| Autor |
Mensagem |
tambourine man
Veterano |
# nov/11 · Editado por: tambourine man
· votar
há um tempo atrás uns matemáticos criaram uma geometria perfeitamente inútil, a não euclidiana. Ela ficou esquecida até um físico usar ela para a teoria da relatividade, hoje a tal geometria é usada para lançar objetos ao espaço.
Julgamentos servem para algo?
|
Simonhead
Veterano |
# nov/11
· votar
tambourine man
Pois é, pois é, pois é!
|
Die Kunst der Fuge
Veterano |
# nov/11
· votar
tambourine man
há um tempo atrás uns matemáticos criaram uma geometria perfeitamente inútil, a não euclidiana. Ela ficou esquecida até um físico usar ela para a teoria da relatividade, hoje a tal geometria é usada para lançar objetos ao espaço.
Até alguém descobrir para que ela servia, a geometria não euclidiana era completamente inútil mesmo.
Só que pelo menos sua inutilidade não era mantida às custas dos nossos bolsos.
Se você está comparando mesmo com a geometria euclidiana, então você está assumindo que existe um montão de empregos públicos que a gente não sabe pra que servem e mesmo assim deveríamos mantê-los só porque um dia podem vir a ser úteis?
Pã.
|
tambourine man
Veterano |
# nov/11
· votar
Die Kunst der Fuge
Só que pelo menos sua inutilidade não era mantida às custas dos nossos bolsos.
o seu bolso sustenta vários matemáticos.
Só estou dizendo que definir "produtivo" é um problema espinhoso. E que eventualmente pode ocorrer o caso citado por você, vai saber
|
Die Kunst der Fuge
Veterano |
# nov/11
· votar
tambourine man
E que eventualmente pode ocorrer o caso citado por você, vai saber
Mas cara, uma coisa é produzir conhecimento "puro" e esperar que algum dia ele se torne "aplicado".
Outra coisa é você criar um cargo, mantido pela população, que aparentemente não serve pra nada e ninguém sabe a utilidade e esperar que algum dia ele se torne útil para quem o mantém...
Que qualquer conhecimento teórico venha a se tornar útil algum dia, isso é quase certeza, mas a mesma coisa não vale para os cargos.
Só estou dizendo que definir "produtivo" é um problema espinhoso.
Sim, é verdade.
Mas cá ente nós, você sinceramente acha que o governo se preocupa com isso quando vai criar os cargos? I mean, todos os cargos que ele cria?
|
tambourine man
Veterano |
# nov/11
· votar
Die Kunst der Fuge
Mas cá ente nós, você sinceramente acha que o governo se preocupa com isso quando vai criar os cargos? I mean, todos os cargos que ele cria?
acho que não, só queria ilustrar um contraexemplo
|
-Dan
Veterano
 |
# nov/11
· votar
a questão no fundo é qual o papel do Estado numa economia capitalista,
no sentido de produtividade de mercado, não é produtivo mesmo, não serve pra produzir mercadorias.
mas pense em tudo o que o Estado faz: Leis, Infraestrutura, Polícia (entre muitas outras coisas).
e se não houvessem leis? alguém tem que faze-las. o custo disso é socializado, ou seja, todos pagam. ninguem sozinho vai se dispor a pagar, mas tem que ser feito.
o mesmo com infraestruturas. se não houverem condições mínimas de produtividade, a economia trava.
contrariando os keynesianistas, os gastos estatais não vão voltar monetariamente, mas eles vão garantir que o mercado continue funcionando.
se não for feito isso, acontece o que temos aqui em são paulo: congestionamentos quilometricos semanais.
não é uma questão de investimento e retorno financeiro, é uma questão de necessidade produtiva.
é por aí.
|
Die Kunst der Fuge
Veterano |
# nov/11 · Editado por: Die Kunst der Fuge
· votar
tambourine man
Digno!
Konrad
É sempre uma leitura interessante e produtiva, mas em alguns campos eu os acho tão utópicos e às vezes lunáticos quanto os marxistas do outro lado.
Bom saber que eu não sou o único!
|
Simonhead
Veterano |
# nov/11
· votar
Die Kunst der Fuge
Mas cá ente nós, você sinceramente acha que o governo se preocupa com isso quando vai criar os cargos? I mean, todos os cargos que ele cria?
Depende. O Ministério do Planejamento pensa justamente nesse lance - da utilidade do cargo e do papel no mesmo para o melhoramento da sociedade. Claro que a gente não pode confundir Cargo Público com DAS em troca de favores.
|