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Mensagem |
st.efferding
Membro |
# abr/14
"O brasileiro médio admira sobrenomes. Não estou falando dos tipos comuns como Oliveira, Carvalho, Santos ou qualquer um da Península Ibérica. Refiro-me a sobrenomes de pronúncia complicada, provenientes da Itália, Alemanha ou Japão, coisas como Brauer, Morin, Petrucelli, Leiko, Massini ou Kimura.
Não sei onde surgiu esse entusiasmo, mas de fato o pessoal acha lindo. Ter um desses parece coisa de gente fina e educada. Há orgulho e um senso de diferenciação, como se os donos desses sobrenomes fossem portadores de uma nobreza que os meros Silva jamais possuirão. É como se tivesse uma “ascendência de primeiro mundo”, algo que os torna distintos do resto da massa miscigenada.
Eu tenho um colega assim, o Thomas Eichelberger. Ele é brasileiro, mas descende de alemães. Sempre que pode reclama do Brasil. Acha o país subdesenvolvido e maldiz o dia em que sua família deixou a Europa. É doido por um passaporte alemão. Não sabe porque ainda mora aqui, só fala em se mudar.
Certo dia estava caçoando de um senhor que falara “pobrema” em uma entrevista na TV. O sobrenome do homem era Silva e Thomas logo fez piada, dizendo que só podia ser “um Silva mesmo”. Nisso seu avô escutou a conversa e soltou o seguinte:
- Thomas meu filho, entenda uma coisa. Nossa família deixou a Europa porque era paupérrima. Chegamos aqui no Brasil para ganhar a vida na roça, mal éramos alfabetizados. Para cá não veio gente bem-sucedida ou da realeza. Você já viu algum rei cruzar um oceano para vir criar galinhas ou plantar alface? Não seja bobo. Eichelberger pode parecer um sobrenome especial aqui, mas na Alemanha somos Silva como esse homem na TV.
Milhões sofrem do mesmo mal de Thomas e não importa se os seus sobrenomes são considerados diferentes ou não. São pessoas que sempre colocam o Brasil em uma posição de inferioridade se comparado com o resto do mundo, mesmo que isso não seja verdade. Gente tomada por um problema que Nelson Rodrigues chamou de complexo de vira-lata.
No microcosmo sobre o qual escrevo – o segmento das viagens – podemos notar esse mesmo complexo em sua melhor forma. Quem conversa com viajantes internacionais nota que há uma epidemia entre eles. Eu a chamo de “viajar para fora e voltar falando mal do Brasil”. É quase uma mania.
Não estou dizendo que o Brasil está acima das críticas, acho o patriotismo exacerbado uma idiotice enorme. Críticas são saudáveis e necessárias, mas quando estão imersas nesse complexo de vira-lata tornam-se parciais e sem reflexão. É então que ouvimos absurdos inimagináveis, coisas que testemunhei enquanto estive na estrada.
Como alguém que reclamou um monte do atraso da bagagem na esteira de Guarulhos, mas deu de ombros para o fato das rodinhas de sua mala terem sido quebradas em Dubai. Ou um cara em frente ao estádio Camp Nou elogiando o Barcelona, afirmando que o futebol espanhol é bom porque lá não tem corrupção, enquanto segurava um jornal com os detalhes da maracutaia que o mesmo Barcelona fez na transferência do Neymar.
Já tive que ouvir gente que viajou para a Índia e voltou afirmando que lá o transporte público é melhor do que no Brasil, ignorando o fato de que todo dia 12 pessoas morrem em média só no metrô de Mumbai. Ou que todos os asiáticos são mais disciplinados que nós, apesar do caos que é o trânsito da maioria das cidades de lá. Enfim, em qualquer que seja a comparação, o Brasil sempre está por baixo, não importa se está certo ou não.
Encontrar aspectos positivos sobre o Brasil não resolve nossos problemas, mas ajuda a entender em que grau de desenvolvimento estamos e o que devemos fazer para melhorar. Nada é mais efetivo para alcançar essa percepção do que viajar. No entanto, quem sai de casa já tendo certeza de que seu próprio país não presta, jamais conseguirá criar referências legítimas. Estará preso a estereótipos, sem entender que os lados positivos e negativos de um país são também os aspectos positivos e negativos dele mesmo como indivíduo.
Em visita ao Vietnã pude entender exatamente como se dá essa relação. É um país pobre, mas de gente muito orgulhosa por manter sua soberania frente a franceses e norte-americanos em duas guerras terríveis. Uma vez em Hanói conversei com um veterano da II Guerra do Vietnã. Eu quis saber o que ele esperava do futuro de sua nação, se existia um caminho a ser trilhado rumo ao desenvolvimento. Ele me disse o seguinte:
- Seu país é como seu filho. O que ele faz de certo é mérito seu, assim como o que ele faz de errado é também falha sua. Ao elogiá-lo, seja lúcido e evite o exagero. Elogiar demais pode torná-lo indolente. Por outro lado, ao criticá-lo, seja duro, porém não o ridicularize. Faça sua parte para ajudar a melhorá-lo, não com deboche ou desprezo, mas sim bons exemplos e dedicação.
Abraço!"
Fonte: http://www.sedentario.org/colunas/viajar-para-fora-e-voltar-falando-ma l-do-brasil-72983
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Xeper
Veterano |
# abr/14
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Nem li, mas a culpa é do Lula e da Dilma
/brinks
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brunohardrocker
Veterano |
# abr/14
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Coisa de att.
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sallqantay
Veterano |
# abr/14
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Classe média sofrismo que não sabe fazer comparações entre coisas distintas e ir além do que se vê
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brunohardrocker
Veterano |
# abr/14
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sallqantay
além do que se vê
bomba atomica espiritual sempre presente o/
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Tmusic
Veterano |
# abr/14
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Realmente isso é muito comum. Conheci uma pessoa apenas que morou anos fora, voltou e não vive falando mal daqui.
A verdade é que o mundo inteiro criou uma imagem terrível do Brasil. Em certos pontos é verdade, mas em outros é um grande exagero. And there we go
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Simonhead
Veterano |
# abr/14
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- Thomas meu filho, entenda uma coisa. Nossa família deixou a Europa porque era paupérrima. Chegamos aqui no Brasil para ganhar a vida na roça, mal éramos alfabetizados. Para cá não veio gente bem-sucedida ou da realeza. Você já viu algum rei cruzar um oceano para vir criar galinhas ou plantar alface? Não seja bobo. Eichelberger pode parecer um sobrenome especial aqui, mas na Alemanha somos Silva como esse homem na TV.
CA - RA - CAS! Falou a voz da experiência depois de ouvir o bosta do neto só falar merda a vida toda. O patriarca Eichelberger ganhou meu respeito e minha admiração. Ao neto dele apenas as favas.
- Seu país é como seu filho. O que ele faz de certo é mérito seu, assim como o que ele faz de errado é também falha sua. Ao elogiá-lo, seja lúcido e evite o exagero. Elogiar demais pode torná-lo indolente. Por outro lado, ao criticá-lo, seja duro, porém não o ridicularize. Faça sua parte para ajudar a melhorá-lo, não com deboche ou desprezo, mas sim bons exemplos e dedicação.
BOA!
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Simonhead
Veterano |
# abr/14
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Tmusic
Em certos pontos é verdade, mas em outros é um grande exagero.
Eu entendo e concordo com você. Mas eu amo o meu país.
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Tmusic
Veterano |
# abr/14
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Simonhead
Com certeza, também amo meu país. Por isso falei que essa visão má a respeito dele é exagerada.
Eu vejo o Brasil como um país muito novo que tem muito a se desenvolver e, no passo que está, vai conseguir em pouco tempo.
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landlord
Veterano |
# abr/14
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Nem é preciso viajar para sair falando mal do Brasil.
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st.efferding
Membro |
# abr/14
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brunohardrocker
Veterano # Há 26 minutos
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sallqantay
além do que se vê
bomba atomica espiritual sempre presente o/
like a hurricane /o/
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CindyFerrari
Veterano |
# abr/14
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- Seu país é como seu filho. O que ele faz de certo é mérito seu, assim como o que ele faz de errado é também falha sua. Ao elogiá-lo, seja lúcido e evite o exagero. Elogiar demais pode torná-lo indolente. Por outro lado, ao criticá-lo, seja duro, porém não o ridicularize. Faça sua parte para ajudar a melhorá-lo, não com deboche ou desprezo, mas sim bons exemplos e dedicação.
Faz muito sentido.
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Xeper
Veterano |
# abr/14
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Eu tenho um colega assim, o Thomas Eichelberger. Ele é brasileiro, mas descende de alemães. Sempre que pode reclama do Brasil.
Engraçado que esse pessoal quase nunca consegue sair do país... tem um cara aqui no trampo que é desse tipo. Fala coisas como: "O Brasil é um pais de acomodados e alienados", "Pessoas de bem não conseguem viver neste país", acha o PT a encarnação de todo o mau do universo com suas bolsas auxilio, reclama do preço do ps4 e dos imoveis em SP. Bem classe média sofre msm.
Vive falando que vai largar o pais e mimimi, mas não sabe direito como, e para caras que o conhecem a mais tempo isso já até virou motivo de piada
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Die Kunst der Fuge
Veterano |
# abr/14
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sallqantay
ir além do que se vê
Bastiat na veia o/
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Simonhead
Veterano |
# abr/14
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Tmusic
Por isso falei que essa visão má a respeito dele é exagerada.
BEM isso!
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sallqantay
Veterano |
# abr/14
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brunohardrocker
st.efferding
Die Kunst der Fuge
no futuro todos meus posts serão referências, virarei um metapostador
K2 de inveja
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Christhian
Moderador
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# abr/14
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Eu morei fora durante muito tempo... E evito até pensar em comparações por que não vale a pena, afinal escolhi morar aqui por conta da família, amigos e outras coisas pessoais.
O problema do Brasil é tão endêmico que quer fazer parecer errado comparar os problemas daqui com o de outros lugares. É como o parasita que, espertamente, descobriu como disparar endorfina enquanto te mata.
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sallqantay
Veterano |
# abr/14 · Editado por: sallqantay
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Christhian
que quer fazer parecer errado comparar os problemas daqui com o de outros lugares
não é errado, só é difícil de fazer sem falar um monte de merda e sem parecer um idiota no estilo classe média sofre
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Christhian
Moderador
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# abr/14
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sallqantay
Isso é individual. Eu, por exemplo, não vivo cercado de idiotas que não pensam.
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sallqantay
Veterano |
# abr/14
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Christhian
é que em comunidades virtuais eles abundam, e podem ser muito arrogantes. Alguns até te silenciam por banimento quando são criticados por confundir arte com técnica
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st.efferding
Membro |
# abr/14
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tchau tio sallpicão!! ='D
o/
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CindyFerrari
Veterano |
# abr/14
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#TeamChristhian
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sallqantay
Veterano |
# abr/14
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st.efferding
se cair, caio de pé sobre a minha terra, alvejado pelas costas
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cafe_com_leite
Veterano |
# abr/14
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O problema é que o Brasil ainda não é um país bom de se viver. É melhor que muito país, tem muitos pontos positivos, é claro, mas os pontos negativos ainda são muito gritantes.
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sallqantay
Veterano |
# abr/14
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Sugiro que vcs levem suas bundas flacidas até a bolivia para sentir o drama. Ai deem um role no paraguai por um tempo...
só uma dica: fiquem na rota dos turistas e não saiam um centímetro dela. Caso contrário eu garanto que vai dar merda
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mvrasseli
Veterano
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# abr/14
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sallqantay
só uma dica: fiquem na rota dos turistas e não saiam um centímetro dela. Caso contrário eu garanto que vai dar merda
No Peru acho que é bastante tranquilo porque só tem mulher. Os homens vem para o Brasil para tocar flauta nas praças e vender fitas K7.
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The Blue Special Guitar
Veterano |
# abr/14
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Sou descendente de imigrantes italianos.
Acredito que terem vindo ao Brasil foi uma decisão precipitada. Na época, eles não passavam fome por lá, mas tinham uma ambição desenfreada por terras. Queriam ser donos de terras.
Quem teve um pouco de paciência e permaneceu na Itália hoje tem seus descendentes desfrutando de uma qualidade de vida bem melhor do que aqueles que optaram vir para o Brasil.
Conhecendo as duas realidades, não é preciso muito pensamento pra perceber que é melhor ser classe média na Itália (que é um país europeu de qualidade de vida fraca quando comparado a outros mais desenvolvidos, principalmente na região sul) do que ser um brasileiro de classe média-alta.
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sallqantay
Veterano |
# abr/14
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The Blue Special Guitar
Aí você vai viver lá e o estado do bem estar leva a porra toda à falência e os árabes invadem e decretam a lei islâmica.
Futurologia é complicado
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The Blue Special Guitar
Veterano |
# abr/14
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sallqantay
Falo baseado apenas até este momento. Óbvio que poderia ter parentes mortos na segunda guerra caso estivesse lá, etc.
Embora o risco de ser morto num assalto casual no Brasil também seja constante.
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sallqantay
Veterano |
# abr/14
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The Blue Special Guitar
Pra viver no brazil tem que ser macumbeiro. Corpo fechado e ninguém vai me pegar
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