Conselho Geral do OT - E não volte aqui sem minha cerveja e uma porção de bacon o/

Autor Mensagem
Drinho
Veterano
# 18/fev/23 10:25 · Editado por: Drinho
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A esquerda tenta mostrar o contrário.

Quando você pede para eles ensinarem como se faz ou te chamam de playboy/reacionário/fascista ou fogem de mansinho.

Quando eles têm a oportunidade de mostrar como se faz aí provam que o ditado está certo.

De Ros

Por um outro lado, temos a evolução do Socialista de IPhone.

https://rollingstone.uol.com.br/noticia/fa-questiona-tom-morello-sobre -comunismo-e-leva-aquela-resposta-e-o-que-queremos/

O Socialista de Fender.

ProgVacas
Membro Novato
# 18/fev/23 13:44
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Wanton

Nada grave. Deve ser mais articulado que os colegas daqui mas não acredito muito que seja diferente. A direita tem o mesmo discurso bosta de sempre. Quem manja o que é a direita neoliberal sabe bem o que está nas entranhas do tráfico de influência que se deleitam e a troco de quê trabalham em prol desse sistema estúpido e desumano. Para mim é daqueles que debatem tentado te convencer das ideias dele, sabe?

Mas não que direitista manje, necessariamente. Direitista virou essa coisa aí que a gente viu no oito de janeiro. Que a gente vê em todo lugar, desde a barbearia até o governo.

Lelo Mig
Membro
# 18/fev/23 14:43
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Drinho

"O Socialista de Fender."

E quem usa produto Made in China? É comunista?

makumbator
Moderador
# 18/fev/23 14:52
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Lelo Mig
E quem usa produto Made in China? É comunista?

Tipo o iPhone? Sim, são chamados de comunistas de iPhone.

Obrigado.

Wanton
Veterano
# 18/fev/23 15:04
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ProgVacas
Nada grave.

Minha implicância com ele é aquele timbre escroto, em que o barulho da palhetada soa mais alto do que a corda vibrando. A crise também é estética.

ProgVacas
Membro Novato
# 18/fev/23 15:05
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Wanton

É um estilo bom para metal, mas não em toda parte. Palheta é legal ouvir na cavalgada.

Wanton
Veterano
# 18/fev/23 15:11
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ProgVacas
Palheta é legal ouvir na cavalgada.

Não curto o "plec" plástico da palhetada. A cavalgada, pra mim, tem que ser bem abafada e com o ataque vindo da corda sendo golpeada com firmeza, e não do "plec plec" da palheta. Mas esses shredders gostam de pegar a palheta de ladinho, pra raspar. Tenho vontade de cobrir todos de porrada.

makumbator
Moderador
# 18/fev/23 15:28 · Editado por: makumbator
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Wanton
Mas esses shredders gostam de pegar a palheta de ladinho, pra raspar. Tenho vontade de cobrir todos de porrada.


É que fica muito mais eficiente em termos de movimento. A diferença de velocidade com controle que se consegue é bastante palpável. Mas também não gosto de ouvir o plec plec quando ele é muito estridente (depende da palheta).

Uma coisa que muita gente não percebe é que muitos vídeos de demonstração de amp, pedais ou mesmo mostrando riffs e licks são feitos com o áudio da câmera apenas. Nesses casos o ruído da palheta aparece demais (pois em geral não se está em um estúdio com volume ensurdecedor, que iria obscurecer a palhetada).

Por isso curto as palhetas tipo V-picks. Elas praticamente não tem isso.

Wanton
Veterano
# 18/fev/23 15:36
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makumbator
É que fica muito mais eficiente em termos de movimento.

Fica. Eu assisti uns vídeos do Bernth para decidir se viro um guitarrista de verdade ou se vou ser um punk de merda pra sempre. O cara insiste nisso de economia de movimento. Burro velho tem uma preguiça da porra para mudar.


feitos com o áudio da câmera apenas.

Sim, tem isso. O som fica uma merda.

Drinho
Veterano
# 18/fev/23 16:27 · Editado por: Drinho
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Lelo Mig

Muito pelo contrário.

Consumir produtos chineses é algo extremamente feroz!

Exceto quando se trata de iPhone, pois não podemos perder a piada.

Lelo Mig
Membro
# 18/fev/23 16:39 · Editado por: Lelo Mig
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Wanton

"Burro velho tem uma preguiça da porra para mudar."

Não sei sua idade mas, em muitos casos, não é só preguiça é incapacidade mesmo.

Estes shreds, ainda que eu não goste de ouvir, tecnicamente são um absurdo. Veja o Malmsteen, todo mundo se impressiona com a velocidade dele, o mais impressionante mesmo é ele tocar naquela velocidade e tão limpo. Ele não erra uma palhetada, não encosta em outra corda, não falha, não deixa soar uma corda solta (e olha que ele não usa aqueles elásticos e/ou abafadores de cordas que a maioria usa).

Estes dias vi um video do Kiko Loureiro explicando umas técnicas... é outro filadaputa, quase não mexe as mãos, parece que tá fazendo playback.

Eu não faço isso nem se treinar 28 horas por dia.

E quando você pensa que "acabou" aparece um novo nojento com uma técnica mais fudida ainda... como esse Tin Hensom. (chato papoha, mas, indiscutivelmente, toca bagaray).



Wanton
Veterano
# 18/fev/23 17:14 · Editado por: Wanton
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Lelo Mig
Não sei sua idade mas

43. Pior é que eu tenho dor no punho desde os 15. Se eu coloco o polegar na posição que os professores de guitarra dizem que é o jeito correto, sinto como se uma faca estivesse decepando minha mão. Toco com o polegar super aberto. Acho que tem uma questão mecânica aí. Defeito de fabricação.


Eu não faço isso nem se treinar 28 horas por dia.

Esse negócio de treino é muito contra o espírito do rock. Você vê o filho da puta no palco tocando pra caralho, mas não imagina a vida de merda que ele leva quando fica horas treinando todos os dias para fazer aquilo. O guitarrista badass na real é um nerd obcecado no treino.


chato papoha, mas, indiscutivelmente, toca bagaray

Ele até é criativo, mas não faz música. Faz uns troços estranhos.

Lelo Mig
Membro
# 18/fev/23 17:36 · Editado por: Lelo Mig
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Wanton

"dor no punho desde os 15."

Eu tentei/quis ser profissional e viver de música por muito tempo. Toquei muitos anos, durante décadas, e em um período específico de uns 10 anos, toquei muito mesmo (em termos de quantidade). Toquei profissionalmente e com bares, shows, ensaios e etc... era o tempo todo. Não tive problemas físicos.

Hoje em dia, uma de minhas tristezas é que não aguento tocar mais. Esta forma de "pinça" nas mãos (polegar voltado para os demais dedos) me gera uma dor insuportável. Para usar ferramentas, lavar louça, tocar, qualquer coisa, aguento uns 15 minutos e tenho que parar. A dor é insuportável mesmo, não é algo que dê para tolerar. Mas, ao parar, a dor passa na hora. Dou um descanso e volto a fazer, no caso de uma louça ou ferramenta.

Mas, caso de tocar é diferente, porque quebra o clima, tira o prazer. Estava alegre há uns anos atrás, me chamaram para uma banda de tiozão rock´n´roll, mas tive de largar. Não conseguia tocar 3 músicas seguidas, me senti velho e frustrado. Tenho um violão aqui ao meu lado, toco apenas por alguns minutos.

Se minha carreira de músico profissional tivesse dado certo, eu teria de me aposentar.

Insufferable Bear
Membro
# 20/fev/23 21:00
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Se eu coloco o polegar na posição que os professores de guitarra dizem que é o jeito correto
esses caras tão tudo errado. eles pegam técnica de violão clássico, que tem toda uma mecânica para ser do jeito que é, e tentam aplicar na guitarra, que não tem nada a ver.
a posição do dedão no violão clássico serve para criar espaço entre o arco dos dedos e as cordas em baixo deles, para que elas possam soar livremente, essa posição é necessária para o violão
na guitarra é o contrário, normalmente você quer abafar as cordas que não estão sendo tocadas, o dedão lá em cima e os dedos não perpendiculares são necessários na guitarra
o foda é que guitarra é um instrumento novo, tem muito o que andar até chegar numa forma e técnica estáveis, quantos séculos o violino teve que se desenvolver até chegar no paganini?
malmsteen foi só o começo, esses pirralhos do technical death metal tão só levando a técnica guitarrística pra sua conclusão lógica

rant meio nada haver, mas esse o conselho, fodasse

makumbator
Moderador
# 20/fev/23 21:05
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Insufferable Bear
normalmente você quer abafar as cordas que não estão sendo tocadas, o dedão lá em cima e os dedos não perpendiculares são necessários na guitarra

Eu uso a pegada clássica tanto na guitarra quanto no baixo elétrico. Eu abafo as cordas que precisam ser silenciadas mais com a outra mão do que a que digita as notas (mais as duas fazem esse trabalho).

Eu não consigo tocar com a pegada tradicional do rock (com o dedão por cima).

ProgVacas
Membro Novato
# 20/fev/23 21:27
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Eu abafo o baixo e a guitarra de formas diferentes

Insufferable Bear
Membro
# 20/fev/23 21:53 · Editado por: Insufferable Bear
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makumbator
mas você toca com ele na perna esquerda também, né? porque acho impossível ficar confortável de outra maneira

só pra constar, eu também acho que "técnica correta" é um mito, ainda mais prum instrumento bebê que nem guitarra, é mais importante você estar confortável, relaxado e satisfeito com o som do que qualquer outra coisa (apesar de que num repertório real esses 3 parâmetros sempre vão sofrer um pouco uma hora ou outra)
mas meu ponto é que a relação entre guitarra e violão deve eventualmente replicar a relação entre cravo e piano, e que professores que ensinam guitarra com técnica de violão só estão regurgitando dogma

makumbator
Moderador
# 20/fev/23 22:43
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ProgVacas

Sim, eu também. Na guitarra acho mais fácil abafar por conta da posição da mão da palheta ficar bem propícia para fechar as cordas (além delas serem mais juntas uma das outras que no baixo).

Insufferable Bear

Em geral na perna esquerda, mas às vezes quando estou só no noodling aí fica na direita.

Também concordo que técnica perfeita que sirva pra todo mundo não existe. Eu vejo a chamada técnica correta como um ponto de partida para personalizar de acordo com cada um. Se funciona pra pessoa, e não faz mal fisicamente pra ela, mesmo que não siga o cânone técnico, pra mim tá tudo certo.

Insufferable Bear
Membro
# 20/fev/23 22:58
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makumbator
cê já tocou instrumento de metal?
eu comecei no trompete e vivia com medo de desenvolver uma embocadura ruim e fiquei meio obcecado lendo tudo que conseguia achar sobre desenvolver a técnica correta... no fim das constas tinha tanta coisa ultra-específica e tudo contraditório, tipo proporção de lábio superior x inferior dentro do bocal, etc... no fim das coisas a conclusão que consegui chegar é que ninguém sabe de nada e não importa, Dizzy Gillespie era um bochechudo e tocava melhor que todos esses professores que diziam ter desenvolvido o método perfeito e passaram a vida inteira corrigindo seus alunos, que também nunca tocaram como o bochechudo.

mas para não dizerem que eu tô incentivando noobs a desenvolver técnica ruim (isso eu acredito que existe), sei também que Gould desenvolveu dores que não permitiam que ele tocasse por mais de 15min no piano. mas desde que você evite técnica extrema por tempo estendido, não vejo problema.
e tempo estendido é uma coisa importante, tem repertório no piano que uma hora ou outra você vai ter que socar o piano com uma posição na mão cheia de tensão, mas isso costuma ser pontual, não é que nem o ostinato do arranjo de Erlkönig do Liszt que deve ser responsável por 90%* dos casos de tendinite em pianistas.

* dados tirados da bunda

Lelo Mig
Membro
# 20/fev/23 23:04 · Editado por: Lelo Mig
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Insufferable Bear
makumbator

"técnica correta como um ponto de partida"

Concordo. Até porque há muitas variantes, desde o estilo/objetivo que o cidadão pretente, ou seja, tocar Flamenco e tocar Punk não são a mesma coisa. Até variantes não subjetivas, como genética. (tamanho dos dedos, qualidade das articulações, reflexos/respostas cerebrais, elasticidade de tecidos, fibras musculares, e etc...)

Nunca gostei dessa conversa mole (e chata) de músico, que "basta querer", "basta se dedicar", "basta estudar"... besteira, algumas coisas não se conseguem por mérito.

Ninguém vai tocar como o Michael Angelo Batio, por exemplo, só porque quer. O cacete que toca!

makumbator
Moderador
# 20/fev/23 23:19 · Editado por: makumbator
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Insufferable Bear

Nunca toquei instrumento de metal. Aliás, de sopro eu só pratiquei flauta doce (sei as posições e consigo tocar escala e musiquinhas simples nela).

Essa coisa de paranoia absoluta com técnica perfeita era uma das minhas brigas com minha professora de contrabaixo acústico. Ela preza pela excelência nos mínimos detalhes (de cada dedo das duas mãos, os ângulos do arco, a postura do corpo em geral, os movimentos do vibrato, e até o controle de respiração pulmonar) e quando eu queria mudar algo era uma luta!

Mas isso foi bom, pois eu procurei entender melhor o que funciona pra mim a partir do que ela falava. Eu não apenas queria contestar pra ser do contra.

Lelo Mig

Sim, e se a técnica ficar engessada no “certo de uma época”, ela nem seria aprimorada ao longo das gerações. Tem sempre que ter alguém pra levar o nível adiante.

Lelo Mig
Membro
# 20/fev/23 23:23
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makumbator

"Essa coisa de paranoia absoluta com técnica perfeita era uma das minhas brigas com minha professora... Ela preza pela excelência nos mínimos detalhes...quando eu queria mudar algo era uma luta!"

Dominado por mulher! Escravoceta!

makumbator
Moderador
# 20/fev/23 23:27
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Lelo Mig

Totalmente! Aliás, amo de verdade minha professora (Valéria Guimarães). Até hoje mantenho contato (conheço até os filhos dela, falecido marido e o atual). Ela é foda mesmo.

Wanton
Veterano
# 21/fev/23 09:52
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makumbator
Também concordo que técnica perfeita que sirva pra todo mundo não existe. Eu vejo a chamada técnica correta como um ponto de partida para personalizar de acordo com cada um. Se funciona pra pessoa, e não faz mal fisicamente pra ela, mesmo que não siga o cânone técnico, pra mim tá tudo certo.

Tentando ensinar guitarra para a minha fia, vi o quanto a minha experiência prática com o instrumento é individual. Cada corpo tem uma mecânica diferente. A solução que encontrei e que funcionou para mim pode ser uma bosta para o outro. Peguei uma geração de professores que não sabia disso. Ficavam querendo corrigir a postura da mão, mesmo quando era dolorido mantê-la. Deve ter idiota vendendo esse discurso até hoje: no pain, no gain e o escambau.


Lelo Mig
Ninguém vai tocar como o Michael Angelo Batio, por exemplo, só porque quer. O cacete que toca!

Nessas horas, recorro à astrologia. Para sair uns caras desses, é preciso de toda uma confluência de fatores de alinhamento cósmico. Se o cara nasceu com Saturno retrógrado, pode se matar de estudar que não vai dar em nada.

brunohardrocker
Veterano
# 21/fev/23 11:02
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Eu também não evoluí na guitarra e desmotivei completamente por causa de uma dor no punho esquerdo. La nos meus 15 anos eu fui inventar de jogar de goleiro no futsal. Fui querer defender um bicudo de dentro da área e quebrei o pulso esquerdo.
Eu senti que a fratura afetou os ligamentos ali. Ao falar com um especialista ele falou que a forma como os ossos se curaram internamente pode ter afetado os tendões que comandam os 3 dedos, do médio ao mínimo.
Até hoje sinto ali uma perda de força e coordenação.
Não é impossível treinar e tocar. Porém, o limite é o tempo. Dentro de meia hora tocando, começa a latejar e tem que parar.

brunohardrocker
Veterano
# 21/fev/23 11:07
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Nas mesmo assim, eu ainda sirvo mais como guitarrista do que pra goleiro. Nem adianta me chamar para goleiro, porque o trauma é grande.

JJJ
Veterano
# 21/fev/23 11:52
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brunohardrocker
Nem adianta me chamar para goleiro, porque o trauma é grande.

Goleiro Bruno? És tu?

Drinho
Veterano
# 21/fev/23 13:32
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Se eu coloco o polegar na posição que os professores de guitarra dizem que é o jeito correto

Interessante, não sabia que existia isso, para mim se o cabra se condicionasse com movimento de dedo ou punho ou misto evitando tensão no antebraço era suficiente.

Wanton
Veterano
# 21/fev/23 14:24
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Drinho
Interessante, não sabia que existia isso

E não existe. É estupidez. Diziam para posicionar o polegar fazendo oposição ao indicador, no meio do braço. Às vezes, basta um livro, uma revista, uma pessoa disseminando bobagem que a coisa se espalha e vira regra durante um tempo.

Lelo Mig
Membro
# 21/fev/23 15:06 · Editado por: Lelo Mig
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Drinho
Wanton

Antigamente, em conservatórios de música, em violão clássico, havia (em alguns conservatórios de metodologia rigorosa) uma espécie de "elástico com um tipo de clips de metal na ponta", (esticado como um estilingue) que transcorria o braço, por toda a escala, na parte superior.

Se o seu polegar encostasse no elástico ele soltava a extremidade com o "clips" e estilingava seu dedo. Nunca vi de verdade, mas ouvi falar sobre isso, mais de uma vez; e pelo que contaram, doía prá caralho.

Era usado para "corrigir" erro de posicionamento do polegar, na marra.

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