nicida Veterano |
# fev/09
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vocês estão olhando do jeito errado, o free jazz faz jus ao nome, é livre, isso significa, por um lado, que cada um faz o que quiser, mas tem um sentido mais profundo, não é que os caras da vanguarda queiram quebrar fronteiras, os conceitos que eles desconsideram (melodia, harmonia, tempo) são ferramentas para que uma pessoa normal, muito ligada no mainstream, que só escuta caras famosos como john mayer, jimi hendrix, joe satriani, ritchie kotzen e etc. consiga entender o que o artista tenta transmitir.
digo tenta, pois quase nunca consegue, estando se utilizando somente desses conceitos...
já no free jazz, a música se torna mais que mera matemática, não se importa mais com campo harmônico, intervalos contados e etc. cada nota no free jazz é sentida pelo artista e calculada para estar lá, ao contrário da música "boa", as notas interagem entre sí, com o ouvinte, com o músico e com o instrumento.
caras como Derek Bailey simplesmente não escrevem melodias e harmonias que tentem ser "bonitas", 'tristes" ou "agitadas", ele se baseia em coisas mais abstratas, em sensações mais profundas, e não se importa do modo de como o som sai, e sim da onde ele veio, por isso que é muito difícil para o ouvinte entender alguma coisa, mas para quem tiver mente aberta, valhe a pena prestar atenção e tentar assimilar um pouco disso tudo.
para os meros mortais, como eu e vocês, resta estudar escalinhas idiotas como um macaco treinado, e treinar 1h por dia para ver se consegue fazer os arpegios do kiko loureiro...
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nicida Veterano |
# fev/09
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Seda Ceramidas não é em qualquer casa, você tem que entender isso, ele não tem a mesma proposta de virtuosos como steve vai, que só pensam em se vender para o mercado, é um tipo de coisa diferente, um mundo musical completamente distinto.
não estou dizendo que é melhor ou pior, só estou falando que se você não se interessa, pelo menos não desmeressa esse trabalho dele, que é sim muito elaborado, não é simplesmente aleatoriedade.
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