De uma vez por todas: análise e comparação entre Wav e Mp3 em diferentes bitrates.

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Minow
Veterano
# dez/08 · Editado por: Minow


Resolvi fazer a título de curiosidade uma comparação entre o espectro de uma mesma música em Wav e Mp3 em 320kbps, 192kbps e 128kbps.

Abri um analisador em cada trilha e toquei tudo ao mesmo tempo, ou seja, o som analisado foi exatamente o mesmo trecho para todas as trilhas.
Seguem as fotos dos analisadores:

Wav

Mp3 320 kbps

Mp3 192 kbps

Mp3 128 kbps

Como dá pra ver, em 320kbps começa-se a se perder freqüências em mais ou menos 18kHz.

Em 192kbps, a diferença em relação a 320kbps é apenas em -40dB, e acima de 19kHz

Em 128kbps, a diferença é bem mais grotesca, a partir dos 15kHz praticamente já não se ouve mais nada.

Estou disponibilizando o arquivo do Photoshop, quem tiver o programa pode visualizar os diferentes layers, comparando as imagens "uma em cima da outra", é mais fácil de ver.

Resumindo: existe diferença. Agora, sentir essa diferença é outra coisa. Aqui em casa eu consigo notar uma diferença abissal entre Wav e 128kbps, uma razoável pra 192kbps, agora, pra 320kbps já fica mais complicado. Dá pra notar a diferença, mas não é tão clara. Isso aqui, com as minhas caixas/fones e minha placa de som, não tenho como fazer esse teste com uma placa onboard, mas pra quem quiser fazer o teste, tou disponibilizando um trecho da música:

Trecho em Wav

Trecho em 320kbps

Trecho em 192kbps

Trecho em 128kbps

Pra constar:
-A música analisada foi Savor, do primeiro disco do Santana.
-O rip do cd foi feito com o dBpoweramp.
-O encoder de mp3 usado foi o Lame.
-O Software multipista usado foi o Pro Tools 7.4
-O analisador foi o PAZ, da Waves.
-Tudo em 16bits e 44.1 kHz.


É isso aí, espero que sirva pra alguém mesmo que como curiosidade!
Abraços.

BaNdAiD
Veterano
# dez/08
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Minow

É isso aí, espero que sirva pra alguém mesmo que como curiosidade!

ótimo tópico!!
Mas o que eu acho mais problemático do que a falta de qualidade no formato mp3, é a falta de qualidade na reprodução. A maioria dos aparelhos usados hoje em dia mal reproduzem estas frequencias que estão em falta...sem contar a irracional obsseção pelas frequencias graves! É bass boost, subwoofer, max bass, e por ai vai...só se houve graves!

Minow
Veterano
# dez/08
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BaNdAiD
Concordo em gênero, número e grau! Agora a moda é grave, grave, grave, mesmo tudo embolado.
Agora, qualidade de som mesmo, ninguém se importa.
Meu sisteminha Bose eu não troco não. Hehehehe

BaNdAiD
Veterano
# dez/08
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Minow

Agora, qualidade de som mesmo, ninguém se importa.

Exatamente, o pessoal compra celular pq toca musica...aquelas porcarias com falante de 1/4 de polegada, pior que radinho de pilha pra ouvir jogo de futebol!!!

É RIDICULO!!


Meu sisteminha Bose eu não troco não. Hehehehe

hueheuheuheuheuehuhe!! Pelo menos vc está ciente que ele não serve pra ouvir musica, mas só pra ganhar umas gatinhas!!

Minow
Veterano
# dez/08
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BaNdAiD
hueheuheuheuheuehuhe!! Pelo menos vc está ciente que ele não serve pra ouvir musica, mas só pra ganhar umas gatinhas!!

Antes fosse em carro... eu ando de metrô, isso aí é em casa mesmo. Hahahaha

The Root Of All Evil
Veterano
# dez/08 · Editado por: The Root Of All Evil
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Agora, sentir essa diferença é outra coisa.

As taxas de compressão alcançadas pelo MP3 chegam a até 12 vezes, dependendo da qualidade desejada. Para fazer isso o MP3 utiliza-se, além das técnicas habituais de compressão, de estudos de psico-acústica, sendo que estes permitem aproveitar-se das limitações e imperfeições da audição humana.

A utilização dos limites da audição humana baseia-se em três princípios básicos:

* 1)Faixa de frequência audível dos seres humanos;
* 2)Limiar de audição na faixa de frequência audível;
* 3)Mascaramento em frequência e mascaramento temporal.

* Faixa de frequência audível humana: O ouvido humano, devido às suas limitações físicas, é capaz de detectar sons em uma faixa de frequência que varia de 20Hz a 20KHz, sendo que estes valores podem variar de indivíduo para indivíduo e também com a idade (com o envelhecimento perdemos a capacidade de ouvir frequências mais altas). Desta forma, não faz sentido armazenar dados referentes a sons fora desta faixa de frequência, pois ao serem reproduzidos, os mesmos não serão percebidos por um ser humano. Esta é a primeira limitação da audição humana do qual o sistema MP3 faz uso para alcançar altas taxas de compressão. De acordo com o Teorema de Nyquist, para garantir a reprodução de um sinal, temos de amostrá-lo pelo menos a duas vezes sua frequência máxima. Ou seja, neste caso, como a frequência máxima de interesse é 20KHz, basta amostrar a 40KHz. Utilizam-se 44100Hz como taxa de amostragem, pois levam-se em consideração 10% de tolerância e busca-se um valor produto dos quatro primeiros números primos. (Obs. (2x3x5x7)^2 = 44100). Desta forma, esta taxa de amostragem funciona como um filtro passa-baixas, que remove todos os componentes de frequência fora da faixa de interesse, neste caso, acima de 20Khz.

* Limiar de audição na faixa de frequência audível: Outro fator utilizado pela codificação MP3 é a curva de percepção da audição humana dentro da faixa de frequências audíveis, ou Limiar de Audição. Apesar da faixa de audição humana variar entre 20Hz e 20KHz, a sensibilidade para sons dentro desta faixa não é uniforme. Ou seja, a percepção da intensidade de um som varia com a frequência em que este se encontra. Desta forma, o MP3 utiliza-se desta propriedade para obter compressão em arquivos de áudios. Esta abordagem é bastante intuitiva, sendo que o que se faz é descartar amostras que se encontrem abaixo deste limiar.

* Mascaramento em frequência e mascaramento temporal: Por fim, uma última propriedade da audição humana ainda é utilizada pelo método é o chamado mascaramento auditivo, ou "audiabilidade diminuída de um som devido à presença de outro", podendo este ser em frequência ou no tempo. O mascaramento em frequência ocorre quando um som que normalmente poderia ser ouvido é mascarado por outro, de maior intensidade, que encontra-se em uma frequência próxima. Ou seja, o limiar de audição é modificado (aumentado) na região próxima à frequência do som que causa o ocorrência do mascaramento, sendo que isto se deve à limitação da percepção de frequências do ouvido humano. O mascaramento em frequência depende da frequência em que o sinal se encontra, podendo variar de 100Hz a 4KHz. Em função deste comportamento, o que o método de compressão do MP3 faz é identificar casos de mascaramento em frequência e descartar sinais que não serão audíveis devido a este fenômeno. Além do mascaramento em frequência, temos ainda o mascaramento no tempo, sendo que este ocorre quando um som forte é precedido por um mais fraco que encontra-se em uma frequência próxima à do primeiro. Se o intervalo de tempo entre os dois for suficientemente pequeno, este som mais fraco não será percebido pela audição humana. Se um som é mascarado após um som mais forte, temos o chamado pós-mascaramento. No caso de um som ser mascarado antes do som mais forte, temos o que chamamos de pré-mascaramento. O pré-mascaramento existe só por um curto momento, cerca de 20ms, enquanto que o pós-mascaramento tem efeito por até 200ms. O método de compressão do MP3 utiliza-se portanto deste fenômeno, identificando casos onde o mesmo ocorre e descartando sons que seriam mascarados, o que permiter reduzir a informação de áudio consideravelmente sem mudança audível.


/wikipedia

Minow
Veterano
# dez/08
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The Root Of All Evil
Bom texto. ;)
E o Flac e Apple Lossless, como funciona? Hehehe

BaNdAiD
Veterano
# dez/08
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The Root Of All Evil

Lembrando que agente não ouve somente com os ouvidos, né. A sensação das ondas sonoras no nosso corpo também compõe a "audição" humana.

Quanto melhor o sistema de transdução, mais nítida é a diferença entre os formatos.
Sugiro a seguinte experiencia: Quando tiverem a oportunidade, escutem em monitores de referencia de boa qualidade uma musica de um CD e a mesma musica ripada em mp3.

Minow
Veterano
# dez/08
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BaNdAiD
E ainda cabe ressaltar que o ambiente também influencia diretamente no som.

BaNdAiD
Veterano
# dez/08
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Minow

sim, mas ai já não está envolvida a questão do formato.

Minow
Veterano
# dez/08 · Editado por: Minow
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The Root Of All Evil
Agora que eu vi o Agora, sentir essa diferença é outra coisa.

O mp3 é uma invenção maravilhosa, não existe nada melhor e mais prático pra ouvir música.

Agora, o que você quis dizer é que não dá pra notar a diferença, porque o texto explica como funciona mais ou menos o lance do mp3. Só que ele explica como ele faz a compressão, no texto mesmo ele diz que perde algumas freqüências, não diz em lugar nenhum que você não nota diferença entre um e outro.
Só que acontece que eu acabei de provar por a + b que do wav pra o 128 você deixa de ouvir aí pelo menos uns 5khz. Vai confiar num texto ou numa prova concreta que tá aí na sua frente?
Pega os áudios e faz o teste, se você não notar diferença você é feliz.
Eu não deixo nada em 128, o limite pra mim é 192.

The Root Of All Evil
Veterano
# dez/08 · Editado por: The Root Of All Evil
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Mino
Só que acontece que eu acabei de provar por a + b que do wav pra o 128 você deixa de ouvir aí pelo menos uns 5khz.

Eu não vi grandes diferenças entre os gráficos ali que tu mostrou do wave pra mp3, quanto mais perceber isso com os ouvidos. Pra mim não provou por A + B que no 128 você deixa de ouvir certas frequências, afinal de contas, podem ser as frequências que mesmo estando dentro da faixa da audição naturalmente não seriam ouvidas, como são explicadas no texto, como as do caso 3, por exemplo. Sem contar que as frequências que aparentemente foram peridas ali estão próximas do LIMITE da audição humana, o que é algo a ser levado em conta.

É preciso considerar vários outros fatores antes de dizer que provou algo só por mostrar aquele gráfico ali.

no texto mesmo ele diz que perde algumas freqüências

As que teoricamente não influenciariam em nada.



Vai confiar num texto ou numa prova concreta que tá aí na sua frente?

Isso não é prova concreta nenhuma.
Me mostra um artigo científico com vários experimentos e testes de audição e levando todos estes fatores citados no texto e outros mais, que ai sim é uma prova concreta, só esta imagem não é nada.

Pega os áudios e faz o teste, se você não notar diferença você é feliz.

Eu sou feliz.


BaNdAiD
A sensação das ondas sonoras no nosso corpo também compõe a "audição" humana.

Isso não é audição, pode ser tato e até visão.

Quem usa os estímulos de ondas sonoras pra ouvir são os anfíbios, a gente não percebe som com outras partes do corpo.

Minow
Veterano
# dez/08
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The Root Of All Evil
Eu não vi grandes diferenças entre os gráficos ali que tu mostrou do wave pra mp3

Cara, eu botei o cursor em cima pra mostrar a perda.
Faz o seguinte, você tem o Photoshop? Pega o arquivo que eu botei e vai mexendo nos layers, você vai ver perfeitamente.

quanto mais perceber isso com os ouvidos.

Aí já são outros 500. Eu percebo CLARAMENTE a diferença de Wav pra 128.

Pra mim não provou por A + B que no 128 você deixa de ouvir certas frequências, afinal de contas, podem ser as frequências que mesmo estando dentro da faixa da audição naturalmente não seriam ouvidas

Claro que são ouvidas, são harmônicos que simplesmente desaparecem, é como se você desligasse um enhancer. O gráfico tá ali mostrando. Se fossem freqüências acima de 18kHz muita gente não ia notar mesmo, principalmente pessoas mais velhas. Agora, a partir de 15kHz ele já some com todos os harmônicos em 128kbps.

Sem contar que as frequências que aparentemente foram peridas ali estão próximas do LIMITE da audição humana, o que é algo a ser levado em conta.

Nem tão. É como eu disse, em 15kHz dá pra a gente escutar tudo numa boa.

É preciso considerar vários outros fatores antes de dizer que provou algo só por mostrar aquele gráfico ali.


Tipo quais?
O gráfico mostra exatamente a perda, quanto menor o bitrate, mais freqüências se perde.

As que teoricamente não influenciariam em nada.

Bom, 15kHz influencia sim.
E cabe ressaltar que a onda nas freqüências médias e graves também muda.

Isso não é prova concreta nenhuma.
Me mostra um artigo científico com vários experimentos e testes de audição e levando todos estes fatores citados no texto e outros mais, que ai sim é uma prova concreta, só esta imagem não é nada.


Claro que é, não é questão de "você ouve e eu não", é gráfico, tá aí na frente. Isso é um experimento que prova por a + b o que todo mundo já dizia, mas tem gente que cisma em discutir que não faz diferença. Se você não nota diferença, provavelmente é porque suas caixas/placa não tem uma resposta de freqüência tão ampla e já devem cortar harmônicos mesmo em Wav.
Se não fizesse diferença, ninguém estaria preocupado com dither, ninguém ia se preocupar com freqüências acima de 15k (já que elas "não existem" mesmo, e iriam mixar tudo em Mp3 porque ocupa menos espaço em disco.

Vou fazer o seguinte, vou gerar sons de 12 a 20kHz e postar aqui pra ver se dá pra escutar.

Minow
Veterano
# dez/08
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http://forum.cifraclub.com.br/forum/16/199421/

Lucas_fms
Veterano
# dez/08
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Minow

Muito bom o tópico!

Essas discussões são sempre polêmicas e ao mesmo tempo edificantes!

Tenho uma sugestão: se pegarmos o wav e o mp3 abrirmos em duas pistas no Soundforge, e ai inverter a fase de um dos arquivos e depois juntá-los. Todas as frequências iguais se cancelariam e apenas as diferenças entre um e outro seriam audiveis. (quer dizer, pelo menos eu acho que aconteceria isso hahhaa). Se tiver algum erro ai no meu raciocinio me avisem hahahah

The Root Of All Evil
Veterano
# dez/08 · Editado por: The Root Of All Evil
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Minow
As que teoricamente não influenciariam em nada.

Bom, 15kHz influencia sim.



Nem sempre, você não leu no texto sobre "Mascaramento em frequência e mascaramento temporal" ?
Ali explica.



Claro que é

Não é com aquela foto que se prova que todas as frequências que foram perdidas são realmente ouvidas, por mais que estejam dentro da capacidade humana de audição.

não é questão de "você ouve e eu não"
Nem falei disso.

Isso é um experimento que prova por a + b o que todo mundo já dizia, mas tem gente que cisma em discutir que não faz diferença.

NÃO prova.

Uma simples foto não prova que todas as frequências que foram perdidas eram ouvidas, pois como se sabe, dependendo do contexto, mesmo frequências dentro da capacidade humana podem não ser ouvidas.


Achar que com uma foto você prova isso é pensar de maneira muito minimalista.

Cara, eu botei o cursor em cima pra mostrar a perda.
Faz o seguinte, você tem o Photoshop? Pega o arquivo que eu botei e vai mexendo nos layers, você vai ver perfeitamente.


Botei aqui um gráfico em cima do outro e as diferenças são pequenas. Precisaria de testes pra mostrar que as perdas eram de fato relevantes.

Lucas_fms
Veterano
# dez/08 · Editado por: Lucas_fms
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The Root Of All Evil

Se alguem se disponibilizar isso que eu falei, vai ser possivel ver se as frequencias que foram perdidas são realmente audiveis.

EDIT: eu não faço pois estou realmente sem tempo

Minow
Veterano
# dez/08
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The Root Of All Evil
Nem sempre, você não leu no texto sobre "Mascaramento em frequência e mascaramento temporal" ?
Ali explica.


Sim, sempre, a não ser que você seja surdo.

Esse negócio de mascaramento não significa que vá deixar de perder freqüências, cara.

Uma simples foto não prova que todas as frequências que foram perdidas eram ouvidas, pois como se sabe, dependendo do contexto, mesmo frequências dentro da capacidade humana podem não ser ouvidas.

Pra isso eu fiz aquele outro tópico, pra ver se dá pra ouvir as freqüências.

Botei aqui um gráfico em cima do outro e as diferenças são pequenas.

PEQUENAS?
Compara o Wav com o 128! Olha lá em 15k pra você ver a pequena diferença! A diferença é que em um existe som lá, no outro não. Não é uma pequena atenuação, é ausência mesmo.

Lucas_fms
Cara, isso é uma ótima idéia mesmo! Mas eu tentei fazer aqui e não cancelou nada. E acho que fiz tudo certo.

Uma curiosidade: o Mp3 (em qualquer bitrate) fica um pouco maior que o Wav. Dá até pra ver isso nessas fotos.

Lucas_fms
Veterano
# dez/08
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Minow

Estranho!

O Paulo Assis, o cara que escreve nesse blog www.audioclicks.com.br fez uma experiencia semelhante.

Eu nunca tentei fazer isso não! Ve lá no texto dele se ele fez algo de especial, é o primeiro post que tá la

Minow
Veterano
# dez/08
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Lucas_fms
Ah sim, mas o que ele fez foi retirar apenas o white noise, tem como fazer isso direto no sound forge selecionando qual freqüência você quer tirar. Mas não sei retirar todas as freqüências presentes na música em Mp3, aí o buraco é mais embaixo. =P
Tentei invertendo a fase, mas ele soma normalmente.
Se tiver alguma idéia, manda...

Acho que já sei o que vou fazer.
Vou aplicar um filtro passa altas acima de 15k no Wav e no Mp3 128kbps.

laemcasa
Veterano
# dez/08
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Minow

(y) Belo tópico! Vou deixar anotado aqui pq quero ver tudo com calma, inclusive o "teste" de audição das frequencias q vc criou no outro tópico, excelente! Parabéns ae pelo trabalho, espero q muitas pessoas façam bom uso das informações q vc colheu. "Aquele" abraço xD

The Root Of All Evil

HUm, fofuxaum, beleza pura??

The Root Of All Evil
Veterano
# dez/08
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Minow
Esse negócio de mascaramento não significa que vá deixar de perder freqüências, cara.


Não to falando que vai deixar de perder frequências!!!

To falando que a frequência não vai ser ouvida!

Leia novamente, parece que você não tá entendendo.

A frequência vai ser perdida, mas vai ser uma frequência que por estar mascarada não seria ouvida normmalmente, portanto ela não vai fazer falta.

Pra isso eu fiz aquele outro tópico, pra ver se dá pra ouvir as freqüências.
Vai continuar dando pra ouvir as frequências ISOLADAS, mas elas devem ser analisadas no CONTEXTO, pra poder levar em conta os fatores citados no texto da wikipedia.




Compara o Wav com o 128! Olha lá em 15k pra você ver a pequena diferença! A diferença é que em um existe som lá, no outro não. Não é uma pequena atenuação, é ausência mesmo.

Tá ausente, mas o que eu to falando a horas é que tem que analisar se elas poderiam ser ouvidas... Só o afto da frequência estar presente E estar na faixa de capacidade humana não quer dizer que ela de fato será ouvida.

uma curiosidade: o Mp3 (em qualquer bitrate) fica um pouco maior que o Wav. Dá até pra ver isso nessas fotos.

Maior em que sentido?
Se está falando na duração, é porque quando exporta mp3 ele acrescenta um pedacinho de silêncio no começo.

The Root Of All Evil
Veterano
# dez/08
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laemcasa
HUm, fofuxaum, beleza pura??

E ae fofinho!
Tá sumido hein.

Minow
Veterano
# dez/08
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The Root Of All Evil
Não to falando que vai deixar de perder frequências!!!

To falando que a frequência não vai ser ouvida!


E como você sabe disso?
Porque leu num texto na Wikipedia? Haaaan.

A frequência vai ser perdida, mas vai ser uma frequência que por estar mascarada não seria ouvida normmalmente, portanto ela não vai fazer falta.

Tanto vai que eu vejo diferença entre os áudios.

Vai continuar dando pra ouvir as frequências ISOLADAS, mas elas devem ser analisadas no CONTEXTO, pra poder levar em conta os fatores citados no texto da wikipedia.

Não.
Como eu disse no outro tópico, uma freqüência isolada alta é uma coisa, agora, todas as freqüências de 15k a 20k são 5 mil freqüências diferentes que deixam de existir.

laemcasa
Opa, sumidão, hein, japa?
Manda um abraço pra aquela japinha. o/

Minow
Veterano
# dez/08
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The Root Of All Evil
Olha isso:

The Enhance function boosts the very highest frequencies (close to the Nyquist frequency) in the sound file, making the sound file sound more vivid. It is useful for compensating for the effects of downsampling or for bringing out very fast transients in a sound file.


The Nyquist Frequency (or Nyquist Rate) is one half of the sample rate and represents the highest frequency that can be recorded using the sample rate without aliasing. For example, the Nyquist Frequency of 44,100 Hz is 22,050 Hz. Any frequencies higher than 22,050 Hz will produce aliasing distortion in the sample if no anti-aliasing filter is used while recording.



Assim que eu descobrir como canelo todas as freqüências abaixo de X eu posto aqui.
Passa altas não dá, ele continua reproduzindo freqüências na faixa dos 7k ainda.

The Root Of All Evil
Veterano
# dez/08
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Minow
E como você sabe disso?
Porque leu num texto na Wikipedia? Haaaan.


O ônus da prova é de quem diz que tá errado.
Vai pesquisar então e prove que o que está escrito naquele texto está errado, mas é pra provar com fontes.

Tanto vai que eu vejo diferença entre os áudios.

E você pode chegar e afirmar assim com toda certeza que é por causa daquela frequência a diferença entre os áudios?
Como se este fosse o único fator em questão...



Não.
Como eu disse no outro tópico, uma freqüência isolada alta é uma coisa, agora, todas as freqüências de 15k a 20k são 5 mil freqüências diferentes que deixam de existir.


Você não entendeu o que eu disse, porque sua resposta não teve nada a ver, leia novamente o post.

E obs: não são 5 mil frequências, são infinitas, e quanto maior, mais dificil de serem ouvidas.
E não tem nada a ver o fato de serem 5 mil ou infinitas frequências, são as frequências que estão sendo emitidas num determinado momento é que contam, isso que vai dizer se elas serão ouvidas ou não, ainda mais, as outras frequências que estão sendo emitidas juntas E as que foram emitidas antes ou serão depois [no caso do mascaramento]

Agora fui-me.

Minow
Veterano
# dez/08 · Editado por: Minow
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The Root Of All Evil
E você pode chegar e afirmar assim com toda certeza que é por causa daquela frequência a diferença entre os áudios?

Lógico que sim! Por que mais seria?!

O ônus da prova é de quem diz que tá errado.
Vai pesquisar então e prove que o que está escrito naquele texto está errado, mas é pra provar com fontes.


O mesmo texto que você tá usando de "fonte" diz:

O método de compressão com perdas empregado na compressão do MP3 consiste em retirar do áudio tudo aquilo que o ouvido humano normalmente não conseguiria perceber, devido a fenômenos de mascaramento de sons e de limitações da audição humana (embora pessoas com ouvido absoluto possam perceber tais perdas).


O que sons complexos tem a ver com ouvido absoluto?
O cara que escreveu esse texto é um imbecil que nunca ouviu falar em série harmônica e tá escrevendo sobre isso, desculpa aí. Mas mesmo esse imbecil disse em vários lugares que o mp3 tem perdas em relação ao som descomprimido.
Ele tá só explicando como funciona a compressão do mp3.
Observe isso:

O mascaramento em frequência ocorre quando um som que normalmente poderia ser ouvido é mascarado por outro, de maior intensidade, que encontra-se em uma frequência próxima. Ou seja, o limiar de audição é modificado (aumentado) na região próxima à frequência do som que causa o ocorrência do mascaramento, sendo que isto se deve à limitação da percepção de frequências do ouvido humano.

Ou seja, ele pega várias freqüências independentes e transforma em uma só, pra "ocupar menos espaço".

Se o intervalo de tempo entre os dois for suficientemente pequeno, este som mais fraco não será percebido pela audição humana

Oh sim, isso é verdade.
Continuando:

O pré-mascaramento existe só por um curto momento, cerca de 20ms, enquanto que o pós-mascaramento tem efeito por até 200ms.

Legal, já ajuda... acontece que nosso ouvido é capaz de perceber sons distintos a partir de 5ms.

Lendo esse texto (sem fonte), e com o pouco conhecimento que eu tenho eu já sou capaz de apresentar argumentos contra a (sua) suposta proposição de que o mp3 não possui perda audível em relação ao som descomprimido - apesar dele não dizer isso, ou tentar provar isso em lugar nenhum do texto.


Pois bem:

1- Eu apresentei provas concretas de que existe a perda de freqüências entre o som comprimido e descomprimido.

2- O texto da Wikipedia, além de não ter fonte e ser equivocado em alguns pontos, nunca afirma não existir diferença audível entre o Wav e Mp3, muito pelo contrário.

3- Seu argumento é "mas o texto disse que", só que ele nunca disse o mesmo que você, apenas tentou explicar como funciona a compressão.

The Root Of All Evil
Veterano
# dez/08
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Minow
1- Eu apresentei provas concretas de que existe a perda de freqüências entre o som comprimido e descomprimido.

Eu questionei isso, o que eu questiono é se estas perdas são significativas à audição ou não, coisa que com uma simples foto você não é capaz de provar.


2- O texto da Wikipedia, além de não ter fonte e ser equivocado em alguns pontos, nunca afirma não existir diferença audível entre o Wav e Mp3, muito pelo contrário.

E eu disse que ele afirmava isso?

3- Seu argumento é "mas o texto disse que", só que ele nunca disse o mesmo que você, apenas tentou explicar como funciona a compressão.


Esse não é meu argumento, você pode voltar e ler tudo que eu postei aqui e vai ver que não é este, apesar de ele estar baseado no texto. Que se você não concorda, você deve procurar OUTRO TEXTO que prove que ele está errado e não tentar provar o contrário com o que você mesmo acha.

Legal, já ajuda... acontece que nosso ouvido é capaz de perceber sons distintos a partir de 5ms.


Tá vendo? isso mostra que sua interpretação está ruim...

Não se trata de um simples som diferente 5 ms depois do outro, e sim de sons com diferenças de intensidades.

E outra, esta informação dos 5 ms você tirou de onde?


Ou seja, ele pega várias freqüências independentes e transforma em uma só, pra "ocupar menos espaço".


Ele faz isso com frequências que seriam mascaradas, ou seja, não seriam ouvidas, devido ao contexto delas.


O que sons complexos tem a ver com ouvido absoluto?

Tudo a ver.
Som é frequência, ouvido absoluto está relacionado com a capacidade de percepção de som, logo de frequência.

Minow
Veterano
# dez/08
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The Root Of All Evil

Eu questionei isso, o que eu questiono é se estas perdas são significativas à audição ou não, coisa que com uma simples foto você não é capaz de provar.

Eu vou, assim que descobrir como faço pra limar uma faixa de freqüências no Sound Forge.

E eu disse que ele afirmava isso?

Bem, é isso que você tá afirmando, e seu único argumento é esse texto.

Que se você não concorda, você deve procurar OUTRO TEXTO que prove que ele está errado e não tentar provar o contrário com o que você mesmo acha.

Por quê? Um texto na internet tem muito menos credibilidade do que o que EU SEI. Eu não saio vomitando um monte de achismos sobre o que não sei. Se eu sei, eu falo, senão, me mantenho em silêncio.

Não se trata de um simples som diferente 5 ms depois do outro, e sim de sons com diferenças de intensidades.

Sim, eu entendi. Mas a partir de 5 ms já é possível percebê-los e sua procedência, por causa de um fenômeno chamado Efeito Haas, e cabe salientar que mesmo abaixo de 5 ms, entre repetições de sons, pode haver cancelamento de fase.


E outra, esta informação dos 5 ms você tirou de onde?

Manual Prático de Acústica - Sólon do Valle ou Acústica Musical em Palavras e Sons - Flo Menezes. Não lembro, mas é um desses.

Ele faz isso com frequências que seriam mascaradas, ou seja, não seriam ouvidas, devido ao contexto delas.

Não. Ele pega várias freqüências próximas e converte em uma só. Elas seriam ouvidas, mas estariam muito próximas de outras, ele só faz uma "economia" de freqüências, entendeu?

Tudo a ver.
Som é frequência, ouvido absoluto está relacionado com a capacidade de percepção de som, logo de frequência.


Não.
Ouvido absoluto está relacionado a capacidade de percepção das freqüências fundamentais, não múltiplas.
Nem um cachorro é capaz de identificar (não notar, veja bem) com clareza essas freqüências. O espectralismo é totalmente baseado nelas, então você simplesmente acaba de negar a existência ou veracidade do gênero. ;)

Bog
Veterano
# dez/08
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Minow

Vou continuar de onde eu estava falando no outro tópico, ok?

Bom, então, o ponto é que em parte, o The Root Of All Evil tem um pouco de razão. Em tese, as frequências cortadas SÃO difíceis de perceber, mesmo estando dentro do alcance da audição. Na verdade, é bem simples, se você olha como fica na transformada discreta de Fourrier em um trecho suficientemente pequeno. Você enxerga um monte de frequências aparecendo um monte, e uma pequenininha lá, quase insignificante. Em tese, você é capaz de ouvir aquele pedacinho de senóide, mas na prática, é muito difícil de perceber ela no meio das outras coisas. Numa imagem, seria equivalente a um pontinho marrom escuro no meio de um gramado. Se você substituir ele por um pontinho preto, não vai nem perceber. Agora, se o pontinho marrom estava no meio de um quadrado verde chapado, você pode notar que algo mudou. Tudo vai depender da vizinhança.

Claro que quanto mais dessas "coisinhas insignificantes" você cortar, menos insignificantes elas serão... Neste ponto é que acho que o The Root Of All Evil e você se chocam. Como eu disse lá, eu também percebo a diferença entre um arquivo a 128 bps e outro a 320. Mas só comparando lado a lado, com muita atenção. O que quer dizer que as perdas a 128 bps são pequenas o suficiente para serem difíceis de perceber, ou mesmo imperceptíveis, dependendo da pessoa e do equipamento usado (num monitor vagabundo, o nosso pixel marrom-que-virou-preto tb é imperceptível). Mas em certas condições, são perceptíveis sim.

Mas é certo que o fato de frequências serem perdidas, mesmo que estejam na nossa faixa de audição, não quer dizer que a falta delas será percebida! Depende muito de quanto e de onde você está tirando!

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