Na guita, você faz o que realmente imagina, quer, inspira?

Autor Mensagem
has4
Veterano
# jun/08 · Editado por: has4


A verdadeira inspiração

Você consegue realmente de imediato executar aquilo que mentalmente você elabora, ou você vai solando e estando no tom e não desafinando, você vai deixando passar, naquela de "tá valendo"?

Talvez eu não consiga expressar melhor o que quero dizer, mas acho que um exemplo seria possível a compreensão:

Quando você participar de uma JAM, p.e., você consegue elaborar seu solo trazido de uma verdadeira inspiração, gravando aquilo que mentalmente a sua mente elaborou e você a imagiou, ou você vai gravando por partes, editando o que achou melhor e finalizando a sua gravação, conformando-se com o resultado final?

Outra:

Você consegue fazer (executar) o que você imagina? (se você faz o que realmente quer - aqui, só reforçando as perguntas anteriores). rsrsrs

pacificpoker
Veterano
# jun/08
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has4
depende... quando eu vou improvisar apenas pra improvisar, eu já tenho alguma coisa em mente, algns licks que eu sei que vão ficar legal, e na hora mesmo vc faz o que a BT pede... sabe? vc já tem uma ideia o que mais ou menos vai ficar legal, pelo costume de fazer isso sempre, mesmo que seja com BTs diferentes

pedrobrito
Veterano
# jun/08
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Se eu não fosse limitado tecnicamente acho que conseguiria...

has4
Veterano
# jun/08 · Editado por: has4
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O motivo da minha pergunta é que eu imagino que as grandes e elaboradissimas obras clássicas de músicos como Beethoven, Bach, Randel, Ravel, e tantos outros, transmitem muita consciência musical; o que não tenho percebido muito por aí n'algumas modernas composições (não quero me referir apenas às clássicas, mas sim, à consciência do que está sendo feito como um todo em qualquer obra musical). Este exercício de criação, considerando esta aludida base de criação da imaginação, acho muito importante, e não é algo fácil de exercitar e executar, na minha opinião.

BlacK Dog
Veterano
# jun/08
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Não. Mas é por pura falta de prática. Se eu passasse tudo o que penso pra guitarra, já ficaria mais fácil.

Diino
Veterano
# jun/08 · Editado por: Diino
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has4
se eu conseguisse eu seria o cara mais feliz daqui

o q eu faço é fazer musikas no guitar pro. dai eu escrevo, erro, e do erro eu imagino outra coisa q eu tenho tablar e assim vai...

ahhhh o mais foda de tudo é q o cara so tem as inspiração afu nos lugareas mais fdp's tipo dentro du buzao na fila do banco etc etc...
ai ate o cara chegar no pc o cara esquece tudo
:S

Fernando de almeida
Veterano
# jun/08
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has4
Você consegue realmente de imediato executar aquilo que mentalmente você elabora, ou você vai solando e estando no tom e não desafinando, você vai deixando passar, naquela de "tá valendo"?
Putz elaboro mil coisas na cabeça mas a limitação técnica me atrapalha na execução e corro para a penta e suas variações para me safar ... mas não era o que eu tinha em mente a maioria das vezes ... Consigo inclusive escrever numa partitura mas não consigo executar ...

Saitu
Veterano
# jun/08
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Consigo e não consigo, penso num lick, consigo tocar e escrever, mas normalmente naum fica tão bom quanto eu achei que ficaria hauehaue

filipe p marcato
Veterano
# jun/08
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huahuaa, o dia que eu passar as frases que tenho na minha cabeça (principalmente os grooves que canto no chuveiro) para guitarra serei um gênio do blues!!!

pacificpoker
Veterano
# jun/08
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mas a limitação técnica me atrapalha na execução e corro para a penta e suas variações para me safar

exatamente...

lucas-sarmento
Veterano
# jun/08
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Se eu conseguisse isso eu seria um puta jazzista! hahahahah quem me dera!

Quando escuto uma música que eu gosto e que abre espaço para improviso minha cabeça vai a mil pensando na possibilidades! Mas na hora de passar pra guitarra, não é tão facil assim!

Megamedes
Veterano
# jun/08
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Não, nem chego perto.

has4
Veterano
# jun/08 · Editado por: has4
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Imaginemos...
Imagine esta verdadeira consciência MELÓDICA (solo) apurada... agora, vá mais adiante, imagine esta consciência HARMÔNICA (acordes)... o domínio disto tudo seria o ápice da perfeição, nâo acham? Isto é, tudo o que você pode imaginar melodicamente e harmonicamente, como se visualizasse uma GRADE de partituras ou orquestra, ou apenas visualizasse todas as suas estruturas harmônica e melódica...

No caso da guitarra, a capacidade de sentir, numa improvisação, a harmonia e a melodia (acordes e solos), de forma que conseguisse executá-los tal qual os sentiu! Doideira, não?!? rsrsrs

Melhor ainda, sabendo que está executando uma nota qualquer, você tem a noção de que, se subir uma casa, p.e., ascenderá... agora imagine a possiblidade de perceber esta sonoridade com ACORDES! É sobre isto que eu tento discutir rsrss

Possivelmente você saberia tocar/solar 'parabéns pra você' na guitarra, mas imagine tudo isto, esta melodia, sendo executado em acordes (noção de hamonização); é óbvio que ninguém preencherá todas as notas de uma melodia com acordes, mas o que quero discutir é, a possibilidade de sentir isto. Penso que BEETHOVEN, por ser mudo (embora tenha perdido a sua audição posteriormente, já tendo contato com o som), tinha muitíssimamente apurada esta percepção musical.

Parece filosófico, não?!? Mas é exatamente isto que quero discutir rsrsrs e mais, como exercitar, ensinar e praticar tudo isto! Contudo, na prática mesmo, nada muito teórico, apenas sentido e executado, como se o instrumento fizesse de fato parte do seu corpor e sua mente o dominasse (exercitar o domínio).

Dogs2
Veterano
# jun/08
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has4
Imagine esta verdadeira consciência MELÓDICA (solo) apurada... agora, vá mais adiante, imagine esta consciência HARMÔNICA (acordes)... o domínio disto tudo seria o ápice da perfeição, nâo acham?

Sinceramente, não acho. Mas muitos chegam a esse nível e não é fácil, mas mesmo assim nem considero o ápice da perfeição musical. Se música é o que importa no fim das contas, eu tô pouco me fudendo se o cara precisa sempre de um piano pra compor ou se ele escreve tudo direto pra a partitura... Stravinsky tinha um ouvido interno precário e era mais que necessário o piano pra ele compor, e nem por isso ele deixa de ser o maior nome da música contemporânea por ter feito A Sagração da Primavera, O Pássaro de Fogo, Petrushka... eu amo a MÚSICA dele, e se a arte vem a frente de tudo eu não tô nem aí pro ouvido dele, ou se ele é surdo ou se é tetraplégico ou qualquer outra coisa.
Mas olhando por outro lado, se o Stravinsky tivesse um bom ouvido quem sabe teríamos mais excelentes músicas modernas. Mas definitivamente o ouvido interno, no caso dele, não foi problema nenhum para a sua expressão musical.
Eu faço o curso de Música numa importante universidade do Brasil, e meu professor pega muito no pé justamente com o solfejo, para que o nosso ouvido interno se desenvolva extremamente.

Dogs2
Veterano
# jun/08
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Mas agora, sobre a guitarra, esse tópico me lembra um dos motivos que eu nunca mais entrei nesse fórum de guitarra: tá tudo indo pelo caminho errado. Ficam decorando escalinhas e shapes, e acham que ser criativo é "inventar seus próprios licks". O som que sai disso acaba sendo dos dedos para a cabeça, e não da cabeça pros dedos, ou seja, você não está improvisando mas sim "chutando as notas" ou "solando melodias que vc já conhece", principalmente quando o guitarrista espinhento tenta ser rápido nos dedos, e não no cérebro.

has4
Veterano
# jun/08
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Dogs2
Entendi o que quis vc dizer, sim. Agora eu imagino é ter esta técnica num instrumento harmonico qualquer... para exatamente numa Jam, numa improvisação, você sentir e executar a nota ou acorde que deseja, por tê-los sentido, desprovido de qualquer teoria e sequer sabendo o que seja aquilo (tampouco solfejar). Não quero dizer que seria um grande compositor, alguém que assim dominasse a música (um instrumento), mas a capacidade de execução simple e pura pela fluência, como usamos a língua falada... sei lá, posso até estar falando besteiras, mas é isso rsrs.

Dogs2
Veterano
# jun/08
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has4
mas a capacidade de execução simple e pura pela fluência, como usamos a língua falada...

Sei!!!
Mas a linguagem falada tem seus signos, assim como o solfejo, e eu acho que as notas e as sílabas do solfejo acabam funcionando como as palavras na língua falada. Música é arte mas (infelizmente) tem essa parte racional

lucas-sarmento
Veterano
# jun/08
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Dogs2

Concordo em parte com você sobre a parte referente aos guitarristas. Também acho que chutar as notas no solo ou repetir frases e licks conhecidos não é legal.

Mas o que adianta ter toda a música na cabeça, todas as sonoridades, todos os padrões se não possui as ferramentas para transformar essas idéais em música, em audio.

Para isso é necessário estudar escalas, shapes, arpejos e técnica

Dogs2
Veterano
# jun/08 · Editado por: Dogs2
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lucas-sarmento
Mas o que adianta ter toda a música na cabeça, todas as sonoridades, todos os padrões se não possui as ferramentas para transformar essas idéais em música, em audio.
Para isso é necessário estudar escalas, shapes, arpejos e técnica


Com certeza!
Mas em primeiro lugar a música sempre
O pai do meu amigo tem uma música toda na cabeça, mas como ele não entende nada de música ele pediu pra eu transcrever. Eu considero um cara desse mais músico do que muita gente que entende de teoria

Nick_Oliveri_Guitar
Veterano
# jun/08
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Sweep é algo que não domino... entre outras técnicas, mas essa eu acho que não dá mesmo.

Mas quando solo eu imagino e executo, não tenho problemas com isso. Quando quero algo mais complicado fico treinando até que saia redondo, esse negócio de "vai assim mesmo, tá valendo" me incomoda demais, prefiro não fazer.

Agora se no 1º take o solo fica bom mas tem 1 pequeno erro, deixo como está pq a vibe captada ali com certeza será diferente da próxima.

Vinicius Nogueira
Veterano
# jun/08
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pedrobrito
Se eu não fosse limitado tecnicamente acho que conseguiria...

[2]

pedrobrito
Veterano
# jun/08
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Uma coisa que gosto muito de fazer é ir tocando e ao mesmo tempo solfejando as notas... não consigo tocar nada complicado dessa forma mas já senti que evoluí nesse sentido, treinando dessa maneira... As vezes até arrisco ir tocando e solfejando na terça... tudo improvisado... rola umas desafinadas mas já vejo um progresso legal.

marcioguita
Veterano
# jun/08
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Nas músicas normais onde o campo harmonico é obvio eu faço o que quero (improvisar). Procuro criar frases pequenas dentro das escalas prÁ não ficar repetitivo e intercalo esses riffs no compasso, alternando outras escalas entre essas frases, tentando tds elementos possíveis desde sweeps , bends, stacattos tentando ter bom gosto,e usando tbm as pausas. Considero que as escalas menores e as pentatônicas cabem em quase td estilo.
Abçs

lucas-sarmento
Veterano
# jun/08
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Dogs2

Concordo!

Também não adianta nada o cara ser muito bom em técnica e teoria se não sabe o que fazer com seus conhecimentos.

O ideal é um balanço dos dois! Ou um extremo dos dois hahahha

has4
Veterano
# jun/08 · Editado por: has4
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O som que sai disso acaba sendo dos dedos para a cabeça, e não da cabeça pros dedos, ou seja, você não está improvisando mas sim "chutando as notas" ou "solando melodias que vc já conhece", principalmente quando o guitarrista espinhento tenta ser rápido nos dedos, e não no cérebro.
Dogs2

É exatamente isto que não trás novidade alguma ao modo de aprendizagem e ao que costumeiramente ouvimos por aí, que não passam de técnicas, técnicas e técnicas! É tudo muito igual e frio.
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Pensar e Agir seria o ideal. Fazer uma música, uma melodia, etc, totalmente elaborada, imaginada, consciente (o que não significa ter que saber teoria, qual a escala ou nota usada, mas sim, sentir e fazer o que realmente sente e quer, do começo ao fim), é o que discuto. É disso que falo, e é exatamente por isto que afirmei que, quem trabalha para dominar isto, a ponto de fluentemente sentir ACORDES e já sentir o seguinte que poderá executar, é que está aquela minha afirmação de que, 'seria o ápice da pefeição' para um músico, em comparação àquele que apenas sente uma nota adiante da outra. Eu diria que estou me referindo à forma de como estudar musica, desenvolvendo a mente com este intuito, trabalhar a música por este ângulo.

Não importará que você saiba que nota está executando (nome, intervalo, etc), importará, o que você sentiu e executou, e não, o que você executou para sentir. É disso que falo, suponhamos que estudássemos e praticássemos isto!

Hoje, penso que, se desde o início do aprendizado musical, houvesse o desenvolvimento da concentração e percepção musical, nestes moldes aqui referidos, faria de 'um músico', 'um grande músico'.

Acho que isto o que venho tentando expressar é mais uma proposta ou sugestão do que uma discussão rsrsrs

has4
Veterano
# jun/08 · Editado por: has4
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Fernando de almeida
Isto também ocorre comigo. Acho que não trabalhamos isto muito bem. Imagno que devamos praticar alguma técnica, artifício ou modelo de estudo exclusivo para aprimorarmos e avançarmos nesta área e com este propósito.

Imagino que, seria um bom exercício olharmos (apenas olharmos) para o braço de uma guitarra e nos imaginarmos tocando-a, tentando ouvir as notas, como o faz um AIR GUITAR, contudo, procurando ouvir e sentir cada casa, corda e respectivas notas soadas ou seqüência de notas (acordes); penso que assim, exercitaríamos a nossa mente e conseqüentemente a nossa própria coordenação motora, e isto, feito com bastante concentração mental, daí, só então, tentar executar de fato com o instrumento. Se nós tivéssemos o hábito de assim praticarmos também, desde o início de nossos aprendizados, teríamos mais domínio. Coisa que eu não fiz e hoje vejo ser uma interessante forma de estudo. Sugiro que, quem esteja iniciando, fique atento para isto!

Outros pontos interessantes, acima colocados:

Nick_Oliveri_Guitar
esse negócio de "vai assim mesmo, tá valendo" me incomoda demais, prefiro não fazer.

Também não curto muito de ir colocando todas as técnicas (sei poquíssimas) e ir fazendo e deixando apenas por achar que tá beleza...


pedrobrito
ir tocando e ao mesmo tempo solfejando as notas

Também é uma outra forma interessante!
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Seja qual estilo for, se habituarmos a assim estudarmos acho que dominaríamos melhor o instrumento; seja estilo jazz, rock, blues, etc.

filipe p marcato
...serei um gênio do blues!!! Certamente acredito que assim dominando a gente avança muito mesmo

lucas-sarmento
Se eu conseguisse isso eu seria um puta jazzista
Também acho que, com muita concentração e estudando a partir desses moldes a gente cresce muito sim, melodica e harmonicamente.

Leblues
Veterano
# jun/08
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Você consegue realmente de imediato executar aquilo que mentalmente você elabora, ou você vai solando e estando no tom e não desafinando, você vai deixando passar, naquela de "tá valendo"?

Com pratica consigo..... acho que esse eh o melhor dos treinos, voce elaborar um solo na sua cabeca e tentar executa-lo na guitarra, isso me ajudou muito a treinar Sweep por exemplo, eu tinha umas ideias de triades na minha cabeca que soh poderia executar com sweep, ficava indignado pois nao sabia como executar isso, ate que fiquei treinando muito sweep e consegui pegar as "manhas" da bagaca... quando voce pega a "key" da tecnica parece que um mundo novo se abre na tua frente ahUAHuhu tudo fica mais legal e mais bonito na guitarra hehe, mas soh consegui aprender sweep por que me desafiei a tocar uma ideia que tinha na minha cabeca!!

MarcosBorba
Veterano
# jun/08
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Você consegue realmente de imediato executar aquilo que mentalmente você elabora, ou você vai solando e estando no tom e não desafinando, você vai deixando passar, naquela de "tá valendo"?

Eu acho que eh isso que diferencia os gênios dos mortais.

GiulianoB
Veterano
# jun/08
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po eu nao consigo fazer 1% do que realmente gostaria, mas toco faz so 3 meses entao tenho muito tempo ! mas eu quero um dia poder expressar no instrumento o que estou sentindo, formar solos com sentimento mesmo, nao somente aquela coisa de velocidade, mas sim "contar uma historia", falar algo atravez do som...
ate la muita escala, exercicios e diversao, pq aprender é muito divertido, se o cara soubesse tudo acho que ja perderia a graçao nao eh mesmo, nem o Hendrix nasceu sabendo tocar :)

_BLACKMORE_
Veterano
# jun/08
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bom .. não sou músico .. não sou instrumentista .. mas muitas vezes eu faço o que quero .. tirar musicas com o timbre que eu desejo, no jeito que acho melhor, seja cópia, ou um improviso ...
entretanto tenho minhas limitações e procuro fazer o que desejo dentro desta limitação ... mas claro sempre aprender algo diferente ... e fazendo do jeito que gosto ... sempre fico satisfeito.

abrax!

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