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snowwhite Veterano |
# ago/12 · Editado por: snowwhite
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Benva A bancada evangélica não quer fazer um governo "de Deus". Usam Deus como pretexto para chegar ao poder. mas quando chegam lá é só mais do mesmo. Foi isso que eu quis dizer.
Mas você só tá vendo o lado dos que usam deus e esquece que eles apelam pra isto porque há quem vote neles para conseguir algum tipo de benefício. Seus eleitores ( que são os mesmos que dão o dízimo em troco de mais bênçãos - inclusive a famigerada prosperidade) são o outro lado da negociata . Quando se diz que interfere na política é porque há todo um lobby para que este poder se alimente às custas de um discurso ligado á deus e jesus e toda esta palhaçada. Isto faz com que eles não pagam impostos também, o que causa enriquecimento, corrupção, formação de quadrilha, troca de favores e pro aí vai. A discussão em torno de ser ou não ateu tem duas faces. Uma delas tem a ver com acreditar em deuses e tudo o que isto provoca nas relações humanas. A partir daí entra a organização de grupos em torno desta fé e do convencimento de que se organizando e pisando nos demais, serão mais favorecidos. Daí pra frente a política entra em cena, a prepotência, a arrogância etc. Tudo isto porque alguns seres humanos precisam se sentir aliviados, superiores, protegidos, beneficiados, O ateu não tem isto. Se tem, não enfia deuses no meio, não é hipócrita. Ele assume a coisa como uma necessidade direta com a natureza humana e suas limitações. Enfiar deuses no meio e seus poderes para obter favorecimento é nojento, especialmente quando personalizam estes deuses a ponto de dizer que é assim que ele quer.
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McBonalds Veterano |
# ago/12
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Benva A bancada evangélica não quer fazer um governo "de Deus".
Se eles governam com uma bíblia em baixo do braço, e aprovam leis com base nos valores desse livro para beneficiar determinadas confissões religiosas em detrimento de todos os outros, isso pra mim é um governo "de Deus". E mesmo que não seja, é tão prejudical quanto.
E para você? O que seria um governo "de Deus"?
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snowwhite Veterano |
# ago/12
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E ainda tem os projetos de lei do tipo que obrigam a ensinar religião nas escolas, como uma disciplina deslocada da História. Pra quê? Evangelizar obviamente. E aluno que é de família teísta mas não religiosa como ficam? Que serventia isto tem pedagogicamente falando, AINDA MAIS COM A BAIXA QUALIDADE EDUCACIONAL que temos? Não é melhor focar nas disciplinas realmente relevantes e que terão uso prático? Quando eu era criança andaram querendo que a gente rezasse antes de começar a aula de religião. Proselitismo com criança deveria ser crime.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# ago/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Sobre a questão ae da "bancada evangélica", vamos dar uma imaginada:
O fato dos crentes terem conseguido aceitação popular suficiente pra chegarem a ter alguma influência nas decisões que todos temos que acatar é ruim para todos que não são evangélicos. Dentre os problemas citados está a imposição do ensino religioso nas escolas e a utilização da mentalidade cristã para demais assuntos que quem não é crente é obrigado a concordar. Isso é mesmo um problema.
Mas digamos que num futuro próximo, isso mude, e os evangélicos percam toda a influência e o apoio popular que eles possuem hoje. Digamos que o popular, em resposta aos evangélicos, seja, por exemplo as medidas pró-homossexualismo. Isso já traria problemas para todos que não compartilham desta maneira de pensar, mas teriam que acatá-las. Isso é mesmo um problema.
E aí digamos que mais pra frente, em resposta a isso, os pró-homossexualismo percam o apoio popular, e que o apoio popular se volte para uma corrente altamente preconceituosa, até violenta com os diferentes. Isso também seria muito ruim para a parcela diferente da população. Isso é mesmo um problema.
Todos os casos hipotéticos citados são um problema, mas vocês não percebem qual é O problema? O problema é existir um mecanismo que permita e tenha meios suficientes para garantir que um destes grupos, ao se tornar maioria (mesmo que apenas ligeiramente maior do que o restante), possa impor a todos os demais as decisões tomadas à partir da sua maneira de pensar.
Bancada evangélica é um problema, bancada gay é um problema, bancada preconceituosa é um problema, bem como qualquer outro que você puder imaginar : Pró-pobres, Pró-ricos, Pró-negros, Pró-imigração sueca. Retirá-los do poder é apenas um paliativo até que outra mentalidade seja colocada lá e torne uma merda a vida dos demais que não concordam com ela.
Qual é O problema? O que se manteve constante, mesmo em todas as mudanças hipotéticas citadas?
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Cavaleiro Veterano |
# ago/12
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Todos os casos hipotéticos citados são um problema, mas vocês não percebem qual é O problema? O problema é existir um mecanismo que permita e tenha meios suficientes para garantir que um destes grupos, ao se tornar maioria (mesmo que apenas ligeiramente maior do que o restante) possa impor a todos os demais a sua maneira de pensar.
Finally.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# ago/12
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Cavaleiro
Juro que lembrei de você quando tava lendo uma parada e aí tive o insight que enfim me fez compreender o que você sempre falava =P
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Cavaleiro Veterano |
# ago/12
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Die Kunst der Fuge
E em um post você conseguiu repassar de forma mais didática do que todos os que eu fiz até então hahah
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