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nichendrix Veterano
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# mar/10 · Editado por: nichendrix
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masc073 A equação da Gibson hoje está correta:
EP LP Standard < EP LP Slash < GB Studio < GB Standard
Com a Elitist a equação ficou assim (até pelo preço dá para sacar que essa era a intenção deles): EP LP Standard < EP LP Slash < GB Studio < EP Elitist < GB Standard
Mas vem cá, isso não faz sentido correto? Em termos de marketing e pelo fato da EP ser segunda linha. Aí vieram aqueles reviews comparando a Elitist uma Gibson USA - sempre dizendo que a dirença era pequena e tal... Por mais que a Gibson pudesse ter vantagens - e pelos reviews dá para sacar que havia vantagens e desvantagens, a diferença compensava? Ora, isso só devia ser pensado na ótica de marcas diferentes, concorrentes. Mas a EP não deveria nunca fazer concorrência com GB. Eles erraram com a Casino nos anos 60 (a GB já era dona da EP na época) e aí o modelo deles correspondente à Casino nunca emplacou. Os Beatles adotaram aí não teve mais jeito...
Cara tu tá pensando totalmente errado, a linha Studio sempre teve o preço bem maior que a linha Elitist. Alguns anos atrás se vc olhasse o preço recomendado de revenda pras duas, vc ia ver que o preço recomendado das Les Paul Studio era na casa de 1500-1600 dolares, enquanto as elitist ficavam entre 900 e - 1100 dolares (salvo alguns modelos de archtop que eram mais caros), enquanto as Epiphone Standard ficava na faixa entre 300-500 dolares.
Essa diferença é basicamente uma Epiphone Standard em preço de uma pra outra, que no mercado americano é grosseiramente a diferença de preço entre dois instrumentos de classes diferentes.
O que aconteceu foi que nos ultimos anos a Guitar Center que já era a maior revenda de instrumentos do mundo, comprou 4 dos 5 principais concorrentes dela, isso deu a ela um poder de barganha imenso, que permitiu ela vender Gibson Studio por preços tão baixos quanto 799 dolares e com ela a maioria das lojas baixou o preço dos instrumentos junto pois de outra forma ficaria muito difícil competir com a Guitar Center, especialmente pelo fato de ela ser dona dos 3 maiores canais de vendas pela internet, o guitarcenter.com, music123.com e musiciansfriends.com.
Uma vez que as Epiphone Elitist eram importadas do Japão, que tem uma moeda forte e estável e paga impostos altos ao entrar nos EUA, era quase impossível pra Gibson renegociar o contrato para baixar o preço das Elitist pra ficar abaixo do preço praticado pelas lojas para as Studio.
Com uma guitarra superior a um preço menor que as Elitist niguém comprava a série, que caiu muito de vendagem nos ultimos anos da mesma. Tanto que o único modelo que permaneceu na linha Elitist é o único que não tem similar na linha da Gibson.
Dá uma olhada na diferença de preço entre o preço recomendado de revenda e o preço praticado pelo grupo guitarcenter nas Studio:
http://www2.gibson.com/Products/Electric-Guitars/Les-Paul/Gibson-USA/L es-Paul-Studio.aspx
http://www.guitarcenter.com/Gibson-Les-Paul-Studio-Electric-Guitar-100 010154-i1149139.gc
Enquanto o MRP das Studio é 1799 dolares para as normais e 1199 dolares para as Faded, na Guitar Center a mais cara sai por 1399 e a mais barata por 799 dolares para a linha Faded, São belos 400 dolares de diferença, quem vai gastar dinheiro numa guitarra inferior se as duas estão na mesma faixa preço? (uma vez que essa faixa das Studio da Guitar Center é aproximadamente a faixa de preço das Elitist).
E a Cassino nunca competiu com a Gibson, porque a Gibson tinha apenas um modelo de semi-sólida com P-90s, a ES-330, que mesmo tendo a mesma configuração, tem diferenças pra Cassino, que custava na época menos da metade do preço da ES-330, sendo esse o principal fator de ela ter ganho popularidade nos anos 60, mas a vendagem das duas caiu nos anos 70 e elas sairam de linha, todavia a a ES-330 continuou em produção como uma linha Custom da Gibson e está aí até hoje, na prática nunca tendo ficado muito tempo fora de linha.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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Boa explicação sua da queda de preço, não conhecia o fato desse monopólio da Guitar Center. Agora que o preço de tabela da Elitist nunca foi esse, lembro que na musicians friend era: Les Paul Tak Matsumoto = $1899 Les Paul Standard Plus = $1299 Les Paul Standard = $1199
A Studio de $799 é a Vintage Mahogany, que não tem praticamente acabamento algum. Bom, continuo sem concordar que é inferior, mas isso é debate e se todo mundo pensasse igual seria chato. Pode ver nos reviews, como da Tak Matsumoto que comparam a guitarra com uma Tokai LS 150, que é uma puta guitarra, inclusive concorre em termos de preço com uma Gibson Traditional. A Eltist Les Paul mesmo é construída em long tenon, técnica só encontrada nas Gibson VOS ou algumas signatures, como a Slash. Fora que a Elitist é em mogno sólido, ao contrário do chamber da Studio e os pickups, segundo a própria Gibson, estão no mesmo nível dos da Standard, baseadas no 490R/498T só que com saída mais baixa. A Tak Matsumoto vem com pickups Burstbucker 2 e 3.
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nichendrix Veterano
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# mar/10 · Editado por: nichendrix
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masc073
Quando falei de 900-1200 dolares, foi porque as SG da linha Elitist tinha MRP na faixa de 900-1000 dolares. Mas na prática elas em geral eram vendidas mais barato nas lojas grandes como a guitarcenter. Essa Elitist Les Paul não passava de 1000 dolares, as SG chegavam a custar o preço duma Studio Faded (799 dolares).
Agora olha bem aí o que tu está pondo 1299 pra Elitist Standard Plus, uma Studio custando 1799 e baixando pra 799-1399 dolares, nos ultimos 4-5 anos ela subiu muito pouco de preço. Agora se tu fosse americano e tivesse 1300 dolares, tu teria pena de gastar mais 100 pra pegar uma Studio ou ficaria com a Elitist e com a Studio?? E com a Studio a 799 e a Elitist a 1299???
A Elitist tem captadores Made by Gibson, que seria o equivalente da Gibson dos Duncan Designed, tinha até hardware similar mas não é o mesmo, mas a diferença pro captador Gibson é muita, eu mesmo troquei os Caps da minha pelos Gibson, e as ferragens também porque comparado com as ferragens das minhas Gibson, a minha tinha ferragens mais leves, embora fossem mais pesados e bem mais bem construidos que o das Epiphone Standard.
E no fim a única diferença da minha pra Elitist (que foi lançada um ano depois se não me engano) é o desenho da headstock, que é similar ao das Orville by Gibson, mas com o nome Epiphone, que também eram feitas pela FugiGen Gakki, mas isso era a prática no começo da série Elite, os Headstocks das cópias de Gibson, terem o desenho da Gibson. Como disse a minha é uma série limitada, pois é um reissue da SG Custom Preta dos anos 60.
http://www.gakki.com/catalog45/epiphone_elite_collection.jpg
O caso da Tak Matsumoto, o que eleva o preço não é a guitarra, mas o nome do cara, agora pega ela e uma signature da Gibson e vê a diferença de preço.
Toda essa coisa de comprar Epiphone como se fossem grandes guitarras é algo que vale aqui, porque aqui é o melhor que a maioria pode pegar, mas na america, Epiphone é guitarra de iniciante e mesmo as Elitist foi feita pra agradar aqueles amadores mais exigentes que precisam de um instrumento melhor, mas não acham que precisem gastar 1700 numa Gibson, que sempre foi focada para o público profissional.
Enfim, as Elite e Elitist são guitarras muito boas, e estão realmente próximas da qualidade da linha Studio da Gibson, mas próximo não é a mesma coisa de ter a mesma qualidade, o gasto que vc teria pra deixar hardware e parte elétrica igual, nos USA é maior do que a diferença entre elas e as Studio, especialmente com as Studio ficando até mais barata que a maioria das Elitist.
Um adendo sobre o acabamento, mesmo as Gibson Studio Faded tendo acabamento acetinado translúcido, o acabamento delas continua sendo em Nitrocelulose, que é muito superior ao acabamento em Poliuretano das Elite/Elitist. Então eu diria que até nisso as Studio levam vantagem.
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Overdriver Veterano |
# mar/10 · Editado por: Overdriver
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De fato a captação das Elitist são americanas fabricadas pela Gibson, mas não do mesmo nível dos pickusps Gibson, apesar de bons eles não soam igual, tem menos punch, menos saída, não correspondem a nenhum captador de linha da Gibson, como o colega disse, é como se fossem um Duncan Design ou Select by EMG, ou seja, de uma linha inferior. A eletrônica ídem. Também o acabamento não é em nitrocelulose como nas Gibson, isso faz uma enorme diferença.
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nichendrix Veterano
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# mar/10 · Editado por: nichendrix
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Overdriver
É por aí, a série Elitist tem esse problema, que pra alguns é pouco, pra outros é muito, ela é quase uma Gibson, mas não é... é como ser quase um Pelé, quase um Airton Senna, como ser quase campeão.
A minha Epiphone da Fujigen originalmente era muito boa, mas não era maravilhosa, mas depois que troquei os caps pelos Gibson 490T e um par de 490R e botei as ferragens Gibson, ela deu up e tanto, mas ainda não igualava com uma SG Standard.
As pessoas dão pouca atenção a detalhes como o tipo de acabamento ou a primor do mesmo, para as colagens, encaixes, tudo isso influi no resultado final, a Elitist chega bem perto da Gibson em quase tudo, mas ainda não tá lá nem a pau. Ainda mais com verniz PU.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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nichendrix Concordo em parte com suas considerações. De maneira geral, muita gente confude a Epiphone Japonesa comum com a Elitist. Elas realmente são parecidas, mas normalmente os componentes são diferentes. Inclusive o catálogo que vc postou não é da sua e sim da Elite - essa sim era igual em termos de especificações. Porém, a maioria das Epiphone Japonesas não tinham caps nem elétrica americanos, muito menos ferragens em nickel germânico. Não estou dizendo que a sua não tem, como vc falou é uma edição limitada, mas como foi era pré Elite, talvez ainda assim haja algumas diferenças.
Então, o hardware da Elitist é em nickel germânico - de ótima qualidade. As tarrachas groover seguram muito bem a afinação. Então não há motivos para modificar isto.
Concordo com a questão dos caps, não diria que seriam duncan design, pois eles são bem superiores a estes. Mas é fato que os captadores realmente têm uma saída mais baixa, eu mesmo já observei isso comparando com a Gibson Custom do outro guitarrista da minha banda. Mas é preciso ver que mesmo os captadores da Gibson são normalmente trocados por Seymour Duncan por muitos guitarristas. Isso é uma coisa que planejo fazer num futuro próximo, talvez um alnico 2 pro ou um seth lover (que também tem saída baixa, mas é PAF).
Sobre o finish em poly, ele não é igual ao das Epiphone chinesas, é feito à mão e bastante fino. Concordo nesse ponto, observando apenas que o finish em poly tem a vantagem da durabilidade, enquanto o nitro deixa a "guitarra respirar melhor". Mas enfim, a minha Elite tem um acabamento perfeito - sem falhas. Eu mesmo já encomendei uma tele custom shop e não optei por finish em nitro por questões de durabilidade. A PRS, conhecida pela perfeição de seus acabamentos, e é uma marca tão conceituada quanto, não usa finish em nitro como a Gibson.
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nichendrix Veterano
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# mar/10 · Editado por: nichendrix
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masc073
Meu filho, eu postei o catalogo da Elite, porque a minha é igual a ela, não tira nem põe, até o serial number de 6 numeros é no mesmo padrão.
Eu só não posso afirmar que ela é a Elite, porque as primeiras séries da Elite não tinham um logo dizendo essa daqui é uma Epiphone Elite como vinha nas Elitist que vinham com o logo Elitist atrás do headstock. Eu estou lhe dizendo que o caps eram os mesmos 50ST e 50SR que vem nas Elite e Elitist (e são cópia do Classic '57), o Hardware também eram os mesmos que vem na Elitist Les Paul Custom, não muda nada. Isso me faz crer que ela seja uma Elite, mas como disse, não posso dizer já que não lembro de nada específico nela dizendo de qual série era.
De qualquer forma você ignora o fato de que eu toquei em pelo menos 3 Elitist, Les Paul Standard Plus e Custom e a ES-335, o Hardware e caps eram os mesmos da minha guitarra, só mudava o headstock, o da minha era igual ao da Gibson e as Elitist eram aquele desenho estranho. Ou seja o hardware era bom, mão não era o mesmo da Gibson, os caps eram bons mas não eram os mesmos da Gibson, e eu posso lhe dizer que a qualidade dos mesmos também não era a mesma. Caralho na 335, nem a composição do laminado é a mesma, enquanto a Gibson usa Maple/Poplar/Maple, ela usa Maple/Birch/Maple, até o peso das duas é diferente.
Os captadores que você tanto fala sempre foram o ponto de reclamação das Elite e Elitist, pois o captador, o 60ST é sempre magro demais e com bem menos saida que os Classic 57 Plus, o 50ST tem os memissimos defeitos do 60ST, já 50SR é mais próximo do Classic 57, mas sofre dos mesmos tipos defeitos, pois o captador tem graves demais e saída de menos, não é tão cheio quanto os '57 porque faltam médios e agudos pra dar o som rico dos Classic '57.
E quem troca os captadores originais de Gibson não é porque a qualidade dos captadores é ruim, mas porque o captador não se adequa ao gosto/estilo de quem vai tocar.
Isso não é especulação de quem não pegou nas duas, na época eu tinha em casa um Les Paul, uma SG e uma ES-135 todas da Gibson para botar cada uma dessas guitarras lado a lado.
Eu falo por experiência própria, até porque sou cliente das duas marcas já tem pra mais de 15 anos, não há motivo pra preferências. Inclusive sou doido para pegar dois modelos de Epiphone Elite, uma Sheraton (com mini-humbuckers) e uma Cassino, mas achar uma dessas hoje em dia é uma tarefa herculea.
Se você quiser se iludir achando que a qualidade de uma Elitist ou Elite é a mesma de uma Gibson Standard, então se iluda, mas não são.
Agora me diga só uma coisa, você acha mesmo que se as Elitist fossem realmente melhores que as Gibson, Studio e Traditional, e que fosse tão boa, ela ia sair de linha por baixa vendagem????
Cai na real a Gibson quer uma coisa, dinheiro... se ela tivesse uma série melhor que as Studio e Traditional por um preço menor, ela fazia o diabo pra fazer essa série vender feito água no deserto.
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E só pra contar, verniz PU não deixa a madeira envelhecer, pra envelhecer ela tem que secar, evaporar o resto de água que ainda existe nela e assim os veios ficarem mais próximos, isso o verniz PU não deixa acontecer não importa o numero de camadas já que o principal problema é o selante da madeira, termina que após algumas décadas, a madeira entra em processo de degradação justamente por esse motivo, enquanto no Nitro a madeira vai envelhecendo naturalmente se tornando melhor com o passar dos anos.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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nichendrix A Casino é a única da série ainda fabricada. Dá para comprar nova. Você encontra nova na musicians friend: Casino Mas se os pickups são tão ruins quanto vc fala, não seria melhor investir nessa? John Lennon Casino
Então, se os pickups da sua são os 50SR e 60ST (e não 50ST) são os mesmos pickups. Não sei se vc entendeu meu post. Eu concordei com a maioria das suas explicações. Apenas falei que o hardware não precisa ser trocado, pois é de ótima qualidade. E também tenho aqui comigo uma guitarra custom shop com hardware todo da gotoh para comparar. Falei também da questão dos captadores, como os 490R/498T (esse foi o captador no qual os da Elitist foram baseados, segundo a própria Gibson, e não os 57 como muitos dizem) que também não me agradam. E como disse, na prática, mesmo que haja essa diferença pró Gibson (qualidade de captação), há também uma diferença pró Elitist, o long tenon e a madeira sólida (sem chamber). Enfim, no fringir dos ovos, um set completo (guitarra, pedais, amplificador) com a Elitist fica basicamente no mesmo nível do set completo com Gibson Custom do outro guitarrista da minha banda.
A questão do finish tem a ver com o peixe que a Gibson vende. É mais questão de tradição. Inclusive o custo de um finish em nitro é apenas um pouco maior (um pouco mesmo) do que o custo de um bom finish em poly e a diferença sonora é bem pequena, como vários luthiers atestam. Cara, eu tenho uma guitarra custom shop e quando escolhi tudo tive a oportunidade de conversar com os caras. Poderia ter optado por nitro, e não foi questão de preço, foi questão de escolha por maior durabilidade. Além de que já havia conversado anteriormente com outro luthier muito conhecido no Brasil e ele me disse basicamente a mesma coisa. Essa história do finish em poly fazer a guitarra degradar só vai acontecer se a guitarra não foi devidamente tratada e seca. A madeira seca mais com nitro porque o finish lasca e entra ar, pois ele é mais frágil e sai com o tempo, já o em poly é mais durável. Basicamente é isto.
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Overdriver Veterano |
# mar/10 · Editado por: Overdriver
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O acabamento em nitro é muito importante para que a madeira seque com o passar dos anos e justique a máxima de que guitarra (bem cuidada) é igual a vinho, quanto mais tempo passa melhor fica. Não vejo vantagem nenhuma no acabamento de PU, tanto que guitarra de altíssimo nível não costumam vir com esse acabamento nem de luthier como o N Zaganin. A idéia de entrar ar é que é o lance, sem contar a aparência mais desgastada e vintage que o nitro oferece.
"Enfim, no fringir dos ovos, um set completo (guitarra, pedais, amplificador) com a Elitist fica basicamente no mesmo nível do set completo com Gibson Custom do outro guitarrista da minha banda."
Bom, isso que vc disse só pode ser paixão de dono rsrsrsrsr, eu sei como é, eu já tive isso também, achava que minhas guitarras eram acima da méida, mas hoje eu me controlo. Respeito sua opinião mas pra mim uma Epiphone Elitist ser melhor que uma Gibson Custom é algo improvável.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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Respeito sua opinião mas pra mim uma Epiphone Elitist ser melhor que uma Gibson Custom é algo improvável. Nem quis dizer que a Elitist é melhor. Ela não é mesmo. Disse que são duas guitarras de alto nível. A Gibson Custom tem ferragens banhadas a ouro e tudo mais. Ela tem componentes mais caros e um finish perfeito. Mas o que quis dizer é que a Elitist não fica devendo, se é que me entende. Quis dizer que a Elitist chega perto a ponto de num set você conseguir um resultado de mesmo nível.
Não vejo vantagem nenhuma no acabamento de PU, tanto que guitarra de altíssimo nível não costumam vir com esse acabamento nem de luthier como o N Zaganin. Cara, a minha guitarra custom shop é uma N.Zaganin Telecaster de altíssimo nível, modelo top das tele deles. E antes de optar por ela testei até Fender American Vintage. Também conversei bastante sobre finish antes de optar por PU. Finish em nitro é tradição, basicamente é isto. Agora se vc pega um finish em PU de uma guitarra barata, como uma Condor ou Epiphone chinesa, normalmente ele vai ser grosso demais. Por isso, PU ganhou má fama. Mas se o finish for bem feito é outra história.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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O que quero dizer é que, a partir de um certo ponto, de um certo nível, com um bom instrumento e um bom set, as diferenças vão diminuindo. Segue um vídeo do guitarrista de apoio do Capital, que gravou o solo de fogo, ao vivo, com uma Epiphone de uma série especial. Observe o outro guitarrista, tocando com uma caríssima Fender Americana Signature.
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Manubio Veterano |
# mar/10
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masc073 Cara, chutar é a pior coisa que existe.
O nome do cara é Fabiano Carelli, ele dava aula para mim até alguns dias antes de entrar para o Capital Inicial no IG&T, devido a falta de tempo teve que deixar minha turma.
Esta guitarra é simplesmente uma Epiphone Standard com captadores da DiMarzio, já que ele era endorser das duas marcas, ele dizia que a epiphone tinha um som legal, mesmo antes dos captadores serem trocados, mas eu num costumo acreditar em caras que tem o rabo preso na marca.
Além disto, ele tava com amps e efeitos de primeira, desde sempre, ou seja, como sempre valeu a máxima, uma guitarra mediana em amps ótimos e com efeitos ótimos tende a soar bem. Isto tirando a pegada que este cara tem, só que já viu ele tocando sabe.
Abraço
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nichendrix Veterano
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# mar/10 · Editado por: nichendrix
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masc073 A Casino é a única da série ainda fabricada. Dá para comprar nova. Você encontra nova na musicians friend: Casino Mas se os pickups são tão ruins quanto vc fala, não seria melhor investir nessa? John Lennon Casino
Eu sempre quis a Revolution Cassino com acabamento natural, mas não as Made in Japan e Made in China de hoje, eu queria as originais, uma série de 150 guitarras de cada tipo (sunburst e natural) feita na fabrica da Gibson Custom em Nashville.
Eu também prefiro pegar as Elite Japonesas (das vendidas dentro do japão) do que as Elitist, porque o controle de qualidade é maior do que as que vão pros USA.
Então, se os pickups da sua são os 50SR e 60ST (e não 50ST) são os mesmos pickups.
Originalmente todas as Elite vinham com o 50ST e 50SR, e eu tenho o catalogo das Elite de 2003 aqui pra comprovar. O 60ST só apareceu nas Elitist. E é uma versão com mais saída do 50ST. Ainda existia o 52SR que era cópia do 492R.
O mesmo vale pras ferragens, são de boa qualidade nas Elitist, mas se vc pegar o stop bar ou a tune o matic e comparar com as usadas na Gibson, vc nota uma diferença de peso, e isso pra mim reduz o sustain pra burro.
E também tenho aqui comigo uma guitarra custom shop com hardware todo da gotoh para comparar. Falei também da questão dos captadores, como os 490R/498T (esse foi o captador no qual os da Elitist foram baseados, segundo a própria Gibson, e não os 57 como muitos dizem) que também não me agradam.
490T e 490R são basicamente a mesma coisa dos 57 Classic, a única diferente é que eles tem mais saída e um pouco a menos de médios e um peteleco a mais de graves e agudos. E isso os 50ST e SR não copiam bem. Já o 498T é uma versão com mais saída e uma curva de EQ com mais graves e médios e agudos mais cortantes do Classic 57' Plus.
Resumindo, se vc comparar o 60ST, 50ST e 50SR, com os Gibson, mesmo simulando a linha Vintage Modern, essa linha é toda baseada no Classic '57, e te garanto que se a intenção era simular os 490 e 498, então a diferença é maior ainda entre os Epiphone e os Gibson.
E como disse, na prática, mesmo que haja essa diferença pró Gibson (qualidade de captação), há também uma diferença pró Elitist, o long tenon e a madeira sólida (sem chamber).
Rapaz isso chega a ser quase irrelevante, boa parte da conversa de que chambering é ruim é paranóia de gente desinformada. Outra que não adianta você fazer a mesma contrução de uma Custom Shop com madeiras de segunda linha. As Elite/Elitist usam Mogno Africano e Maple Asiático de tem qualidade levemente inferior ao da Gibson, o Lamidado usando Birch ao invés de poplar também é considerado de qualidade inferior. Obvio é um nível abaixo do usado na maioria das Gibson USA, e não diversos níveis abaixo como nas Epiphone normais. Inclusive os tops figurados das Elite e Elitist são feitos com Laminado de Maple, já que eles não usam o Flame Maple no top inteiro, fazem de Plain Matle e coram uma fina camada de Flame Maple só pra dar o efeito. Da mesma forma Mogno Africano só é desejável quando é impossível usar Mogno Sul Americano, já que a qualidade dele é um pouco inferior, já e o Maple Asiático, embora seja uma boa alternativa ao Maple Canandense, não tem a mesma qualidade do Maple do Vale da Columbia Britânica no Canadá (que produz o melhor maple do mundo).
Então, mesmo que long tenon e ser solida realmente fizessem toda diferença do mundo, esse esforço teria a qualidade reduzida por se usar madeiras tops de segunda linha e não madeiras premium.
Enfim, no fringir dos ovos, um set completo (guitarra, pedais, amplificador) com a Elitist fica basicamente no mesmo nível do set completo com Gibson Custom do outro guitarrista da minha banda.
Bom, em um fórum onde a maioria diz que uma SX com captadores Malagoli é melhor que Fender Custom Shop e que Condor com captadores Cabrera é melhor que Gibson Custom, essa afirmação não me espanta. Até porque você pelo menos teve a decência de usar guitarras que está bem mais próximas em qualidade.
Mas o que eu posso lhe dizer é que o fato de você não conseguir perceber a diferença, não significa que ela não exista, afinal o universo tem 11 dimensões e a gente só consegue perceber 4 o que não faz com que as outras deixem de existir. Se é que entendeu a mensagem.
A madeira seca mais com nitro porque o finish lasca e entra ar, pois ele é mais frágil e sai com o tempo, já o em poly é mais durável. Basicamente é isto.
Cara, Nitro só lasca se for mal cuidado, o que acontece com o Nitro é que ele vai ficando cada vez mais fino, até o ponto onde ele vira apenas uma pelicula sobre a madeira.
Eu não vou discutir sua sabedoria de Luthier, eu conheço alguns dos melhores luthiers do país, e alguns bons luthiers americanos, ainda to pra ver o que não vá lhe dizer que nitro é muito, mas muito melhor que Poliuretano.
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nichendrix Veterano
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# mar/10
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masc073 Cara, a minha guitarra custom shop é uma N.Zaganin Telecaster de altíssimo nível, modelo top das tele deles. E antes de optar por ela testei até Fender American Vintage. Também conversei bastante sobre finish antes de optar por PU. Finish em nitro é tradição, basicamente é isto. Agora se vc pega um finish em PU de uma guitarra barata, como uma Condor ou Epiphone chinesa, normalmente ele vai ser grosso demais. Por isso, PU ganhou má fama. Mas se o finish for bem feito é outra história.
Cara, meu parametro para comparar PU e Nitro, é a diferença entre uma American Standard e uma American Vintage, são virtualmente a mesma guitarra, o que muda é só o verniz e a ponte, mas a diferença é gritante em todos os aspectos, e obvio a opinião do próprio Zaganin, do Tagima, do Edmar Luighi, do Guzzardi, do DiCastelis e por aí vai. Achar que PU é tão bom quanto Nitro e que nitro é tradição é conversa pra boi dormir.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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nichendrix A minha é uma Elite Japonesa de 2003, mas nunca pensei que isso fizesse alguma diferença para a Elitist. Afinal, em tese deveriam ser a mesma guitarra.
Cara, meu parametro para comparar PU e Nitro, é a diferença entre uma American Standard e uma American Vintage, são virtualmente a mesma guitarra, o que muda é só o verniz e a ponte, mas a diferença é gritante em todos os aspectos, e obvio a opinião do próprio Zaganin, do Tagima, do Edmar Luighi, do Guzzardi, do DiCastelis e por aí vai. Achar que PU é tão bom quanto Nitro e que nitro é tradição é conversa pra boi dormir. Cara, eu conversei com alguns desses e a opnião deles não foi essa que você está falando. Ao contrário, foi a opinão que aqui postei. Outra coisa, um finish em nitro só encarece uma guitarra custom shop em torno de R$200...
Então, mesmo que long tenon e ser solida realmente fizessem toda diferença do mundo, esse esforço teria a qualidade reduzida por se usar madeiras tops de segunda linha e não madeiras premium. Isso é bem relativo, pois o mogno africano é utilizado até na linha mais top da PRS - o private Stock (Private Stock). São guitarras mais caras inclusive que as Gibson VOS. Olha lá que eles utilizam o mongo africano nessa linha top das tops... Madeiras PRS Private Stock. A própria Gibson já utilizou ou utiliza bastante o mogno africano. Atualmente, eles passaram a utilizar o hondurenho nas reedições (essa é a única garantia oficial deles, pode ir no fórum oficial que questionaram isto). O que seria o mínimo a se esperar deles.
Enfim, eu vejo como uma madeira diferente, mas diferente não é pior. Não gosto desse negócio de dizer que freijó é melhor ou pior que ash, que cedro é melhor ou pior que alder e assim vai. A questão é que o timbre vai ser diferente, isso é óbvio. O que importa não é meramente a espécie, mas também a seleção da madeira. No próprio site da FujiGen eles explicam essa questão de seleção muito bem: High-Quality Material
Observe que até mesmo a Gibson tem dificuldades em encontrar mogno bom como antigamente. O atual normalmente é mais pesado, daí o chamber - e o chamber deles tira em torno de 3kg de peso da madeira. Logo a diferença é muito grande para uma sólida (principalmente se for da mesma espécie). Outra coisa, as vintage reais são de mogno brasileiro. E vc tem que ver que, apesar das atuais serem de mogno hondurenho, as condições são diferentes, o clima brasileiro é outro e por aí vai. Nunca mais vai se encontrar mogno como antigamente, até porque o Brasil proibiu o corte da madeira.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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Resumindo, se vc comparar o 60ST, 50ST e 50SR, com os Gibson, mesmo simulando a linha Vintage Modern, essa linha é toda baseada no Classic '57, e te garanto que se a intenção era simular os 490 e 498, então a diferença é maior ainda entre os Epiphone e os Gibson. Eu já tinha reparado nessa diferença de volume sim. Por isso mandei um email para a Gibson, mas eles insistiram que os pickups eram iguais aos 490R/498T!!! Bom, eu não costumo mais acreditar em muita coisa que eles respondem por email, pois eu não sou surdo e já tinha comparado a questão das saídas do 490R e 498T com a saída dos pickups da Elite e a diferença é grande. Eu diria que os pickups da Elite são legais, mas realmente não estão no mesmo nível (diferente do que a Gibson me respondeu por email).
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nichendrix Veterano
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# mar/10
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masc073
Rapaz, a diferença maior do Mogno Africano pro Sul Americano é a densidade, o Mogno Africado ou Sapele, tem a desidade diferente do Mogno Sul Americano, por isso tem uma tendência a ser muito mais grave. A qualidade dele no geral é inferior ao Mogno Sul Americano, embora quando vc tem um exemplar de ótima qualidade, é uma boa alternativa quando você quer um som mais encorpado ou quando precisa equilibrar o som de uma madeira muito aguda como o Curly Maple ou o Ash.
Mas enfim, no geral Mogno Africano, mesmo quando é de alta qualidade, ainda tem a qualidade inferior ao Mogno Sul Americano. Outra é que a diferença entre a Amazônia Hondurenha e a Amazônia Brasileira é muito, mas muito menor que a diferença entre a Floresta amazônica e as florestas da Africa Central.
Se você for ver as PRS Private Stock feitas de Mogno Africano em geral são as Semi-Acusticas/Chambered, justamente porque aí é interessante ter esse som mais encorpado do Sapele (mogno africano).
Outra coisa é que toda essa idéia que o chambering foi feito apenas pra reduzir peso é totalmente equivocada, é só ver que a Les Paul mais leve da linha da Gibson são as R9, que pesam pouco mais de 3Kg, e são totalmente sólidas, em compensação usam madeiras que estão há algumas decadas secando. O principal motivo pra o chambering é conseguir mais ressonância acustica, que provoca tanto uma melhora no timbre quanto aumento do sustain.
E eu não ei se você sabe, mas a Fujigen tem várias linhas próprias de guitarra, que é onde ela usa as madeiras de maior qualidade dela, inclusive essas guitarras vem com captadores e ferragens made in usa, vernis nitro e tudo mais. Não é numa linha budget como as Fender Japonesas ou as Epiphone Elitist que elas vão gastar essas madeiras, é com as linhas próprias deles.
Eu não estou dizendo que eles usam madeira ruim nas Elitist, mas está longe do padrão top deles, ou do padrão da Gibson USA, e com certeza nem se compara com o padrão Custom seja da Fujigen, seja da Gibson.
Sobre os Luthiers falarem que Nitro não tem diferença e é só tradição, eu só acredito no dia que eles pararem de usar Nitro nos intrumentos tops dele. Aliás por muito tempo esse foi um dos diversos grandes diferenciais da maioria deles, usarem Nitro e não PU, além dos mais obvios, madeiras, hardware e captação top.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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A própria Gibson utilizou/utiliza o mogno africano em várias de suas guitarras sólidas, como Les Paul e SG. Há vários relatos sobre isso no próprio fórum da Gibson. Essa história do mogno sólido ir para a VOS é porque eles selecionam as peças mais leves para a Custom Shop e as mais pesadas ficam na linha USA para serem escavadas. São eles que dizem isto, não eu: Chambering the Les Paul: A Marriage of Weight and Tone
Tirando o trecho de lá: Check out the success of Gibson USA's chambering techniques by picking up any of a number of new Les Pauls, including the LP Studios, Classics, and Standards. Alongside these, the Les Paul Supreme has its own, entirely different weight relief system, which has been engineered specifically to benefit that model. Les Pauls in the Custom Shop's VOS range, on the other hand, are prepared with bodies that are not weight relieved, but which are generally light and resonant thanks to the rare and expensive wood stocks acquired for use in these guitars, which is reflected in the increased prices of these models.
A Taylor, fabricante americana, também utiliza o salepe (ou mogno africano). SolidBody Custom
Enfim, sei que sai um pouco do assunto, mas o Leo Fender só utilizou o Alder e o Ash porque eram madeiras baratas na época em que ele começou a fabricar guitarras. Digo isso porque, assim como há um preconceito com o mogno africano, que a própria Gibson já utilizou, há ainda um preconceito maior contra madeiras brasileiras, como o freijó, o cedro, o marupá, a imbúia e a grumixava. Sendo que todas essas são madeiras excelentes. Cada uma tem seu próprio ponto forte.
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nichendrix Veterano
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# mar/10 · Editado por: nichendrix
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masc073
Eu sou um que sempre defendo que Fender é feita com madeira usada para fazer lenha e carvão, já que esse é o principal uso do Alder e do Ash, o que faz com que mesmo as peças de qualidade premium, e que são ótimas para machetaria/luthieria sejam bem baratas.
Rapaz, não há preconceito com madeira e não há problema com o uso do Sapele, cada madeira dá um timbre diferente, na hora de fazer o bookmatch é que você escolhe qual vai ser usada com base nas caracteristicas das demais madeiras, já que o conjunto em sí tem que se harmonizar.
Sobre a Gibson, ela em geral não usa apenas o Sapele como substituta ao mogno, também usa Korina que tem caracteristicas tonais semelhantes ao mogno sul americano. E quase sempre quando esse tipo de madeira é utilizada é porque há problema no suprimento de mogno da america do sul, como por exemplo, quando foi proibida a exportação de madeira brasileira para lá ou então quando você realmente precisa dessa característica tonal mais grave para compensar outros componentes mais agudos no instrumentos.
Sobre o peso do mogno, quem dá o peso não é a madeira, não existe isso de um mogno pesado ou um mogno leve, todo madeira que está há muito tempo em processo de secagem é mais leve do que uma que está a menos tempo. Isso não vale só pro mogno, vale pra qualquer madeira. E é um dos motivos da preferência pelo verniz Nitrocelulose em modelos mais caros, poder tirar vantagem disso após a confecção do instrumento, algo quase impossível com verniz PU por conta do tipo de selante que se usa e o próprio verniz que é impermeável.
É natural que as marcas de instrumentos usem peças mais secas para instrumentos melhores. já que passou do tempo minimo ideal de secagem, já é possível a confecção de instrumentos de alta qualidade.
O que eu questiono é você achar que a Fujigen que é o maior fabricante japonês de instrumentos, usar um estoque de madeira premio em uma guitarra de linha mediana. Tu acha mesmo que eles desviariam madeira premium cara pra caralho pra vender fazer guitarra e vender pra Gibson a preço de banana???
A Elitist chegava a ter 40% de desconto em relação ao preço sugerido pelo fabricante, na Guitar Center. Ainda hoje a Casino tem 39% de desconto. Isso significa que a Gibson vende ela por menos de 60% do preço da Guitar Center, já que a Guitar Center mesmo vendendo a 40% de desconto ainda tem lucro, ou seja a Gibson no mínimo pagou 30 a 40% do MRP da guitarra, talvez menos.
Tu acha que se as madeiras tivessem tanta qualidade assim, elas estariam sendo repassadas pra Gibson por esse preço? A Fujigen não ficaria no prejuizo nem a pau, aliás ela tanto não fica que é a rainha das não renovações de contrato com fabricas americanas, já que ela sempre quer tirar o maior valor possível (e merecidamente, já que tem uma mão de obra ultra qualificada), tu acha mesmo que ao invés de pegar essas madeiras premium e gastar na linha top dela, que no Japão chega a ser tão ou mais cara que Gibson e PRS, pra gastar com guitarra que ela vai vender por menos de 600 dolares?
Enfim, você está dicutindo algo que não tem nem pé e nem cabeça. Seja do ponto de vista musical, seja mercadológico.
Eu sei que você tem uma guitarra de alta qualidade e eu sei da qualidade porque por muitos anos eu tinha uma da mesma linha de produção. Mas Elitist melhor que Gibson USA, só existe na cabeça de dono de Epiphone Elitist que não tem ou teve uma Gibson por tempo o suficiente para notar as diferenças gritantes que tem entre elas.
E no mesmo artigo que você postou eles também falam que o principal motivo foi o aumento de sustain e a melhora do timbre causada pelo aumento da ressonância acustica da guitarra, já que tudo partia do princípio de pegar o weight relieve que já existia e dar a ele uma função que trouxesse algum benefício pra guitarra.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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nichendrix Observe que madeira boa não é só aquela envelhecida. De nada adianta por uma peça de nato envelhecendo naquelas fábricas chinesas... Então depende da qualidade da peça, de onde ela passou envelhecendo (por exemplo, o swamp ash envelhece debaixo d'água) e do próprio corte, de que parte da árvore aquele corte foi feito, etc.
Voltando ao artigo da Gibson, ele é contraditório. Primeiro começa dizendo que o chamber traz benefícios ao timbre, mas depois ele encerra dizendo que as peças mais caras e raras, leves e ressonantes são utilizadas na Custom Shop. Daí justifica o preço mais alto da VOS. Vou usar o mesmo argumento seu: você acha mesmo que ao invés da Gibson pegar essas madeiras premium e gastar na linha top dela, ela iria gastar na linha USA, chambered?
Outra coisa, esse argumento dos $600 da produção da Elitist vendida a $1299 pode também muito bem ser aplicado a uma Gibson Studio de $799... será que a madeira é tão top assim mesmo? Afinal, se é repassada ao consumidor por $799, por quanto a Gibson vendeu? $300? Tem como a madeira ser top? Por essa questão do preço mesmo questionei a alegação da Studio ser superior à Elitist, e mesmo se a Guitar Center conseguiu baixar é pq a Gibson tinha margem e vendia as Studio bem acima do que valiam na realidade. Mas não vou mais discutir isto, pois aí vamos ficar apenas andando em círculos e nem eu nem você vamos mudar de opnião...
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nichendrix Veterano
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# mar/10
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masc073
Cara, ela não usa nas Gibson USA, da mesma forma que chambering não é exclusividade da Gibson USA, mesmo as R7, R8 e R9 têm séries chambered e não chambered.
Como eu disse antes a madeira usada na série USA e na Custom, em geral são dos mesmos fornecedores, a diferença é que a madeira usada nas custom, tem pelo menos uns 20 anos de secagem nas costas. Até 2008 na Gibson custom se usava madeiras de lotes dos anos 80 nos intrumentos tops e do inicio dos anos 90. Enquanto as usadas na série USA são bem mais novas que isso tem um peso maior e veios mais distantes.
Aliás fora a qualidade natural da peça essa é a grande diferença entre linhas, a forma e o tempo de secagem, por exemplo linhas budget como a Epiphone em geral usam secagem acelerada em estufas, fazendo com que o processo que naturalmente leva anos, possa ser feito em alguns meses e com uma incidência menor de variação de uma peça pra outra.
Linhas acima como a Gibson USA, Fender American e mesmo as guitarras dessas marcas feitas por fabricantes top da sua segunda linha como Fujigen e Tokai, tendem a ter ou processos de secagem em estufa bem mais complexos e apurados (e mais demorado que o das linhas budget) ou então tem secagem natural de alguns anos, algumas vezes elas passam por processos hibridos de secagem, sendo uma parte artificial e outra natural.
Já linhas custom em geral usam madeiras que passaram pelo menos uns 10 anos de secagem (é possível menos, mas em geral não é vantajoso) e não raro bem mais que isso. As lendárias Les Paul dos anos 50 foram feitas com madeira brasileira que estava em secagem desde os anos 30 até inicio dos anos 40, secada naturalmente no clima frio de Montana nos EUA, aliás essa diferença de clima é influente o suficiente para a Gibson ainda fazer a secagem das madeiras usadas nos seus violões e na linha custom na sua unidade de Kalamazoo, e não em Nashville como é nas demais linhas da marca.
É esse tempo e processo de secagem que determina se a madeira é pesada ou leve, uma vez que durante o processo de secagem ela perde água, seiva e outros elementos que não são a madeira em sí, o que faz com que os veios fiquem mais próximos e vibrem mais uniformemente.
No caso do chambering, o que acontece é que você usa ressonância acustica para imitar os efeitos da madeira ultra-seca, com uma peça de madeira que seja bem mais jovem.
Eu pude testar a R8 com e sem chambering e prefiro o timbre da chambered, tem mais sustain e tem um timbre acustico muito mais presente, que é uma das caracteristicas que sempre me fizeram usar semi-solidas e que as chambered também tem, embora de forma mais limitada. Pelo menos a impressão que eu tenho é que essas VOS chambered daqui a 10 anos terão um timbre ainda mais rico que o das não chambered já que vão ter 2 pontos de vantagem contra 1 em relação a elas, já que quanto mais seca a madeira maior a ressonância acustica (que dá mais volume, projeção etc), além das vantagens naturais da madeira mais seca.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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nichendrix Quem sabe algum dia eu tenha uma VOS, mas sólida como as Les Paul dos anos 50. Outra coisa, o chamber é usado na R7, na R9 não. Essas são sólidas. Nem vejo sentido usar chamber em uma reedição. Como o nome já diz, essas deveriam ser guitarras fiéis às originais e naquela época eles não escavavam o corpo, eles só começaram a fazer isto em 2007. Assim, entre pegar uma guitarra escavada e uma semi-acústica, eu prefiro uma semi-acústica. Mas isso é um plano distante. Se e quando eu começar a ganhar dinheiro de verdade com música. Caso contrário, não vale o investimento.
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nichendrix Veterano
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# mar/10 · Editado por: nichendrix
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masc073 Outra coisa, esse argumento dos $600 da produção da Elitist vendida a $1299 pode também muito bem ser aplicado a uma Gibson Studio de $799... será que a madeira é tão top assim mesmo? Afinal, se é repassada ao consumidor por $799, por quanto a Gibson vendeu? $300? Tem como a madeira ser top? Por essa questão do preço mesmo questionei a alegação da Studio ser superior à Elitist, e mesmo se a Guitar Center conseguiu baixar é pq a Gibson tinha margem e vendia as Studio bem acima do que valiam na realidade. Mas não vou mais discutir isto, pois aí vamos ficar apenas andando em círculos e nem eu nem você vamos mudar de opnião...
Acho que aqui existem dois fatores que podem e devem ser analisado, as Elitist pagam altos impostos para entrar nos EUA, enquanto as Studio em geral vão ter subsídios fiscais, afinal subsidios fiscais foi o que fez a Gibson mudar de Kalamazzo em Montana para Nashville e Memphis no Tenesse. Eu também não tenho duvidas que a Guitar Center por ser o maior varejista do setor no mundo, também receba incentivos fiscais, some 2+2 e você provavelmente terá o motivo pela qual dá pra dar $400 de desconto numa guitarra dessas, mesmo sem prejudicar a qualidade final dela.
Agora tenta dar 40% num produto que tu já paga importos que dificilmente sofre reduções grandes que são os impostos de importação. Quando eu tinha a minha importadora o nosso distribuidor lá nos USA sempre reclamava que pra ele duas das maiores despesas que ele tinha eram os impostos de importação e exportação, já que lá só há facilidade nos impostos e exportação para alguns produtos. Ele vivia reclamando que o governo de lá só dá isenção para quem gera bastante emprego, ou seja para os grandes de cada setor, que não era o caso dele.
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nichendrix Veterano
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# mar/10 · Editado por: nichendrix
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masc073
Se fosse a R7 ou a R8 eu compraria chambered, sólida só presta mesmo da R9 em diante. E sinceramente, nunca conheci um musico prfissional no Brasil que tenha comprado uma dessas com dinheiro de musica. Os poucos que tinham essas Custom que conheci, tinham pq eram endosser da marca, de resto é só quem vive de outra coisa.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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É cara, mas mesmo assim fica difícil imaginar uma Elitist com custo menor do que uma Studio Vintage Mahogany. Mesmo sabendo que a mão de obra americana é mais cara... É só analisar, uma não tem acabamento nenhum, outra tem todos os bindings, pearl, abalone e etc... A Elitist era uma guitarra de médio custo, assim como a Studio. Só que essa de $799 é praticamente só verniz e pronto! Praticamente só corte de máquina...
Se fosse a R7 ou a R8 eu compraria chambered, sólida só presta mesmo da R9 em diante. E sinceramente, nunca conheci um musico prfissional no Brasil que tenha comprado uma dessas com dinheiro de musica. Os poucos que tinham essas Custom que conheci, tinham pq eram endosser da marca, de resto é só quem vive de outra coisa
Então é melhor eu ir perdendo as esperanças, hehehe! Porque pagar tudo isso não tem condições não. Acho que uma R9 deve sair por uns 18K.
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nichendrix Veterano
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# mar/10
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masc073
Cara, eu não sei como está hoje, mas as fabricas da Gibson sempre tiveram problema com demanda justamente porque elas tem um dos processos produtivos menos automatizados do mercado americano. É facil perceber isso nas loja, em geral tu vê pelo menos 3 Fender pra cada Gibson.
Eu não vou tratar do preço da Guitar Center (pq pra fazer a conta toda teria que saber quanto as Gibson e a GC tem de incentivo fiscal, já que o efeito é cumulativo), mas falando do MRP das duas, as Studio Faded tem um MRP de 1199 dolares as Elitist Standard Plus tinham o MRP de 1299.
Como você disse, a Studio tem N itens a menos que a Elitist, isso do ponto de vista produtivo dá margem para duas situações.
1-) Os componentes e a mão de obra tem a mesma qualidade, isso significa que o produto que tem itens a mais conseguiu de alguma forma adiquirir esses componentes por um preço consideravelmente menor.
2-) Os componentes e/ou a mão de obra do produto que tem mais itens são de qualidade inferior ao do que tem menos itens, e isso faz com que ela possa oferecer mais por menos.
Essas opções não são definitivas para dizer se um produto é bom ou não, ou se é melhor que o outro ou não, já que N fatores influênciam no processo, por exemplo eu posso usar materiais melhores e não ter um processo produtivo muito bom, ou não ter um projeto muito bom etc.
Até aqui a única parte que você pode afirmar que é 100% verdadeira para a situação 1 é que a mão-de-obra japonesa é um pouco mais barata que a americana, mas essa diferença não é tão grande a ponto de justificar. Para o japonês eu creio que comprar madeira na qualidade da madeira usada nos EUA é mais caro uma vez que o preço das exportações no mundo inteiro é atrelado ao dolar enquanto o iene sofre uma séria desvalorização de 10 anos pra cá. Ou seja é pouco provavel que a Fujigen compre as partes que ela não produz (madeira, ferragens, captadores) a um preço menor do que a Gibson compraria. A menos que ela consiga comprar esses itens numa escala absurdamente mais alta.
Todavia, existem indicativos que a situação dois possa ser verdadeira, já que os captadores são inferiores, o verniz é PU, eu adicionaria as ferragens inferiores, mas já que vc não concorda deixemos elas de fora. Enfim, isso aponta pra teoria 2.
Qual das teorias é, só tem como saber visitando as duas fábricas, mas pelo que conheço das duas marcas, eu diria que a Fujigen, no caso das Elitist está no segundo cenário.
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nichendrix Veterano
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# mar/10
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masc073 Então é melhor eu ir perdendo as esperanças, hehehe! Porque pagar tudo isso não tem condições não. Acho que uma R9 deve sair por uns 18K.
Cara se vc se planejar pra ir pra lá e comprar, sai muito mais em conta.
R8
US$ 3699,99 = R$ 6659,98
Preço = 6659,98 + 50% (3329,99) + 1500 (viagem de 1 fim de semana em Orlando pela promossão da TAM Viagens) = R$11.489,97
Você economizou nessa brincadeira 3 a 4mil reais e com a vantagem de passar 1 final de semana nos EUA desanuviando a cabeça, e ainda é mais barato que comprar uma Gibson USA aqui. Dá pra trazer um valvulado top de linha ou pelo menos um mid-tier já com impostos pagos.
Se você pegar alguma das promoções que de vez em quando Guitar Center faz, dá pra pegar a R8 por 1000 reais a menos.
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masc073 Veterano |
# mar/10 · Editado por: masc073
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nichendrix Aí a gente entra totalmente no terreno da especulação. Não importa nem que marca seja. Só conhecendo bem o processo de cada uma e provavelmente tendo trabalhado em alguma delas para ter certeza.
Pelos vídeos que já vi da Gibson, construindo guitarras da linha USA, eles utilizam várias máquinas. Daí eu já chutaria que a Vintage Mahogany saiu da parte de corte, vai direto para lixa, acabamento e está pronta.
Um outro fato notável é o seguinte: enquanto o mogno sulamericano começou a ser escasso e ter sua extração controlada, o mogno africano continua fácil de obter e é mais barato. Basta ter bons fornecedores e saber selecionar a madeira. Isso daí eu chutaria que eles consigam colocar componentes como pearl, abalone e os bindings na guitarra.
Ps: eu acho que eles não fabricam tanto quanto a Fender por questões unicamente de mercado, pois a Strato é o modelo de guitarra elétrica mais popular do mundo.
Preço = 6659,98 + 50% (3329,99) + 1500 (viagem de 1 fim de semana em Orlando pela promossão da TAM Viagens) = R$11.489,97 hehehe. Mas aí eu teria que vender minhas guitarras. Fora que ainda teria que gastar parte da grana em passeios (impossível ir para lá apenas para comprar uma guitarra hehehe). E o pior, compro uma Les Paul top de linha, mas aí fico sem minha Tele, que é meu xodó!
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nichendrix Veterano
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# mar/10 · Editado por: nichendrix
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masc073
Mogno Africano no mercado internacional é quase tão caro quanto mogno sul americano porque ambas as espécies estão ameaçadas de extinção, além do Sapele existe um outro tipo de mogno africano que é a Khaya, que está tão ameaçado de extinção que o preço é ainda mais caro que o do mogno sul americano.
E tipo, eu falo dessas especulações pq a área de produção é minha área, eu não posso mensurar, mas a parte processual da coisa é bem simples se você conhece os tipos de arranjos produtivos.
Sobre ter maquinas, não existe produção de instrumentos livre de maquinas, se você for ver a fabrica da PRS vai ter maquina para corte, vai ter maquia para escavar etc. Quando eu falo em mecanização, é algo como a Fender, onde basicamente a única função do homem durante o processo é colocar a madeira na maquina, de resto ela corta, lixa, pinta tudo praticamente sem intervenção humana, só no fim o homem tem um papel importante já que eles tem que montar a guitarra.
O processo da Gibson, até pelo tipo de construção, não tem como ser feito dessa forma, a única etapa passível de mecanização seria o corte, e mesmo isso seria de forma limitada, já que a colagem e o carving do top tem que ser feito a mão, bem como a colagem do braço, do headstock, da escala, do troculo.
Por isso que eu não acho que Gibson venda menos porque Fender é popular, mas é popular porque a automação da linha de produção permite guitarras muito mais baratas. É só ver que uma Gibson Standard é o preço de uma American Deluxe, que é a top da Fender American, e mesmo as Studio mais baratas concorrem com a terceira top da Fender, a American Standard, sendo que abaixo dela tem trocentas linhas.
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nichendrix Veterano
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# mar/10
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masc073
Agora tem uma coisa que eu concordo contigo sobre as Elitist, a qualidade da construção, do woodwork, isso ela não deve em nada às Gibson USA, eu diria que estão fácil no mesmo nível das USA dos anos 90 (quando praticamente não existia Gibson Custom). É uma pena não usarem os mesmos componentes, se usassem ficariam sim superiores a maioria das guitarras de série atuais.
A minha SG mesmo quando troquei ferragens e caps deu um up muito bom, comparando com a SG Standard (a minha era de 1998 comprada em Bufallo), a Epipoca chegava muito próximo, faltava alguma coisa, que deduzo eu seja a diferença nas madeiras e no acabamento em nitro, pois a Epiphone era um pouco menos articulada e com um som um pouco menos rico, tanto plugada quanto desplugada (tinha o som um pouco mais baixo que da Gibson).
Todavia o conforto e a pegada dela eram tão bons quanto, só tive SG melhor quando vendi a Standard e comprei uma Gibson Custom, Art and Historic 1961 SG Standard.
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