Apostila com dicas sobre gravação de guitarras - impressões de clebergf e MMI e trocas de ideias

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clebergf
Veterano
# abr/12
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Hammer

Realmente cara, como o MMI falou, o primordial é gravar bem para depois não ter problemas na mix, se errar na gravação é muito complicado salvar o som depois.
O esquema é ir testando, lendo, testando, ouvindo, testando e assim vai...:D

trashit hc

Valeu cara.




Todos

A guitar player desse mês é especial sobre home studio, ainda não li toda a matéria, mas parece ter algumas dicas interessantes e outra nem tanto, mas vale como mais um material para leitura...

MMI
Veterano
# abr/12
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clebergf

Vou colocando aqui a prévia do que estou acertando, assim todos podem criticar e dizer se mudo algo.

trashit hc

Sobre cancelamento de fase, em todos os DAW tem um plugin de "metering" ou algo parecido, pode chamar de "goniometer", "phase scope", algo assim. Na apostila escrevi assim:

"É sempre bom que se verifique se sua gravação tem problemas de fase ou seja, cancelamento de frequências, especialmente quando se grava com 2 ou mais canais uma mesma fonte. Há risco maior disso quando se grava amplificador ou violão com 2 microfones, quando se grava violão com linha e microfone e quando se faz efeitos estéreo, por exemplo. Para se verificar isso existem vários plugins, não é difícil achar. Procure um "Goniometer" ou "Audio Vector Scope". A imagem é mais ou menos assim:

pode ser assim

ou assim

Ele mostra como está sua mix em relação ao stereo/mono (no caso ilustrado neste momento a mix está mais para esquerda, porque está mais forte na linha L). A linha de baixo é o "medidor de fase", onde 0 significa que os dois lados são completamente diferentes, o +1 significa que os sinais são idênticos e em fase (correlação total), o -1 significa que os dois canais são iguais, com fases invertidas, cancelando. Isso significa que sua mix precisa estar na parte positiva, entre o e +1, onde não há problemas de cancelamento. Entrou no vermelho, negativo, tem problema e precisa ser corrigido. Sempre que mexer no pan, na equalização, reverb ou qulaquer coisa pode surgir problema de fase."

Depois que escrevi, vi um video bem legal do Lisciel que ilustra bem e acho que você vai entender bem como faz.

Video 1

Video 2

Matamos o problema de fase?

Pessoal que tem dificuldade na mixagem

Eu mexi e acrescentei bastante coisa nas dicas, estou acabando sobre equalização, sobre compressão estou no começo e o resto dos efeitos ainda não fiz. Está assim:

"Dicas de mixagem e efeitos

A primeira regra é confiar em seus ouvidos, não se baseie em regras e presets que geralmente não dá certo. É preciso acertar, mexer, tentar até que fique bom. Cada instrumento tem seu acerto para cada música. Não existe um acerto geral que serve para tudo e que funcione sempre, então a questão é saber por onde começar e qual o caminho a seguir, mas não existe uma linha muito definida do que é certo e errado.

Se a gravação é com guitarra de captadores single ou entrou algum ruído na gravação, é legal colocar um noise gate logo de cara, a primeira coisa que entra, antes de equalizar, comprimir ou mexer em qualquer coisa. Uma opção variante disso, para os singles ruidosos, é colocar um equalizador paramétrico em 60 Hz, Q bem pequeno, com corte dessa frequência (explico a equalização mais adiante). Melhor que noise gate sempre é tentar remover o ruído com o equalizador, com um equalizador paramétrico, tira o ganho ao máximo, deixa um Q médio (1 mais ou menos) e varre as frequências para buscar onde é o ruído. Achado, tente deixa a redução de ganho ao mínimo e o Q no mínimo também. Se tiver que tirar muito, o ruído está muito grande, cobrindo uma faixa muito grande de frequências, tente o noise gate, se mesmo assim não estiver bom, o jeito é gravar de novo, tentando outra técnica.

Evite mixar, masterizar ou mexer nas suas trilhas com som alto. Além de fazer mal para o ouvido, o alto volume engana os ouvidos e dá mais "cansaço auditivo". O sujeito passa horas deixando o som perfeito, no dia seguinte quando ouve descobre que está uma bela porcaria. O ouvido submetido a altos níveis de pressão sonora começa a perceber menos os agudos principalmente ao redor de 4 kHz, geralmente de caráter transitório, mas que podem virar definitivos. Muitos estúdios tem decibelímetros, que "medem o volume", mas em home studios é possível usar a "versão tabajara" e baixar no celular um aplicativo de medição de decibéis não muito preciso, mas já resolve o problema - tem versões gratuitas até. Muitos produtores recomendam mixar e masterizar com o som ao redor de 80 a 85 dB. Isso é baixo, não aumente o volume que som alto faz muita coisa soar bem quando não devia. Se soa bem baixo é porque alto vai soar melhor ainda. Faça pausas, descanse seus ouvidos, esse não é um trabalho para poucos minutos.

Quando for gravar em casa, evite gravar com níveis altos, a "luzinha" do seu DAW não pode bater em 0 ou acender o clip em hipótese nenhuma para uma boa gravação. Clipping digital (distorção) é horrível. Na sua interface, tem um parâmetro de sample rate, seria quantas "fotos" seu computador tira da onda sonora por segundo. O sample rate de 44.1 kHz está de bom tamanho, são poucos aparelhos (DVD ou Blu-Ray) que suportam mais que isso, mas o ouvido humano, teoricamente, consegue perceber no máximo algo menor que a metade disso. Gravar com maior taxa para depois reduzir não é uma boa ideia, pode estragar seu som, além de ocupar mais espaço de memória e mais processamento de seu computador. A quantidade de bits já faz diferença, isso dá a margem de quantos passos de volumes diferentes seu DAW vai gravar, por isso é legal que se grave com um parâmetro alto aqui, se der, vai de 24 bits. Isso significa que terão 224 volumes diferentes, uma dinâmica bem alta (mais de 16 milhões de níveis de volume). Lembrem que um CD tem 16 bits de "dynamic range". Com o parâmetro acertado em 24 bits, dá para gravar com o VU (a "luzinha") batendo em -12 dB que ainda teremos 22 bits sobrando para faixa dinâmica, ou seja, 4.194.304 volumes diferentes, que já está muito bom e bem longe da possibilidade de clipar. Depois de gravado sem nenhum clip, você pode juntar suas faixas, mixar, botar um compressor e um limiter fazendo até bater no 0 dB do seu "VU meter" sem problemas se quiser, aproveitando toda faixa dinâmica. Não haverá problemas em passar para um CD ou MP3 com faixa dinâmica menor. E sempre fuja de clipar seu som, preste atenção ao adicionar plugins de efeitos, sempre podem dar um aumento no volume e clipar, até mesmo jogar para um dos lados do pan.

Procure gravar sempre que possível com o metrônomo ajustado. Uma gravação que o músico acerta bem o tempo é sempre mais agradável. Além disso, se souber o BPM da música, dá para acertar o delay bem exato e seu DAW vai mostrar os picos na divisão do compasso, fica fácil ver se está acertado o tempo bem "na cabeça", "cravado", especialmente bateria e baixo.




Equalização

Os equalizadores gráficos costumam ser preferidos por quem é iniciante, é mais visual. Não tenha dúvida que os paramétricos são bem mais precisos e do gosto dos técnicos de estúdios. Vale a pena tentar entendê-los e se arriscar nos seus DAW, sempre tem esses equalizadores VST e para isso tem algumas dicas. O legal é que nos equalizadores das DAW tem algumas versões combinadas, que o paramétrico tem a visualização gráfica também o que facilita bastante até que se acostume. Os equalizadores paramétricos são preferidos nos estúdios e por profissionais não por acaso. A grande vantagem do paramétrico é o "Q", uma vez escolhida uma frequência e o aumento ou redução de ganho, o Q regula quanto das frequências vizinhas serão afetadas. Um Q de 1 é o meio da regulagem, então entre 0,9 a 1,4 é um Q médio. Abaixo disso se considera que está abrangendo uma faixa larga de frequências e acima de 2 é um ajuste bem estreito, quanto mais alto, mais se pega uma só frequência.

Não esqueça que na hora de equalizar é necessário bom senso e cuidado. É necessário descansar e ouvir mais tarde o que fez, é comum que o cansaço auditivo dê uma enganada e depois se descobre coisas que não ficaram boas ou que não foram notadas. Vale a regra que geralmente menos é mais, costuma ser melhor cortar ou economizar o que acrescenta, vá com calma na hora de aumentar. Se for para colocar algo de forma mais exagerada, pode ter certeza que tem algo errado lá no início, na captação. Geralmente o melhor equalizador está na posição correta do microfone ou no acerto do amplificador (real ou simulado). Lembre que só se aperta o botão vermelho do Rec depois que o som está ótimo, não adianta gravar um som meia boca para depois acertar na mixagem, não funciona geralmente - a não ser quando se grava em linha, nem sempre, mas ocorre de ás vezes se gravar um "sub-ótimo" para depois dar uma reduzida nos agudos. Um analisador de espectro de frequências pode ajudar a ver a faixa de frequências que o instrumento está atuando. Alguns VST tem presets, eu acho útil e gravo alguns dos meus, mas servem geralmente como referência para depois dar uma "polida" a acertada na particularidade da música em questão. O maior segredo está no seu bom gosto guardado na sua cabeça e especialmente seus ouvidos.

Lembre que o ouvido humano tem uma sensibilidade especial nos sons médios, em especial entre 500 e 2 kHz. Portanto essa faixa de frequências é a mais importante numa música, mexer um pouco nessa faixa é bastante notável e o segredo reside aí. É bom que se tenha uma tabela de frequências dos instrumentos para referência. Nisso vai se basear muito da mixagem e da masterização. Quando a música é cantada, a voz precisa ser um ponto chave, então a voz precisa ter espaço nas frequências, sendo que o principal fica ao redor de 300 Hz a 3 kHz, muito próximo da faixa principal da audição. Não por coincidência, essa é a largura da faixa de frequências principais dos telefones. Assim, na voz dê uma aumentada de 3 a 6 dB ao redor de 1600 Hz, com Q médio para alto. Isso dá destaque para voz, para isso retire um pouco do violão, guitarra, teclados da mesma frequência, os instrumentos competirão menos com a voz e se ganhará destaque. Um leve ganho, uns 2 dB entre 2,5 e 3 kHz, Q médio (1), melhora e destaca várias consoantes, dando melhor clareza aos vocais. Músicas com voz sempre dê um corte ao redor de 90 Hz (homens) ou 130 Hz (mulheres) para tirar o que escapa pelos "pop filters" e não embolar com os instrumentos, especialmente o baixo.

Quanto melhor gravado, menos se precisa mexer na equalização. Umas dicas para começar a equalização para quem tem dificuldade:

Violão e guitarra limpa: corte um pouco do ganho (até 6 dB) em 3 kHz e Q médio para não competir com a voz, junto com o cenroi da frequência da voz também. O pessoal de estúdio gosta de falar em "adicionar brilho", aumente em 5 kHz 1 a 2 dB com Q=1,4 mais ou menos. Se tiver uns médios meio rachados e irritantes, retire um pouco próximo de 800 a 900 Hz com Q médio. Retire uns 3 dB acima de 8 kHz para tirar um pouco do ataque de palheta.

Guitarra distorcida: Abaixe uns 6 a 9 dB abaixo de 180 Hz. Em 400-500 Hz dê um ganho de uns 3 dB. As dicas acima são muito válidas aqui para não competir com a voz. O timbre fica "abelhudo" com excessos de 6 kHz para cima, corte se isso acontecer.

Uma faixa importante da guitarra é a que fica em 500 Hz. Preste atenção nela, junto com médios de 200 a 400 Hz. De 800 a 1 kHz fica o ataque. Na dúvida, se estiver com um equalizador paramétrico, exagere no ganho (para cima ou para baixo) e com um Q pequeno vá procurando o que sobra e o que falta no controle de frequências, depois de achada a frequência é só acertar o ganho e o Q. Se o problema for em uma nota estourando (geralmente é uma grave que trasteja ou embola), procure na net uma tabela de frequências de notas musicais, daí é só colocar o equalizador paramétrico naquela nota e acertar. De toda forma, lembre que o importante do som fundamental da guitarra vai de E2 (82 Hz) a D6 (1,2 kHz), sendo que os harmônicos de 1,5 a 5 kHz, eles que dão brilho e aí que excede quando se grava em linha. Se o problema for que está embolando com o baixo, é comum que o problema esteja entre 270 (ou um pouco menos) e 300 Hz, essa é uma faixa crítica, o "peso" está por aí, não pode sobrar que embola, não pode faltar que fica sem peso.

Baixo e bumbo: Aqui vale uma ressalva, pense se o baixo vai ficar acima ou abaixo do bumbo. Geralmente em pop o baixo fica acima, em rock costuma ficar abaixo. De qualquer forma, comece dando ganho, 3 a 6 dB, ao redor de 70 Hz, Q médio, é aí que dá o "punch" deles. De um corte lá pelos 400 Hz para não competir com guitarras, violões e instrumentações, melhora o som deles também. Um ganho mínimo, 1 a 1,5 dB lá para 4 kHz aumenta os harmônicos deles e fica mais distinguível em falantes ruins e headfones.

Caixa (snare): Aumente em uns 100 Hz, 3 dB com Q 1,4 mais ou menos. Lá para 1,5 a 2 kHz diminua para não competir com a voz. Um ganho entre 7 e 8 kHz aumenta o som da esteira.

Piano: Um aumento de 2 a 3 dB entre 500 e 800 Hz, com Q médio melhora o som. Aqui vale muito as considerações para não competir com a voz.

Lembre que na mixagem e na masterização (até onde se pode chegar com isso em casa) é importante ser um pouco agressivo. Porém tem limites. Para mim se a equalização precisar passar de 9 a 12 dB para cima ou para baixo é porque tem coisa errada na captação. Chegando nesse limite já vale considerar se não teve algo errado na gravação e se não vale a pena fazer de novo."

Críticas, sugestões, correções, podem mandar!

clebergf
Veterano
# abr/12
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MMI

Maravilha cara. Depois irei ler com calma... :D

trashit hc
Veterano
# abr/12
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MMI

muito bom!!! essa parte que vc acrescentou.

quer dizer que gravar dobras de guitarras em linha, é mais dificil acontecer cancelamento de fase?

abs.

MMI
Veterano
# abr/12
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trashit hc

quer dizer que gravar dobras de guitarras em linha, é mais dificil acontecer cancelamento de fase?

Não, sempre que tiver 2 sons existe o risco.Mas se você não copiou e colou as faixas para canais diferentes, tocou de verdade, menos chance de ter cancelamento. É que na microfonação é necessário tomar mais cuidado porque a posição do microfone já pode cancelar fases.
Por isso é legal, mesmo nos VST, quando for gravar outra track dobrando, posicionar o mic um pouco diferente ou mesmo usar guitarra e amp diferentes, porque isso muda bastante as ondas sonoras e diminui a chance de problema de fase.
Na verdade, é meio tentativa e erro, é preciso achar um jeito que fique bom e separar no pan os canais. Isso dá um resultado muito bom, vale a pena. É analisar a fase com o plugin e tentar corrigir. A correção pode ser reposicionar o mic (VST ou não), inverter a fase, defasar movendo uma das faixas uns 12 ms, mudar a equalização, mudar o pan ou uma das 1001 soluções.

Hammer
Veterano
# abr/12
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MMI
clebergf

Acho que vcs não entenderam, o meu problema maior é gravar com qualidade , fazer com que o som saia fiel ao que estou ouvindo. Aqui é que é dificil fazer com que o som tenha uma ambiencia natural. Quando coloco o microfone perto do amp o som fica muito seco, e com muito brilho virando uma caixa de abelhas. A minha dificuldade é fazer a gravação soar igual ao natural...To experimentando novas forma para colocar ambiencia no som o que acho fundamental para soar natural..

Hammer
Veterano
# abr/12
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MMI
quanto a mix também é algo que preciso aprender muito, mas primeiro eu tenho é que conseguir fazer uma boa gravação... Parabéns pelos acrescimo está muito bacana.
ABs

clebergf
Veterano
# abr/12
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MMI

Perfeito cara.
Ficou muito interessante esse complemento. :D

clebergf
Veterano
# abr/12
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Hammer

Qual o mic que vc está usando?
O que tem q ser feito e testar o mic em diversas posições, algo que vc já está fazendo, e ir ouvindo o som para chegar o mais próximo possível...se for sozinho vc pode gravar vários trechos mudando o mic de lugar e anotar as posições....

MMI
Veterano
# abr/12
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Hammer

Mas gravar com qualidade é problema para todo mundo, acho. Eu mesmo andei errando, dou umas bolas fora também, nisso que a gente pode trocar ideias e aprimorar.

Pelo jeito você está com problemas com o microfone e o posicionamento. É difícil mesmo, aprendi que se não for posicionado com calma, ouvindo e testando, há grande chance de posicionar errado. Qual o posicionamento que você está tentando? As abelhas praticamente morrem com o microfone "in axis" quase no centro, ainda mais com efeito de proximidade reforçando graves. Mas conta aí o que você está fazendo e que não está rolando.

Captar ambiência complica mais ainda. Está me parecendo que o som de microfone dinamico não está te agradando e você precisava experimentar outros que captem mais graves, com curva mais plana e que capte ambiência. O problema disso é a acústica da sua sala também (o colega nichendrix está escrevendo um texto bem bacana sobre isso). Acho que no quarto que a gente chama de home studio complica gravar um amplificador com perfeição, captando ambiência. Sugiro captar um som seco, sem ambiência mas agradável e balanceado. Depois você adiciona reverb por plugin, porque em casa é o jeito mais fácil. Se for usar microfone de ambiência, coloque um condensador mais bidirecional ou omni bem longe, uns 2 metros pelo menos, veja se não dá problema de fase.




Eu estou acabando a parte de compressão, reescrevendo e explicando direito isso, tem colega que nem usa nas gravações pelas dificuldades que tem. Mas não sei se chego na parte complicada de compressão com vários compressores em série e paralelo.

Nem comecei a escrever sobre reverb, mas é mais ou menos assim, se você for usar efeitos de ambiência por plugin. O reverb tem a carcterística de parecer que a fonte sonora fica mais distante, então não é legal botar reverb em tudo. É legal usar o reverb conforme o pan. No centro, use quase nenhum reverb, assim o principal de sua música fica bem na cara, parecendo que está próximo, como o vocal ou o solo. Quanto mais para o lado, mais reverb, assim você distribui espacialmente os sons porque fica parecendo que estão mais para trás. Tente ser coerente com o reverb, sugiro usar só um tipo, não coloque room em uma faixa, hall em outra e cathedral numa outra.


clebergf

Hoje andou um pouco mais, estou destrinchando a compressão, mas esse assunto é complicado, tem muitos macetes.

marcioguita
Veterano
# abr/12
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Valeu MMI e clebegj !
Muito Obrigado.

Hammer
Veterano
# abr/12
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clebergf
MMI

Cara gravo no meu quarto usando uma fast track pro e tenho como mics:
1 sm57 fake
1 condenser mxl v67g
1 sennheiser e845 (ao que tudo indica falso tb)
com o sm57 ja tentei todas as posições possiveis.. of axis o som fica muito baixo.. in axis qualquer posição fica muito agudo e sem ambiencia.

o e845 é um pouco menos agudo que o sm57..

com o v67 a situação fica bem melhor... com ele longe o som fica um pouco baixo.. ja de perto para sons limpos fica muito bom mas acho que ainda fica faltando um pouco de ambiencia...

Eu ainda não tive tempo mas mais pra frente estou pensando em gravar utilizando os dois juntos deixando o sm57 para o fundo do amp e o v67 na frente a uns 30 cm.. mas desse jeito ainda eu nao tentei...
Outro seria usar o e845 na frente e o v67g mais distante...

com relação a plugins de reverb ainda não testei muito.. mas acho eles um pouco artificiais... gostei muito dos do guitar rig5 mas ainda não testei...

clebergf
Veterano
# abr/12
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Hammer

Cara gravei com SM57 apenas no curso, irei comprar um em breve, mas pelo o q eu percebi no curso e o que escuto de quem grava com ele é que ele responde muito bem e que não colore o timbre, deixando ele bem fiel, será que o fato de ser um falso ele não está com problemas?
E ao gravar com o mic próximo do falante, algo q o 57 faz mto bem, ele vai ficar sem ambiência msm, ai é usar os plugins para acertar isso...
Estou testando o Breverb2 da Overloud e ele parece ser bem interessante.
http://www.overloud.com/products/breverb2.php

Gravar com dois mics pode ser uma solução para o som que vc procura, faça alguns experimentos e nos diga/poste o resultado... :D

MMI
Veterano
# abr/12
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Hammer

Tanto o SM57 quanto o Sennheiser tem curvas com picos em agudos. Porém os falsos complica para saber a curva deles. Mesmo assim não era para incomodar tanto os agudos, conheço bem o SM57 original. Estranho.

De toda forma, a curva de frequências do seu MXL é bem mais plana e com mais graves, ele também apresenta uma leve subida em agudos, diria que ele dá um leve brilho. Toma cuidado que ele suporta até 130dB e na frente de um amp distorcendo o power, a 30 cm do falante é capaz de chegar nisso. Para pegar ambiência eu colocaria ele um pouco mais longe e teria mais segurança se o volume estiver alto, isso pegaria mais ambiência.

Tente com 2 mics, com o MXL um pouco mais longe, ou mesmo tentar o Sennheiser mais afastado porque ele é supercardióide. Talvez lhe agrade se atrasar um pouco mais o som do MXL, experimente atrasar o sinal uns 10 ms em relação ao close miking. Confesso que seu problema está meio estranho, não sei o que dizer facilmente não. Faz mais testes e copmente aqui com a gente.

Abç

Hammer
Veterano
# abr/12
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clebergf
creio que problemas ele não tenha não.. acredito que seja da resposta dele mesmo... tem um video no youtube que mostra diferenças sonoras entre um sm57 fake e um original e parece que ocorre o mesmo que o meu o fake tem mais agudo mesmo...

+- o que o cara mostra aqui
http://www.youtube.com/watch?v=lSb6se41NIE

E pra vc que ta pra adquirir um fica a dica para tomar cuidado com os fakes, são cópias aparentemente perfeitas... Dica compre em uma loja de confiança de preferencia uma loja confiavel dos eua pois aqui no brasil ta cheio de picaretas.




MMI
O que ocorre seu eu ultrapassar os 130db o v67 a capsula pode estragar?
Eu ainda preciso fazer mais testes.. mas é que eu estou um pouco sem tempo para isso...

Outra e afinal qual mics, programas e afins vcs tem usado pra gravar?


Abs.

MMI
Veterano
# abr/12
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Hammer

O que ocorre seu eu ultrapassar os 130db o v67 a capsula pode estragar?

Exatamente!

Outra e afinal qual mics, programas e afins vcs tem usado pra gravar?

Ultimamente tenho gravado muito em linha, muitas coisas em violão e algumas em guitarra limpa, raras coisas com guitarra com drive. Em casa, meus melhores resultados com violão ou guitarra archtop é um canal em linha e 1 canal com microfone (para isso tenho um Neumann KM184, ele é o escolhido). No violão coloco geralmente o mic com a cápsula a uns 7-10 cm do 12 traste, apontando para o bocal, na guitarra archtop o mic fica atrás da ponte apontado levemente para a região onde se ataca as cordas. Nesse caso eu não uso nenhum VST de amp. Aliás, para você que curte, o Neumann capta bastante ambiência e nesse aspecto fica bem interessante o som mesmo em ambiente não tratado. Talvez uma ideia para você fosse um condensador de cápsula pequena.

Nas guitarras mesmo, um crunch leve eu tenho usado um preset que montei no Amp Designer do Logic Pro. Esse é o DAW que eu prefiro em casa, tenho nele esse pacote de plugins que vem junto com o Logic (acho bem usáveis), tenho o Guitar Rig original também (veio junto com a Gibson Dark Fire com presets para ela) e uma ou outra coisa do Amplitube que quase não uso. Para um ganho maior eu gosto de um preset que eu montei no Guitar Rig baseado no Marshall JCM, mas não tenho usado isso. Essas guitarras mais pesadas faz tempo que não mexo aqui em casa, há pouco mais de 6 meses gravava na casa de um amigo no computador dele, com o Amp Farm (simulação de Mesa) ou este Guitar Rig (JCM).

Está pintando algo para voltar a gravar distorções mais pesadas para matar as saudades. Guitarra distorcida usando o amplificador tem a opção de gravar com o THD Hotplate em dummy load ou o Pré Millennia em Power soak, eles dão a possibilidade de plugar o cabo do falante neles e transformar o sinal em linha. Isso dá som abelhudo, mas controlável. Não gosto porque as abelhas ficam furiosas, mas dá para gravar em linhas nos prés da Mesa Boogie que tenho. Finalmente, microfonar de verdade dá para usar um isobox que ganhei (ou não, sem o isobox), com Shure SM-57 ou AKG D770 (dinâmicos) em "close miking", o Neumann KM 184 distante (aguenta até 138 dB) ou um Shure SM27 (cápsula grande, pode ir no violão também, recomendo para violão, vocal e guitarra porque aguenta 152 dB, esse é pancada e barato) ou emprestar um Neumann TLM102 (também de diafragma grande, tem excelente qualidade e aguenta 144 dB), vou acabar pegando um para mim desses.

Antes que me pergunte, se for de dia, com bastante calma e paciêcia para gravar microfonado, o resultado é melhor. Como nem sempre dá para juntar essas possibilidades associadas ao barulho do prédio vizinho que construiu uma quadra do lado onde a criançada faz um barulho dos infernos, a gravação em linha é sempre uma opção.

clebergf
Veterano
# abr/12
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Hammer

Cara não tenho gravado microfonando em casa pois estou sem mic....
Mas em curso recente que eu fiz de gravação e mixagem utilizamos um SM57 em um ampli Meteoro, que eu não lembro o modelo agora, para gravar a guita e o resultado ficou muito bom.

Em casa tenho usado um guitar link com o prodrive II fazendo um papel de pré e usando alguns VSTs (Guitar Rig, Overloud, Recabinet), estou testando essas paradas, ainda estou engatinhando nessa arte também.... :D

MMI

O Neumann KM184 é um tesão, tinha um lá no curso e usamos ele na batera como over se eu não me engano....

MMI
Veterano
# abr/12
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clebergf

Em muitos estúdio bons os KM180 são escolhidos para over de bateria e para violões.

Hammer
Veterano
# abr/12 · Editado por: Hammer
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MMI
esses neuman devem ser muito bons.. so que sao fora de cogitacao para mim.
Ta para chegar para mim um sennheiser e609 (que me foi confirmado hoje) original to pensando com certeza em colocar ele no lugar do sm57 no bocal.. talvez vou testar colocar o sm57 no fundo do amp para complementar..

Só para constar eu gosto muito do som do amp que eu tenho um clone de fender champ de 7 watts. Gosto muito do som que ele me proporciona e o que eu mas quero é conseguir gravar o mais fiel possível o som que ele me proporciona. por isso não penso muito em gravar em linha. To querendo a principio gravar só guitarra isolada por isso não tenho pretensões a de gravar banda.. e por isso acho muito importante a questão de ter ambiencia no som para dar uma engordada no som. No caso de banda eu acho que por se tratar de conjunto a guitarra mais seca não seja tao perceptivel pois há a meu ver um certa ambiencia dos demais instrumentos o que até ajuda a nao embolar o som..

Vc acha que um amp de 7 wats no talo pode chegar a mais de 130db ?

Quanto a esses neuman para mim o preço é fora de cogitação.. no futuro possso pensar em um generico com pollar patter variavel seria interessante se tivesse omni.



Abs.

MMI
Veterano
# abr/12 · Editado por: MMI
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Hammer

O seu Fender Champ dificilmente chega nos 130dB no talo. Mas você precisa colocar no talo? Suponho que não, acho que com o volume no 7-8 já dá um som bem legal e alto...

Eu entendo, acho que os Neumann só compensam para quem quer muita qualidade e faz gravações mais comerciais, senão não. Se bem que os meus eu não paguei o preço do mercado nacional (peguei novo), são oportunidades. Só falei porque você perguntou como eu andava gravando, mas tem alguns condensadores de diafragma pequeno que podem lhe agradar, de outras marcas.

Cara, você que um mic omni para gravar em casa?

Qual seu Fender Champ?

Abç

MMI
Veterano
# abr/12
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clebergf

Olha essa conversa com o Satriani e o Cuniberti (engenheiro de áudio dele) sobre prés e limiters. Achei o máximo que o Cuniberti fala de Universal Audio e o Satriani tem Millennia no estúdio dele para gravar...



Hammer
Veterano
# abr/12
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MMI
Uso ele no talo não..até porque no talo o som fica muito alto... normalmente uso ele em 50% no inicio do crunch e o som ja é alto pacas... perguntei mais mesmo para ter uma ideia e poder trabalhar tranquilo com o v67 perto do amp....

Quero um mic omni não... só disse que se no futuro eu for pegar um condenser com capsula pequena como o km184, acho que seria interessante para mim pegar um com polla pattern variável (que tenha a possibilidade de gravar cardioide, ou omni dependendo da frente do mic, se não estou enganado tem mics com pattern variável não?) seria um plus.. interessante para se fazer algumas experiencias... tentar gravar dentro do banheiro aproveitando o reverb dali...

Hammer
Veterano
# abr/12
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como eu disse trata-se de um clone do fender champ.. que eu e meu irmão fizemos ja faz alguns anos... classe A- 7watts.. uso um alto falante eminence de 12" de alnico...

MMI
Veterano
# abr/12 · Editado por: MMI
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Hammer

Legal, agora a gente tem uns dados para pensarmos. Vamos pensar que seu falante tem sensibilidade de 100 dB (deve ser pouco mais ou pouco menos, é por aí) e seu ampli despeja os 7W no máximo, como você usa pela metade, 3,5W.

Se a sensibilidade do falante é de 100 dB, significa que com 1W e a 1 metro o seu Eminence dá 100 dB. Existe uma tal de "lei do inverso do quadrado", que diz que se diminuirmos a distância entre o mic e a fonte sonora pela metade, aumentaremos 6 dB de pressão sonora no mic. Então 50cm=106dB, 25cm=112 dB, 12,5cm=118dB, 6,25cm=124dB para 1W.

Por outro lado, ao dobrar a potência a gente teoricamente ganha 3 dB. Então se a 6,25 cm do cone do falante 1W=124dB, temos que 2W=127dB, 4W=130dB.

Chegamos a um cálculo simples que se seu amplificador despejar 4W no falante a 6,25 cm ele dará 130dB. O problema é que nessa distância pequenas alterações na posição causam grandes impactos no volume (pense num fone de ouvido comum, "in ear"), se aproximar 3 cm mais perto e já pula para 136 dB.

Olha eu me metendo em cálculos e na física da coisa... Desculpem os puristas, eu sei que entram outras variáveis aqui, também não sou dessa área, mas isso serve bem para ilustrar o que se passa com o microfone na frente de um amp. Daí se percebe o problema dos microfones na hora de se gravar, por isso se diz que em estúdio o melhor é usar potências pequenas para não distorcer ou estragar microfones. Imagine um amplificador de 150W berrando o que não é capaz...

Hammer
Veterano
# abr/12
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MMI
nossa esse calculo ai foi complexo...
Hehe agora ta explicado porque o Eric Clapton tem problemas de audição..

e você utliza quais amps?

MMI
Veterano
# abr/12 · Editado por: MMI
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Hammer

nossa esse calculo ai foi complexo...

Mas fiz devagar e mastigadinho porque minha matemática não é isso tudo. kkkkk

Intuitivamente a gente já sabe disso, mas isso mostra porque que esses fones de ouvido soam alto e danificam a audição do pessoal, mas quem está do lado nem escuta.

Meu amp principal para guitarra é um rack Mesa Boogie Triaxis e Rectifier com power 20/20. As vezes uso um Fender Vibro Champ ou um Marshall Valvestate para gravar, mas é raro.

clebergf
Veterano
# abr/12
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MMI

Bem interessante mesmo o vídeo, bacana ele falando que trata o som da guita do Joe como se fosse alguém cantando...:D

Deve ser muito interessante gravar tudo em analógico, uma sensação diferente e td aquele feeling vintage...

renatocaster
Moderador
# abr/12
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clebergf
MMI

Amigos, uma pergunta: Vcs chegaram a atualizar o documento inicial (Word) com essas informações complementares?

Abs

nichendrix
Veterano
# abr/12
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clebergf
MMI

To no fim do texticúlo sobre acústica pra mandar pra vocês... hehehehehe

MMI
Veterano
# abr/12
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renatocaster

Ainda não. Ninguém terminou para botar o novo texto ainda, eu estou fazendo a minha ainda. Terminei a parte de equalização, compressão, reverb e fase. Quem sabe, essa semana já sai.

nichendrix

Tranquilo. Pelo jeito você vai ser o primeiro a acabar. Vou ver se termino minha parte logo, hoje mesmo estava mexendo nisso.

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