Estou fora do mundo

Autor Mensagem
Lelo Mig
Membro
# jun/22 · Editado por: Lelo Mig
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Wanton

"Rock: década de 1990 foi a melhor."

Grunge? Trilha Sonora de burguês deprê revoltadinho com o papi (mas sem recusar a mesada, claro!).

EMO? Trilha Sonora de burguês viadinho revoltadinho com o papi (mas sem recusar a mesada e a maquiagem da irmã, claro!).

Indie, New English Rock, etc? Trilha Sonora de burguês drogadinho revoltadinho com o papi (mas sem recusar a mesada e o prozak, claro!).

JJJ
Veterano
# jun/22 · Editado por: JJJ
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Rock: década de 1990 foi a melhor.

Pirou na batata... A melhor "década" do rock foi de 1966 a 1975, com margem de erro de 2 anos, para mais ou para menos.

Aqui, um exemplo bem no meio disso:

https://www.loudersound.com/features/71-reasons-why-1971-is-rock-s-gre atest-ever-year

Me arrume um ano da década de 90 que tenha um terço disso aí...

makumbator
Moderador
# jun/22
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JJJ

Meu rock preferido é anos 70 e 80, mas anos 90 teve coisas bem legais no metal mais extremo.

Wanton
Veterano
# jun/22
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Sabia que vocês iriam me achar um herege.

Falando sério, pega o Rush dos anos 70, época em que o Neil Peart se deixava seduzir por Ayn Rand. As músicas são muito boas, mas a letra de Anthem, por exemplo, é uma bela merda. The Trees também é escrotinha. Tem várias. Aí, nos anos 90, o cara escreveu Half the Wolrd, escreveu Resist, escreveu Nobody's Hero.

Os anos 90 rompeu com o rock misógino que se arrastava por décadas. Vejam aquelas bandas de merda dos anos 80, cujas letras não se diferem em nada do sertanejo universitário. As bandas dos anos 90 passaram a falar de coisas difíceis, exploraram estéticas mais complexas, ficaram mais punks, mais sujas, menos ingênuas.

A década de 1990 foi a década na qual o rock finalmente encontrou a sua vocação.

Wanton
Veterano
# jun/22
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Lelo Mig
revoltadinho com o papi



JJJ
Veterano
# jun/22
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makumbator

É fato Mas eu não sou um cara do metal extremo... Nem de longe.

Wanton

Se você quer algo mais "punk", vai de punk de uma vez... Que, aliás, cai no período que citei.

E letra? Ah... Foda-se a letra. It's only rock and roll...

makumbator
Moderador
# jun/22
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JJJ
It's only rock and roll...

...but I like it.

Wanton
Sabia que vocês iriam me achar um herege.

Não achei herege. E ninguém discordou que o melhor pop é o dos anos 80, como vc apontou.

kafka à beira-mar
Membro Novato
# jun/22
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Época boa era 1890. Marchas e ragtime. O resto foi só decadência.

Lelo Mig
Membro
# jun/22 · Editado por: Lelo Mig
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Wanton

Dei uma provocada, só prá zuar, citei uns estilos aleatórios dos 90 prá ver se você era fanboy de algum e caia no bait...hehe

Eu até gosto de uma ou outra coisa dos 90, mas essa onda de New Metal, Industrial, RAP Metal, Crossover, Thrashrap, Metalhardcore, Alternative Metal, pessoal de L.A e C.A é o que menos gosto. Nunca bateu em mim.

Prá ser honesto já tava velho pro Rock´n´Roll nos 90 (too old to rock´n´roll; too young to die) e desejoso por novidades, então, assim como nosso amigo makumbator fui mais impactado pelos sons extremos, como Carcass - Heartwork de 93.

Mas, acabo preferindo final dos 90 e início dos 2000, onde algumas coisas realmente me surpreenderam e achei que a vida inteligente no rock tinha voltado.









brunohardrocker
Veterano
# jun/22
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Eu me tornei alguém que aprecia desde o blues até os ultimos do Radiohead. Do woodstock 69 até alumas coisas do lollapalooza.
Claro que separando muito joio no trigo.

Me julguem.

renatocaster
Moderador
# jun/22
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Lelo Mig

Fui ouvir a canção "nova sensação do momento" Acorda Pedrinho!

Clip é bom. A música uma bosta horrorosa!


Pior é que eu acho essa música legalzinha.

Insufferable Bear
Membro
# jun/22
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makumbator
*1810. E aí podemos conversar.
Sai daqui vovô.
Bartok >>>> Clementi

Simonhead
Veterano
# jun/22
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brunohardrocker

Sobre música, surpreendentemente, eu não parei naquilo que me deslumbrada dos 15 aos 20. Tive que superar alguns preconceitos e abrir mão da guitarra distorcida por um pouco. Teve coisa nova que descobri e também coisa ja velha que antes eu detestava, mas hoje o ouvido respeita.

Boa!! o/

makumbator
Moderador
# jun/22
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JJJ

https://www.uol.com.br/esporte/ultimas-noticias/2022/06/28/luva-de-ped reiro-falcao-futsal-empresario.htm

Wanton
Veterano
# jun/22
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JJJ
Foda-se a letra. It's only rock and roll...

Não é nem pela letra em si, é pela postura diante da vida. O rock sempre pôs o dedo em alguma ferida e isso foi muito bem feito nos 90's - o troço pegou tão pesado que não foram poucos os músicos desse período que se mataram.

É claro que cada época tem o seu valor. Meu gosto tem muito mais a ver com a idade que eu tinha na época do que com qualquer justificação racional. Quem me puxou para o rock foram o Paul McCartney e o Freddie Mercury. Não sou capaz de ser injusto com quem veio antes.


Lelo Mig
caia no bait

Jogo sujo. O bait era meu! Quis me aproveitar para cutucar as vacas sagradas, porque a maioria do público de rock não resiste a ter suas percepções estéticas confrontadas, tipo, por gente que acha Tool muito melhor do que Led Zeppelin. Vicarious é a minha Stairway to Heaven.

Lelo Mig
Membro
# jun/22
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Wanton

"a maioria do público de rock não resiste a ter suas percepções estéticas confrontadas..."

Tenho muitas manias e defeitos, mas nunca fui fanboy de ninguém e não sou conservador.

Claro que tenho um pé nos 60-70, mas não por idolatria ou achar melhor, mas porque existe um tipo de experiência, aquela que te emociona, fere profundamente, molda seu caráter e que você (infelizmente) nunca mais vai experimentar com a intensidade e tesão de um pré adolescente. Isso marca muito forte. Essa é a "melhor música" porque é o seu melhor momento para captar.

Há também um problema, que já relatei aqui outras vezes, eu sempre, de certa forma, busquei aquele baque de primeira vez e vai ficando cada vez mais difícil uma banda te surpreender. Um cara que ouviu o tanto de música que eu ouvi fica muito rodado.

Mas, e não são poucas, bandas conseguiram me surpreender... o Tool é uma delas. Mas, também não me sinto na obrigação de estar "antenado" o tempo todo não, eu tenho a liberdade de caminhar para frente e para trás na linha do tempo, assim como ouço coisas novas, ouço coisas de gerações anteriores a minha e também muita coisa me surpreende. Até porque eu não ouço só rock e, modéstia à parte, muito poucas pessoas possuem um leque musical tão abrangente como o meu. Eu sou um ouvinte que procura o envolvimento, uma experiência metafísica, não ouço música de fundo, de ambiente, minha relação com a música é meio psicótica.

Eu ouço Led Zepellin, ouço Tool, e ouço:



Insufferable Bear
Membro
# jun/22
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Tool
more like sTool

Insufferable Bear
Membro
# jun/22
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eu nasci na década certa mas no século errado

Lelo Mig
Membro
# jun/22
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Insufferable Bear

"nasci na década certa mas no século errado"

Pense pelo lado positivo, do século 20, prá trás, você muito provavelmente seria um camponês fudido que ouviria música uma vez por ano quando passasse um grupo de artistas mambembes no seu vilarejo.

Com certeza você conhece e têm acesso a muito mais músicas do século 17 e 18 do que se tivesse vivido neles.

brunohardrocker
Veterano
# jun/22
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Lelo Mig

Talvez ele esteja falando do século XXII, onde todos os humanoides estarão escutando algum tipo de musica bem bizarro e usando gentoo.

-Dan
Veterano
# jun/22
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Lelo Mig
Mas, acabo preferindo final dos 90 e início dos 2000, onde algumas coisas realmente me surpreenderam e achei que a vida inteligente no rock tinha voltado.

Gosto dessas 4 bandas que voce citou o/

-Dan
Veterano
# jun/22
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Lelo Mig
Balela! Isso você diz a sí mesmo para se sentir descolado e moderninho. Música pop você gosta ou não. Se têm que fazer algum esforço para gostar já esta deslocado no tempo.
Você pode compreender porque um jovem gosta de K Pop ou de Pablo Vittar, mas se você é adulto e gosta, melhor começar a se preocupar.

Uai, por que se preocupar?

Pode gostar médio de alguma música?

Você fica velho, querendo ou não, e se não pintou o cabelo de azul quando tinha 16 anos não vai ficar jovem porque pintou agora.

No máximo vai ser o tiozão do churrasco do cabelo azul.


É porque voce leva muito a serio a música e a tem como parametro de identidade, um verdadeiro identificador de quem as pessoas são. Não tem problema fazer isso, mas cuidado com generalizações. Depois que voce começa a atrelar músicas a contextos, entende-los e experimenta-los, essa codificação de posturas baseadas em música perde boa parte do sentido.

Eu me preocupo em ouvir coisas que me agradam em determinados contextos. Não me preocupo muito em taxar o que me desagrada ou taxar as pessoas que escutam o que me desagrada.


O que esta por trás do "no meu tempo era melhor" é o fato de que tudo é melhor quando somos jovens. E não faz diferença quando você foi jovem, se hoje ou há 40 anos atrás.


Nostalgia pura e simples.

Lelo Mig
Membro
# jun/22 · Editado por: Lelo Mig
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-Dan

"Uai, por que se preocupar?"

Porque me parece sinal de imaturidade ou necessidade de sentir-se parte dos jovens de fato, não pela "música ser ruim" mas por não dizer nada à alguém de outra geração. Quase todo mundo que conheço que costuma dizer "tenho 40/50/60 anos mas tenho espírito de 18" costuma ser um completo idiota superficial. Para quem consome música apenas por diversão e entretenimento, não vejo problema, mas não acredito que funcione com quem busca conexões mais intensas com música.

Entenda uma coisa, "meu jovem", diferente da grande maioria eu não acho que envelhecer e amadurecer sejam coisas boas. Após os 40, é só decadência.

"Nostalgia pura e simples."

Sim, com certeza. Acho que o que escrevi ao Wanton descreve bem o que é nostalgia: "existe um tipo de experiência, aquela que te emociona, fere profundamente, molda seu caráter e que você (infelizmente) nunca mais vai experimentar com a intensidade e tesão de um pré adolescente. Isso marca muito forte. Essa é a "melhor música" porque é o seu melhor momento para captar."

E duvido muito que alguém com mais de 40 anos fique imune a isso. (o que é bem diferente de recusar a manter-se conectado com o que é novo e aberto à ele).

makumbator
Moderador
# jun/22
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Lelo Mig
eu não acho que envelhecer e amadurecer sejam coisas boas. Após os 40, é só decadência.


Aliás, venderam essa coisa de "melhor idade" como se fosse a melhor maravilha do mundo.

Lelo Mig
Membro
# jun/22 · Editado por: Lelo Mig
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makumbator

"venderam essa coisa de "melhor idade" como se fosse a melhor maravilha do mundo."

A melhor idade tem existido por um período (se iniciou no final dos anos 60 mas já esta no fim) e para um grupo limitado de pessoas:

Na maioria, mulheres, filhas de pais machistas, violentos e opressores e que, para se livrar do pai opressor, casaram com maridos igualmente opressores. Estas quando funcionárias públicas de bons cargos e ficando viúvas cedo (entre 50 e 60 anos), com seus filhos criados e casados, com a segurança financeira de sua pensões (não existe velhice boa sem dinheiro) e boa saúde, puderam gozar de todos os prazeres e liberdades que foram tolhidas em toda infância e juventude. Amigas, viagens, bailes, mimos, amores, sexo e etc.

Para este povo (uma elite) a "melhor idade" é um fato... e dura até o primeiro câncer de mama, AVC ou sintomas de Alzheimer.

JJJ
Veterano
# jun/22
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Lelo Mig
Membro
# jun/22 · Editado por: Lelo Mig
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JJJ

Concordo!

O Steve Wilson (Porcupine Tree), assim como o Maynard James e o Danny Carey (Tool), e mais alguns outros, são outro nível na relação com a música (relação que eu havia citado acima). Isso não faz eles melhores (mas são melhores para mim), não seguem as regras do maistream e do entretenimento como o K Pop ou Pablo Vittar que citei ao -Dan.

Por isso eles fazem música melhor "para meu gosto e apreciação".

Adogooo!



JJJ
Veterano
# jun/22 · Editado por: JJJ
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Lelo Mig

Sim, o cara tá muito certo. Mas não é só hoje. Na verdade, música que funciona, historicamente falando, quase sempre é "diferente'. Mais do mesmo pode até gerar um sucesso momentâneo, fugaz, mas o que fica pra posteridade é o que teve aquele lampejo de criatividade, o que saiu do lugar comum, o que inovou, o que mexeu com algo que não se tinha mexido antes.

E a parte do "mundo não precisar de mais música", tá mais certo ainda... kkkkkkkk

brunohardrocker
Veterano
# jun/22
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-Dan
Veterano
# jul/22
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Lelo Mig
Porque me parece sinal de imaturidade ou necessidade de sentir-se parte dos jovens de fato, não pela "música ser ruim" mas por não dizer nada à alguém de outra geração.

Me parece exageradamente taxativo essa questão da música não dizer nada a alguem só porque nasceu anos antes ou depois. Adolescente ouvindo musica dos anos 60 não me parece preocupante na mesma medida que voce considera preocupante um cara dos anos 60 ouvindo pop 2000. Mas ok, não sei se nessa regra que voce criou, deve-se exigir essa simetria.

Fiquei pensando se isso vale pra tudo alem musica. Velho que joga games, ve filmes infantis ou lê livros infanto juvenis, também deveriam se preocupar?

Quase todo mundo que conheço que costuma dizer "tenho 40/50/60 anos mas tenho espírito de 18" costuma ser um completo idiota superficial. Para quem consome música apenas por diversão e entretenimento, não vejo problema, mas não acredito que funcione com quem busca conexões mais intensas com música.

É o que falei sobre o contexto. Voce citou não ter problema pra quem consome musica apenas por diversão e entretenimento, o que acredito ser uma maioria gigantesca das pessoas. Nesse contexto, qualidade musical é a que confere mais diversão e entretenimento. Então, se voce tem relação intensa e religiosa com a musica, e assume um papel de criticar que está consumindo por diversao e entretenimento, fica meio incompativel.

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