Qual a graça de ser conservador?

Autor Mensagem
brunohardrocker
Veterano
# jun/16
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megiddo

Mais velho que cagar de cócoras.

st.efferding
Membro
# jun/16
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brunohardrocker

Respondi apenas enxergando a área tecnológica. O resto não me interessa justamente por concordar contigo -> No pensamento, nunca houve nada de novo e pela minha ignorância relativa a este último escopo da questão.

Mas a inovação tecnológica é algo conservador, porque não são mudanças por mudanças, são mudanças pensadas.

Qual seria a diferença entre "mudanças por mudanças" e "mudanças pensadas"?

brunohardrocker
Veterano
# jun/16
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st.efferding

A inovação tecnológica tem um carácter prático. Em quase 100% das vezes é o atendimento de uma necessidade. Um grande inventor pode ser um conservador, sem contradição alguma. Thomas Edison talvez queria apenas iluminar as casas, as cidades. Não queria reformular a moral e a ética. Não é algo novo do ponto de vista do pensamento pois a iluminação sempre existiu.

Conservadores não se opõem a mudanças, desde que haja uma reflexão sobre elas e que no final estejam convencidos.

Outro ponto é o que se entende por mudança. É algo novo, que surge? Ou mudar a forma de encararmos algo que sempre existiu? O conservador acredita na atemporalidade. Em defender aquilo que, com o tempo, com a tentativa e erro, se consolidou, se tornou pilar. Aquilo que é socialmente eficiente.

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/16
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Sempre achei que a lógica progressista, quando levada às últimas consequências, tende ao reacionarismo mais radical, estilo John Zerzan: negação da civilização. Não vejo muito futuro.

st.efferding
Membro
# jun/16
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brunohardrocker

Conservador na mesa (humanas), progressista sujinho na cama (exatas/tecnologia)

brunohardrocker
Veterano
# jun/16
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st.efferding

Um dia colo na sua fantastica fabrica de pedais para degustar um suco de laranja e conversarmos sobre.

Adler3x3
Veterano
# jun/16 · Editado por: Adler3x3
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Passado, Presente e Futuro.

Conservador pode parecer estar ligado ao passado, algo ultrapassado, mas isto é relativo.
Tudo de certa forma esta ligado a esta tríade: Passado, Presente e Futuro.
Na música por exemplo, você pode ser progressista e compor e tocar música eletrônica.
Por outro lado você pode ser um bom músico, e tocar por exemplo um Violino, e será conservador, e até purista tocando peças de dois séculos atrás, da mesma forma como se tocava na época, você é um conservador, pois é importante preservar o que de bom foi feito no passado.

Então a pessoa conservadora tem que existir também, assim como a progressista.
Se existem práticas conservadoras que fazem o bem ao ser humano, as mesmas devem ser mantidas.
Algumas práticas são boas, mas podem ser aperfeiçoadas, desde que continuem a fazer o bem.
Se existem práticas conservadoras, que guardam certo ranço e não fazem bem as pessoas, são estas que devem ser abandonadas.
Práticas conservadoras que excluem pessoas dos benefícios do avanço do conhecimento, não são boas práticas.
Práticas conservadoras que não permitem a inclusão por mérito, por raça, crença e dogmas repressivos, devem ser revistas.
Conservador -> aquele que conserva as coisas boas, que preserva.
Ser conservador é um estado no presente para ser ter um bom resultado no futuro, com base na experiência comprovada do passado, até que se prove o contrário em existir uma nova boa prática.
As vezes parece que as coisas dão um salto rápido, uma mudança repentina, mas na verdade isto é um processo lento e evolutivo, muitas vezes só percebemos quando atinge o climax, e claro a medida que a pessoa vai envelhecendo, vai ficando mais conservadora, e por questão de prática, e da forma que aprendeu contínua usando as velhas práticas e não aceita tão fácil mudar a prática, compreensível pois nem todos podem se manter atualizados o tempo todo, é uma questão física e mental.

sallqantay
Veterano
# jun/16
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Black Fire
Sempre achei que a lógica progressista, quando levada às últimas consequências, tende ao reacionarismo mais radical, estilo John Zerzan: negação da civilização. Não vejo muito futuro.

ah sim, é a teoria da ferradura: os extremos opostos se tocam

General Patton
Membro Novato
# jun/16
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Xeper
Veterano
# jun/16
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Esses videos de gente contando sua ida de um extremo a outro são sempre legais de assistir.

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/16
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sua ida de um extremo

"Eu era idiota, hoje sou imbecil".

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/16
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sallqantay
Nem acho que seja questão de se tocarem não.
O conservadorismo extremo sempre acaba em reacionarismo também, mas é um pouco diferente do reacionarismo progressista. O "reacionário conservador" elege alguma época da história pra chamar de época de ouro e tenta fazer o mundo voltar pra ela de alguma forma: regime militar, império, idade média, etc.. O "reacionário progressista" é um cara que desconstrói o mundo ao redor como criação social, produto cultural, ou coisa do tipo: nega a existência os gêneros, a religião, a tradição, a família, o estado.. a única coisa coerente seria continuar negando, até que só sobrasse o homem selvagem vivendo da caça e da coleta.

sallqantay
Veterano
# jun/16
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Black Fire
a única coisa coerente seria continuar negando

olha, em termos marxistas, esse seria o caminho dialético negativo. A história seria uma sequências de negações, de revoluções e rupturas. O progresso não seria pela ordem e continuidade, mas pelo salto para fora da história.

Aí é meio que uma mistura entre o progressismo e o pensamento revolucionário

época de ouro

ah, sim, esse é o mito conservador mesmo.

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/16
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sallqantay
O que eu estou me referindo talvez seja um pouco mais radical, é aquela corrente de pensamento que vê tudo como construção social passível de ser desconstruído: mesmo a ideia de progresso e até a linguagem são construções sociais e devem ser abolidas.

Dá uma olhada nesses parágrafos:
As Zerzan argues, when we removed ourselves from the direct experience of the sensual world through reification, time and language we became less stimulated by our senses. As we immerse ourselves in the world of objectification and abstraction, we see the triumph of the symbols for reality over the reality of experience itself.
The false consciousness of symbolic representation and its consequences
are evidenced in the domination of nature, division of labor, coordination
of action, standardization of technique, institution of social and ritual rules and finally, industrial behavior. It is this constellation of cultural practices that precipitated, as Zerzan writes, "the fall from simplicity and fullness of life directly experienced" resulting in the alienated society in which we now live.

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/16
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Na realidade, em última análise, também é a eleição de uma época de ouro: a pré-história.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jun/16
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Como chama quem elege uma utopia como era de ouro cuja qual não podemos atingir mas devemos sempre almejar e buscar aproximação?

não me refiro a distopia comunista.

Wade
Membro Novato
# jun/16
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Como chama quem elege uma utopia como era de ouro cuja qual não podemos atingir mas devemos sempre almejar e buscar aproximação?

Louco.

sallqantay
Veterano
# jun/16
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quem elege uma utopia como era de ouro

idealista

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/16
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opostos se tocam


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