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Lelo Mig Membro
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# abr/21 · Editado por: Lelo Mig
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-Dan
"Acho relevante pensar em qualidade de vida. Usando a holanda como exemplo, 2 salarios minimos voce vive bem legal."
Concordo!
Mesmo se pegarmos o exemplo clássico (apenas simbolicamente) do lavador de pratos nos EUA, o cara paga o aluguel de um apezinho no gheto, come e se veste. Acho que é esta a grande questão.
Tenho um amigo preto que vive na Austrália há um tempo, serviço simples mas com algum conforto para sustentar seus estudos. Ele me disse que ficou muito apreensivo quando foi (porque a Austrália e fundada por racistas e conhecemos a história de racismo com seu povo nativo, os aborígenes). Mas, ele me disse que o racismo de lá lhe incomoda menos que o daqui. Que lá ele não sente este "racismo recreativo" de ser olhado como um possível ladrão, quando esta num shopping ou parque e profissionalmente não sentiu também.
Disse que há apenas uma constante apreensão por estar numa terra de brancos "descendentes de cowboys", mas, na prática, até agora sente-se respeitado. E, lhe incomoda o fato, também, que ele com o tempo percebeu que o racismo que não existe por ele ser preto é canalizado aos povos indígenas locais.
Mas, neste momento ele precisa focar em ganhar o seu dinheiro, ter algum conforto e pagar seus estudos numa área específica onde negros são exceção. Ele lamenta, mas hoje, não pretende lutar pela causa aborígene, além do que possa, e prejudicar sua própria imigração.
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Samá Samutte Membro Novato |
# abr/21
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Voces sentem vontade real de se mudar do Brasil?
O meu plano é enviar os meus rebentos para fora do país [provavelmente EUA ou Europa] para que a minha descendência seja por lá estabelecida e meus netos conheçam o Brasil só a passeio. Meu primogênito tem 3 anos, ou seja, há muito futuro [ou não] ainda pela frente.
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Samá Samutte Membro Novato |
# abr/21 · Editado por: Samá Samutte
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Eu já pensei muito em sair daqui, mas nesse aspecto mais sonhador mesmo, sem nada de concreto [a despeito de já ter feito uma entrevista com o intuito de ser missionário na África e afins, todavia não passou disso]. Eu tenho 31 anos, filho pequeno, planos para mais filhos, já passei do tempo de arriscar algo nesse sentido. Meu objetivo, hoje, é conseguir melhorar mais a minha renda para proporcionar conforto para minha família e ficar por aqui mesmo.
Em tempo: olhando só pelo aspecto material, sem considerar outras coisas, o Brasil só é ruim para quem é pobre e depende de políticas públicas de assistencialismo, essa é a verdade. Aquele que tem uma renda razoável consegue viver bem por aqui mesmo e viajar para fora pelo menos uma vez por ano para dar uma espairecida.
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Samá Samutte Membro Novato |
# abr/21 · Editado por: Samá Samutte
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Esse camarada aí é aqui da minha cidade, conheço ele e a família dele, está na França há mais de 4 anos. Ele já tem alguns imóveis excelentes aqui na cidade [fruto do que ele ganhou por lá] e aluga tudo por um bom valor [creio que só nos aluguéis dos imóveis aqui na cidade ele consiga tirar mais de 3k por mês, mais do que a maioria esmagadora dos brasileiros]. Nesse vídeo ele explica bem como é morar lá e a renda mensal dele, vale a pena ver.
Em tempo: ele não estudou por aqui [dá para perceber pelo português parco] e era pedreiro aqui na cidade.
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Jonas Kahnwald Membro Novato |
# abr/21
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Um casal que limpa vidros nos EUA tá ganhando melhor que 90% das pessoas aqui (mesmo aquelas que o Drinho já classifica como burguesas) Porém eu sou meio avesso à mudanças, principalmente as drásticas e no momento ainda tenho resistencia em sair do Brasil
com o home office passei a olhar com olhos um pouco mais dispostos mudar de estado, já que 99% da minha família já saiu de SP, mas mudar de país ainda é algo que se for pra acontecer está distante
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Sub_Zero Veterano |
# abr/21
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Mudar de país seria uma última e extrema opção. Minha esposa tem cidadania europeia e insisti pra ela fazer como uma "segurança", caso algo desse muito errado por aqui. A questão toda é que, só vale a pena ir para países desenvolvidos, e é justamente nesses que vc (provavelmente) não será bem recebido, e sofrerá alguma forma de preconceito. Procuro não colocar tanto meu futuro (ou minha felicidade) nas mãos de políticos, embora saiba que as decisões deles vão influenciar de alguma forma a minha vida. A verdade é que, independente de quem esteja lá, sempre haverá as oligarquias que se beneficiarão e se manterão como "reis" às custas dos trabalhadores. Só levaria a gestão do nosso país a sério quando aparecerem pessoas dispostas a cortar todas as regalias do executivo, legislativo e judiciário, e até o momento isso não aconteceu e nem tenho previsão que aconteça.
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lamas92 Membro Novato |
# abr/21
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Já cogitei mesmo em mudar de país. O problema é que a fonte de renda continuaria a ser em R$. Outra questão é a saudade. Dos amigos, dos velhos, de tudo. vc fica sem chão, caso não tenha um apoio lá fora.
Essa semana mesmo, a mulher ficou internada por 6 dias. Como seria esse perrengue lá fora? Custeio, remédios, retorno médico, necessidade de apoio... Mas estimulo as minhas filhas a irem. Se elas forem, até porque uma delas já está indo, a ida uma possibilidade mais real.
Quem sabe não seria essa a geração, como foi a dos portugueses que migraram pra cá...?
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# abr/21
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Sub_Zero Minha esposa tem cidadania europeia e insisti pra ela fazer como uma "segurança", caso algo desse muito errado por aqui. A questão toda é que, só vale a pena ir para países desenvolvidos, e é justamente nesses que vc (provavelmente) não será bem recebido, e sofrerá alguma forma de preconceito.
Eu tenho descendência italiana por parte materna. Minha família tá tentando recolher certidões para ingressar com processo de reconhecimento de cidadania, já que a italiana é uma das mais condescendentes. Pra mim não vai servir, porque já estou com vida constituída aqui e perto dos 40, mas já que tem parentes correndo atrás tô dando uma ajuda pra ver se isso sai a médio prazo. No futuro, pode vir a ser útil pro meu filho.
O problema em conseguir isso mora justamente na bagunça dos cartórios daqui. A certidão da Itália conseguimos fácil, foi só mandar um email pra comune de lá.
Já aqui, algumas certidões não se encontra nos cartórios brasileiros. A certidão de nascimento do meu avô (nascido em 1904) simplesmente não foi encontrada no único cartório de registro de notas da currutela onde ele nasceu (Patrocínio-MG). Os livros antigos não foram digitalizados. O cartório já passou por incêndio, alagamento, vandalismo, coisa e tal.
Daí, tem um primo advogado que vai pedir registro tardio da certidão do meu avô, o que pode levar, sei lá, 3, 4, 5 anos pra sair. A do meu bisavô tava na mesma situação, mas uma prima nossa de outro estado conseguiu obter a ordem judicial para o registro tardio. Agora, falta a do meu avô.
Enquanto isso vou juntando grana, porque quando for abrir o processo de reconhecimento mesmo, o gasto é alto. Mas vai valer a pena pro meu filho, porque mesmo com xenofobia e tal, se quando ele estiver em idade de ir pro mercado de trabalho (daqui a uns 10 anos) isso aqui tiver pior do que tá, tendo a cidadania ele pode ir morar e trabalhar fora.
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Juquinhaa Membro Novato |
# abr/21
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O pessoal que quer sair do país é o mesmo que quer tocar de gibson ou fender
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# abr/21
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Juquinhaa O pessoal que quer sair do país é o mesmo que quer tocar de gibson ou fender
De onde saiu isso?
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Lelo Mig Membro
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# abr/21
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Juquinhaa
Hoje em dia, quem quer tocar de Gibson e Fender é o mesmo que quer morar na Venezuela.
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Juquinhaa Membro Novato |
# abr/21
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Juquinhaa
Hoje em dia, quem quer tocar de Gibson e Fender é o mesmo que quer morar na Venezuela.
ou seja, o bolsonarista
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Sub_Zero Veterano |
# abr/21
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Pigeonsslayer Enquanto isso vou juntando grana, porque quando for abrir o processo de reconhecimento mesmo, o gasto é alto. Mas vai valer a pena pro meu filho, porque mesmo com xenofobia e tal, se quando ele estiver em idade de ir pro mercado de trabalho (daqui a uns 10 anos) isso aqui tiver pior do que tá, tendo a cidadania ele pode ir morar e trabalhar fora. Pense como um investimento em algo que poucas pessoas tem (um plano B). No caso da minha esposa foi mais "fácil" porque vários familiares já tinham feito. O único detalhe é que, como ela é descendente de uma mulher, tivemos que ir até Luxemburgo pra assinar os papéis da cidadania. Acabou sendo uma ótima oportunidade de conhecer alguns países.
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brunohardrocker Veterano |
# abr/21
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Nunca pensei seriamente em sair do país.
Mas devido à montanha russa política que entramos desde 2013, acho que eu gostaria de ir para um lugar menos turbulento, tipo a Síria.
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JJJ Veterano
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# abr/21 · Editado por: JJJ
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Vontade e coragem
Vontade 100% Coragem 0%
Detalhe: eu tenho cidadania italiana.
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# abr/21
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Sub_Zero Pense como um investimento em algo que poucas pessoas tem (um plano B)
Com certeza.
No caso da minha esposa foi mais "fácil" porque vários familiares já tinham feito. O único detalhe é que, como ela é descendente de uma mulher, tivemos que ir até Luxemburgo pra assinar os papéis da cidadania.
No caso da italiana, acho que a regra nesse caso deve ser parecida. Cidadania a partir de antenata italiana nascida antes de 1948 só é possível por via judicial, pois se uma mulher italiana se casasse- com um estrangeiro ela perdia a cidadania italiana e assumia a do marido. No meu caso o antecedente italiano era homem, então dá para fazer tudo através do consulado, mais tranquilo. Os entraves que encontramos foram nos cartórios brasileiros.
Acabou sendo uma ótima oportunidade de conhecer alguns países.
Que bom pra vocês.
JJJ Vontade 100% Coragem 0%
Detalhe: eu tenho cidadania italiana.
Se vc tem vida bem estabelecida aqui, mesmo com cidadania, não é fácil tomar essa decisão. Estar fora de casa nunca é igual a estar em casa. Assisti um video um tempo atrás de uma brasileira, residente na Itália e casada com italiano, com cidadania. Ela fez um novo curso superior lá na área de assistência social, mas mesmo assim não conseguia encontrar emprego na área que se formou lá, pasme, porque o corporativismo era muito forte e o que sobrou para ela foram apenas serviços que exigem menos qualificação. Claro, depende da região onde ela vive, e deve ter gringo vivendo lá e conseguindo colocações profissionais melhores, mas certamente não deve ser a regra.
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manthiqueira Membro Novato |
# mai/21
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A papelada da minha cidadania italiana está presa no consulado fazem anos, nem penso em buscar lá. Europa está mais condenada que o BR
No momento minha prioridade é minha mami, então nem penso nisso.
Sou de família rica e já fui para vários países. Vivo o padrão de vida de um maluco do 1o mundo, me mudar de país colocaria esse status em risco.
O mundo inteiro está dominado pela corja globalista coletivista, nem vejo para onde ir
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JJJ Veterano
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# mai/21
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Europa está mais condenada que o BR
hein?
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manthiqueira Membro Novato |
# mai/21 · Editado por: manthiqueira
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JJJ
População diminuindo, custos crescentes da população envelhecendo, custos crescentes de uma burocracia infernal, poucos recursos naturais, etc, etc
Isso sem falar no espectro da Sharia que ronda a Europa
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brunohardrocker Veterano |
# mai/21
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Da Europa, eu só gostaria de visitar lugares históricos e imaginar tudo o que aconteceu ali, naquele local, nestes séculos todos. Mas tenho mais admiração pelas américas.
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ProgVacas Membro Novato |
# mai/21
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Ah, sim! Se é rico vive bem em quaquer lugar!
E engraçado que esse lance de perda de status ao se mudar para um país no qual a população geral caga pra isso, porque vive tão bem ou melhor que os ricos que se sentem sangue real em país subdesenvolvido, é uma coisa que eu sempre comento com meus interlocutores.
E me aparece esse presente da razão aí!
Valeu, manthiqueira!
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manthiqueira Membro Novato |
# mai/21
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no qual a população geral caga pra isso
Claro que cagam pois o padrão de vida é bem mais alto. No BR é manter status social ou viver mal
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lamas92 Membro Novato |
# mai/21
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Já viajamos bastante pra dizer que todos os países tem seus problemas... O lugar onde nós, brasileiros, seríamos menos rejeitados é Portugal... e olha que lá tem, sim, preconceito. Mas a língua e a cultura facilitam, já que herdamos muito do português e vários de nós tem gerações anteriores vindas de lá..
Só que, ao mudar, vc não leva amigos, memórias, família... Se vc tem isso por lá, essa rede de apoio, pra qualquer lugar que se mude, ok. Mas quando não tem, fica mais complicado... Pro resto tem jeito.
Eu já ando meio desanimado com essa ideia, apesar da filha estar de partida. Ir atrás dela? Acho que não...
Mas gostaria, sim, de viajar por aí sem data pra voltar. Viver um pouco como um "local" é uma ideia que me atrai. Sempre que podemos, vamos de AirBnb. Assim podemos fazer compras, comemos em casa, andamos pelos bairros e tal. Acho muito mais interessante do que um turismo pra bater ponto e foto.
E o meu local no mundo é o Havaí. Falava pra mulher que não poderia morrer antes de conhecer. Daí ela deu um jeito de me levar lá,,, Não queria voltar...
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ProgVacas Membro Novato |
# mai/21
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manthiqueira
ou viver mal
Aí depende muito ddo que bon vivant considera viver bem, né? Tem gente que não tem nem renda e vive muito bem e literalmente caga para o seu status.
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manthiqueira Membro Novato |
# mai/21
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ProgVacas
Sem renda nego vai viver mal. No primeiro mundo vc recebe um cheque do estado de boas
Ser rico no BR: morar em uma casa ventilada e ensolarada, comendo três refeições por dia. Isso é status
Poucos vivem nesse padrão
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ProgVacas Membro Novato |
# mai/21
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manthiqueira
Sim sim, você tem razão! Eu quase usei exeções para comentar, mas me toquei logo.
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manthiqueira Membro Novato |
# mai/21
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ProgVacas
Por isso mesmo que o primeiro mundo vai cair. O custo dessa mamata é muito alto, o padrão de vida é mantido acima da capacidade de produção da sociedade
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lamas92 Membro Novato |
# mai/21
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Certa vez li sobre um casal de Sampa cujos filhos foram para a Espanha estudar. Moravam num apê enorme que demandava a ajuda de uma empregada, várias vagas na garagem (agora sem uso), condomínio caro. Em resumo, uma vida mais complicada.
Resolveram então ficar mais perto dos filhos. Alugaram em Sampa e alugaram por lá um apê menor. Com menos coisas, tinham muito menos despesas. Eles mesmos limpavam a casa, faziam as coisas e não dependiam de ninguém Uma vida mais simples, sem tanto luxo, mas com mais tempo e qualidade de vida.
Hoje, penso muito nisso. Qualidade de vida. Onde terei isso é onde quero morar...
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entamoeba Membro Novato |
# mai/21
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↑manthiqueira o padrão de vida é mantido acima da capacidade de produção da sociedade
Volume de consumo não é padrão de vida.
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Fidel Castro Veterano |
# mai/21
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Então, não tenho nada contra o Brasil. Mas era impossível viajar antes da pandemia pra mim, agora é fácil me mudar.
Desde março do ano passado, quando começou a pandemia, morei em Cambury (praia do litoral de SP), aí foi subindo a aposta e fui pra Florianopolis, aí de lá já fui direto pra Santiago e agora tô faz 7 meses em Buenos Aires. Puta cidade boa de morar.
Dava pra ir mais longe, mas tô bastante feliz aqui e o mesmo fuso ajuda muito.
Agora o conselho é um pouco tardio, mas a parte mais importante disso tudo é se dolarizar. Pra Argentina ter real não está ruim, mas ter patrimônio em dólar é o que vai te deixar mais tranquilo no mundo todo.
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