Dicas de Edição/Mix/Masterização para um Iniciante - ProTools

    Autor Mensagem
    bluesquare
    Veterano
    # nov/17 · Editado por: bluesquare


    Boa tarde pessoal!

    Tenho uma banda e gravamos 8 faixas em um estúdio da região, para nosso primeiro CD! O próprio estúdio fará a Mixagem e Masterização do álbum..

    Mas, sou muito curioso, e tenho vontade de aprender sobre o assunto (pelo menos o básico), então pedi e consegui o projeto todo gravado no ProTools, com todas as faixas, cruas, sem nenhuma edição, para mim "brincar" em casa, criar backing tracks para treinar, e quem sabe futuramente fazer uma mix alternativa do álbum...

    Agora vem o problema, não tenho um ponto de partida.. primeiramente a minha dúvida é:

    1) Qual o mínimo de hardware que preciso ter para brincar com isso? O projeto tem cerca de 100Gb.. Tenho um notebook com 8Gb Ram, i7 e Windows 10, dá conta do recado? Lembrando que não será para uso profissional..

    2) No estúdio, usam uma ferramenta do próprio protools que ajuda muito a "ajeitar" os tempos, os detalhes que ficaram fora do metrônomo, etc... queria saber qual o nome! - EDIT: Me disseram que é o Elastic Audio, procede?

    Agora, quanto à edição, etc.. ai já não sei praticamente NADA.. me refiro à "efeitos", compressão, etc que geralmente são aplicados às faixas.. Então gostaria de saber se podem me indicar vídeos ou tutorias que falem sobre os seguintes itens:

    1) Edição da bateria - principalmente bumbo e pratos, o que geralmente e normalmente é feito com eles em questão de efeito/mix..

    2) Edição do baixo - Não tem tanto o que mexer, porém queria saber também se tem algo que geralmente é feito nas edições;

    3) Edição de guitarra - A meu ver, também está bem "presente" e não precisarei mexer muito, mas também queria saber de dicas para trazer os solos "pra frente", e as edições que normalmente são aplicadas.

    4) Voz - As faixas de voz ainda não foram gravadas, e também como não é meu campo de interesse maior, acho que vou acabar utilizando as da faixa final mesmo.. mas gostaria de saber e aprender como aplicar efeitos mais grosseiros mesmo, dos tipos usados por bandas como Slipknot, etc (não tem nada a ver com minha banda, mas é uma coisa que tenho muita curiosidade de saber como é feito!) Por Exemplo: A música Vermilion parece ter bem presente este "efeito" que estou procurando.. não sei o nome! kkk

    Para finalizar, se alguém tiver ou souber de algum vídeo que mostre na prática a edição/mixagem de todos os instrumentos em uma música (de preferencia Rock) passo a passo, já ajudaria muito para ir aprendendo na prática mesmo! hehe

    Bom, é basicamente isso... desculpem pelo tópico longo, mas achei minhas dúvidas específicas demais pra ficar perguntando nos tópicos alheios, sei que o assunto Mixagem e Masterização envolvem um grande empenho e conhecimento, mas acredito que para meu uso "recreacional", sanar estas minhas dúvidas já seria suficiente para brincar um pouco!

    acabaramosnicks
    Membro Novato
    # nov/17
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    bluesquare
    1) Qual o mínimo de hardware que preciso ter para brincar com isso? O projeto tem cerca de 100Gb.. Tenho um notebook com 8Gb Ram, i7 e Windows 10, dá conta do recado? Lembrando que não será para uso profissional..


    Isso depende muito. MUITO. Cada plugin vai "comer" processamento e RAM diferentes, quanto mais plugin rodando, e quanto mais tracks rodando, mais pesado fica o negócio. Existe um recurso pra diminuir isso chamado "freeze", que é basicamente: o programa pega a track com os efeitos até então aplicados e transforma em uma track já com os efeitos, desse jeito, seu PC não perde recurso processando uma track e MAIS todos os plugins de efeito que estão processnado ela, só vai precisar processar a track "pronta". Depois vc desfaz o freeze pra mexer mais na track, e se precisar, freeza de volta.
    Detalhe: o Windows 10 sozinho pode ser meio pesado as vezes. Mas parece que teu PC é bom. Tem que testar...


    2) No estúdio, usam uma ferramenta do próprio protools que ajuda muito a "ajeitar" os tempos, os detalhes que ficaram fora do metrônomo, etc... queria saber qual o nome!

    Isso é ferramenta de edição, ou "wrap". Eu uso o Mixcraft, e ele tem isso nativo (função que já vem nele). Acredito que o PT deve ter esse recurso nativo nele também.

    Agora, quanto à edição, etc.. ai já não sei praticamente NADA.. me refiro à "efeitos", compressão, etc que geralmente são aplicados às faixas..


    Na verdade isso não é chamado de edição, e sim de efeitos mesmo. Aprenda a usar EQ (tanto paramétrico como gráfico), é MUITO útil. Mais pra frente, procure sobre compressor. É um pouco mais complicado de mexer com compressor, e mais ainda pra usar ele bem, mas não tenha pressa pra aprender isso, uma coisa de cada vez.
    [i]
    2) Edição do baixo - Não tem tanto o que mexer, porém queria saber também se tem algo que geralmente é feito nas edições;


    1) Edição da bateria - principalmente bumbo e pratos, o que geralmente e normalmente é feito com eles em questão de efeito/mix..
    [/i]
    3) Edição de guitarra - A meu ver, também está bem "presente" e não precisarei mexer muito, mas também queria saber de dicas para trazer os solos "pra frente", e as edições que normalmente são aplicadas.

    Primeiro de tudo, aprenda a usar o [b]GATE[/u]. Basicamente é um cara que vai evitar o som vazando de uma microfone de uma peça pra outra peça. Se o nível de ruído da track não atinge o ponto ajustado, ele não deixa soar nada na track, é isso que o gate faz.
    Aprenda também a usar o limiter (use com muita moderação). Basicamente ele não deixa o volume ultrapassar o limite ajustado. Cuidado, pode gerar distorções indesejadas!
    Sobre a guitarra, muitas vezes ela pode tomar mais presença adicionando efeitos com base no tempo (delay, reverb) e com EQ, fazendo ela mais presente no tempo e no espectro de frequências.

    4) Voz - As faixas de voz ainda não foram gravadas, e também como não é meu campo de interesse maior, acho que vou acabar utilizando as da faixa final mesmo.. mas gostaria de saber e aprender como aplicar efeitos mais grosseiros mesmo, dos tipos usados por bandas como Slipknot, etc (não tem nada a ver com minha banda, mas é uma coisa que tenho muita curiosidade de saber como é feito!)

    Eu nunca consegui fazer uma boa gravação de voz, é melhor eu não falar nada sobre isso hehehe

    Para finalizar, se alguém tiver ou souber de algum vídeo que mostre na prática a mixagem de uma música (de preferencia Rock) passo a passo, já ajudaria muito para ir aprendendo na prática mesmo! hehe

    Cara, tem vários vídeos no youtube com essa proposta.

    Ismah
    Veterano
    # nov/17
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    bluesquare
    notebook com 8Gb Ram, i7 e Windows 10

    Se dá conta eu não sei, mas eu não tenho isso. Tenho um i5 de dois núcleos físicos (4 virtuais "destravados", normalmente vem "travado", usei o unpark CPU pra isso) e 4 Gb de RAM.

    Mas tu vai se referenciar no que?

    ferramenta do próprio protools que ajuda muito a "ajeitar" os tempos, os detalhes que ficaram fora do metrônomo, etc... queria saber qual o nome! - EDIT: Me disseram que é o Elastic Audio, procede?

    O Elastic Audio não faz exatamente isso, ele apenas adecua a track a uma variação da régua, preservando timbre.
    Por exemplo, de 110 para 120BPM, após alguns compassos, há fuga do alinhamento. Aí o cara correu numa frase e voltou a 120BPM. Se tira a média do que o cara tocou (não lembro de cabeça o plug-in) naquele trecho, e o Elastic Audio ajuda a trazer de volta para 110.

    Nada de outro mundo, apenas uma automação, para o que já era feito manualmente desde os tempos da fita.

    quanto à edição, etc.. ai já não sei praticamente NADA.. me refiro à "efeitos", compressão, etc que geralmente são aplicados às faixas.

    EDIÇÃO é uma coisa, processamento de sinal é outra. Edição é limpar cada track tirando as partes de silêncio (só serve para adicionar ruído), colocar no tempo certo, selecionar os melhores takes etc... Imagino que isso já tenha sido feito.

    Processamento de sinal é o que tu trata mais abaixo. Acredito que compreender o que cada ferramenta faz de maneira individual, seja mais interessante, do que explicar cada conjunto usado em cada track.

    Bateria Basicamente o gate, deixa a bateria que não se tem controle do tempo que cada peça soa, e o compressor diminui os picos, o que permite mais volume.
    Diferente do acabaramosnicks eu não uso limiter em bateria, apenas compressor, e só pra reduzir a baquetada e aumentar o corpo da peça. O limiter não respeita dinâmica, é como dar de cara no, o compressor é como dar de cara num colchão de ar, onde ele responde conforme a intensidade do impacto.
    Equalização depende da necessidade disso ou não, se precisar mais de 6dB de ganho/atenuação, a gravação foi feita errada para seu objetivo. Passar desse valor, bagunça a fase demais e em bateria os problemas são grandes porque são ao menos 6 canais.

    Baixo Eu discordo da tua frase, depende o contexto. A questão do controle de transientes é bem importante, tanto quanto timbre. Eu tenho sempre usado um baixo com muito sub-grave pois tenho só um 4 cordas de timbre magro (Tonante, já diz muito), e uso um octaver para criar peso. Já cheguei ao absurdo de ter resposta em 8 Hz, nada problemático de resolver, uso um HPF de 12dB/oct em 35~40Hz e já era - mas não é o ideal.

    Guitarra

    Também depende o contexto... Casos de guitarras limpas, uma compressão é bem vinda para segurar os transientes, mas uma guitarra distorcida pra caramba, já é chapada por natureza, não tem porque...

    Eu também discordo do colega, e evito de usar gate. Se tem ruído não se grava assim e resolve com gate, se resolve tirando a fonte do ruído.

    Porque? Porque mesmo em DSP ou no computador, o gate é uma manipulação, cria distorções do som original, e eu não quero isso.
    EU e todo produtor que conheço afirma o mesmo: não se grava deixando pra resolver depois. Não importa quantas vezes isso significa ficar gravando o mesmo trecho, para obter o take perfeito.
    Em instrumentos onde existe sustain controlável, não uso gate. Bateria não tem controle - algumas Ludwig, Gretsch, Big Blue e outras dos anos 40, tinham um abafador interno semelhante ao piano, mas não é mais usado desde os anos 60, que se tem isso em hardware...

    Base, normalmente sons médios encaixam bem, mas solos graves e agudos importam mui. Talvez um compressor dinâmico de leve para manter um equilíbrio de frequências.

    Eu aprendi no Rocksmith a usar dois picos (4dB no máximo) de frequência ali por 1k5 ~ 2k e 3 ~ 4 K (note-se que é intervalo de 1 oitava), para trazer a guitarra pra frente. Funciona bem - aliás, analizar os timbres prontos é uma boa aula, pois ele inclui pós e pré processamento.
    E agudo... Puta merda, o que eu vejo de nego cagando com uma guitarra com graves que tremem a casa toda, individual é legal, mas no contexto de banda, tem um som bosta...

    E claro, volume... É mais interessante as vezes baixar o volume do resto, e sempre usar uma track de referência.

    Voz

    O exemplo citado, não tem efeito "nenhum", apenas o Corey Taylor é um PUTA vocalista. Está entre os melhores que os anos 2000 revelaram.

    bluesquare
    Veterano
    # nov/17
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    Valeu pessoal, suas respostas já me deram uma boa base para começar!

    Realmente, como o Ismah disse, as faixas já estão bem limpas, e a maioria das coisas já foi "colocada" no tempo certo, apenas o baixo ainda precisa de alguns ajustes quanto à isto pois foi gravado esta semana..

    Quanto às dicas, já é um bom ponto de partida! Agora vou ter que tentar na prática mesmo, até pegar o jeito..

    Caramba, sério que não tem nenhum efeito na voz nos versos de Vermilion? Putz, jurava que era algo assim.. hauaaha meu respeito por ele acaba de subir ainda mais!
    Ainda assim, não sei se da pra entender, mas procuro algo que deixe a voz como se estivesse sido falada por um megafone ou telefone, um negócio um pouco "robótico" .. não sei me expressar bem quanto a isto, mas é nesta linha! kkk

    Ismah
    Veterano
    # nov/17 · Editado por: Ismah
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    Ouvi de novo, poderia ter passado batido, mas não tem nada... Só drive algo meio gutural de vocal mesmo.

    Tem com toda certeza processamento, mas nada que não se usaria em uma linha vocal qualquer: compressão, eq, reverb... Talvez algum mic mais específico para dar um timbre mais low-fi... Mas pode ser que seja apenas efeito...

    Já dá pra perceber porque o cara é tido como um dos melhores.

    Na voz normalmente não se usa efeitos, porque pra descaracterizar são dois palitos. Com algo mais exótico, só lembro de Poison do Alice Cooper, que tem um flanger BEM discreto no vocal, dá para notar nas vogais mais longas.

    Ainda assim, não sei se da pra entender, mas procuro algo que deixe a voz como se estivesse sido falada por um megafone ou telefone, um negócio um pouco "robótico" .. não sei me expressar bem quanto a isto, mas é nesta linha!

    Então, a definição não tá clara... Um vocoder talvez? Um mic de carbono? Fita?

    acabaramosnicks
    Membro Novato
    # nov/17
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    Acho que o que ele está se referindo é algo paralelo ao que eu chamo de "timbre de radinho de pilha". Procure no youtube "boss GE7", tem um vídeo oficial da Boss mostrando como funciona o pedal e o povo simula isso.

    Se for isso que eu to dizendo, dá pra fazer facilmente com equalização e plugin de degradação de som (sim, isso existe, as pessoas se esforçam pra "estragar" o som de uma maneira "boa"), como o lo-fi. Tem alguns artistas que fazem uso do megafone (de verdade) no microfone pra chegar neste efeito ao vivo, fora que também é positivo para a performance em palco como entretenimento. Usar microfone de fita também pode ser desejável em alguns casos.

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # nov/17
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    bluesquare
    Ainda assim, não sei se da pra entender, mas procuro algo que deixe a voz como se estivesse sido falada por um megafone ou telefone

    tipo isso?

    Pessoal, agora uma duvida sobre o tópico, essas placas com processamento de plugin, tipo a satellite da Universal Audio, valem a pena? vale mais investir em um bom processador ou nessa placa? ou independente do processador a diferença no uso de plugins vai ser gritante?

    acabaramosnicks
    Membro Novato
    # nov/17
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    The Man Who Sold The World
    Cara, nunca tinha nem escutado falar nesse tipo de equipamento. Acabei de pesquisar a respeito aqui, e achei fantástico! Porém, a primeira questão que deve ser levantada é: há necessidade disso?

    Pelo que eu entendi, ele só vai aliviar o processamento e memória do teu computador, e por ser dedicado exclusivamente pra plugin de audio, pode ser que ele o faça com maior rendimento/produtividade. Ou seja, pra responder à primeira pergunta, faz-se a segunda que é: com os projetos que vc costuma mexer, teu computador tá ficando muito carregado, lento etc...?
    Caso a resposta pra segunda pergunta seja "sim", então vc têm um problema, e a solução ideal seria um equipo desse. Porém, é caro pra caramba (6 mil reais) e não é a única solução disponível.

    A primeira solução que eu vejo é usar essas funções de "freeze", que é quando o DAW pega uma track lá cheia de plugin, transforma em um mp3, e desta maneira vc não tem a track + os plugins dela consumindo poder de processamento da máquina. Faz-se isso pra várias tracks e o resultado é o PC ficando consideravelmente mais leve. Quando vc for mexer naquela track que está freezada, vc "desfreeza" ela (unfreeze) e ela volta ao normal, a track gravada e o plugin processando a track. O lado bom do freeze é que é de graça e é muito fácil, o lado ruim é que isso pode atrapalhar o processo criativo, porque quando vc manda a DAW freezar ou desfreezar, ela leva um tempo para fazê-lo (aqui em casa leva de 10 segundos até um minuto inteiro, dependendo do tamanho da track e da quantidade/peso dos plugins aplicados).

    A outra solução seria "investir em um bom processador", memória RAM, ou um HD mais rápido. Vale lembrar que hoje em dia temos discos SSD, que seria tipo um HD só que em estado sólido, que não chega a ser tão rápido quanto RAM mas é MUITO mais rápido que um HD, e estes chegam a ter 200gb ou mais de memória, o que poderia fácilmente comportar, por exemplo, uma porrada de samples de bateria ou sintetizador. O legal de investir no compudor é que vc não estará investindo somente em audio, mas em todo tipo de aplicação eletrônica, do lado oposto temos essa tal placa da UAD, que serve somente pra aplicações de audio (pelo que entendi). O lado bom da placa da UAD é a maior produtividade/rendimento, como dito lá em cima.

    Então, pra início de conversa, vc esta disposto a investir 6 mil fucking reais em um equipamento que vai servir somente pra áudio e mais nada? Olha, dentro da minha realidade isso é absolutamente inviável, pra mim, consta muito mais investir em um computador que eu vou usar pra mil outras aplicações além de áudio. Pra efeito de comparação, um computador Mac novo custa mais de 12 mil reais hoje em dia, um bom computador (só a torre) dá pra pagar uns 5 mil reais inferior ao da mac, e um com performance próxima uns 10k (pelo menos 2~3k a menos que o mac), e um notebook mac mediano vc paga tipo uns 5 pau.

    bluesquare
    Veterano
    # nov/17
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    Ismah acabaramosnicks

    Show! Valeu mesmo, vou procurar por estes termos que me disseram! hehehe tem uma passagem de uns 10 segundos em uma das nossas musicas que ficou meio "vazia" tipo, só guitarra base, baixo e batera, ai queria colocar uma frase nesta linha como se estivesse sido falada por um megafone ou radio!

    The Man Who Sold The World

    Estou no trampo agora, mas chegando em casa vou ouvir!!


    Agora mais uma curiosidade, ainda na musica Vermilion, na frase em que o Corey fala "Oh (She’s the only one that makes me sad)" é possível ouvir algo como se fosse um ruído no fundo, uma interferência.. queria saber o que é aquilo e como pode ser reproduzido! hehehe Mais por curiosidade mesmo.. parece um ruído bem agudo

    Ismah
    Veterano
    # nov/17
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    acabaramosnicks

    Alguns trazem o nome "old radio", "old times", etc... Eu gosto desse timbre para guitarra, é característico de AF's pequenos amps de muito headroom, mas baixa potência, geralmente classe A, que distorce fácilmente nos picos. É um timbre muito específico, tanto dos rádios, vitrolas etc, como de amps de guitarra dos anos 20~40...

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # nov/17 · Editado por: The Man Who Sold The World
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    acabaramosnicks
    então man, estou começando a aprender sobre gravação e mixagem e só tenho curiosidade mesmo sobre isso, a geração atual de interfaces tipo a Apollo quad e a Clarett 8 pre já vem com esse processamento de plugins em tempo real, mas eu queria saber se vale mais investir num bom Mac ou num Apollo satellite, um mac é caro, as vezes vale mais pegar um quad core mais antigo e "desafogar" ele com essa placa, entende o que eu quero dizer?

    Então, pra início de conversa, vc esta disposto a investir 6 mil fucking reais em um equipamento que vai servir somente pra áudio e mais nada?
    eu tenho a intenção de montar um estúdio pra gravar, mixar e masterizar... estou estudando pra isso
    não é a intenção agora, eu acabei de adquirir uma Focusrite saffire pro 40 e estou comprando as coisas aos poucos, só estou fazendo um levantamento do que é essencial pra começar e o que eu posso adquirir com o tempo

    Ismah
    Veterano
    # nov/17
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    Essencial é grana, tempo e cara dura... Estúdio é um hobby caro, e levar pro profissional já fazem ao menos 15 anos que deixou de ser negócio. Ainda mais se tu quer começar do zero... 90% dos estúdios pequenos e médios, levam uma sobre-vida com ensaios...

    Como brincadeira particular... Bom, aí o que tu já tem, um kit de mics Shure, talvez algum AKG D112, Neuman KM, Sennheiser MD421, MD441, Yamaha Sub kick... Começa a pesar pra onde tu quer ir...

    acabaramosnicks
    Membro Novato
    # nov/17
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    The Man Who Sold The World
    Focusrite saffire pro 40

    Mano, esse equipo é top!

    só estou fazendo um levantamento do que é essencial pra começar e o que eu posso adquirir com o tempo

    Resposta curta: um UAD desse não é essencial, vc pode adquirir com o tempo.

    Complementando (lá vai textão):
    O chamado DSP, que é esse negócio de um equipamento "de fora" fazer o processamento com plugin é muito bacana e já desafoga um pouco o computador. Dependendo de quanto teu HW pode fazer isso e de quais plugins ele pode fazer isso, é só um pouco mesmo. Aqui em casa, o que come muito desempenho do PC é os plugin de bateria, saca? Se eu tivesse um HW pra fazer o DSP fora do PC, seria ótimo, mas no meu caso, o DSP da minha interface não ajuda muito pq ela se limita aos plugins nativos dela. Sendo assim, eu, particularmente, uso este recurso mais pra aplicar processamentos que eu já sei antecipadamente que vai precisar e já deixar uma parte do tratamento da track pronta, pra gravar a track o mais próximo de pronta possível. Quer dizer: gate, um compressor com pouca característica, um limiter, HPF/LPF, coisa que é certeza que vai precisar e que não vai precisar mexer, saca? Taco essas paradas já no input, digamos assim, e a track gravada já é gravada processada com esses caras. Tipo quando vc microfona uma 4x12 e já sabe que vai precisar de um low cut, já grava com o low cut, depois na DAW vc não precisa colocar um plugin pra fazer isso. Mas isso é o meu HW me limitando, no seu caso, a tua focusrite é bem mais avançada e eu acredito que nela seja possível ir muito além. Um equipo como esse da UAD te permite ainda mais além!

    Mas a questão é: mesmo sendo um estúdio de ponta, há necessidade disso? Se não, é só jogar dinheiro fora. Eu acredito que primeiro vc investe num computador bom, depois, se vc achar que ele não tá dando conta, daí vc pensa em soluções. Como o PC vai ser focado pra áudio, eu acho que se houver esse problema, então é mais negócio investir em uma dessa UAD do que em upgrade no computador. Mas o negócio é que vc está se antecipando em relação a um problema que talvez nem ocorra, sacou? Outra coisa que dev ser levada em consideração é que os DAW mais atuais estão mais dinâmicos em relação ao desempenho, quer dizer, eles "usam somente o necessário". O povo vêm falando que isso é nítido como água no caso do pro-tools 10 para o 11, o 11 é muito mais leve, só fica pesado se vc enche ele de coisa, mas daí não é mais a DAW que tá pesando, saca?

    Já que vc pretende gravar, uma coisa que muitas vezes é negligenciada é a acústica. Mano, isso é MUITO importante. Sério. Não adianta nada vc ter equipos de ponta se a acústica onde vai gravar for ruim.

    Ismah
    Veterano
    # nov/17
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    Pô cara, passa o VSTi para áudio, vai melhorar muitas e muitas vezes a qualidade do que tu está fazendo.

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # nov/17
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    acabaramosnicks
    entendi... obrigado man
    Já que vc pretende gravar, uma coisa que muitas vezes é negligenciada é a acústica. Mano, isso é MUITO importante. Sério. Não adianta nada vc ter equipos de ponta se a acústica onde vai gravar for ruim.
    sim!! no curso a gente ta aprendendo a construir rebatedores e painéis acusticos, a função do difusor e do bass trap, mas acho que contratar um engenheiro acustico é essencial

    acabaramosnicks
    Membro Novato
    # nov/17
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    The Man Who Sold The World
    Se não for muita invasão, só por curiosidade mesmo... que curso vc tá fazendo, e onde?

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # nov/17
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    acabaramosnicks
    num estudio aqui da minha cidade, curso de engenharia de audio e produção musical, qualquer coisa me avisa que eu te passo tudo que compõe o curso

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