Ilhado (Álbum 100% caseiro: progressivo/psicodélico/ópera-rock/maioria instrumental) - 45min

    Autor Mensagem
    sergiorojo
    Veterano
    # fev/14


    Olá pessoal!

    Terminei há um tempo meu 1º álbum totalmente caseiro.

    Metade das músicas são instrumentais (algo meio psicodélico, bastante progressivo), a outra tem letras. É bastante calmo, e segue uma linha ópera-rock (que conta uma história), e gira em todo de um ambiente só: o mar. Sugiro ouvirem de fones de ouvido haha, porque tem MUITA linha de efeitos/ambientação/instrumentos.

    O problema é: demorei mais de um ano pra gravar. Nesse meio tempo, perdi algumas faixas instrumentais, fiquei com preguiça, computador deu problema, não tive tempo, e essas coisas da vida. Então já aponto alguns erros: algumas coisinhas tão fora de sincronia e algumas partes não cantei muito bem (meu foco é guitarra haha). Tempos depois pude perceber um pouco de exagero nos graves, mas no futuro talvez corrija...

    Mesmo assim, foi de coração. Gravei com meu violão e guitarra no pc. As linhas de piano, teclado e bateria fiz com Guitar Pro e FL Studio (para converter para timbres decentes) e mixei no Audacity (os vocais gravei com câmera de vídeo e converti haha)... Então, se eu puder ajudar em alguma coisa desse tipo, posso tentar!

    Qualquer crítica é bem vinda!

    Valeu!

    [utube]youtube.com[/utube]

    Mu_Cephei
    Veterano
    # fev/14
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    Zarpagem: Gostei bastante, não vi nenhum ponto negativo a ser destacado.

    O mergulho: Em relação à parte instrumental, há alguns problemas como falta de sincronia (como você mesmo disse), e algumas dissonâncias que parecem ser não intencionais. A letra, por estar em português, parece meio "estranha" para mim. O vocal desafina às vezes e está mal posicionado na mix (mas é compreensível pelo equip da gravação).

    Ilhado: gostei da atmosfera inicial, o dedilhado ficou bacana também, mas a descidinha lembra a música anterior.

    Tubarões: Boa atmosfera também, mas o vocal soa mal, espero que não leve a mal (eu também faço coisas que soam mal, não sou o dono do mundo). A vibe da música é bacana, mas não entendi qual seria a relação da letra com o tema do álbum (mar).

    Ilhado (parte 2): Boa música também... apenas fique atento na questão da execução, pois magicamente qualquer mínimo erro (principalmente em cordas) pode ser detectado pelo ouvinte. Curti a parte da voz :)

    À deriva: a ideia da melodia vocal é boa, mas a letra é estranha e a performance vocal também. Não dá pra saber direito se a música é feliz ou triste...parece que o arranjo é drasticamente incoerente em relação à harmonia e à melodia.

    SOS: a mesma coisa da anterior: a linha instrumental parece feliz, mas os efeitos colocam a música para baixo. Parece que estou tendo um pesadelo no mundo do Bob Sponja (por favor, leve na brincadeira :D) Mais para o final a música toma um rumo bacana, mas parece que acaba antes da hora.

    Mensagem na garrafa: Lembra um blues no começo. A letra parece mais coerente com o tema do álbum. O mesmo problema das outras músicas na questão do vocal ocorre nesta também.

    Ancoragem: Igualmente às outras músicas instrumentais, essa tem uma boa ambientação, e achei a finalização (da parte em que entra a bateria até o final) bem "épica".

    No geral, existem problemas de mix, como EQ, compressão, pan (que às vezes foi usado de maneira extrema), proporções de volume, etc. Na realidade, é praticamente impossível mixar com o audacity (pois você só consegue aplicar efeitos em uma track renderizando-a), e criar um ÁLBUM sozinho é um trabalho muito complicado, pois você gerencia toda a parte musical e de mix do processo. O seu trabalho foi válido, mas não o veja como o ponto ideal. Existem muitas coisas a serem melhoradas.

    Bom, falando por experiência própria, eu gravei um EP ano passado (de música experimental), e, nessa época, eu não tinha o conhecimento de mix que eu tenho hoje (não que eu saiba muita coisa, mas sei mais do que sabia nessa época). Eu não sabia direito o que era compressão paralela, usava EQ extrema, só fui arrumar o pan no final da mix, entre outras besteiras. Na sessão da master, meus conhecimentos já estavam um pouco melhores, então consegui arrumar algumas coisas (e piorar outras, hehe).

    Enviei esse EP para dois selos virtuais de música experimental e um eclético, e meu trabalho foi negado pelos três. Mês passado, enviei para um outro selo de música ambiente e ele foi aceito. Moral da história: nunca se ache o melhor, mas também não se ache um lixo. Eu sei que meu trabalho não foi o melhor que eu fiz na vida, e ouvindo ele hoje já consigo perceber coisas que antes não percebia.

    Acho que é isso, agora o negócio é estudar EQ, compressão, filtros, FX, e etc. Se precisar de algo, estamos aí.

    led123_del321
    Veterano
    # fev/14
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    Acho que o ponto forte do teu trabalho foi a vontade de fazer a idéia acontecer, apesar das limitações técnicas. Você tem disposição, e isso é muito importante!

    Por outro lado, de um modo geral, acho que você deve trabalhar VOCÊ como músico; principalmente no que diz repeito à tecnica. Invista em você principalmente; não se preocupe tanto com a produção por enquanto.

    Como letrista também. Ainda precisa trabalhar bastante quanto a função musical da letra. Numa música, a letra não serve só pra passar mensagem. Você tem que esculpir a melodia com as palavras. Analise isso em outras letras e observe o que funciona, e o que não funciona. Vai praticando, escrevendo, que você vai pegando a manha. Como eu disse, disposição, me parece que você tem de sobra.

    Apesar disso tudo, gostei do trabalho. Fiquei imaginando... Isso aí, mais lapidado, deve crescer bastante!

    sergiorojo
    Veterano
    # fev/14
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    Mu_Cephei

    É, quanto as dissonâncias, sofri um pouco para mixar as linhas e não ficarem emboladas haha, acho que o Audacity e falta de experiência prejudicaram bastante nisso.

    Ah, é que esqueci de falar que o tema marítimo é uma metáfora pra sociedade (pelo menos com eu vejo), então inclui alguns clichês como alienação na escola (deriva); quem manda na sociedade (empresários - tubarões); e que essas coisas parecem um pouco mais tolerantes quando você encontra alguém (mensagem na garrafa)... não sei se muda sua visão da À Deriva, mas pensando agora ela tá bem diferente das outras mesmo.

    Hahahahahaha relaxa, ri na parte do Bob Esponja =p. A "SOS" é meio que um "erro" no álbum, foi a primeira das 9 músicas que gravei, e como o tema era marítimo eu, no começo, acabei colocando ela. Aí não fazia muito sentido na história, tanto que mudei o nome pra "SOS" de última hora... Mas pensando agora dá pra melhorar.

    Cara, eu agradeço profundamente por ter ouvido e comentador música por música. Queria poder dedicar mais tempo mas é meio tenso haha... Mas nas próximas (ou caso regrave o álbum) vou procurar seguir suas dicas. Tem muita coisa que não manjo... acho que vocal é um problemão haha. Novamente, muito obrigado!



    led123_del321

    Entendi... também acho que faltou muita técnica, é que chegou uma hora que eu só queria terminar rs.

    Ah, quanto a letra, acho que é bem relativo... Bob Dylan e Roger Water fazem umas músicas bem "faladas" ao invés de cantadas, e o Roger muitas vezes nem rima, ou estende algumas palavras pra encaixarem nos versos, meio que "forçando" a letra na melodia... Como sou super fã do Roger e Pink Floyd acho que essas coisas tão meio grudadas em mim haha. Mas vou ir tentando melhorar, muito obrigado!!

    d.u.n.h.a.
    Veterano
    # fev/14
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    Numa música, a letra não serve só pra passar mensagem. Você tem que esculpir a melodia com as palavras.

    Quem disse?

    led123_del321
    Veterano
    # fev/14
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    sergiorojo
    d.u.n.h.a.

    Vou tentar me expressar melhor.

    A letra tem que "vestir" a melodia, e vice-versa, tem que soar fluido. Mesmo quando é uma música falada, a letra tem que ser musical, entendem? E a rima é o de menos... tem muita coisa sem rima (Renato Russo) que tem essa fluidez.

    Sair escrevendo que nem doido, sem critério, pode dar nisso aqui:



    Adler3x3
    Veterano
    # fev/14 · Editado por: Adler3x3
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    sergiorojo

    Vou fazer um post longo.
    O ideal é até você imprimir para ler com calma.

    Musicalmente gostei do Álbum bem no estilo Pink Floyd.
    Quanto a questão das gravações e do áudio final estão prejudicadas pelas limitações dos equipamentos que você tem.
    Mas você conseguiu um bom protótipo do Álbum.
    Muitas vezes gosto de escutar músicas como você fez, do que outras que estão até num nível profissional, mas são secas e sem conteúdo, tudo soa certinho, mas não são boas.
    Mas aqui estou escutando como músico, não como um ouvinte normal.
    Um ouvinte normal não vai gostar (até pode gostar de algumas partes), e nem vai comprar.
    Principalmente a voz compromete tudo. (mas eu escutando e conhecendo as minhas limitações algumas partes até ficaram razoáveis).
    Todos nós temos limitações.
    Mas o ouvinte final vai escutar em mídias diferentes tipo celular, e a master final esta com sérios problemas, e assim a audição fica prejudicada.
    Gosto de escutar e sentir a criatividade e sentimentos do músico, independente de problemas de áudio.
    Quanto ao vocal tem que convidar um cantor de verdade, definitivamente aqui não é a sua praia.
    Claro escutando aqui entendo esta parte e limitação, e fico imaginando como ficaria a música na voz de um bom cantor.
    Quanto a letra é muito relativo apresentar críticas numa primeira audição.
    Com um cantor melhor vai ser possível detectar as partes que tem problemas, e podem ser revisadas.
    Quanto ao Álbum em geral a maior virtude é que flui..., assim como o mar com os seus fluxos e refluxos.

    O material é muito bom e inspirador, não é qualquer um que consegue montar um Álbum, só aqui você já conseguiu uma Vitória.
    Para evitar perdas de arquivos tem que melhorar o sistema de organização e fazer backups
    Um ano até que não foi um prazo tão longo assim, acho que foi normal.
    A mixagem deveria ser feita no próprio FL, ou não sei se esta confundindo um pouco as coisas e fez uma espécie de Master no Audacity. para exportar o arquivo de áudio.
    O Audacity é um Editor de áudio uma ferramenta auxiliar de uma DAW, para editar pequenos trechos. (importando e exportando loops, fazendo correções até chegar num bom resultado).
    O FL Studio é bom e poderoso, mas existem outras opções, mas com ele dá para fazer um bom trabalho.

    Processo básico: (na verdade é bem mais complexo, do que isto, e a ordem sequencial de fazer as partes pode variar).
    01- Ter a música composta com todas as linhas de instrumentos; (nem sempre isto é possível, no processo criativo podem surgir novas ideias a medida que vamos gravando, e novas tracks podem ser pensadas e feitas)
    02- Preparar o processo de captação (fazer testes, conferir tudo, anotar todas as configurações, pois as gravações vão ser feitas aos poucos,e o Álbum para ter uma consistência e unidade tem que usar configurações compatíveis, o que não se anota, depois não se lembra;)
    03- Gravar cada track com os instrumentos reais, e ouvindo ouvindo, e regravando caso seja necessário;
    3.1 Antes de gravar, tem que ensaiar , ensaiar e ensaiar.
    04- Fixar a track, ou seja corrigir os pequenos erros, aplicando efeitos caso seja necessário, até que a track soe bem individualmente;
    05- O mesmo processo para os instrumentos virtuais (cuidado especial na humanização de midi);
    06- Separar na organização das tracks os instrumentos por famílias;
    07- Começar o processo de mixagem escutando primeiro duas trakcs juntas, como por exemplo a bateria e o baixo, e ir liberando mais tracks, como o violão na sequência, guitarra, teclado etc.
    08- Detectar problemas de tracks quando soam em conjunto, as vezes temos que refazer uma track, que muito embora soe bem individualmente, mas no conjunto não fica boa (as vezes o problema não é só de áudio, e sim problema da composição mesmo, que tem que ser refeita, ou mudando oitavas do instrumento, ou refazendo totalmente esta parte);
    E cuidado aqui também as vezes uma track de guitarra com efeitos de distorção não soa bem individualmente, mas soa bem no conjunto.
    Usar os recursos da DAW na questão de automação das tracks.
    09- Fixar todas as tracks até que soem bem no conjunto;
    10- Fazer o trabalho de pan, e aplicar efeitos necessários na master geral; (também faz parte do processo do ítem 8)
    11- No geral no processo de mixagem inicial não se preocupar tanto com o volume, trabalhar mais na audição, neste processo para escutar mais alto basta aumentar o volume, ou na própria DAW ou no conjunto do sistema de som (monitores);
    Mas ficar sempre atento para os problemas de clip, nenhuma track pode ter clip, e no conjunto também.
    Pequenos problemas de clip podem ser resolvidos via faixa de automação seja na track individual ou na master.
    12- Depois de parecer que tudo esta soando bem, abaixar o volume para o normal (numa forma proporcional no caso de uso track por track, ou no volume geral da Master trackl, pois cada instrumento vai estar com um volume diferentes, e inserir efeitos na Master Geral que vão preparar a música para um som mais comercial. com a ambiência e níveis de stereo adequados (um volume adequado a ser escutado nas diversas mídias;
    13- Exportar para o áudio, e escutar em diferentes mídias, e detectar os problemas, e voltar a algumas partes do processo para fazer as correções.
    14- Aplicar uma masterização num software apropriado, caso não tenha, usar a própria Master Geral da DAW, e depois num Editor de Áudio externo fazer mais algumas adições que possibilitem um volume equilibrado e nada de exagerado.
    Você pode montar um planilha de controle elencando todas as tracks, numa espécie de check list e ir conferindo tudo nos menores detalhes. (o nível de detalhes vai depender do conhecimento geral sobre home studio, particularmente nos efeitos, e na ordem correta de sua aplicação).
    E nesta mesma planilha pode conter outros dados da música, configurações, datas de gravações etc..., enfim o limite vai ser a sua criatividade.
    E assim tem que organizar as pastas de arquivos no computador, separando os projetos, tudo de forma clara.
    Montar até um ficha de projeto desmembrada e organizada por arquivos, cifras, partituras, e até detalhes de um pequeno loop (com seus acordes ou notas), pois se não se anota tempos depois , tem que redescobrir e tirar de ouvido o que já feito, mas não anotado.
    As tracks tem que ficar bem identificadas, assim como as pequenas partes, loops etc...
    Aqui entra a disciplina e a paciência, um passo de cada vez, com tudo anotado.
    Pode parecer que ser perde tempo anotando e criando uma certa burocracia, mas que é necessária, e depois na sequência esta organização ajuda e se ganha até tempo.
    Tem que controlar a ansiedade e quando for fazer as partes mais importantes tem que estar descansado.

    E não exagerar nos efeitos, ou a gravação foi bem feita ou não.
    O instrumento real ou virtual é bom ou não.
    No geral um bom instrumento requer pequenos e suaves ajustes, nada de radical.
    Quantos menos efeitos melhor.
    Acredite quanto menos efeitos realmente fica melhor. (tem que saber dosar)
    O importante é que a track soe bem.
    - Equalização - se o instrumento é bom não necessita muita coisa, as vezes é melhor eliminar certas frequências (baixa e alta) do que ampliar frequências (somente se necessário, lembre o instrumento real se bem captado já vai estar com uma boa eq.
    Reverb- cuidado, evitar reverb sobre reverb, o que leva a destruição
    , lembre que o reverb é importante para dar profundidade e colocar cada instrumento dentro da imagem musical, ou no espaço por exemplo que ocupa num palco, só que na música eletrônica feita virtualmente isto é muito relativo.
    E num home studio a princípio é melhor usar reverb de estúdio, a não ser em casos especiais que queira se dar um ambiente de música ao vivo, ou tocada num ambiente especial.
    Reverb sempre de leve.
    Outros efeitos - sempre com cuidado.
    Estudar a sequência certa da aplicação dos efeitos, que podem variar conforme o instrumento.
    Querer criar timbres através de efeitos não é uma prática recomendável, e voltamos novamente a frase "ou o instrumento é bom ou não".
    E tem outro ponto : O instrumento pode ser bom, mas pode não ser adequado ao estilo musical.
    Por exemplo se tem uma guitarra voltada mais para jazz, e quer transformar numa guitarra de rock, e vice versa.
    O resultado desta transformação na maioria das vezes não fica bom.
    O exagero de efeitos só é válido para instrumentos virtuais da música puramente eletrônica onde tudo se pode para se obter um timbre especial.
    Claro no caso das guitarras tem que ter cuidado, a maioria dos plugins existentes exagera no efeito.
    E assim tem que ajustar manualmente.
    Os presets só servem para dar um ideia, cada preset foi criado dentro de um certa música com certos instrumentos, e cada caso é um caso, o que foi bom para quem montou um preset, pode não ser bom para você.
    O ideal é você ir criando os seus próprios presets de acordo com os seus instrumentos e de acordo com o estilo musical.
    E também no caso de instrumentos virtuais entra em cena o processo de humanização de midi, item muito importante.
    Além é claro das linhas de automação, que podem variar na linha do tempo da música.
    É um erro deixar o nível de efeitos de uma track sempre no mesmo valor no decorrer de uma música, e estas variações podem ser inseridas na automação, o que vai enriquecer mais ainda, e propiciar um resultado final melhor.
    Os efeitos existem para incorporar melhorias e fazer pequenas correções, nada de exagero, a partir do momento que tem que se exagerar, é um mal sinal de que a gravação não foi bem feita, ou o músico não executou bem (e aqui não tem efeito que dê jeito), e não tem outro jeito senão gravar de novo.

    Eu mesmo dei uma parada na divulgação das minhas músicas, que estavam com sérios problemas de mixagem e master.
    Estou numa fase de transição e me organizando com controles de qualidade, e aos poucos noto que o meu som esta melhorando e muito.
    Em breve quero sair desta fase de transição.

    Você tem que investir mais em equipamentos e softwares (instrumentos, plugins, sintetizadores, teclados, instrumentos virtuais VSTs com bons sintetizadores etc...) e estudar mais (e até fazer cursos) sobre gravações, mixagem e master final, enfim home studio em geral.
    Claro que tudo depende dos cifrões ($), e você tem um grande potencial de fazer trabalhos ainda melhores.
    E você vai ter que planejar na linha do tempo: novos recursos e estudos.
    No teu estilo de música um bom teclado arranjador ou até um controlador seria muito útil, e usando bons sintetizadores com instrumentos de alta qualidade vai te inspirar mais ainda.

    E isto vai ser uma fase de transição, que vai te levar a sonhos mais altos.
    Depois num passo seguinte refazer o projeto todo em com as técnicas a serem aprendidas no processo, desde a gravação, fixação das tracks, mixagem e master final.
    E neste meio termo do processo de transição continuar a compor e a gravar com o que tem mesmo, mas ir aprimorando, e fazendo pequenas partes ou músicas individuais, que até podem fazer parte de um novo Álbum.
    E a medida que for agregando mais recursos (equipamentos (interfaces de áudio, pedais, microfones e muito mais) e softwares) e progredindo nos estudos a qualidade de tudo vai ir aumentando aos poucos até atingir um nível bom.
    E você pode lançar Álbuns de forma independente, distribuindo pela Internet, como por exemplo pela CD Baby.
    Montando um controle de qualidade track por track, e como já foi dito arrumar um bom cantor. (e aqui a letra pode também ser revisada e aprimorada)
    Se gravar bem cada track e soar bem, facilita a mixagem.
    E o resultado final vai ficar bom, pois o seu projeto tem substância.
    No momento não é oportuno divulgar o Álbum, exceto para algumas pessoas que possam analisar e fazer críticas construtivas.

    Esta de parabéns pelo que já conseguiu fazer.

    led123_del321
    Veterano
    # fev/14 · Editado por: led123_del321
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    Realmente, apesar de tudo, é inspirador ouvir esse tipo de coisa, onde a intenção artística tá em primeiro plano.

    E só pra complementar... Na questão das letras, a que eu gostei menos foi a primeira (O mergulho). As outras eu já achei que soaram com mais naturalidade. Mas o detalhe de a performance vocal influenciar, também faz sentido.

    ps: tá tão inspirador, que eu acabei fazendo uma versão pra "O Mergulho"... Se quiser ouvir, eu até posto aqui.

    sergiorojo
    Veterano
    # fev/14
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    Mu_Cephei

    Po, bacana! Boa sorte na suas músicas cara!

    led123_del321

    (Vergolha alheia com esse vídeo HAHAH). Cara, acho que não ficou tão claro ainda... Se puder citar os trechos/músicas que tá falando! Tentei evitar "rimas pobres" (verbo-verbo) e coisas do tipo. Mas, pra falar a verdade, tive muita dificuldade na 1ª (O Mergulho), e ela foi meio enrolada no começo rs, mas acabou que achei legal a ideia de chamar o ouvinte, soando como uma abertura do álbum.

    Legal, quero sim! Manda a versão aí!

    Adler3x3

    Como não vai dar tempo de ler/responder decentemente agora, depois leio, mas já agradeço muito pelas dicas de edição!

    led123_del321
    Veterano
    # fev/14 · Editado por: led123_del321
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    sergiorojo

    Pois é... Não sei se eu conseguiria verbalizar totalmente o que quero dizer, já que é uma coisa que eu fui (e ainda estou) entendendo aos poucos, prestando atenção, escrevendo, testando.

    Mas vou tentar...

    Bom... Tem que saber articular as palavras, ou seja, o primeiro fonema da palavra seguinte deve "encaixar" com o último fonema da palavra anterior.

    Não pode repetir demais o mesmo fonema ou sílaba num mesmo verso. Além de ficar ruim de ouvir, fica mais difícil de dizer também.

    Quando concluir um verso, e já tiver a melodia, faça um teste apenas dizendo esse verso (sem a melodia), respeitando a divisão rítmica que você estabeleceu (marcando o tempo enquanto diz), e veja se as palavras "sugerem", implicitamente, a tal melodia.

    Ter cuidado com a sílaba tônica. Uma vez ou outra você pode deslocar a tônica, mas sem abusar. Imagina se você for falar assim, como fica estranho.

    Enfim... Te confesso que to meio perdido pra te explicar, pois não é um assunto que eu tenho sistematizado, ou que eu tenha estudado; então fica difícil pra verbalizar, como eu disse. É mais um conhecimento não-verbal, talvez.

    Sobre a dificuldade com letra de "O Mergulho", talvez possa ser por ela ter uma intenção melódica que pede uma letra em inglês, talvez. Quando eu falei que a letra esculpe a melodia, também pode significar que a língua meio que dita padrões rítmicos nas melodias. Por isso que tem rock em português que soa estranho, quando se prende demais a esses padrões rítmicos/melódicos de músicas em inglês. A música do Inri Cristo foi o exemplo mais extremo que eu achei pra passar essa idéia :D Não to dizendo que seja impossível, por exemplo, fazer um blues em português soar realmente como um blues, mas é um pouco mais difícil.

    Mas não tome isso como verdade não... É só a minha visão das cosias!

    Sobre a versão, gravei aqui rapidão... também não to cantando lá essas coisa não, mas tá aí!

    https://soundcloud.com/take8/dive-26-02-2014

    Fiz só uma parte só...


    Dive

    Close your eyes
    Forget the noiseless scream
    Hold your breath
    And now come dive with me

    Feel the sand below
    The breeze, you'll feel it blow
    Let the thought just melt
    Through the sea

    Go wherever you go
    Dive away from world
    Healing the hell


    Adler3x3
    Veterano
    # fev/14 · Editado por: Adler3x3
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    sergiorojo
    Vai com calma não precisa responder logo em seguida.
    Mas se tiver alguma dúvida e algum ponto parecer meio obscuro pergunte.

    led123._del321
    Como não sabemos cantar, o nosso processo de composição esta mais voltado para a parte instrumental, que tem um tom, e soa muito bem neste tom considerando os instrumentos.
    Muitas vezes para poder cantar uma música tem que fazer mudanças de tom, de modo que o cantor possa cantar a melodia dentro das suas possibilidades mais confortavelmente.
    Como a música é originalmente composta para o instrumental, é natural que surjam dificuldades, ou muitas vezes a nossa voz não é tão ruim assim, mas dentro do tom existente fica impossível cantar direito.
    Eu por exemplo não sei cantar de forma decente, e assim tenho dificuldade de compor uma música com letra para um cantor poder executar.
    E se for fazer uma música que tenha partes de canto, tenho antes de mais nada verificar qual é o tom mais apropriado para a voz, considerando o tipo de cantor(a) (Tenor, Baritono, Soprano, Contralto etc...) e a extensão das notas, tessitura e mais.
    E o erro mais comum que se percebe ao ouvir muitas gravações caseiras, são erros de tom, além de outros problemas de desempenho.

    led123_del321
    Veterano
    # fev/14
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    Adler3x3

    Realmente... É mais ou menos como compor pra guitarra, sem saber tocar guitarra. Não manjar tanto a linguagem do instrumento acaba sendo uma limitação mesmo.

    led123_del321
    Veterano
    # mar/14 · Editado por: led123_del321
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    Acabei fazendo o resto :P

    Coloquei ambas as versões lado a lado, pra você analisar melhor o que eu tentei explicar acima.

    O Mergulho
    Dive

    Feche os olhos
    Close your eyes
    Esqueça o barulho
    Forget the noiseless scream
    Prenda a respiração
    Hold your breath
    E venha pro mergulho
    And now come dive with me

    Sinta seus pés na areia
    Feel the sand below
    Sinta a brisa soprar
    The breeze, you'll feel it blow
    Deixe o seu pensamento
    Let the thought just melt
    Dissolver no mar
    Through the sea

    Vá para qualquer direção
    Go wherever you go
    Mergulhe pra longe do mundo
    Dive away from world
    Como solução
    Healing the hell

    Abra os olhos
    Unclose your eyes
    Olhe para longe
    And get the voiceless stream
    Deixe a corrente do mar
    Over breast
    Te levar pro horizonte
    The line comes overseas

    Esqueça pra'onde quer ir
    Unlearn the place you'll go
    Pra'onde pensou que ia chegar
    What now you feel as goal
    O mar que parecia largo
    The ocean is not that wide
    Guarda seu lugar
    Holds a field

    Vá para qualquer direção
    Go wherever you go
    Mergulhe pra longe do mundo
    Dive away from world
    Como solução
    Healing the hell
    Vá, mergulhe pra longe do mundo
    Go
    Dive away from world
    Como solução
    Healing the hell

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