Lelo Mig Membro
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# jan/21 · Editado por: Lelo Mig
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Schelb
"Uai Lelo, pra mim tá dentro do estilo .. mas não conheço muito a banda. Vc diria que é oq?"
O The Who é uma banda que surgiu nos anos 60, no que costuma-se chamar de British Invasion e evolui para um Hard Rock/Classic Rock.
Cara, uma vez escrevi um "verdadeiro tratado" sobre Rock Progressivo aqui no FCC. Eu tô tentando linkar mas não estou achando, é post antigo.
Como tenho ele salvo no PC (porque é um textão) vou colar aqui. É um guia definitivo para quem quer conhecer Rock Progressivo e desfazer algumas confusões. Se quer conhecer Prog, se inicie por aqui.
(espero que o Rebuke, dono do tópico, não se importe. E se algum modera achar e conseguir linkar, pode apagar este post):
Progressivo - Guia Definitivo
A origem do estilo é acidental, surge com a inclusão de elementos mais sofisticados nos arranjos e nas composições, com a introdução de elementos exóticos e demais detalhes, até então, não usuais no rock e na música pop. Só irá se tornar um “movimento” no final dos anos 60, ligados a outras manifestações culturais que propunham sofisticar a arte em geral. Na música, em específico, combatiam a música burra, alienante e limitada musicalmente.
A origem do nome vem do termo em francês “Progressive”, relativo a progresso, no sentido de evolução. A tradução correta do termo para a língua portuguesa, seria “Rock Progressista” e não “progressivo”.
De maneira geral, o movimento se inicia nos circuitos universitários da Inglaterra, por jovens de classe média, com melhor acesso a educação; boa parte deles oriunda dos estudos de música erudita em conservatórios formais. Muito por isso, o teclado será um instrumento fundamental e diretamente ligado ao estilo. Junto aos teclados o apetite pelas novidades tecnológicas que a era espacial prometia. Ainda que brote na Inglaterra e seja posteriormente considerado como um estilo “europeu”, o Rock Progressivo será fortemente influenciado pelo movimento psicodélico, que acontecia muito forte, nos EUA na época. Principalmente a chamada “cena de São Francisco” será determinante ao gênero. O jazz, entre outros, se fará muito presente nos Experimentais, e o contrário, a assimilação dos músicos de jazz a “pegada rock” irá gerar o Fusion.
O movimento começa a delinear-se em meados dos anos 60. Os Beach Boys gravam Pet Sounds no final de 66 e os Beatles o Sgt Peppers no início de 67; ambos os álbuns, ainda que não sejam progressivos, utilizam orquestrações, arranjos não convencionais e instrumentação diversificada e são divisores de águas, influindo no conceito de tudo que viria ser gravado posteriormente. Nessa mesma época o Jefferson Airplane e o Gratefull Dead consolidavam a cena Psicodélica de São Francisco.
No mesmo período bandas como Vanila Fudge e The Doors, entre outras, colocavam o órgão Hammond como o instrumento de frente, acima da tradicional guitarra. Paralelamente, artistas como Frank Zappa e Arthur Brown, despontavam com experimentações não convencionais, inusitadas e fora dos padrões de mercado.
Em maio de 1967 o Procol Harum lança a canção A Whiter Shade A Pale. Com a melodia principal sendo uma releitura de um tema de Bach e uma letra poética, simbólica e inusitada, bastante incomum para a época, e atinge, sem querer, as paradas de sucesso. Ao mesmo tempo o Moody Blues, que até então fazia um “british pop” romântico, lança o álbum Days Of Future Passed contendo a canção Nights In The White Satin; um álbum conceitual e orquestrado. Para muitos, este é o marco inicial do progressivo: a primeira canção progressiva: A Whiter Shade A Pale, e o primeiro álbum com uma orquestração conceitual composta para o tema e não apenas um “arranjo decorativo”, uma canção com uma “orquestra de fundo”: Days Of Future Passed com a canção Nights In The White Satin.
Diferente de outros estilos, o progressivo já nasce ramificado. Sua divisão não se dá por rupturas e sim porque ele “brota” em diversos locais e eventos ao mesmo tempo, principalmente na Europa. E estes ramos divididos se subdividem ainda mais, como uma raiz. O Progressivo não é um estilo musical, é uma forma de fazer música. Por isso bandas tão diferentes sonoramente se enquadram no estilo. É a proposta que define o que é ou não progressivo. Das feiras folk aos festivais psicodélicos até as exposições de artes plásticas o estilo vai contaminando as cenas. Ele já nasce com focos distintos: O movimento Psicodélico, a Cena Londrina, a Cena de Canterbury, a Cena Folk e diversas cenas alternativas ligadas ao teatro, artes plásticas, feiras medievais e a movimentações de universitários e hippies.
Antes de fazer uma listagem ou relação de álbuns essenciais, é importante apresentar estas vertentes, sua evolução e estabelecer uma linha de tempo básica. Os anos entre parênteses, após a denominação, não se referem ao início e fim do segmento, e sim ao período de maior “representatividade” do mesmo.
Árvore Genealógica Progressiva.
- Raizes: (1960 - 1967) - The Beach Boys, Jefferson Airplane, Beatles e etc. Obs: Não são considerados progressivos, mas foram fundamentais para o surgimento do estilo.
- Pré Progressivo: (1965 - 1968) - Pink Floyd, Frank Zappa, Moody Blues, Procol Harum e etc. Obs: Bandas Psicodélicas, Experimentais e British Pop comuns na época. Alguns, posteriormente, irão se tornar progressivos, mas ainda não o são neste momento.
- London Scene: (1968 - 1970) - King Crinsom, The Nice, Atomic Rooster e etc. Obs: São as bandas pioneiras no circuito universitário Londrino atuante no nascimento do termo Progressivo. O Pink Floyd transita no psicodélico e aqui.
- Folk Progressivo: (1968 - 1972) - Jethro Tull, Fairport Convention, The Pentangle, Renaissance e etc. Obs: Oriundos do cenário de feiras folk e de cultura medieval europeia, muito comum entre os hippies europeus. O Jethro Tull transitou do chamado hard blues até o sinfônico, mas é considerado um expoente do folk.
- Experimental/Fusion: (1968 - 1972) - Frank Zappa, Matching Mole, Brand X e etc. Obs: Experiências sonoras rítmicas e harmônicas não convencionais, o uso de atonalismo, dissonância, elementos do erudito moderno, do jazz experimental, música exótica e etc.
- Classic Prog: (1970 - 1972) - Camel, Gentle Giant, Curved Air, Focus e etc. Obs: Conceito meio genérico que inclui as bandas “puristas” imediatas à London Scene. O Focus, apesar de holandês, sonoramente é uma banda clássica.
- Symphonic Prog: (1970 - 1972) - Yes, Genesis, Emerson, Lake & Palmer e etc. Obs: De maneira geral, são também bandas clássicas, porém se utilizaram mais complexamente do conceito sinfônico para conceber seus álbuns, geralmente conceituais e com suítes.
- Canterbury Scene: (1970 - 1974) - Caravan, Soft Machine, National Health, Gong, Happy The Man e etc. Obs: Cena, paralela, nascida em Canterbury bastante influenciada pelo experimentalismo, pelo jazz e há um certo toque de humor “non sense” em algumas bandas. O Camel, às vezes, é citado aqui por conta de sua estreita relação com o Caravan.
- Krautrock: (1970 - 1974) - Faust, Can, Guru Guru, Amon Dull II, Popoh Vuh, Embryo e etc. Obs: Corrente de bandas alemãs que unem experimentalismo e psicodelia extremos. A maioria é altamente experimental e a futura Ambient Music será muito influenciada por algumas delas também.
- Zeuhl: É um subgênero dentro do estilo, criado por Christian Vander líder da banda Magma. Zeuhl significa “Celestial” no idioma Kobaian que foi criado e é utilizado pela banda Magma. No entanto, outras bandas acabaram se ligando a este estilo – Magma, Eskaton, Archaia, Zao, Offering, Noa e etc.
- Electronic: (1970 - 1974) - Kraftwerk, Tangerine Dream, Vangelis, Kitaro, Mike Oldifield e etc. Obs: Corrente fundamentada em tecnologia, eletrônica e instrumentos fabricados pelos próprios músicos. Há uma forte presença alemã, mais experimental, agressiva e extrema, sucessores diretos de compositores eruditos modernos, como Stockhaussen. A linha “não alemã” é mais “ambiente” mais melódica e se tornará a raiz para a New Age e Ambient Music.
- German Hard e Hard Prog: (1970 - 1974) - Satin Whale, Eloy, Nektar, Triunvirat, Murphy Blend e etc. Obs: Mais cruas e pesadas, pouco sinfônicas e geralmente com teclados na linha de frente. O Triunvirat pode ser classificado junto com os sinfônicos ou clássicos. O Nektar é inglês, é mais psicodélico, mas se mistura ao movimento alemão, pois aconteceu neste cenário. As bandas não alemãs são as chamadas de Hard Prog. Alguns incluem o Deep Purple (fase In Rock, Machine Head e Fireball) nesta categoria. O Rush caminhou desde o Hard Prog de Fly By Night até o Neo Prog de Moving Pictures, esta aqui classificado, apenas por conta da transição inicial de banda hard para Prog. As vertentes alemãs, Kraut, Electronic e Hard, muitas vezes se fundem.
- Italian Prog: (1970 - 1974) - New Trolls, Formula One, Banco Del Mutuo Socorsso, Le Orme, Premiata Forneria Marconi, Goblin, Area, Quella Vecchia Locanda, Il Baletto Di Bronzo e etc. Obs: O movimento progressivo foi muito forte na Itália e há bandas em todos os subgêneros dentro dele; é um mundo à parte. Convencionou-se colocar todos italianos na mesma classificação. Porém, para quem deseja se aprofundar mais, será preciso dissecar um movimento dentro do movimento.
- Brazilian Prog: (1970 - 1974) - Mutantes, O Terço, Som Nosso de Cada Dia, Recordando o Vale das Maçãs, Bacamarte, A Barca do Sol, Marco Antônio Araújo, Violeta de Outono e etc. Obs: Assim como na Itália o movimento foi bastante forte no Brasil. Também, por aqui, haviam bandas dos mais variados estilos. É menos diverso que o italiano, o Yes é a maior influência da maioria e em muitas há elementos de música brasileira. No entanto, ficou bastante restrito a guetos específicos em festivais alternativos e comunidades hippies. Passou praticamente despercebido no cenário nacional. A cena Prog Brasileira é mais conhecida no exterior do que internamente e é presença constante em rádios gringas especializadas em Prog, como a Aural Moon.
- Art Rock: (1970 - 1974) - Be Bop De Luxe, Roxy Music, Supertramp e etc. Obs: Música de boa qualidade instrumental, porém com uma proposta menos complexa, mais palatável e com um apelo mais para o Pop. Pode se dizer que é um Pop Sofisticado, alguns álbuns de Elton John, por exemplo, poderiam entrar aqui.
- R.I.O - Rock In Opposition - (1972 - 1975) - Henry Cow, Univers Zero, Stormy Six, Cassiber e etc. Obs: Movimento filhote do Experimentalismo e do Kraut Rock, bastante indigesto, onde a busca pelo experimentalismo e ruptura com as regras são levados ao extremo. Como bem diz o nome, “Rock em Oposição”, o movimento surge em oposição as bandas que descrevo a seguir.
- Pomp Rock, Rock de Arena e Classic Rock - (1972 - 1978) - Kansas, Styxx, Asia e etc. Obs: É, basicamente, uma derivação do Art Rock que cresceu de meados dos 70 ao início dos 80 se apoderando de estilos diversos. É o movimento responsável por “extinguir” com a antiga Era Progressiva. O Rock de Arena leva o Progressivo ao mainstream Pop Televisivo e Radiofônico e o promove a Dinossauro. Ainda que existam bons, bem feitos e interessantes trabalhos de algumas bandas, o termo “dinossauro” se refere a ficar grande demais, obsoleto e sem mais espaço. Álbuns triplos, solos de bateria de 20 minutos, tanques de guerra dentro de estádios e etc., as bandas chegam à beira do bizarro em termos de ostentação e custos. Perde-se totalmente a noção do que é ou não “progressivo”; muitas bandas transitaram, musicalmente, nessa linha tênue; alguns discos do Journey, Queen até mesmo Scorpions poderiam ser listados aqui.
- Neo Prog: (1980 - 2000) - Marillion, Pallas, Pendragon, Illuvatar, Anglagaard, Ozric Tentacles, Porcupine Tree, Ars Nova, Gerard, Par Lindh Project e etc. Obs: O Marillion experimentou algum sucesso comercial Pop radiofônico, mas o que o exclui da lista dos “Pomp Rock ou Rock de Arena” foi seu compromisso fiel com o progressivo clássico. O movimento do Neo Prog acontece sem glamour; é o progressivo de volta ao status underground de bandas desconhecidas. Estas bandas apontam para as bandas clássicas como o Genesis, Yes, Pink Floyd, ELP e etc. Nos anos 80 e 90 elas fundam um cenário independente, são responsáveis por ressuscitar o estilo, resgatam antigos fãs, angariam novos e criam um Festival Itinerante (o Prog Festival) que se mantém ativo até hoje.
- Prog Metal: (1990 - 2010) - Dream Theater, Angra, Queensryche, Fates Warning, Nightwish e etc. Obs: Ainda que muitas se autointitulem como Progressivas, os puristas não aceitam estas bandas como parte do movimento progressista. São consideradas apenas uma vertente do chamado Heavy Melódico. A não aceitação destas bandas pelos puristas do prog, tem como argumento de que a sofisticação e “complexidades técnicas” não são em prol da composição musical e sim destinada ao exibicionismo técnico e virtuosismo individual. Somente o Dream Theater goza de algum prestígio entre os progressivos, mesmo assim, apenas alguns álbuns.
- Progressivo Moderno: (1990 - atual) - Meshuggah, Tool, The Mars Volta, Opeth, Porcupine Tree, Spock´s Beard, Harmoniun, Hexvessel, Daemonia Nynphe e etc. Obs: Bandas modernas, com sonoridade moderna, contudo fiéis ao conceito progressivo original. Sejam por sua sonoridade ou pelo conceito. Algumas fazem um rock sinfônico ou folk moderno, outras, como Meshugga e Opeth, ao contrário do Heavy Melódico, têm como proposta musical a sofisticação e nova abordagem de estilos tradicionais, como Trash, Black e Metal. Entram aqui, com muitas reservas, algumas bandas da cena mais recente, conhecida como Djent. As “reservas” são pelos mesmos motivos do chamado Prog Melódico.
O que ouvir?
A Discoteca Fundamental na linha do tempo:
Raízes: Psicodelia, Experimentalismo, Folk (Pré Progressivo):
10 Álbuns Pré Prog
(1966) - The Beach Boys - Pet Sounds – (Surf Music) (1967) - Beatles - Sgt Peppers – (British Pop) (1967) - Frank Zappa - Absolutely Free – (Experimentalismo/Fusion) (1967) - Jefferson Airplane - Surrealistic Pillow – (Psicodélico) (1967) - Love - Forever Changes – (Psicodélico) (1967) - Moody Blues - Days Of Future Passed – (British Pop) (1967) - Pink Floyd - The Piper At The Gates Of Dawn – (Psicodélico) (1967) - The Zombies - Odessey & Oracle – (Psicodélico) (1968) – Van Morrison – Astral Weeks – (Folk/Fusion) (1969) - Fairport Convention - Liege & Lief - (Folk)
Rock Progressivo Top 10:
Imagino, que independente de um critério particular, a grande maioria dos críticos colocaria entre os 10 álbuns mais importantes do Progressivo, pelo menos um, dos álbuns abaixo listados. Obs: Seguem por ordem cronológica, e não por preferência ou grau de importância e, também, sem repetir bandas, já que algumas delas, nas “listas oficiais”, teriam mais de um álbum entre os 10 fundamentais do movimento:
(1969) -King Crimson - In The Court Of Crimson King - (Classic/Experimental) (1971) - Focus - Moving Waves - (Classic) (1971) - Van Der Graaf Generator - Pawn Hearts - (Classic/Experimental) (1972) - Gentle Giant - Octopus - (Classic/Experimental) (1972) - Jethro Tull- Thick As A Brick - (Folk Progressivo) (1972) - Yes - Close To The Edge - (Symphonic Prog) (1973) - Emerson, Lake & Palmer - Brain Sallad Surgery - (Symphonic Prog) (1973) - Genesis - Selling England By The Pound - (Symphonic Prog) (1973) - Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon - (Psicodélico/ Classic) (1974) - Camel - Mirage - (Classic)
Refaço, abaixo, a “mesma lista” , só que agora, com meu crivo pessoal, com o meu álbum favorito ou que eu acho mais significativo de cada uma das mesmas bandas listadas acima, mantendo a ordem:
(1974) - King Crimson - Red - (Classic/Experimental) (1971) - Focus - Moving Waves - (Classic) (1970) - Van Der Graaf Generator- H To The He Who Am The Only One - (Classic/Experimental) (1973) - Gentle Giant- In A Glass House - (Classic/Experimental) (1975) - Jethro Tull - Ministrel In The Gallery - (Folk Progressivo) (1973) - Yes - Tales From Topographic Oceans - (Symphonic Prog) (1971) - Emerson, Lake & Palmer - Tarkus - (Symphonic Prog) (1972) - Genesis – Foxtrot - (Symphonic Prog) (1975) - Pink Floyd - Wish You Were Here - (Psicodélico/Classic) (1974) - Camel - Mirage - (Classic)
Fora os 18 acima (entre as duas listas) segue uma discografia para quem quer realmente conhecer progressivo. Nesta listagem tentei ser isento. Há alguns álbuns que não gosto e outros de preferência pessoal. Contudo, procurei priorizar álbuns definitivos e importantes para se conhecer bem o gênero, entender seus “nichos, ramificações”, o quanto influenciaram seus contemporâneos ou posteriores. A descrição de um “rótulo básico” à frente do título, visa apenas facilitar a escolha do ouvinte; assim não apreciando de uma vertente em especial, você poderá optar em não gastar tempo com álbuns que provavelmente não irá gostar e escolher um outro trajeto que julgue mais agradável dentro de seu gosto pessoal. Algumas correntes, são conhecidas como bastante indigestas, são muito difíceis de assimilar, não agradam a grande maioria das pessoas, e são de audição até impossível para alguns. Indicarei com (*) e (**) alguns álbuns de audição considerada difícil ou muito difícil. Alguns são “Level Nightmare” (***)! Seguem, sem ordem de preferência ou de importância, apenas na linha do tempo:
100 Álbuns Essenciais - by Lelo.
(1968) - Frank Zappa - We're Only In It For The Money - (Experimental/Fusion) (*) (1968) - The Nice - Ars Longa Vitta Brevis - (Classic/London Scene) (*) (1968) -The Pentangle - The Pentangle - (Folk Progressivo) (1969) - Frank Zappa - Hot Rats - (Experimental/Fusion) (*) (1969) - Pink Floyd – Ummagumma - (Psicodélico/Classic) (*) (1970) - Amon Duul II - Yeti - (Krautrock) (*) (1970) - Atomic Hooster – Death Walks Behind You - (London Scene/Hard Prog) (1970) - Focus - In And Out Of Focus - (Classic) (1970) - Genesis – Trespass - (Symphonic Prog) (1970) - Guru, Guru - UFO - (Krautrock) (1970) - King Crinsom - In The Wake Of Poseidon - (Classic/Experimental) (1970) - Murphy Blend - First Loss - (German Hard) (1970) - Pink Floyd - Atom Heart Mother - (Psicodélico/Classic) (1970) - Soft Machine – Third - (Canterbury Scene) (**) (1971) - Can - Tago Mago - (Krautrock) (*) (1971) - Caravan - In The Land Of Grey And Pink - (Canterbury Scene) (1971) - Faust - Faust - (Krautrock) (***) (1971) - Genesis – Nursery Crime - (Symphonic Prog) (1971) - Jethro Tull – Aqualung - (Folk Progressivo) (1971) - Trees - On The Shore - (Folk) (1971) - Yes – Fragile - (Symphonic Prog) (1972) – Agitation Free – Malesch – (Kraut Rock) (*) (1972) - Aphrodite´s Child – 666 - (Classic) (1972) - Banco Del Mutuo Socorsso – Darwin! - (Italian Prog) (1972) - Can - Ege Bamyasi - (Krautrock) (*) (1972) - Curved Air – Phantasmagoria - (Classic) (1972) - Emerson, Lake & Palmer – Trilogy - (Symphonic Prog) (1972) - Il Balletto Di Bronzo – Ys - (Italian Prog) (1972) - Le Orme – Uomo Di Pezza - (Italian Prog) (1972) - Nektar - Journey To The Center Of Eye - (Hard Prog/Psicodelic) (1972) - Popol Vuh - In The Garden Of Pharaos - (Krautrock) (***) (1972) - Procol Harum - Grand Hotel - (British Pop/Classic) (1972) - Premiata Forneria Marconi – Per Un Amico - (Italian Prog) (1972) - Renaissance – Prologue - (Folk Progressivo) (1972) - The Pentangle - Cruel Sister - (Folk Progressivo) (1972) - The Pentangle - Solomon´s Seal - (Folk Progressivo) (1973) - Area - Arbeit Macht Frei - (Italian Prog) (**) (1973) – Ash Ra Tempel – Join Inn – (Krautrock) (*) (1973) - Can - Future Days - (Krautrock) (**) (1973) - Eloy - Inside - (German Hard) (1973) - King Crinsom - Larks' Tongues in Aspic - (Classic/Experimental) (*) (1973) - Kraftwerk – Radioactivit - (Electronic) (1973) - Magma - Mekanik Destruktiw Kommandoh - (Zeuhl - Krautrock) (**) (1973) - Mahavishnu Orchestra – Birds Of Fire - (Experimental/Fusion) (*) (1973) - Mike Oldifield - The Tubular Bells - (Electronic) (1973) – Nektar - Sounds Like This - (Hard Prog/Psicodelic) (1973) - Renaissance - Ashes Are Burning - (Folk Progressivo) (1973) - Supertramp - Crime Of Century - (Art Rock) (1974) - Genesis - The Lamb Lies Down On Broadway - (Symphonic Prog) (1974) - Gentle Giant - The Power & The Glory - (Classic/Experimental) (1974) - Mahavishnu Orchestra – Apocalypse - (Experimental/Fusion) (*) (1974) - Moto Perpétuo - Moto Perpétuo - (Brazilian Prog) (1974) - Mutantes - Tudo Foi Feito Pelo Sol - (Brazilian Prog) (1974) - Procol Harum - Exotic Birds & Fruits - (British Pop/Classic) (1974) - Quella Vecchia Locanda - Il Tempo Della Gioia - (Italian Prog) (1974) - Rick Wakeman - Journey To The Center Of Earth - (Symphonic Prog) (1974) - Satin Whale - Desert Places - (German Hard) (1974) - Strawbs - Hero And Heroine - (British Pop/Classic) (1974) - Som Nosso De Cada Dia - Snegs - (Brazilian Prog) (1974) -Tangerine Dream – Phaedra - (Electronic) (1974) - Triunvirat - Illusions On A Double Dimple - (Symphonic Prog) (1975) - Camel - The Snowgoose - (Classic) (1975) - Goblin - Profondo Rosso - (Italian Prog) (*) (1975) - Gentle Giant - Free Hand - (Classic/Experimental) (1975) – Harmonium – Si On Avait Besoin Dune Cinqueeme Saison – (French Prog) (1975) - O Terço - Criaturas da Noite - (Brazilian Prog) (1975) - Triunvirat – Spartacus - (Symphonic Prog) (1975) - Yes – Relayer - (Symphonic Prog) (1976) - Brand X - Unorthodox Behaviour - (Experimental/Fusion) (*) (1976) - Kansas - Leftoverture - (Art Rock) (1976) - Jean Luc Ponty - Aurora - (Fusion) (1976) - Rush - 2112 - (Hard Prog) (1976) - Tangerine Dream – Stratosfear - (Electronic) (1977) - Kansas - Point Of Unknow Return - (Art Rock) (1977) - Locanda Delle Fate - Forse Le Lucciole Non Si Amano Più - (Italian Prog) (1977) - Jethro Tull - Songs From The Wood - (Folk Progressivo) (1977) - Pink Floyd – Animals - (Psicodélico/Classic) (1977) - Rush - A Farewell To A Kings - (Hard Prog) (1978) - Jethro Tull - Heavy Horses - (Folk Progressivo) (1978) - Rush – Hemispheres - (Hard Prog) (1979) - Embryo - Embryo´s Reise - (Krautrock) (1973) - Supertramp – Breakfast In America - (Art Rock) (1980) - Marco Antônio Araújo – Influências - (Brazilian Prog) (1981) - King Crinsom – Discipline - (Classic/Experimental) (1981) - Rush - Moving Pictures - (Hard Prog) (1981) - Univers Zero - Ceux Du Dehors - (R.I.O) (**) (1983) - Bacamarte - Depois do Fim - (Brazilian Prog) (1984) - Pallas - The Sentinel - (Neo Prog) (1985) - Marillion – Misplaced Childhood- (Neo Prog) (1989) - Anyones Daughter – Adonis - (German Prog) (1990) - Ozric Tentacles – Erpland - (Neo Prog/Psicodelic) (1995) - Meshuggah - Destroy Erase Improve - (Modern Prog/Metal) (1996) - Ars Nova - The Goddess Of Darkness - (Neo Symphonic Prog) (1996) - Camel – Harbour Of Tears - (Classic) (1998) - Morte Macabre - Symphonic Holocaust - (Modern Prog) (2001) - Opeth - Blackwater Park - (Modern Prog /Gothic/Black) (2001) - Tool - Lateralus - (Modern Prog) (2003) - The Mars Volta – De-Loused In Comatoriun - (Modern Prog /Fusion) (*) (2007) - Daemonia Nynphe - Krataia Asterope - (Modern Prog Folk) (2007) - Porcupine Tree - Fear Of Blank Planet - (Modern Prog /Fusion) (2012) - Hexvessel - No Holier Temple - (Modern Prog Folk)
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