trashit hc Veterano |
# ago/10
Como já comentei, em muitos sites de gravação você vai encontrar gente a favor de "masterizar" e outros que não são. Eu sou a favor do master, pois por exemplo, nas últimas gravações que fiz entendi finalmente o que acontece quando um arquivo *.WAV vira *.MP3: a compressão "detona" os harmônicos, o tiny box (frequencias entre 400 a 800 kHz) e os efeitos. Isso não é novidade porque nessa postagem Paulo Assis, nos adverte sobre a perda de "qualidade de aúdio" eu vejo por esse motivo: se gravamos em 24 bits 48.000 kHz, para convertemos em 32 bits 48.000 Khz float, para depois colocarmos em um CD que irá ficar com a qualidade de 16 bits 44.000 kHz e depois disso ainda vamos converter em MP3 que irá compactar o arquivo de 32 megabytes em 3.0 megabytes! Lembre-se que uma compressão de aúdio é diferente de uma compressão de dados, pois quando "comprimimos" um diretório, organizamos seus arquivos num lugar só, quando comprimimos um audio, mexemos no seus Hertz.
Por que fazer um pré master?
Antigamente os engenheiros de som faziam 3 versão do mesmo disco: uma pra o vinil, uma para cassete e uma para rádio e tv. Quando chegou a era da gravação digital, os engenheiros acharam que as mil tarefas de um disco seriam cortadas pela metade, que tudo se resolveria apenas na mixagem, porém os primeiros cd mostraram que antigos processos, seriam substiuiídos por novos como a conversão A/D (analógico para digital) pois foi provado que um som digital tinha "deficiência" em harmômicos, graves e ainda excesso de agudos, ou seja muitas etapas continuariam. Hoje em dia o melhor que se tem a fazer com um CD é montar um versão *.WAV e outra *.MP3. Tudo na música é questão de equalizar e comprimir para fazermos a música sair como imaginarmos (não falo aqui sobre a etapa de gravação e sim da mixagem). O nosso problema é que muitas vezes quem não tem um "super equipamento" pode ter defiência em fazer sua música "soar com densidade e intensidade" por isso não basta apenas "mixar e mandar para o CD" ou "mixar, masterizar e mandar para o CD" talvez você precise de um terceiro processo e nesse caso entra o "pré master". Essa fase você já faz na mixagem colocando vários plugin no "buss" e nas pistas, porém além consumir um uso de "CPU" muito alto na hora e quando chegar pode ter uma desagravel supresa, ao cortar ou aumentar frequências e comprimir., por isso vou sugerir a você ao invés de fazer 3 processos (gravação, mixagem e masterização) fazer 4 ( gravação, mixagem, pré master e masterização).
Etapa 1) Mixagem: ao invés de você fazer um "buss" colocar as pistas direcionado a ele (como bateria por exemplo) e encher sua pista com plugins e ainda o buss, sugiro que faça um processo bem mais simples: coloque nas pistas apenas equalização e compressão (e ainda se quiser mais um efeito) e nos buss deixe sem nada, ou coloque efeitos de delay ou modulação (chorus, flanger) mas não coloque nenhum tipo de compressor multi banda, reverb ou outro equalizador Nesses "busses" coloque o bumbo e o baixo no buss 1, resto da bateria no buss 2, instrumentos de ritmo (teclado, violão, guitarra) no buss 3, instrumentos solos ou arranjos no buss 4 e no buss 5 a voz. Ajuste a mixagem a gosto e agora ao invés de dar um "render" em tudo (ou seja transformar tudo em um só arquivo) de apenas um render nos "busses" separando eles em pistas (uma pra cada buss). No master deixe um plugin limiter com uma regulagem de -2 dB o threshold, 100 ms de realease (ou mais) e - 1 dB de output, mas não deixe a pista comprimir totalmente!
Etapa 2) Pré master: muitas vezes um pré master evita que você faça um master, pois dependendo dos seus ajustes, torna desnecessário fazer um master (se gravar direto num cd, sem a necessidade de um volume extremo). Para isso, agora crie novamente 5 buss e cada um deles coloque as pistas que foram feito o "render" (Bumbo e baixo 1, bateria 2, ritmo 3, solo 4 e voz 5) e em cada bus coloque os plugins de stereo enchancer (não é necessariamente obrigatório), equalização ( aumente ou diminua as frequencias entre 400 e 800 Hz), compressor multibanda (aqui para mexer nas frequencias, mexa levemente indo de dB em dB) e reverb (isso é também é opcional, apenas para simular um ambiente. Se você já colocou na mixagem, disconsiderede). Não deixei nada no "master" e deixe a música respirar (não comprima demais), converta tudo num arquivo 32 bits float 48.000 kHz.
Etapa 3)Masterização: Aqui nós iremos equilibrar as frequencias em geral e deixar a música alta (para os preguiçosos que não gostam de aumentar o volume), iremos fazer o seguinte: com um equalizador linear (faça um low end em 30 hz, varra o som usando um Q de uma oitava e 1 negativo e verifique se há falhas de som nos graves, e com um Q de uma oitava e 1 positivo verifique se há falhas nos agudos e dê um high end entre 12 khz e 22 khz) um compressor (o master deixe um plugin limiter com uma regulagem de -6 dB o threshold, 100 ms de realease (ou mais) e - 1 dB de output. porém escute se a música não estoure). Deixe o master em - 1 Db e no bus deixe em - 2 Db. Se você agora colocar a música num CD ou salvar a mesma em MP3, automaticamente os picos dela ficarão entre - 1.0 e - 0.2 dB. Lembrando: muitas vezes com um fazendo um pré master não é nescessariamente fazer um master. Dependendo dos volumes que você usou na etapa anterior, podem acontecer "pump" no som (o ato da música ficar pulando fora de fase.
Lembre-se: muitas vezes o que atrapalha a voz, é o volume de algum instrumento, pois pode entrar em conflito em alguma hora. Para isso deixe a voz como "instrumento principal" (geralmente no pop, pop rock e sertanejo) e com a "envolope" aumente e reduza o volume das trilhas, ao invés de mexer nos faders. Para quem faz música eletrônica deixe o baixo e o bumbo como instrumento principal, se for um "Heavy metal" guitarra e bateria e assim por diante conforme o estilo.... Tenha sempre uma referência! Compare sua música com outra!
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