Caracteristicas sonoras - Madeiras de guitarras

    Autor Mensagem
    CBX250
    Veterano
    # abr/09 · Editado por: CBX250


    Procurei no fórum e não vi muita coisa esclarecedora, então resolvi postar pra ajudar o pessoal que ainda tem dúvidas sobre o assunto. Quem souber mais alguma coisa, seria bom acrescentar.

    Mogno (Mahogany): Madeira macia, pesada, com o som "morno", repleto de frequências baixas e médias. Usada nas Gibson e PRS dentre outras.
    http://www.musiciansfriend.com/document?base_pid=517536&cpd=0OEY&doc_i d=99371&index=0

    Almieiro (Alder): Madeira dura, densa, de som cheio e encorpado, frequências bem equilibradas. É a madeira clássica das fender strato.
    http://en.wikipedia.org/wiki/File:Fender_strat.jpg

    Freixo (Ash): Madeira dura, densa, pesada, porosa, de som estridente. É muito rica em agudos. Foi usada nas primeiras stratos e nas teles. Atualmente é usado nos modelos mais caros da Fender. Som mais bluseiro.
    http://www.fender.com/products/prod_images/guitars/0101400752_xl.jpg


    Bordo (Maple): Madeira muito densa e dura. Ideal para suportar a tensão das cordas. Por isso é muito utilizada como braço para os instrumentos. É também utilizada como "Cobertura" no corpo dos instrumentos mais caros de mogno (como nas Gibson Standart e Custom, bem como nas PRS), pois além de ser bonita, acrescenta frequências mais altas à sonoridade obscura do mogno. É muito pesada para servir de corpo, mas existem guitarras com corpo de maple.
    http://www.modernguitars.com/archives/004605.html

    Ébano (Ebony): É muito densa, escura, linda, muito brilho, e caríssima, quase extinta no mundo. É usada como escala das guitarras mais luxuosas.
    http://www.bcrich.com/lrg_bass_zombie_ec.html

    Jacarandá (Rosewood): madeira escura, densa, de cor marrom, do avermelhado ao quase preto. Sonoridade rica, grave cheio, boa "mordida" em altas frequências e médios aveludados. Madeira muito porosa, usada na escala de instrumentos. Muito cara e rara.
    http://www.musicgadgets.net/2007/03/12/fender-rosewood-telecaster/

    mvtguns
    Veterano
    # abr/09
    · votar


    Mto bom hehehe....vlw...

    Gnarus
    Veterano
    # abr/09
    · votar


    CBX250
    http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/149957/

    se procuparar por madeiras especificas encontra mais coisas ainda

    Philipi
    Veterano
    # jun/09
    · votar


    Maple:
    Ótima para ser usada em braços devido sua grande estabilidade.
    Ótima para guitarras acústicas e Semi-Acústicas também, porem gera harmônicos menos definidos.
    Ótima ressonância e resposta de som.

    Obs: Usada na Shelter Chicago 400(copia da Gibson es335).

    Mogno:
    Madeira pesadona.
    Som bem encorpado, bem cheio, bastante sustain, dizem que tem bem mais sustaine que o Basswood, perfeita para fundos e laterais de Violão, pode ser usada no braço também com bons resultados.
    Madeira encontrada aqui no Brasil por preços bem accessíveis e de ótima qualidade.

    Obs: Parece ser boa para ser usada no braço quando o corpo também é em mogno, acredito que também fique bom quando o corpo é de Cedro.

    Alder:
    Madeira muito bem equilibrada, boa resposta sonora, madeira muito versátil, fica boa com todos tipos de captadores.

    Obs: Por isso que dizem que é a melhor madeira para Strato, a madeira mais versátil na guitarra mais Versátil(ou talvez nem tanto, comparando com as PRS's).

    Grumixava:
    Balanço tonal claro e definido, bons agudos.
    Indicado para o Braço.

    Ash:
    Bom corpo sonoro,agudos definidos e ressaltados, considerada uma madeira de primeira para ser usada em corpos de guitarra, bastante usada em guitarras CustomShop.

    Swamp Ash:
    Parecido com o ASH, mas varia bastante de região para região.
    Tem menos brilho,bastante volume e mais ataque que o ASH.


    Vinhático:
    Bons agudos e Graves


    Ébano:

    A madeira mais dura.
    Considerada pela maioria como a melhor madeira para escala.
    Timbre consistente, duro e com bastante ataque.




    Rosewood:

    Muito boa e muito usada em escalas de guitarras e violões, boa para folhagens de corpos (tampos e fundos de guitarra), brilho médio e timbre bastante macio.
    No violão resulta em um som Alto e grosso.


    Jacarandá da Bahia:

    Madeira usada em braços, folhagens, escalas.
    E perfeita para fundos e laterais de violão.

    Pau Marfin:

    Parecido com o Maple.
    Madeira bem rígida e boa para o braço.

    Obs:
    Muito usada nas Tagimas feitas aqui no Brasil e com bons resultados pelo jeito.

    Cedro:
    Semelhante ao Mogno.
    Sonoridade com menor peso e bastante aberta, balanço de som com bom equilíbrio.
    Usada em corpos, principalmente de Stratos.


    Marupa:

    Agudos encorpados, boa para Stratocaster's e Telecaster's.


    Bsswood:

    Tem ataque moderado e Sustain incrível.
    Resolução sonora perfeita, ótima para Rock em volumes elevadíssimos, assim ajudando a não perder a resolução mesmo em altos volumes.
    Não é a madeira ruim que muitos pensam ser, o problema é que existe muito compensado de Basswood assim confundindo os menos entendidos.
    Madeira muito leve,ou nem tanto,talvez ela tenha pegado essa fama devido aos compensados de Basswood.
    É uma madeira bastante macia, leve e de fácil reflorestamento, por isso ela tem um bom custo beneficio, assim você pode comprar uma boa madeira com menos dinheiro, assim barateando muitas Guitarras que antes usavam outras madeiras mais caras e talvez nem tão apropriadas.


    Obs: Por isso é bastante usada pelo Joe Satriani e outros guitarristas Virtuosos desse estilo.

    birimba
    Veterano
    # dez/10
    · votar


    olá, gostaria de saber a respeito de madeiras, hoje, estava decidido a começar minha ex, na realidade meu experimento.. pra saber se já posso fazer ou se ainda não dá.. arrumei uma viga com um vizinho meu de uma aparência legal, quer dizer.. acho que vai dar pra fazer o trabalho.. ou teste. Enfim, só que o mesmo vizinho... me disse que a madeira é Peroba Branca, e como não entendo muito de madeiras, principalmente a olho nu, tou enviando umas imagens que fiz com o meu celular da madeira, e vou postar o link logo a abaixo:

    http://img213.imageshack.us/img213/1228/foto0005b.jpg

    http://img692.imageshack.us/img692/1179/foto0004j.jpg

    oque consegui observar é que:
    madeira cor amarelada, com veios mais claros um pouco "tremidos" ou "sinuosos" mas, que me parece uma madeira legal. se for possível e alquem conheça de vista assim, gostaria de saber se a informação de ser "peroba branca" é válida, e se é uma madeira que dê pra fazer uns testes de habilidades. Agradeço desde já. Obrigado.

    Jg Destroyer
    Veterano
    # dez/10
    · votar


    birimba
    Cara, eu faria sim, ao menos o corpo.
    Não perde nada (já que já está com a madeira) e só tem a ganhar experiencia. É até bom que, quando for pegar uma madeira masi foda já sabe como fazer e não perde dinheiro ;)

    flw

    rcorts
    Veterano
    # mar/11
    · votar


    Muito se fala sobre as características timbrais das madeiras. É claro que diferentes madeiras têm suas peculiaridades timbrais. Uma guitarra toda de Mogno com certeza tem graves mais pronunciados e encorpados do que uma strato de Alder ou Ash.

    Mas isso não é tudo em uma guitarra, pois, como parte de um projeto, as madeiras não são parte exclusiva de definição do timbre.

    Em minha opinião, os captadores sim fazem uma diferença do capeta! Há uma maior variedade de captadores disponível no mercado do que de madeiras. Cada captador é projetado pensando se nas matérias primas utilizadas, na atração magnética, na resposta dinâmica, no estilo do músico, na posição de instalação no corpo da guitarra, na maneira de tocar, na equalização desejada, na combinação com as madeiras mais utilizadas em instrumentos, na questão de eliminação de ruídos, na questão do ganho, na questão do circuito passivo ou ativo e etc e tal.

    O que muitos se esquecem é que a importância das madeiras na construção de uma guitarra vai bem além do timbre, sendo a densidade um dos fatores mais importantes para garantir uma instalação firme e estável da ponte, principalmente das que usam pivôs de pressão.

    Além disso, a densidade influencia demais na estabilidade do braço. Por isso o Mogno, o Maple e o Pau-marfim são madeiras muito utilizadas na construção de braços, devido à sua alta densidade.

    Uma vez levei uma guitarra Squier Strato Deluxe num luthier aqui da minha cidade e queria instalar uma Floyd Rose. Ele me disse que até que não seria difícil, pois eu não queria que fizesse o "back box" e o tremolo original já era de dois pivôs, mas me mostrou que os pivôs não permaneciam bem encaixados na madeira, pois pela madeira (poplar) ser de baixa densidade, não suportava a pressão dos pivôs. E quando eu dava alavancadas mais enérgicas os pivôs "subiam", isto é, saiam um pouco para fora das suas cavidades na madeira. Além disso, o corpo da guitarra era muito fino e, segundo ele, o bloco da Floyd ultrapassaria o corpo da guitarra e ficaria sobrando atrás dele.


    Outra coisa muito importante, que deve ser levada em conta tanto quanto ou talvez até mais do que a madeira: a construção. Eu já tive algumas guitarras, começando por uma Jennifer, passando por duas squier e agora tenho uma Fender Strato Mexicana e uma Epiphone Les Paul Standard made in Korea.

    Eu posso afirmar não pelo que já escutei por aí, mas por experiência própria, que essas duas últimas guitarras são anos luz de melhor qualidade no quesito construção, e isto influencia não somente no timbre, mas na tocabilidade, estabilidade do braço e afinação. Se essas duas guitarras tivessem todas as peças e parte de captação de primeira, seriam guitarras top de linha, pois são muito bem construídas e proporcionam grande prazer em tocá-las.

    Outra coisa. A regulagem apropriada. A minha Les Paul tava com ação de cordas alta, braço meio empenado e as tarraxas originais eram aquelas tulipa vintage da Epiphone. Eu levei ela num luthier aqui da minha cidade, mandei trocar as tarraxas por umas com trava da gotoh (SD90-MG) e regular a altura do braço para a ação de cordas o mais baixo possível. O luthier ainda deu uma limpada na guita e hidratou o braço. Resultado: o timbre melhorou quase 100%, só não ficou melhor por causa dos captadores, que não são lá uns Gibson ou EMG, mas ficou com um timbre muito bom e afinação nota 10. E tudo isso não me custou mais de R$ 100,00 (quer dizer, as tarraxas foram mais 150,00).

    Resumindo. Não é só madeira que define o timbre de um instrumento, mas sim o conjunto Projeto-construção-madeira-peças-regulagem.

      Enviar sua resposta para este assunto
              Tablatura   
      Responder tópico na versão original
       

      Tópicos relacionados a Caracteristicas sonoras - Madeiras de guitarras