Gibson Les Paul Burst - A "Stradivarius" das guitarras

Autor Mensagem
kairi
Veterano
# out/07
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Tio Frank
Se eu usar ela, claro que vai, vai valer até mais.

Gi_Fo
Veterano
# out/07
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Com esse valor eu compro 365 chevettes diferentes, posso andar com um caro "diferente" por dia em um ano todo. O.o

Henrique S.
Veterano
# out/07
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Snakepit


Essa é aquela com as flores que ele pintou a mão?


essa mesma, a Monterrey mto foda a pintura dela (e essas caretas do John mayer tmb ahuahuhuahuahuauha)

Snakepit
Veterano
# out/07 · Editado por: Snakepit
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Tio Frank
só guitarras com historia . acho que nunca mais voce compra uma guitarra de 300 doletas que anos depois valerá 500mil

Mas tem a inflação tmb. É lógico que uma de 300 dólares hoje é uma porcaria, mas se comprar uma 2 mil dólares, que são de qualidade a tendencia é valorizar depois de 10 anos.

Henrique S.
e essas caretas do John mayer tmb ahuahuhua

uheuehueheuhe
Mas ele toca mto.

kairi
Veterano
# out/07
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Snakepit
Será? =)

Mr. Slow Hand
Membro Novato
# mai/15
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Ressuscitando o tópico...
Meus amigos, estava dando uma navegada na "maldita" Chicago Music Exchange, e só o que eu encontro:
http://www.chicagomusicexchange.com/collections/gibson/products/gibson -les-paul-burst-1960
Uma Burst 1960 Original, por apenas U$ 250.000,00 !!
Será q compensa importar? já que o frete é grátis, acho que sai mais em conta do que comprar aqui né hahahaha

Brincadeiras a parte... fico imaginando, quem será que vai comprar essa belezinha ??
Como já disseram aqui, não deixa de ser um investimento, já que daqui uns anos vai valer muito mais do que isso.
Agora imagine um tio qualquer, que comprou uma dessas naquela época, por U$ 250,00, e depois de um tempo acabou vendendo por menos ainda... O velho, se ainda vivo, vai pedi pra morrer viu !!

Hitman
Veterano
# mai/15 · Editado por: Hitman
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Mr. Slow Hand
Nao posso dizer com precisao mas ha relatos de gente comprando 59 nao muito tempo atras por volta dos 200-300k
Nao sei te dizer quais condicoes guitarra se encontrava mas...

Mas que o flame dessa eh bonita, eh...

Snakepit
Veterano
# mai/15 · Editado por: Snakepit
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Mr. Slow Hand
Brincadeiras a parte... fico imaginando, quem será que vai comprar essa belezinha ??

Isso não é mais um instrumento musical, é uma obra de arte. Logo ela não tem um valor real, mas sim meramente especulativo. Pode valer um milhão em 10 anos... ou pode falecer um musico famoso que tinha 5 Gibsons iguais/melhores em sua coleção e fazer o preço cair delas cair drasticamente.

Mas a tendencia dessas guitarras é valorizar, certamente é um investimento, mesmo nesse preço. Se ela tiver alguma historia comprovada, albuns em que foi usada, etc, o preço vai subir mais ainda.

Sendo assim, quem vai comprar são colecionadores.

Provavelmente algum musico rico vai comprar. Talvez seja usada em estúdio uma vez ou outra, mas provavelmente vai ficar no vidro dentro de casa junto com outras obras de artes.

Coisa pra quem gosta, e tem principalmente, pra quem tem dinheiro.

Snakepit
Veterano
# mai/15 · Editado por: Snakepit
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Hitman
Nao posso dizer com precisao mas ha relatos de gente comprando 59 nao muito tempo atras por volta dos 200-300k

http://www.guitarcenter.com/Gibson-VINT-1956Gibson-LES-PAUL-CUSTOM-BLK -103813390-i1806128.gc

Eu queria entender exatamente qual a relação do ano com o valor dessas guitarras.

Saber o que mudou entre cada uma, as madeiras, a fabricação, etc, pra poder entender os motivos de um ano valer muito mais que o outro.

Não tem um site ou livro que explica isso? Principalmente no caso da Fender, já que eu sou um strateiro...

Filippo14
Veterano
# mai/15
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Eu até concordo que elas valorizam, mas pensando em inflação, taxa de juros, ela como investimento não é tão boa não. Ela ainda é para ser guardada e comprada por alguém que pense nela como um instrumento mesmo.

Lindo tampo mesmo

Hitman
Veterano
# mai/15 · Editado por: Hitman
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Snakepit
Dependendo do quanto voce quiser se aprofundar no assunto, eh um topico muito extenso, mas num resumo extremamente simplorio, das antigas, as mais valiosas sao as bursts originais (58-60) que ate entao a gibson so fazia LP de cor solida. Das bursts, a mais valiosa tende a ser a 59. Dizem ser o santo graal da guitarra.

Aqui no forum tem a enciclopedia chamada MMI. Ele tem bastante coisa documentada aqui no forum, espalhado aqui e ali.
Mylespaul forum eh um bom lugar pra ler sobre o assunto.
Tem livros sim. Uma bem famosa sendo a Beauty of the burst.

Tambem dizem que o braco da antiga eh mais grossa do que a do ano seguinte. 58>59>60. A 59 pegou fama da "perfeita", a 60 eh a "slim taper" e a 58 bem carnudona. Famosa "baseball bat". Apesar dessa ser a regra, tem guitarras de de 58 mais finas que as 59, vice versa e assim por diante.

As guitarras valem o que pagam por elas, simples assim. Pra uma (muitas pessoas) pessoa pode ser uma guitarra velha enquato pra outros eh o santo graal, melhor guitarra ja feita, etc e a galera paga... Nao ha algo "real" por tras.

Mr. Slow Hand
Membro Novato
# mai/15
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Hitman
Cadê o MMI nessas horas pra dá um parecer sobre o assunto !?

Cara é incrível como "acertaram a mão" nessas burst. Porque antes delas já existiam les paul, e depois então...
Porém nenhuma safra ficou tão conhecida quanto essa de 58-60.
Uma coisa me veio a cabeça... Será que, se os grandes mestres como Peter Green, Jimmy Page, Gary Moore e etc, não tivessem usado elas em suas grandes obras, e marcado o ouvido de muitos com "aquele" som de Les Paul, elas seriam tão valorizadas ??

EduJazz
Veterano
# mai/15 · Editado por: EduJazz
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Enquanto o MMI não chega pra colocar os pingos nos i's, vamos dando alguns pitacos.

Quanto aos braços: até onde sei, essa regra (58 tora de madeira, 59 perfeição, 60 muito fino) não é bem uma regra. Existem 58's mais finas, e 60's mais parrudas, até porque era tudo feito a mão, não havia muito como manter o padrão.

Quanto à qualidade, também já ouvi falar que nem todas as bursts são excelentes. A grande maioria é, pelo estado de secagem da madeira, excelência dos materiais utilizados, etc. Mas vi relatos de instrumentos nem tão mágicos assim.

Quanto ao valor... essas guitarras já deixaram de ser só guitarras. São peças de coleção, e a razão, a meu ver, é simples: procura/demanda/historicidade. São instrumentos que foram tocados por grandes gênios, e existem muito poucas por aí.

No mais, essa da CME é bem interessante, mas teve refret, tem uma puta cicatriz nela - um imbecil ao longo dos anos inventou de instalar um circuito de fuzz nela (eram os anos 70, compreensível) - as tulipas não são mais originais, etc. Nós meros mortais só temos a chance de ver isso em vídeo, então, nessa perspectiva, a que mais me impressionou foi essa:



Pelo que o maluco do Phil X narra no vídeo, a máquina estava ZERO quando chegou na loja. Talvez por isso (e pelo fato de ser uma 59), o preço era mais alto do que o dessa da CME.

Enfim, esse assunto é muito batuta! Continuemos!

Drinho
Veterano
# mai/15
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Aqui no forum tem a enciclopedia chamada MMI.

Ele devia ser contratado para dar palestras no museu da Gibson.

EduJazz
Veterano
# mai/15
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Drinho

Verdade. Fui no tour da Gibson em Memphis recentemente e o que a guia falava não dava nem pro cheiro perto do que ele posta por aqui.

Mr. Slow Hand
Membro Novato
# mai/15
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EduJazz
Cara, essa ai do Phill X é de cair o cú da bunda também, apesar de achar o top da CME mais bonito.
Agora o que eu não entendo é, o que exatamente fez essas guitarras ficarem tão valorizadas? porque uma 57 ou uma 61, apesar de serem valorizadas hoje em dia, ainda estão longe de ser o tanto quanto as 58-60.

EduJazz
Veterano
# mai/15 · Editado por: EduJazz
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Mr. Slow Hand

Então, essa sua dúvida eu acho que eu sei responder: a grande questão é que as bursts originais só foram fabricadas entre 58-60. Antes, só saíam em cores sólidas (como essa goldtop 57).

Aí, no período mágico, fizeram as bursts (top de maple figurado). Em 61, pararam de fabricar (por incrível que pareça não venderam bem). Aí, o que se entendia por LP em 61 era isso

Só por aí já da pra entender a razão do frisson nas bursts originais! O tempo de produção foi limitadíssimo!

Mr. Slow Hand
Membro Novato
# mai/15
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EduJazz

Até entendo esse fator raridade, no entanto as flying V 1958, são tão ou até mais raras ainda que as burts, mas ainda assim não são tão cultuadas e valorizadas.
Agora em termos "trimbisticos", pelos menos em todas as comparações que eu vi até hoje, em vídeo é claro, as 1959 originais tem um som diferenciado e ao menos nesses vídeos, elas soaram mais "cantantes" que as outras.

MMI
Veterano
# mai/15
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Fala pessoal! Esse assunto muito me encanta. rs

No mercado vintage, um refinish ou um reparo grande como dessa guitarra reduz o preço a metade pelo menos. Ou seja, essa guitarra da CME está barata porque é bem zoada... o.O

Os braços eram feitos a mão e o critério era de quem fazia a guitarra, então os padrões variavam muito. Tem 60 com braço bem mais gordo que de uma 58, depende da guitarra analisada. Mais tarde quando a Gibson padronizou as guitarras, para fazer as reissues e tal, então virou o padrão do braço fino para as 60 e grossos para as 58, mas isso não é verdade absoluta nas originais, mas no geral é verdade que foram afinando o braço até 60.

Elas não são, de forma nenhuma, as guitarras mais valorizadas que existem. De toda forma, são cultuadas e desejadas. O que as torna caras desse jeito é simples, uma questão de oferta e procura, algo mercadológico. Foram o ápice do desenvolvimento do modelo na época, de 52 até 58 sempre houve um detalhe a ser melhorado e aperfeiçoado. Vale lembrar que só em agosto de 58 que a Gibson começou a oferecer as bursts e foi até 60, não deu 3 anos, foi pouco mais de 2 anos.

Foi um modelo de baixo sucesso, logo foi esquecido. Foi graças ao Clapton, Mike Bloomfield etc. que ela reapareceu. Quando o Bloomfield lançou o Super Session, muito cara do ramo, guitarrista mesmo, não sabia que guitarra era aquela que ele empunhava na capa (há de se lembrar que era um tempo que rolava quase que só rádio, nem TV era muito comum).

Luis A.
Membro Novato
# mai/15
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Outro pioneiro das les pauls....



Mr. Slow Hand
Membro Novato
# mai/15
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MMI
Aê... agora o papo ficou serio !! rsrs

Também achei essa da CME um pouco inflacionada demais, pois a do vídeo do Phill X está mais "zerada" e tá só um pouco mais cara, U$ 285.000,00. Mas o top dela é lindo demais !!

Foi um modelo de baixo sucesso, logo foi esquecido. Foi graças ao Clapton, Mike Bloomfield etc. que ela reapareceu.
Exatamente onde eu queria chegar.
Na época elas não fizeram sucesso e foram tiradas de produção, ou seja, poderiam nem existir mais até hoje, mas ai.... Boom !! Clapton, Page, Moore, Bloomfield e etc... surgem empunhando essas guitarras e tirando um puta timbre e ai já viu né... !!
Ai fica a pergunta.... e se esses caras não tivessem usado elas ?? elas fariam tanto sucesso como fazem hoje em dia ??
Ou sendo um pouco mais radical, será que elas teriam voltado a ser produzidas ??

PS: só sei que não queria viver em um mundo sem Les Paul !!

Snakepit
Veterano
# mai/15 · Editado por: Snakepit
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MMI
Vc acha que vale a pena comprar uma Les Paul "normal" nova ainda, como a Standard? Ou passou a fase de ouro da Gibson?

Não digo nem da "sorte" de pegar uma boa ou ruim, mas sim nas alterações que eles tem feito no últimos anos. Tem muita gente criticando isso, mas não seria isso apenas saudosismo?

Fender também tem muita gente criticando, mas pelo menos eles não tão subindo o preço adoidado como a Gibson. Pelo preço de uma Standard (U$4k) já da pra comprar uma Fender Custom Shop, ou 2 Americans Deluxe.

Mr. Slow Hand
Membro Novato
# mai/15
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Snakepit

Cara, comparar Gibson com Fender, é mesmo que comparar laranja com banana. Cada coisa é uma coisa.

Agora se vc quer saber se uma Les Paul da Gibson, vale mais a pena do que uma Les Paul de outra marca, ai sim vale a pena a discussão.
O que eu acho, é que as melhores Les Paul hoje em dia, não são feitas pela Gibson. E muitos mundo a fora acham a mesma coisa. Continuam sendo otimas guitarras? Sim

Vale o que cobram? Bem, valem o que o consumidor está disposto a pagar. Se a quem compre as Standard por U$ 4.000,00, elas vão valer isso. Se ninguém comprar, o preço cai. Se todo mundo quiser comprar, o preço sobe. Olhe o exemplo das burts 1959, na época eram vendidas por U$ 250,00, e hoje por U$ 250.000,00.

Sugiro que você dê uma pesquisada sobre as Les paul de um luthier chamado Gil Yaron. Acho que você vai se surpreender muito com elas.

MMI
Veterano
# mai/15
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Mr. Slow Hand

Eu conversava com um amigo ontem... Ele me perguntou quanto eu diria se fosse vender tudo que tenho de equipamento num sopetão só.

O preço depende muito da ocasião. Hoje eu não tenho nada a venda, se alguém quiser tirar de mim vai ter que pagar bem por isso. Por outro lado, se eu estivesse em situação péssima, passando necessidade, provavelmente o preço seria o que aparecesse de oferta. Então quem faz o preço é o vendedor e a situação. Isso vale para as bursts, inclusive.

Ai fica a pergunta.... e se esses caras não tivessem usado elas ?? elas fariam tanto sucesso como fazem hoje em dia ??
Ou sendo um pouco mais radical, será que elas teriam voltado a ser produzidas ??

Gosto de pensar que se não fossem eles, teriam sido esquecidas. Mas racionalmente falando, o rock vinha caminhando e uma hora elas apareceriam, talvez com outros caras. É o que eu acho...

Snakepit

Vc acha que vale a pena comprar uma Les Paul "normal" nova ainda, como a Standard? Ou passou a fase de ouro da Gibson?

Hoje eu tenho certo receio com a Gibson e não pegaria uma "no escuro", comprando pela internet por exemplo, pelo receio de pegar uma ruim.

Quanto as alterações, acho que eles sempre vão testar possibilidades. Sempre vão testar o quanto o mercado aceita pagar para cobrar o máximo possível. Saber como faz guitarra, eles sabem.

Não se esqueça que subida de preços foi iniciada pela Fender, a Gibson que deu um aumento num tapa só. Com o dólar do jeito que está e a qualidade, não sei se está valendo a pena hoje... É para se analisar bem, caso a caso.

Mr. Slow Hand

Sugiro que você dê uma pesquisada sobre as Les paul de um luthier chamado Gil Yaron. Acho que você vai se surpreender muito com elas.

A mim não impressiona muito.

Mr. Slow Hand
Membro Novato
# mai/15
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MMI
Então quem faz o preço é o vendedor e a situação. Isso vale para as bursts, inclusive.
Exatamente.
A Gibson vai sempre querer cobrar o máximo que pode, e cabe a quem vai comprar, dizer se ela vale ou não o que se pedi.
Esse negocio de valer ou não é complicado.
Penso assim: O cara vai comprar a guitarra, dai pega ela, toca e vê que a guitarra tem qualidade, dai pergunta o preço.
Falam custa U$ XXXXXX.
Ai é o cara que vai dizer, naquele momento, se aquela qualidade que ele sentiu, vale o preço cobrado. Ou seja, cada caso é um caso, cada um vai sentir uma coisa diferente, e cada um vai achar que vale um preço diferente.

Gosto de pensar que se não fossem eles, teriam sido esquecidas.
É o que eu acho, racionalmente falando.

Mas racionalmente falando, o rock vinha caminhando e uma hora elas apareceriam, talvez com outros caras.
Ai é o que eu penso emocionalmente falando. rsrs

A mim não impressiona muito.
Não duvido. Você sabe onde estão os "ouros" de verdade.
Porém eu só queria citar um cara pouco conhecido, mas que faz um trabalho incrível com Les Paul, só pra contrastar um pouco com a imagem que muitos tem, de que Les Paul é Gibson.
Tem muitos outros por ai, como os caras da Dunamiz, que atualmente é meu sonho de consumo.

Agora aproveitando a deixa....
Compartilha com agente, aonde na sua opinião, estão sendo feitas as melhores Les Paul atualmente?

Hammer
Veterano
# mai/15
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Alguem ai sabe onde consigo o pdf do LivroThe Beauty os the burst do Yasuhiko Iwanade ???

MMI
Veterano
# mai/15
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Mr. Slow Hand

A Gibson vai sempre querer cobrar o máximo que pode, e cabe a quem vai comprar, dizer se ela vale ou não o que se pedi.

Todo mundo. Você não gostaria de ganhar o dobro para fazer a mesma coisa que faz? Eu, você, a Gibson, todo mundo quer ganhar mais. É natural e não é crime nem ganância.

A questão, que é o que tem gente que critica, mas o logo, a marca tem um valor. É difícil perder dinheiro com uma Gibson, ela mantém preço. O mesmo só acontece com a Fender. Então tem uma avaliação diferente mesmo...

Não duvido. Você sabe onde estão os "ouros" de verdade.
Porém eu só queria citar um cara pouco conhecido, mas que faz um trabalho incrível com Les Paul, só pra contrastar um pouco com a imagem que muitos tem, de que Les Paul é Gibson.


Quando escrevi aquilo, ia me expressar melhor mas tive que sair. Mas explico...

É brilhante o trabalho dele de estudar e analisar os modelos vintage para tentar reproduzir. Seja nas Gibson, seja nas Fender, nas vintage existem muitos segredos que fazem a diferença e não são divulgados nem reproduzidos. Existe uma diferença entre os modelos vintage e as reedições. Mesmo porque na década de 50 não era padronizado muita coisa.

A questão é que em 1945 terminou a segunda guerra mundial, apesar dos EUA saírem vitoriosos, também saíram devastados. A Gibson chegou a parar na guerra, mas quando terminou muitos jovens tinham ficado na guerra, era preciso crescer e reconstruir o país e outros setores demandavam mão de obra. Não havia quase uma produção mecanizada, as condições eram precárias, o pouco que era mecanizada era bastante precário. Diferente de uma produção com CNC de hoje. Como disse Ted McCarthy, hoje em dia nem seria possível fazer do mesmo jeito por questões de segurança. Ou seja, igual, igual de verdade, ninguém faz porque não pode, não dá e porque não tinha um padrão exato.

As vintage (falando em Gibson e Fender) são bacanas, mas nem todas são fenomenais, algumas são bem comuns. O acesso às melhores é difícil, pouca gente se dedica a estudar o que estas melhores tem de diferente, onde está a mágica delas. Nisso o Gil Yaron e outros tem méritos, estudam e buscam segredos. E existem muitos detalhes que as fábricas nem passam perto. Você já se perguntou por que, por exemplo, na média a Nash faz guitarras melhores que a Fender Masterbuilder com preço bem menores? Ou o Lindy Fralin faz captadores (que são de construção extremamente simples) melhores que os de linha?

É fácil de responder... É porque ali tem segredos, truques. Alguns usam essas descobertas como verdadeiros segredos industriais. Outros chegam a comentar (aprendi alguns mas não me sinto no direito de compartilhar, mas são significativos). O problema é como o cara faz uso disso para monetizar seu estudo e descobertas. O problema é criar uma hype dizendo que um pentelhésimo num parafuso que segura o escudo muda tudo.

Compartilha com agente, aonde na sua opinião, estão sendo feitas as melhores Les Paul atualmente?

Não sei, difícil a resposta. Mesmo porque dizer que tal guitarra é excelente e outra guitarra também é, mas são diferentes, é bem possível. Cai também em questão de gosto, sem dúvida.

Alguns dados concretos... Aqui no nosso país produzimos o melhor mogno, temos disponibilidade do melhor jacarandá. É verdade, podemos importar ébano e maple se quisermos a aceitarmos pagar por isso para fazer outros modelos, presos ao tradicional. O melhor jacarandá não é mais facilmente exportado e não é disponível com facilidade para os melhores luthiers de outros países. Outro dado é que o Jim Rolph que é cultuado por fazer um dos melhores PAFs que existem nos EUA, não faz melhor que o Edu Fullertone (fizeram um teste cego e deu 9 a 1 para o Edu, só isso). Como o Edu não faz captadores para a galera, e pela disponibilidade de madeiras que tem, digo sem medo que a Dunamiz e a singlecut (não é bem uma Les Paul) do Cassias são excelentes e entre as melhores.

Hammer

Só comprando o livro, até onde sei.

NeoRamza
Veterano
# mai/15
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Hammer
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Snakepit
Veterano
# mai/15 · Editado por: Snakepit
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Mr. Slow Hand
Cara, comparar Gibson com Fender, é mesmo que comparar laranja com banana. Cada coisa é uma coisa.

MMI
Não se esqueça que subida de preços foi iniciada pela Fender, a Gibson que deu um aumento num tapa só. Com o dólar do jeito que está e a qualidade, não sei se está valendo a pena hoje

Eu sei que são guitarras diferentes com custos diferentes. Uma Les Paul tem um custo muito maior mesmo, mas comparei apenas referente ao grande aumento de preço da Gibson. A LP Standard subiu de U$2.999 pra U$3.999 esse ano.

A Fender provavelmente também enfrenta problemas com materiais e madeiras, mas não vi subir o preço vertiginosamente assim. O preço de uma LP Standard esta 3x o preço de uma Fender American (U$1.300) e bem mais cara que diversas Fender Custom Shop nesse momento. É uma diferença enorme, mesmo com as obvias diferenças que fazem uma Les Paul uma guitarra mais cara de ser construída.

Portanto acho que é valida a comparação entre as duas marcas mais tradicionais que existem.

Com esse aumento é inevitável uma queda brusca nas vendas da Gibson, e acho que essa é a ideia dela no momento. Diminuir a produção e dar maior foco na qualidade, assim tornando o instrumento mais exclusivo mas de altissimo nível, e focar o mercado de guitarras mais acessíveis na Epiphone mesmo.

Não sei se fugi do tópico, mas a ideia era justamente discutir os materiais e a qualidade dos instrumentos atualmente. Acho que o foco da Gibson é justamente esse a partir desse ano, diminuir sua presença no mercado mas se consolidar como um instrumento de altíssima qualidade. Estou curioso pra ver as LPs 2015 de 4 mil dólares, mesmo sendo um strateiro.

MMI
Veterano
# mai/15
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Snakepit

Curioso, porque eu não estou nada animado com a nova linha. Especialmente as true historic e CS8, CS9. Como dizem na internet afora, "gostaria de desver isso". rs

Mas então, quando a Fender mudou a diretoria e aumentou os preços (foi antes da Gibson), mudou a política. A meta foi exatamente essa, aumentar os preços gradualmente, diminuir a presença no mercado, reduzir a linha de baixo custo. Isso quem primeiro me contou foi um cara que frequenta a diretoria da Fender americana. Na verdade, há 2 anos as madeiras deram um salto de preço por lá, talvez tenha começado assim, com o país saindo da recessão que tinha abalado sua economia um pouco antes.

O que mais me decepciona na Gibson é a queda vertiginosa na qualidade. O caso do amigo, recentemente, que pegou uma R0 com defeito de fabricação seguido do pouco caso que foi tratado, com a afirmação que 80% tem saído com defeitos daquele jeito (pelo próprio representante), acho desanimador.

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