃO EXATAMENTE A MESMA COISA

A matemática é linda, como já dizia um antigo professor meu.

Com ela podemos fazer muitas coisas, vejam só….

ʃVaca(x)dx = Leite(x) + C

ʃVaca(x)dx=d/dx Leite(x) + C = Sorvete(x)

→Vaca(x) = Sorvete(x)

Para aqueles que sabem um pouco de cálculo integral (se você não sabe aprenderá agora!), o raciocínio é lógico.

– O leite é integral

– Sabemos que o Leite vem da vaca

Então o leite é integral da vaca!

Sabemos também que:

– O sorvete é derivado do leite

Logo, o Sorvete é derivado da Integral da vaca!

As operações (Integral e Derivada) são inversas, ou seja, quando derivamos algo e posteriormente integramos, voltamos a função primitiva.

Então, pelo Teorema Fundamental do Cálculo conclui-se: SORVETE = VACA!

Sendo assim, chupar um sorvete, e lamber uma vaca são duas formar de se fazer a mesma coisa!!

Owww saudades das aulas de cálculo

Mais um:

Este vídeo não discute a influência da madeira no timbre em si, discute o valor mercadológico das guitarras que se valem do argumento disso para encarecer os instrumentos. Inclusive ele, em um momento diz que se pegar uma guitarra chinesa e trocar tarraxas e ponte, um músico teria dificuldade em saber que é uma guitarra barata. Mas as madeiras são as mesmas.

MauricioBahia

é bem por aí mesmo. Sem colocar primeiro alguma base de pensamento e conceitos, uma discussão como esta é inútil. O mundo da guitarra é muito grande, tem n variáveis e a "tomada de lado" é uma característica atual do pensamento humano: mortadela x coxinha, direita x esquerda, pagode x metal, muçulmano x cristão, madeira influencia x madeira não influencia.... curiosamente hoje fugimos do equilíbrio.

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# nov/16
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boblau

Cara, eu acho que os ânimos chegaram neste estado (Z versus Y) porque a verdade é que ninguém entende e a esmagadora maioria dos músicos não se conforma com os preços das guitarras ditas "boas", principalmente das duas grandes (Gibson e Fender).

Nem mesmo os gringos se conformam com o quanto uma Fender Strato American, uma guitarra que foi projetada exatamente para ser barata, custa hoje. LP Gibson então nem se fala: é artigo de elite até mesmo pra eles (rsrs imagina pra nós, meros latrinoamericanos quintomundistas...).

Então a negada se esforça SIM pra derrubar o mito, principalmente das duas grandes. E estão certos de tentarem provar algo que também é indefensável pelo outro lado: ninguém consegue explicar cientificamente PORQUE que uma Fender American é (supostamente) melhor que uma MIM, MIJ, MIK, MIC ou o que seja.

E logo surgem as posições extremadas, de ambos os lados (o que evidentemente é uma besteira).

Mito este que, reconheçamos, tem mesmo muito de mito (mas já foi pior, bem pior). Eu penso que vai chegar um dia em que as duas grandes terão que reconhecer que o preço de seus instrumentos não tem nada a ver com a "madeira de mogno hondurenho plantado à beira-mar em terra trazida da Lua, secada em estufa por bafo de virgens, esculpida por elfos e pintada por descendentes de Van Gogh", e sim que a questão do seu preço elevado é sim de mercado, de oferta e demanda, ou seja: de maximização de lucros.

Porque com a voracidade dos asiáticos, com a qualidade cada vez melhor com que trabalham, com os novos processos industriais, com a escassez de madeiras "tradicionais", esse mito Fender/Gibson American está com os dias contados.

A minha posição sobre o tema é: não tenho certeza de nada. Nem pra um nem pra outro lado. E ninguém me convenceu de nada, até hoje.

Não que pra mim interesse, porque pra mim o mais importante é a pecinha que fica atrás do corpo da guitarra.

Abç.

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