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Buja Veterano |
# dez/19
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acabaramosnicks
No mesmo tamanho de escala. Tem guitarras com escala de 25,5" com 24 casas e com 21 casas.
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HortaRates Membro |
# dez/19
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Buja No meu entendimento, pra um dado comprimento de escala (24.75", 25.5", etc), o tamanho das casas é fixo. Se a escala vai ter 12 ou 50 trastes depende da escolha do luthier (e do espaço hábil, lógico. Imagino que a partir de 28 trastes já fiquei impraticável pois não cabe um dedo na casa). Estou errado?
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acabaramosnicks Membro Novato |
# dez/19
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Buja O que define a distância entre os trastes (e o tamanho da casa por consequência) não é a quantidade de casas, é a dimensão da escala. Chama o Bertola aí pra confirmar.
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Ismah Veterano |
# dez/19
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HortaRates
Alguns instrumentos tem 48 casas, como alguns lap-steels, e pedal steels. Não tem trastes, porque o traste "tá na mão" do cara... E claro, depende do comprimento da escala... Acredito que uma barítona, tranquilamente chegaria em 30 casas, com trastes.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# dez/19
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acabaramosnicks Exato... Você pode ter uma escala de 25,5 pol (padrão Fender), de 27 casas (sim, existem guitarras assim) e assim por diante. Abç
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makumbator Moderador
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# dez/19
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Mauricio Luiz Bertola Você pode ter uma escala de 25,5 pol (padrão Fender), de 27 casas (sim, existem guitarras assim) e assim por diante. Abç
Isso mesmo. Já toquei numa Washburn de 27 casas. Acho que era uma modelo dos anos 90.
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HortaRates Membro |
# dez/19
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makumbator Aquela Tagima signature do Kiko loureiro tem 27 trastes. Tem uns anos, uns 5 talvez, que a ibanez lançou uma RG com 30 (RG550xh). Não é comum, mas não é tão incomum assim. Creio que ambas tem a escala de 25.5".
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# dez/19
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makumbator Me referi à essa mesmo. Abç
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MMI Veterano
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# dez/19
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Na verdade, poderia ser colocado trastes ou marcações até praticamente a ponte, se não fosse os captadores - o que acontece com alguns pedal steel e lap steel.
O que acontece é que os pioneiros - aí se pode ler como Gibson, de certa forma - convencionaram que os polos do captador (no caso, o do braço), ficaria exatamente onde seria o 24 traste. Ou seja, o primeiro harmônico (uma oitava ou a distância da corda dividido por 2), independente do tamanho da escala, fica no 12 traste; o segundo harmônico (a quinta ou a corda divida por 3), na 7 e 19 casa; o terceiro harmônico (duas oitavas ou a corda dividida por 4) na 5 casa e na 24, onde fica o polo do captador. Existe uma equação para o posicionamento dos trastes, mas a grosso modo passa por isso. Portanto essa seria a posição "correta" do captador do braço. Assim se posicionava os P-90 e PAF das Gibson, da mesma forma que as tele e stratos saíram com os singles exatamente nesta posição.Isso também foi algo que incomodou Les Paul quando apareceu a SG, uma das reclamações foi o captador do braço errado que tinha som de nada...
Então se a ideia é usar muito o captador da ponte e ter outro "mais grave", a guitarra de 24 trastes vai bem. Pode até colocar mais trastes, pode inclinar o captador do braço, tem várias ideias. Só que o "som tradicional" do captador do braço funciona com os polos do captador naquele harmônico, onde seria o traste 24.
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NeoRamza Veterano |
# dez/19
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MMI O que acontece é que os pioneiros - aí se pode ler como Gibson, de certa forma - convencionaram que os polos do captador (no caso, o do braço), ficaria exatamente onde seria o 24 traste. Ou seja, o primeiro harmônico (uma oitava ou a distância da corda dividido por 2), independente do tamanho da escala, fica no 12 traste
É, só que essa teoria só funciona pra corda solta. A partir do momento que se coloca um dedo num traste, o harmônico já está em outro lugar e o captador passa a estar no lugar "errado".
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MMI Veterano
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# dez/19
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NeoRamza
Não é não... Os trastes vão ter este posicionamento e as notas vão dar certo se você apertar a corda num traste por esta razão. Os harmônicos aparecerão conforme a nota, na mesma razão - na metade da corda que vibra, o primeiro harmônico, por exemplo - mas nem vem ao caso (isso é a ondulatória que o pessoal tem que saber para o Enem de hoje em dia). O vigésimo quarto traste continuará no mesmo lugar, exatamente em cima do polo do captador do braço. Esta é a posição tradicional do captador, independente do traste que você pressionar a corda. :)
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Ismah Veterano |
# dez/19
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HortaRates Aquela Tagima signature do Kiko loureiro tem 27 trastes
Tagima T-zero, Tagima Zero, KK1, e KK2... Pesquisei o que deu esse instrumento, e se não fosse pela ponte flutuante, eu teria uma invés da LesPaul...
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LeandroP Moderador |
# dez/19
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O problema é o captador do braço que mudaria de posição.
Teoricamente o melhor lugar pro captador está aonde seria o 24º traste.
Se a guitarra tem 24 trastes, não tem como colocar um captador nessa posição.
Eu não vejo razão pra mais notas. Guitarra com 21 ou 22 trastes já tá bom (pra mim).
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makumbator Moderador
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# dez/19 · Editado por: makumbator
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MMI
O que o NeoRamza está dizendo (e com lógica) é que obviamente os pontos dos nós da metade da corda (e seu terço, a quarta parte, etc...) vão sempre mudar o local de acordo com o traste apertado (pois é claro que a corda vibrante fica com tamanho diferente de acordo com o traste pressionado).
Essa posição "mágica" de 24 trastes não vai coincidir da mesma maneira com nenhuma nota além da corda solta (ou seja, aquela é posição de oitava apenas para a corda solta. Claro que serão gerados harmônicos em todas as notas, mas os nós não vão ser necessariamente nos mesmos lugares).
Por outro lado, parece óbvio que o posicionamento dos captadores interfere na sonoridade geral (e no resultado final do som do instrumento como um todo), mas ao mesmo tempo, parece que o posicionamento é fruto mais da busca de um timbre e volume específico na origem da eletrificação do instrumento (que depois se tornou padrão), do que uma necessidade obrigatória deles serem colocados naqueles pontos específicos.
Mas é claro que eu também posso estar completamente enganado sobre essas questões. Aliás, seria interessante o Bertola comentar algo sobre a posição da captação em relação ao comprimento da corda.
Aqui um artigo curto sobre o posicionamento:
https://www.frudua.com/pickups-placement-along-the-guitar-scale.htm
E aqui um trecho interessante que peguei de lá:
In other words, where Fender placed the neck pickup on his guitars, some harmonics of the note corresponding to the free-played notes do NOT sound or are in counterphase, and it is precisely this that contributes to create the typical "twang" sound of the tele that we all love.
Clearly Fender chose this exact point because he liked THAT sound.
This also teaches us something else: that Fender, when calculating the position of the pickup at the neck, considered the nodes and antinodes of the vibration by centring on the open string, giving more importance to the first two harmonics (fundamental and second) than to the subsequent partial ones. The fundamental is in fact the harmonic with the loudest volume.
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Grimc Veterano |
# dez/19 · Editado por: Grimc
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Vai de caso a caso.
A galera purista vai querer o captador no harmonico do traste 24, como já comentaram aqui no post.
Com a quantidade de distorção que eu uso na minha Ibanez, eu sinceramente não seria capaz de notar a diferença sonora (alias, com o tempo eu cheguei a conclusão que não consigo notar a diferença sonora de muitas coisas. Madeira por exemplo, tem muita gente que é bem exigente com isso, eu já ligo bem menos se é basswood, alder, cedro ou mahogany), e eu me pego usando as casas 23 e 24 com muita frequencia. Acredito que pras minhas necessidades, a utilidade musical que as duas casas extras me proporciona vale muito mais a pena do que uma diferença sutil no timbre de um captador que eu praticamente não uso sem ser splitado ou com distorção pesada.
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