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Mensagem |
Leo Braga
Veterano |
# dez/06
Trocar as cordas do Baixo não é simplesmente tirar as velhas e colocar as novas. Para que o jogo recém comprado seja melhor aproveitado em termos de timbre, durabilidade e outros fatores, é preciso seguir uma espécie de ritual:
1) Nunca retire todas as cordas de uma só vez. Elas imprimem uma tensão altíssima ao braço do instrumento, compensada pelo tensor. Se o encordoamento for retirado por completo, o braço vai ser puxado apenas de um lado, o que pode danificá-lo. O mais prático é extrair uma corda, colocar a nova e afiná-la. Só então troque a próxima e assim por diante.
2) Cuidado na hora de enrolar o encordoamento nas tarrachas. Deixe somente duas ou três voltas enroladas para evitar problemas de estabilidade na afinação, e corte o excesso com um alicate. Antes de prender definitivamente a corda na ponte, deixe um pedaço de mais ou menos três dedos para fora da ponte, depois enrole a corda na tarracha até encostar a bolinha da corda na ponte. Este processo evita que a corda seja torcida prejudicando a sua vibração.
3) As cordas são projetadas para serem afinadas em um padrão específico. Portanto, nunca estique ao máximo, deixando o som mais agudo do que o recomendável. Se uma corda Lá, por exemplo, for ajustada para produzir uma sonoridade muito além de 55 Hz, é bem provável que se quebre com facilidade.
4) É aconselhável usar um jogo de mesmo calibre e modelo. Quando mudar o tipo de encordoamento, leve o instrumento a um luthier, para que o tensor seja ajustado.
5) Não solte todas as cordas do baixo para guardá-lo. Esta medida acaba por prejudicar o braço do instrumento, devido ao equilíbrio de tensões. O fato de ter que retirar as cordas para guardar o instrumento é puro mito.
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edumelo
Veterano |
# dez/06
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Quando ia trocar as cordas eu tirava todas de uma vez para depois colocar o novo jogo. Faz pouco tempo q me aconselharam a trocar uma por uma, para não empenar o braço do baixo. As outras dicas tbm são interessantes
Vlwz Leo Braga!!!
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JaderGarcia
Veterano |
# dez/06
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Leo Braga
edumelo
Uma vez me disseram: Ou tira todas ou não tira nenhuma! Por causa da tensão de um lado do braço. Ex: tirar uma MI e deixar as outras afinadas poderia dar uma torção no braço...
Mas na real, eu tiro todas, bem com calma, aproveito pra limpar bem os trastes e a escala...
Vamos esperar os luthiers do fórum pra sanar esta (minha) dúvida.
Abraços...
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Maurício_Expressão
Veterano |
# dez/06
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Eu nunca tirei todas as cordas de qualquer um de meus baixos. Sempre troco 1 corda por vez.
Já fiz experiência de deixar 1 baixo Fender Jazz Bass americano 1983 que não usaria por mais de 6 meses com cordas soltas. Quando afinei novamente o baixo ficou intocável (gostaram do termo?... hehehehe) e tive que levar em luthier.
Já fiz a mesma experiência de deixar com cordas soltas por mais de 6 meses com um violão e guitarra também. O efeito de empenamento foi irrisório. Após 3 dias o braço estabilizou e não foi necessário regulagem em luthier.
Eu nunca passei lustra móveis ou cera de carro em nehum instrumento de madeira, apenas polidor Fender na madeira. Tenho 1 amigo que tem 1 violão esbranquiçado e com o verniz todo trincado (ele sempre usou lustra móveis).
Sempre guardei os baixos em pé, na vertical, com o corpo para baixo, headstock para cima em case (e nunca em Bag).
Sempre limpei com flanela os baixos após uso.
Tenho baixo de 1976 (além do 1983) que ninguém acredita no estado de conservação deles.
Já perdi uma guitarra que ficou dentro do case no carro no sol a pino por umas 4 horas. Quando abri o case a guitarra estava totalmente molhada (suada). Depois de seca deu pane na parte elétrica e estava com o bralo empenado e escala descolada perto do headstock.
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kadudu2
Veterano |
# dez/06
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rapaiz.... eu sempre tiro e boto as cordas, para fazer algumas regulagens e limpeza, nunca empenou.
axo q tb não é assim tão fragio assim
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edumelo
Veterano |
# dez/06
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Até agora 50% disseram que tiram todas e 50% trocam uma por uma. Ainda tô na dúvida hehe.
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marcosmps
Veterano |
# dez/06
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ótimo tópico!
eu só sabia do lance de não poder alterar a expessura da corda sem antes mexer no tendor!
parabens cara
abbração
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Maurício_Expressão
Veterano |
# dez/06
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kadudu2
Depende muito do instrumento considerado. Acredito que para muitos instrumentos realmente não faz muita diferença trocar 1 corda de cada vez ou todas ao mesmo tempo.
Já vi instrumento pintado com tinta automotiva. Portanto não é errado nesses instrumentos usar polidor de carro.
Tudo é relativo.
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kadudu2
Veterano |
# dez/06
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Maurício_Expressão
É verdade..
O meu primeiro baixo era com tinta automotiva, fica muito resistente a pintura.
Existe algumas exeções realmente, mais é bom sempre ter cuidado mesmo..
Valew
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marcosmps
Veterano |
# dez/06
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mas visual não improta muito!
mais a qualidade do instrumento!
ter um cuidado com captadores
potenciometros!
madeira!
tensor!
braço
tarraxa!
ponte
isso sim!
muita coisa eu não sabia!
ainda bem q eu tenho um baixo novo
e não mexi em nada dele ainda
agora vou cuidar bem mais dele!
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Half
Veterano |
# dez/06
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marcosmps
mas visual não improta muito!
mais a qualidade do instrumento!
Isso é pessoal! Eu aposto que tem um monte de gente aqui que gostaria de trocar o seu instrumento, caso ele ficasse "feio"!
Eu também priorizo o timbre e o estado funcional do instrumento, até acho um charme aqueles jazz bass detonadassos mas com um timbrão... Tem gente que não gosta!
Eu ora troco removendo todas de uma vez, ora uma por uma, pois tem vez que desejo fazer uma limpeza melhor na escala, aí tem que tirar todas mesmo.
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daniel_japeta
Veterano |
# dez/06 · Editado por: daniel_japeta
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Cada instrumento é diferente em relação à construção, tipo de tensor e corte da madeira e isso influencia o fator 'tensão das cordas/tensão do tensor'.
Num baixo, as cordas imprimem uma alta tensão no braço e naturalmente forçam o braço, fazendo com que o mesmo fique curvado 'para frente'. Apertando a porca do tensor, o braço é forçado 'para trás' corrigindo essa curvatura.
Essa curvatura, ou alívio, é fundamental na regulagem da ação (altura) das cordas, então dependendo da regulagem desejada pode-se deixar o braço completamente reto ou deixá-lo com um alívio, deixando o braço com curvatura.
Mas a quantidade de força que o tensor precisa exercer sobre o braço para que ele fique em equilíbrio depende de cada instrumento.
Por exemplo, um baixo com o braço grosso pode muito bem agüentar a tensão das cordas e permanecer reto mesmo sem que a porca do tensor esteja muito apertada. Ou seja, como o tensor não está muito apertado, mesmo soltando todas as cordas o braço não vai curvar prá trás.
Agora, se for um braço fino que precisa de muita tensão do tensor prá ficar reto, quando as cordas forem todas soltas o tensor vai forçar o braço para trás.
Imaginem o jogo de cabo-de -guerra: um time puxando de um lado com a mesma força do outro time do outro lado. Se um dos times soltar o cabo, o outro time todo vai cair no chão.
Agora, imaginem uma criança puxando o cabo contra um adulto. Se o adulto quiser ganhar não precisa fazer muita força prá puxar a criança, então prá não acabar logo a brincadeira ele simplesmente segura o cabo e deixa a criança fazendo toda a força que pode. Se a criança soltar o cabo, o adulto não vai cair no chão porque não estava fazendo tanta força assim.
E é isso que o tensor faz para o braço. O tensor só precisa fazer a força suficiente prá manter o braço na curvatura desejada.
Se o braço tiver uma construção forte o suficiente para agüentar a tensão das cordas sem precisar de muita ajuda do tensor, então quando todas as cordas forem soltas o braço não vai "cair no chão".
Mas a resistência do braço depende de vários fatores como a espessura em si, o tipo de madeira, o corte de madeira e até o tipo de tensor.
Por exemplo, um braço de maple com o corte radial tem mais resistência do que um da mesma madeira com o corte tangencial.
Ou seja, a não ser que você saiba ver em que condições está o braço e o tensor do seu baixo, é melhor trocar as cordas uma de cada vez prá evitar do tensor forçar o braço prá trás.
O importante é a tocabilidade. Se está ruim, está trastejando, se a digitação está muito 'dura' e você não sabe o porque, então é melhor nem tentar mexer em nada.
Quando eu faço a troca de cordas e regulagem de baixos e guitarras, sempre verifico em que condições está o braço, prá ver o quanto de curvatura ele tem, e solto as cordas aos poucos, e vou checando se a diminuição da tensão está afetando a curvatura e aí por diante.
Isso não é um processo muito difícil nem complicado, mas é uma questão de experiência em saber ver o que está acontecendo, e de entender como funciona o tensor e todo o instrumento.
Por isso não recomendo ninguém tentar fazer esse tipo de procedimento de regulagem de tensor sozinho, sem saber o que está fazendo.
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