Quanto tempo dura um instrumento? Qual a vida útil de uma guitarra?

Autor Mensagem
kiki
Moderador
# mai/09
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isso ae galera, tá muito bom o debate. Só to com medo de não conseguir acompanhar tudo.

Penta_Blues
O que acontece, na minha opinião, é que isso existe por conta de nossa sociedade consumista.
esse é o ponto.

eu não acho que todo mundo tem que ter apenas uma guitarra, mas pra fazer a conta por cima eu to ignorando essas diferenças.

mas eu não acho que todo mundo que compra varias guitarras precisa delas.
assim como a gente consome muita coisa sem precisar. e dá-lhe lixo no mundo.

MARCIO.LIMEIRA
É mais fácil vender 10 guitarras a R$ 1.000,00 do que 1 a R$ 10.000,00
pois é

vai ter gente querendo me bater, mas desse ponto de vista não vejo problema nas guitarras de MDF e de compensado. São muito mais baratas e usam materiais alternativos.

mas de um modo geral, a produção ainda é muito rpedatória, só muda de rumo quando já tá esgotando.

prog_jam
gucrispim
Colocando em termos simples, sustentabilidade eh prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido.
exatamente.

é o que não acontece. vejo cada vez mais as industrias produzindo coisas mais descartaveis. celulares que duram poucos anos, cameras digitais que pifam... é um lixo sem fim.

A extracao de madeira eh feita pela populacao local? Essa madeira faz falta para alguma vegetacao local? Estao sendo plantadas novas arvores no local da extracao? Essa extracao estah sendo feita segundo regras de protecao ambiental?? A renda gerada por essa producao eh distribuida para a populacao local?
não.
toda essa reflexão começou por que eu tava lendo uma reportagem (na rolling stone brasil, ja de uns meses atras) sobre a extração de madeira no Brasil. O lance é criminoso mesmo, morre muita gente.

prog_jam
Veterano
# mai/09
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kiki

Entao tah aih a tua resposta!
x=D

Agora acho que vai a outro tema: a parte III

O que fazer para que isso se torne uma atividade sustentavel e quais os meios para que isso ocorra de fato, sem que fique estritamente no papel, se eh que tem alguma coisa no papel, o que eu acho que jah tem...

Christhian
Moderador
Prêmio FCC 2007
# mai/09 · Editado por: Christhian
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É mais fácil vender 10 guitarras a R$ 1.000,00 do que 1 a R$ 10.000,00

Essa conta não é real. Matematicamente é fácil pensar assim, já que pulveriza-se o valor maior. Mas a análise deve levar em consideração o público alvo (guitarristas iniciantes, hobbistas ou profissionais e colecionadores) X poder aquisitivo médio e principalmente percentual do valor do instrumento em relação a capacidade de endividamento do indivíduo. Instrumentos de baixo custo são vendidos a iniciantes e muitas vezes R$1000,00 representam mais de 50% da capacidade de fazer dívida do cara. Já instrumentos de R$ 5000,00 tem um público específico como colecionadores e profissionais e, além de ser um objeto diferenciado, ainda é um bem necessário, além de alguns ainda valorizarem com o tempo. Soma-se ao fato de essa faixa de instrumento ser produzida em menor escala do que os 'baratos'.

Em resumo: Instrumentos CAROS tem um mercado absolutamente mais facilitado do que de instrumentos de baixo custo. Há instrumentos de R$15.000 que não param por 1 semana em determinadas lojas.

LucasGuitarMaster
Veterano
# mai/09
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os donos da groovin devem tar ganhando mais que os da bc rich

MARCIO.LIMEIRA
Veterano
# mai/09
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Christhian boa tarde!

10 x 1 foi puramente um exemplo ok, porém, eu discordo (em partes) da sua opinião neste sentido:

Instrumentos CAROS tem um mercado absolutamente mais facilitado do que de instrumentos de baixo custo. Há instrumentos de R$15.000 que não param por 1 semana em determinadas lojas

concordo que há uma valorização de instrumentos vintage (é só parar na porta da soulshine ou da twotone aqui em SP e comprovar), porém isso não é o core business das industrias de instrumentos hoje.... eles vendem instrumentos novos visando o lucro imediato. É necessário, pra girar e gerar dinheiro.

também concordo que há instrumentos de valores altíssimos e que não passam 2 dias na loja. Mas na maioria das vezes são instrumentos usados, relíquias ou com produção em escala reduzida.

Se vc parar na frente de uma hendrix music (15 x sem juros), vc vai ver q sai muita condor, ibanez china, cort china, etc.. se para num sábado cedo lá vc fica bobo de o quanto esses caras vendem instrumentos. Isso é bom pras industrias. O cara paga em 15 x pra financeira, mas a industria em si já lucrou nesse momento, afinal vai ter que reabastecer a loja. Neste ponto pouco vale a capacidade de individamento do cara. Ele se enforca pra pegar o melhor que puder, e num mercado como o Brasileiro, a cada 20 pessoas que gastam 500 reais com uma guitarra, 1 gasta 5 mil em uma só... (novamente é uma ilustração, exemplo).

MARCIO.LIMEIRA
Veterano
# mai/09
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acho que a questão dos instrumentos baratos venderem mais é tão evidente que a Fender tem a Squier, a Gibson tem a Epiphone, a ESP tem a LTD...

acho q se a Fender vivesse só de Fender estaria morta hj...

(mas isso é só "achismo" não me compreendam mal)

MMI
Veterano
# mai/09 · Editado por: MMI
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MARCIO.LIMEIRA
Nenhuma grande empresa fabricante de guitarras produz guitarras pensando no Brasil. Essa é a verdade. A Fender poderia estar morta realmente, se fosse pensar no Brasil como prioridade de alguma coisa. Mas essa não é a verdade. Some tudo, Hendrix, Made in Brasil e toda a Teodoro Sampaio, no final o resultado significa um nada para Ibanez, Gibson, Fender... As empresas lançaram uma linha inferior voltadas para um nicho de mercado específico, pode até ter venda significativa, mas nosso mercado nem engatinha perto de outros países. Por exemplo, nos EUA não é raro que uma criança ganhe uma Fender, talvez uma MIM, para começar a aprender. O problema, como em muitos ramos, é que temos uns dos instrumentos musicais mais caros do mundo.

kiki


A indústria de instrumentos é sustentável. Basta ver que já foi lançado instrumentos de corpo de acrílico, braços de fibra de carbono e violões excelentes como os Adamas e Rain Song, quem já teve a oportunidade de experimentar pode atestar a qualidade. Na verdade, a indústria não depende de alder, ash, mogno, rosewood e ébano. Aqui mesmo no Brasil tem guitarras de várias outras madeiras e que são mais fáceis de produzir com sustentabilidade. Dizem que o Jacarandá da Bahia (Dalbergia nigra, uma linda árvore e madeira mais linda ainda) é a madeira mais ressonante para violões e guitarras. Hoje praticamente caiu a zero a construção de instrumentos com essa madeira e nenhum abalo na indústria ocorreu, da mesma maneira que o pau-brasil para violinos.
Como foi colocado, a fiscalização aumentou e o mogno hoje é bem mais raro. Por consequência, aumentou o preço para quem quer comprar legal ou ilegalmente. Um problema é que enquanto existir quem pague bem por mogno, como exemplo, e existir pobreza na amazônia, vai ter árvores tombando. Ou seja, havendo quem queira comprar e quem queira vender, vai ter negócio. Mesmo porque nossos governantes e mesmo a polícia não prima pela maior seriedade do mundo, basta ver os escândalos que insistentemente aparecem no noticiário. Isso para concluir que a indústria é sustentável, a floresta nem tanto.
O mundo já produz mais alimentos do que necessita para consumir, mas a fome está muito longe de ser erradicada. Da mesma forma, pode até já haver mais instrumentos que o mundo necessita, mas ainda tem muita gente com "fome" de instrumento. E nenhuma dessas "fomes" está perto de chegar a um fim.

MARCIO.LIMEIRA
Veterano
# mai/09
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MMI bom dia!

Se eles não pensassem no Brasil não teriam tantas importadoras faturando alto aqui... pode escrever que pensam..
ano passado estive na Argentina e os instrumentos são praticamente os mesmos q vendem em massa aqui.. (squier, ibanez, washburn, tudo china, korea, etc).... no Uruguai a mesma coisa... inclusive na época comprei um Wah lá muito mais barato que aqui... mas aí já é questão de taxas, exploração do governo, etc...

hj a primeira regra para se ter sucesso empresarial é atingir vários nichos de mercado... pode ter certeza que eles pensam sim, E MUITO, nos países subdesenvolvidos ou emergentes (no caso do Brasil).
Lógico que não podemos comparar a economia daqui com a Americana (afinal essas grandes marcas surgiram lá...), eles estão livres de um monte de impostos, de taxas de importação e tudo mais... é obvio que é muito mais fácil vender uma Fender lá...

mas a criação dessas marcas mais acessíveis é justamente para atender esses mercados... e pode escrever que se não fosse preciso se preocupar com isto não existiria Squier, Epiphone e afins..

esses caras não perdem tempo, estrategistas demais... o Brasil está muito promissor em todas os segmentos... vide o recente caso da General Motors.... a unica filial da empresa que não teve recessão e prejuízo na crise, no MUNDO, foi a do Brasil...

eu tenho uma pequena empresa e penso muito agressivo também viu cara... se eu puder vender meus serviços pra uma Multinacional eu vendo... mas se eu puder atender a padaria do tio zé eu entro do mesmo jeito... dando $$$ não tem mal algum...

abraços!

Dandy.guitar
Veterano
# mai/09
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tem um cara la na igreja q ele tem uma guitarra(giannini) muito antiga
ele falou q comprou ela a uns 30 anos atras e ja era usada heuheu

o som é horrivel super abafado mas ainda funciona ^o^

MARCIO.LIMEIRA
Veterano
# mai/09
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Dandy.guitar

essas costumam ser as melhores rsrs

MMI
Veterano
# mai/09
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MARCIO.LIMEIRA
Acho que você está um pouco enganado. Tenho viajado bastante, várias vezes ao ano, Europa, EUA, Caribe, América Latina... Claro, na América Latina a segunda linha das empresas são mais fortes, apesar de que a Argentina é o único país que tem representante da Mesa Boogie nos países hermanos. Vá em um país desenvolvido e visite as lojas de guitarra para você ver a diferença. Na Austrália, tem crianças aprendendo tocar até com Gibson, eu vi isso. Claro que os países emergentes como um todo interessa às empresas, mas não o Brasil isoladamente, este interessa como fornecedor de madeiras. Tanto que, como você citou, aqui só tem importadoras. Se fosse tão interessante, não seria através de representantes, seria com braços da própria empresa e/ou com lojas. Você não acha que no site da Gibson, se você clicar em find dealer, só tem América do Norte, Asia e Europa por acaso, não é? Se fosse tão bom, apareceria o site em português, com os estados brasileiros e cidades.
Mas deixa para lá, estamos desviando do assunto do tópico.

MARCIO.LIMEIRA
Veterano
# mai/09
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MMI

fala ai cara!! qndo tiver um tempo dá uma lida nessa matéria q saiu na isto é dinheiro.. é sobre a tagima..

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/410/negocios/rock_japones.htm

pq até o mercado nacional fatura importando korea?
pq uma Tagima lá nos EUA chega a 8,4 mil?

a matéria é antiga, de 2005... e de lá pra cá nosso mercado cresceu e muito...
certa vez li na GP sobre a Di Giorgio q fornece violões a nível mundial também... e é empresa q cresceu com grana do Brasil..

em nenhum momento quero comparar o mercado (nem existe comparação), mas que dá pra ganhar dinheiro vendendo instrumentos aqui dá... o Brasil não é tão ruim assim como vc pensa ... olha com um pouco mais de carinho pro nosso País... eles lá fora já estão olhando..

como falei, o produto é muito mais acessível qndo está no mercado de origem.. disso não há dúvidas... vc já procurou comprar um par de havaianas fora do Brasil? é o q acontece com as guitarras americanas aqui dentro

abraços!

gucrispim
Veterano
# mai/09
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olha com um pouco mais de carinho pro nosso País.
eu olharia.

MARCIO.LIMEIRA
Veterano
# mai/09
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gucrispim

Nos últimos anos a Honda olhou, a Kia Motors olhou, a Suzuki olhou, a Hyunday olhou ... pq não olhar também né?

fill.zanchez
Veterano
# mai/09 · Editado por: fill.zanchez
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eu tenho a impressão que tem guitarra sobrando no mundo.
Eu tenho CERTEZA![2]


Manubio
Veterano
# mai/09
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como meu professor de economia falou em diversas aulas:

é a Fiat que compra a Ferrari? ou a Ferrari que compra a Fiat??

erico.ascencao
Veterano
# mai/09
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O meu sonho é tentar manter meus instrumentos para a eternidade, mesmo que eles não sejam tops hoje. Não que eu seja o garoto-sustentabilidade, mas gostaria de ter uma lembrança de coisas da minha juventude. Mesmo que seja necessário trocar os captadores (isso eu farei em alguns poucos anos mesmo), refazer a pinura, trocar os trastes, trocar os potenciômetros, trocar as tarraxas... eu vou tentar manter minhas guitarras e meu baixo. Só no caso dos violões é que eu ainda gostaria de pegar uns que sejam eternos (com todo o corpo maciço, ou pelo menos o tampo).

Por este motivo de "sustentabilidade", fico meio neurótico com as partes mais eletrônicas do setup (pedaleira e amplificadores), pois são coisas mais suscetíveis a se tornarem ultrapassadas, ou seja, mais cedo ou mais tarde a GAS vai aparecer e vai me implorar pra trocar determinado artigo ultrapassado.

gucrispim
Veterano
# mai/09
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MARCIO.LIMEIRA
kkkk, so fiz o comentario inútil pq a frase ficou muito parecida com aquelas propagandas:

Fale com seu médico.
Eu falaria.


MARCIO.LIMEIRA
Veterano
# mai/09
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gucrispim
kk essa foi um clássico do Pelé cara..
era naquele esquema do "Boston medical group" kkk... "fale com seu médico e surpreenda a sua parceira" kkk

kiki
Moderador
# jun/09
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MMI
primeiro, desculpe a falta de acentos e cedilha.

A indústria de instrumentos é sustentável.
eu nao conheco muito dessas experiencias, mas acho extremamente importante. assim como eu defendi as guitarras em mdf... sao alternativas
mas sei que ainda ha muito preconceito da parte dos musicos. coisas que fujam do consagrado pode levar muito tempo pra pegar, ou mesmo nunca vingar.
a propria guitarra solida demorou pra pegar, era mal vista.

Um problema é que enquanto existir quem pague bem por mogno, como exemplo, e existir pobreza na amazônia, vai ter árvores tombando.
esse e o grande problema, e isso que me preocupa.
na minha visao, se a industria nao se preocupa com a procedencia da materia prima, nao pode ser considerada "sustentavel". e o mesmo que explorar o faxineiro da fabrica.

esse tipo de exploracao acontece nao so na extracao da madeira, mas tambem nas plantacoes, na construcao civil, no transporte de cargas por caminhoneiros... muita coisa no nosso pais funciona baseado em pontos frageis assim...

MMI
Veterano
# jun/09
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kiki
As guitarras de corpo de acrílico não pegaram muito, a ressonância não é lá essas coisas não. Mas principalmente os braços de carbono tem algumas vantagens, como não variar com a temperatura, nunca empenar e ser muito resistente, apesar de ter uma sonoridade própria, não é a sonoridade do maple ou mogno. Já os violões que usam o carbono, já usei e são muito bons, excelente som. No DVD acústico do Kiss aparecem alguns Adamas, é um som bonito de violão.
Como eu falei, dizem que o jacarandá da Bahia é a melhor madeira, mais ressonante, para violões e guitarras. Só que a indústria já abandonou esse material, pelo menos em larga escala, pela dificuldade de obter e pelo preço elevadíssimo. Isso vai acabar acontecendo com o mogno, o ébano... Outras madeiras não, vai continuar tendo, como o spruce, um tipo de pinheiro, mas até pelo nome dá para notar que não é madeira brasileira.
O problema são as florestas brasileiras e a pobreza do país, que precisa produzir capital. Há pouco saiu um artigo que hoje na Europa tem mais árvores e florestas que na época das grandes guerras, ou seja pouco menos de 100 anos atrás.
Então, para se manter em nível comercial, novos materiais vão substituir algumas madeiras, nem que seja outras madeiras. Mas sempre haverá alguém querendo pagar uma fortuna por um instrumento exclusivo, digamos, de mogno brasileiro, braço de jacarandá da bahia e escala de ébano africano.
A indústria vai sempre se preocupar primeiro com seu financeiro/comercial, a procedência não é tão importante (os fins justificam os meios). Tanto que tem apreensão de madeira toda hora. Da uma olhada nesse [url=null]null[/url]site e clica na pequena foto, para ampliar, do lado do título. É um violão de madeiras lindas, dizem ter sonoridade top. Aqui diz que vale de 5 a 10 mil dólares lá fora, ou seja, não é qualquer coisa. Se bobear, dá até um GAS na galera do site...

gucrispim
Veterano
# jun/09
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MARCIO.LIMEIRA
pode cre kkkkkkkk sobre impotencia ne? aueh

Vitor M.
Veterano
# jun/09 · Editado por: Vitor M.
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kiki
Depende do dono da guitarra, são pequenos fatores que vão decidir quanto tempo ela vai durar. Se o dono soua muito, se ele costuma levar em um luthier de confiança pra rever a parte elétrica, se ele limpa com os produtos certos depois de tocar, ou se ele pelo menos limpa, quanto tempo ele toca nela por dia e etc.

É bem relativo...

Abraço!

gucrispim
Veterano
# jun/09
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Vitor M.
Se o dono soua muito
? o que seria "soua"? fazer muito som na guitarra?

mpmegas
Veterano
# jun/09
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o kio loureior tem uma k1 de uns 15 anos né? então dura muito , tem a guitarra que foi para leilão do jimi hendrix e ainda presta então acho que dura no minimo uns 100 anos se bem cuidada ´né? é só num molhar ,tocar fogo, quebrar e num deixa mofa!!

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