Mauricio Luiz Bertola Veterano
|
# dez/04
· votar
A questão desses novos design da Tagima e também da Giannini e das Michael (e outras)surgiu em função da assinatura pelo Brasil do tratado de comércio mundial na OMC. A partir daí as fábricas norteamericanas passaram sistematicamente a processar fabricantes de guitarras mundo afora por reproduzirem seus consagrados design (que aliás são bons mesmo). Esses designs já haviam caído (como qualquer patente antiga) em domínio público, mas os EUA, com seu poder incontestável forçou a prorrogação (que na prática seria ilegal) da temporalidade dessas patentes (e de muitas outras, inclusive de remédios), para ampliar ainda mais seu domínio e exploração sobre os países emergentes (como o nosso). Até aí tudo bem, realmente é difícil contestar o poder do novo Império Romano (vide o Iraque!). O problema é que os fabricantes brasileiros (e outros), lançaram suas novas linhas apressadamente, sem uma pesquisa de design que os habilitasse a produzir guitarras realmente sóbrias, bonitas e distintas; acabaram por produzir pastiches dos modelos originais (que aliás são dificílimos de superar mesmo - talvez os únicos fabricantes que tiveram essa possibilidade foram a Ibanez e a PRS), com mãos (headstocks) ridículos e corpos assimétricos, desenhados apressadamente, sem uma pesquisa estética e funcional profunda. O resultado está aí: Guitarras e baixos horrorosos e de péssimo gosto.
Abç
|