Empregos públicos são produtivos?

Autor Mensagem
Konrad
Veterano
# nov/11 · Editado por: Konrad


Ron Paul anunciou que, caso eleito presidente dos EUA, uma das suas primeiras medidas para acabar com o déficit orçamentário de mais de US$ 1,4 trilhão do governo americano seria a imediata abolição de cinco ministérios e a consequente demissão de aproximadamente 221.000 burocratas.

Recentemente, o jornalista da CNN Wolf Blitzer fez uma pergunta a Ron Paul exatamente sobre essa questão, e sua resposta revela uma ótima maneira de se testar se uma pessoa aceita ou não as premissas fundamentais da moderna macroeconomia keynesiana.

Como relatou o site Politico,

Em entrevista à CNN, Paul foi perguntado por Wolf Blitzer sobre como a eliminação de aproximadamente 221.000 empregos públicos dispersos em cinco ministérios iria estimular a economia. Paul respondeu: "Esses empregos não são produtivos".

E então, empregos públicos são ou não são "empregos produtivos"?

Produtividade

Primeiramente, é preciso ressaltar que Ron Paul não está sugerindo que tais empregos são de baixa 'produtividade' no sentido econômico do termo, isto é, no sentido de produção por hora. Paul não estava apenas sugerindo que funcionários públicos são preguiçosos. O que Paul quis dizer é que empregos governamentais não fornecem bens de consumo ou serviços para a sociedade.

Imagine que um determinado país A envie um embaixador para o país B. Se fossemos mensurar a produtividade do embaixador em termos de sua produção por hora, o denominador dessa equação seria simplesmente o número total de horas que o burocrata trabalhou. Porém, pense na produção do embaixador. A rotina diária de um embaixador consiste basicamente em encontrar-se com diplomatas estrangeiros, fazer negociações, escrever relatórios e memorandos, e se envolver na supervisão de alguns projetos diplomáticos. A soma de todos esses encontros, relatórios e supervisão de projetos daria a medida da "produção" do embaixador. Um embaixador que completasse um maior número destas tarefas seria mais produtivo do que outro embaixador.

Isso nos dá uma ideia da "produtividade" do embaixador no sentido puramente economicista do jargão.

Empregos produtivos

A esta altura já deve estar óbvio que Ron Paul, ao sugerir que empregos governamentais não são produtivos, não está exatamente preocupado com a produtividade econômica destes empregos. Afinal, em um sentido puramente técnico, eles são tão "produtivos" quanto qualquer outro emprego.

Em vez disso, o que Ron Paul está dizendo — e nisso ele é acompanhado pela maioria dos economistas seguidores da Escola Austríaca de Economia — é que as tarefas realizadas por um embaixador (ou por qualquer outro funcionário público) não apresentam uma função de mercado. Tais serviços não seriam demandados por ninguém em uma economia de mercado.

Em sua essência, o governo cria do nada uma demanda para estes serviços: a existência de embaixadores é o que gera o trabalho realizado por embaixadores. Eles não levam seus serviços ao mercado para vendê-los a qualquer indivíduo que porventura queira voluntariamente comprá-los. Os governos nomeiam embaixadores para realizar serviços que nenhum consumidor quer comprar.

Compare estes serviços aos serviços realizados por um indivíduo para cujo trabalho há uma genuína demanda — por exemplo, um engenheiro mecânico. Engenheiros mecânicos são contratados por clientes que não sabem como atender de maneira mais eficiente as necessidades de seus consumidores porque não possuem a solução para um determinado problema mecânico — como, por exemplo, transportar grandes cargas do ponto A até o ponto B, aumentar a velocidade na qual o bem X é produzido etc. O engenheiro mecânico desenvolve uma solução para estes problemas em troca da uma remuneração que irá corresponder à quantia de dinheiro que o cliente espera poupar ao adotar essa nova e mais eficiente solução.

O centro da questão

Dado que embaixadores são pagos com dinheiro coletado de impostos, ao passo que engenheiros mecânicos são pagos com o capital que foi acumulado por indivíduos e empresas, os empregos públicos criam a seguinte situação:

Governos contratam e começam a pagar embaixadores.
Governos tributam o público para pagar embaixadores.
O público, por conseguinte, tem sua poupança total reduzida, gastaram parte dela pagando mais impostos.
Com a poupança reduzida, o público possui menos capital para investir em projetos de engenharia.

Assim, pagar funcionários públicos significa retirar recursos econômicos da produção de bens e serviços demandados pelo mercado e desviá-los para o financiamento de serviços para os quais não há nenhuma demanda de mercado.

Foi a isso que Ron Paul se referiu quando disse que empregos públicos "não são produtivos".

A alegação keynesiana e o teste decisivo

Economistas keynesianos argumentam que os salários pagos a funcionários públicos irão inevitavelmente terminar nas mãos do público em geral, pois os funcionários públicos utilizarão seus salários no mercado para adquirir bens de consumo e serviços. Embora haja um custo inicial no pagamento de impostos, a economia como um todo não irá sofrer nenhum impacto, pois o dinheiro irá retornar para a economia na forma de consumo incorrido por funcionários públicos.

Se não nos aprofundássemos mais neste exemplo, de fato não poderíamos dizer que a alegação keynesiana está errada. A questão a ser analisada não é simplesmente se os funcionários públicos irão eventualmente gastar seu dinheiro em bens de consumo. Eles irão.

O teste decisivo é ver até que ponto um indivíduo acredita que o consumo dos funcionários públicos irá devolver o dinheiro à economia de forma tão uniforme e eficientemente distribuída quanto era antes dos impostos. Será que o dinheiro pago aos funcionários públicos simplesmente passa através da máquina estatal e retorna aos indivíduos de uma economia exatamente da maneira como estava distribuído antes? Ou será que a distribuição total do dinheiro é alterada quando o dinheiro é confiscado dos indivíduos produtores — que o utilizariam como investimento — e redistribuído a funcionários públicos que o utilizarão para consumo?

Gastos governamentais sob a perspectiva austríaca

No exemplo acima, os seguidores da Escola Austríaca diriam o seguinte:

Como o governo contratou funcionários públicos, indivíduos que de outra forma estariam realizando outras atividades irão agora efetuar uma função extramercado, para a qual não há demanda.
Como o governo paga os funcionários públicos com dinheiro que foi retirado de indivíduos do setor privado, recursos que estavam sendo utilizado na produção de um determinado tipo de bem ou serviço será agora redirecionado para a produção de serviços extramercados para os quais não há demanda.

Consequentemente, há uma alteração na distribuição de recursos na economia.

E o que ocorre quando os funcionários públicos gastam seu dinheiro consumindo bens e serviços? Novamente, voltando ao exemplo acima, os seguidores da Escola Austríaca diriam o seguinte:

O dinheiro que alguns indivíduos tinham a intenção de gastar em projetos de engenharia mecânica foi transferido para funcionários públicos.
Estes funcionários públicos, antes de incorrer qualquer outra forma de consumo, irão adquirir alimentos, roupas, moradias, serviços de saúde e outras necessidades.

O consumo dos funcionários públicos não devolve o dinheiro para aqueles engenheiros mecânicos que seriam os recebedores originais do dinheiro que foi tributado. Ao contrário, esse dinheiro será desviado para produtores de alimentos, de roupas, imóveis, de serviços de saúde etc. Se o dinheiro, de alguma forma, acabar voltando para os engenheiros mecânicos, será apenas uma minúscula fatia dos gastos em consumo dos funcionários públicos. Ou seja, será apenas uma pequena fração da quantidade original que iria para suas mãos.

Os economistas seguidores da Escola Austríaca se referem a esse fenômeno como a não-neutralidade da moeda.

Conclusão

Concorde ou não com a afirmação de Ron Paul de que empregos públicos "não são produtivos", o grau com que você concorda irá fornecer um valioso discernimento sobre até que ponto você acredita na visão keynesiana a respeito do dinheiro na macroeconomia.

A perspectiva austríaca argumenta que todos os empregos estatais retiram recursos do setor produtivo e os desviam para a produção de bens e serviços que jamais existiriam sob condições de livre mercado ou que existiriam em quantidade e volume muito menores.

Neste sentido, empregos públicos não são produtivos.

Fonte:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1144

Original em: http://mises.org/daily/5772/Are-Government-Jobs-Productive

Konrad
Veterano
# nov/11
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E ai? O que acham? Estão no extremo ideológico austríaco ou no outro, o soviético?

Simonhead
Veterano
# nov/11
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Ron Paul anunciou que, caso eleito presidente dos EUA, uma das suas primeiras medidas para acabar com o déficit orçamentário de mais de US$ 1,4 trilhão do governo americano seria a imediata abolição de cinco ministérios e a consequente demissão de aproximadamente 221.000 burocratas.

Bom, ele ainda não é o presidente. Se for, irá repensar ao menos o número relativo a quantidade de demitidos.


Empregos públicos são produtivos?

Depende.

Konrad
Veterano
# nov/11
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Simonhead
Bom, ele ainda não é o presidente. Se for, irá repensar ao menos o número relativo a quantidade de demitidos.

Eu tenho certeza disso,apesar de tercerteza de que ele é o melhor candidato atualmente!

Depende.

De quê?

Simonhead
Veterano
# nov/11
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Konrad

Uma coisa é você estar de fora e, ao assumir um cargo de relevância como a presidência americana, ver que existem certas tarefas e pessoas que você precisa manter trabalhando até ver que solução pode ser tomada para que o serviço prestado possa ser redistribuído e/ou absorvido por outrem (pessoa física ou um novo Órgão). Algo assim aconteceu no DF com a exoneração de muitos cargos em algumas administrações locais que pararam de trabalhar após a publicação no Diário Oficial. Talvez a intenção tenha sido boa - moralizar e limpar o inchaço em termos de cargos comissionados. Mas ... e o público/população? Muitos não entendem o lance da economia quando o assunto afeta a não disponibilidade de um serviço que anteriormente existia. Na prática, as pessoas querem ser bem servidas e é para isso que o emprego público se dispõe.

De quê?

De uma série de fatores - apenas dizer que o cargo de Ministro do Planejamento era desnecessário (como o Collor assim julgou em 1990) e redimensionar 03 cadeiras para uma única pasta (Economia, Fazenda e Planejamento - novamente ideia brilhante daquele presidente) e crer que a então ministra Zélia seria capaz de assumir todas as tarefas e responsabilidades sem considerar tudo e todos que seriam afetados com isso foi uma tremenda ingenuidade do cara e daqueles que acharam que a atitude dele (de 'cortar gastos') era sinal de um Brasil que daria certo, administrativamente falando. Eu sei do que estou falando porque eu vi e vivi aquela parada. Claro que não apóio esse exagero de cargos, mas isso ai é por conta dessa necessidade de se apadrinhar a turma toda. Que o TCU e a CGU cumpram com a tarefa deles.

-Dan
Veterano
# nov/11
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Konrad

Empregos públicos são produtivos?


É como perguntar se bebidas fazem mal a saúde. Existe a água, existe a pinga, existe o veneno. Não dá pra responder sim ou não.

Para eu me situar em qual ideologia me enquadro, eu teria que refletir mais a respeito. Antes disso, qual sua resposta para a questão?

AnaClara
Veterano
# nov/11 · Editado por: AnaClara
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Se Ron Paul for eleito presidente e demitir parte dos funcionários do governo, quem vai fazer o que os funcionários fariam? E os impostos vão diminuir?

Se os impostos diminuirem e pessoa tal que quisesse contratar um engenheiro mecanico tiver agora dinheiro pra contratar o engenheiro mecanico e pagar o engenheiro mecanico. O engenheiro mecanico vai ter o dinheiro de tal pra poder comprar as coisas dele, então o dinheiro acabaria no mercado do mesmo jeito. Vai acabar dando tudo na mesma, mas com a diferença que se a quantidade de impostos e pessoas for grande pra ser relevante assim, umas pessoas vão parar de ter com o que gastar e outras vão ter mais pra gastar, ou guardar. Que não guardem em casa.

Nem entendo quase nada disso mas concordo com a economia Keynesiana

AnaClara
Veterano
# nov/11
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Uma das minhas maiores vontades é ser muito rica e guardar num banco, depois tirar tudo e guardar em casa pra dar desfalque em algum banco.

Simonhead
Veterano
# nov/11
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AnaClara

Porque seria dar desfalque a um banco retirar o que lhe pertence?

AnaClara
Veterano
# nov/11
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Simonhead

Pelo menos num dia. Minha cidade é pequena. =)

Simonhead
Veterano
# nov/11
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AnaClara

O tamanho da cidade nem importa tanto - o dinheiro continua a ser seu. Provavelmente, você poderia abalar o saldo em caixa da agência bancária naquele dia, mas isso seria apenas algo momentâneo. O ruim seria sacar o dinheiro e ser assaltada na esquina seguinte por conta dessas saidinhas bancárias que tanto se ouve falar por ai.

AnaClara
Veterano
# nov/11
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Simonhead

Mas eu falei de desfalcar um dia só mesmo.

Simonhead
Veterano
# nov/11
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AnaClara

Ok, então.

Konrad
Veterano
# nov/11
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Simonhead

Pois é. Acho que a questão é bem por ai mesmo; fala-se muito no aspecto inchado da adminsitração pública, que é altamente ineficiente, cheia de privilégios e tudo o mais. Até certo ponto, todos esses comentários são válidos, porém, até certo ponto.

Vivemos em uma República Federativa com uma Máquina Adminstrativa altamente fragmentária e arcaica, que supostamente, deve ser gerida por pessoas capacitadas que são escolhidas por meio de processos seltivos públicos e idôneos. Porém algumas poderações devem ser feitas:

1- a politização do serviço público é um câncer; e pior ele se alimenta e se perpetua, virando arma de negociação e cabresto eleitoral voluntário

2- a 8112/90 (no caso dos federais) é , em grande parte, absurda. Eu não vejo paralelo em lugar algum do mundo no sentido da tal "segurança" que o servidor público federal brasileiro tem. É praticamente impossível qualquer funcionário, uma vez aprovado e empossado, perder o cargo. Há uma série de medidas de proteção que garantem mesmo aomais imcompetente a estabilidade. Isso é um fator que diminui a qualidade geral do serviço.

3- A burocratização da administração. Esse está ligado ao número 1: quando o serviço público se torna arma política, há de haver o pagamento do favor; e esse se reflete no número de subcargos criados. Para um exemplo prático basta olhar a organização do CNPC (Decreto 7123/10). A SUSEP tem um quadro de funcionários enorme, porque não treinar uma parte da capacidade ociosa para atender a demanda que supostamente levou à criação de mais um Conselho? ( o exemplo do texto, da demanda criada propositalemnte, se adequa perfeitamente)

Algo assim aconteceu no DF com a exoneração de muitos cargos em algumas administrações locais que pararam de trabalhar após a publicação no Diário Oficial. Talvez a intenção tenha sido boa - moralizar e limpar o inchaço em termos de cargos comissionados. Mas ... e o público/população? Muitos não entendem o lance da economia quando o assunto afeta a não disponibilidade de um serviço que anteriormente existia. Na prática, as pessoas querem ser bem servidas e é para isso que o emprego público se dispõe.


Mas ai está outro problema. A exoneração de cargos comissionados só tem impacto real na Adm. por conta da ineficiência do setor público que estava acostumado a......... estar inchado. Veja bem, o funcionário x não se propoe a fazer determinada atividade pois não há a mínima necessidade de inciativa. Ele tem seu emprego garantido, raramente vai sofrer algum tipo de admoestação ou algo do tipo.

Não é nem uma questão de produtividade como o texto que postei propoe (eu particularmente não acrtedito em mensuração objetiva de "produtividade" na maior parte das atividades profissionais) ao meu ver é uma questão de status quo, mindset mesmo, que é defendido pelo proprio sistema -cujas regras são definidas por quem se aproveita dele.

Men naturally rebel against the injustice of which they are victims. Thus, when plunder is organized by law for the profit of those who make the law, all the plundered classes try somehow to enter — by peaceful or revolutionary means — into the making of laws. According to their degree of enlightenment, these plundered classes may propose one of two entirely different purposes when they attempt to attain political power: Either they may wish to stop lawful plunder, or they may wish to share in it.

Isso foi escrito há uns 150 anos e é assustadoramente real para o Brasil de agora.

-Dan

Para eu me situar em qual ideologia me enquadro, eu teria que refletir mais a respeito. Antes disso, qual sua resposta para a questão?

Eles não são produtivos, e não devem sê-lo. Não acredito em mensuração objetiva de produtividade - nem no setor público, nem no privado. .

Eu creio que deva haver mudanças sim, no sentido de melhorar a oferta deses serviços pelo setor público, tais mudanças em meu ponto de vista, devem passar necessariamente pela mudança política no entendimento do que é o serviço público. Aqui ele é um reduto de profissionais burocratizados, e burocratizantes, que assim o são em grande parte devido à segurança e privilégios que lhes são concedidos. Não creio que a quase eliminação do setor público (como prezam os austríacos em geral) seja a solução para o problema.

Por outro lado, nos últimos anos a administração pública brasileira tem subido de qualidade no que diz respeito a material humano, os concursos demandam mais, as funções são preenchidas por candidatos de melhor qualidade (em geral). O que falta é por esse povo para usar de fato a suposta qualificação que tem em prol do quem decidiram representar.

Fui claro? ehhe

Konrad
Veterano
# nov/11
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Simonhead
Porque seria dar desfalque a um banco retirar o que lhe pertence?

Regime de reservas fracionárias está sujeito a esses problemas.

Mas claro, se ela for muito rica. heheh

-Dan
Veterano
# nov/11
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Konrad

Bom, é verdade verdadeira, nua e crua, que a politicagem no serviço público é amargamente prejudicial. Vivi isso na prática.

Num geral, a passos lentos, porem constantes, tem-se caminhado, lá do tempo do patrimonialismo (lembra como era?), para o burocrático, e agora para o atual modelo gerencial. Eu sou daqueles que acha que o estado mínimo não é ideal, e sim um estado menor. Acho necessário um meio termo, nem tão inchado – com muita gente pra prestar um serviço ruim - nem tão mínimo – como, por exmplo, a crise de 2008 na qual não havia controle do Estado no mercado habitacional americano.

Simonhead
Veterano
# nov/11
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Konrad

2- a 8112/90 (no caso dos federais) é , em grande parte, absurda. Eu não vejo paralelo em lugar algum do mundo no sentido da tal "segurança" que o servidor público federal brasileiro tem. É praticamente impossível qualquer funcionário, uma vez aprovado e empossado, perder o cargo. Há uma série de medidas de proteção que garantem mesmo ao mais incompetente a estabilidade. Isso é um fator que diminui a qualidade geral do serviço.

França e Rússia - 02 exemplos de países com proteção ao servidor público. E acredite; existem formas de perder o cargo. Dê uma lida na Seção II do Diário Oficial da União, pois sempre tem um pessoal que não sabe fazer bom uso do cargo e comete irregularidades em nome do Governo (seja ele municipal, estadual ou federal) e acabam na rua, não sem antes responder a processo administrativo.

Black Fire
Gato OT 2011
# nov/11
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França e Rússia - 02 exemplos de países com proteção ao servidor público.

Esses dois países(incluindo uma das burocracias mais corruptas do planeta) foram citados a troco de que?

Simonhead
Veterano
# nov/11
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Black Fire
Eu não vejo paralelo em lugar algum do mundo no sentido da tal "segurança" que o servidor público federal brasileiro tem

França e Rússia garantem segurança ao servidor público, até onde eu sei. Se mudou, então é novidade para mim.

-Dan
Veterano
# nov/11
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Lembrando do art 41 da Constituição,

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.


Esse inciso 3, como muitas coisas na Constituição, é pura balela não é mesmo?

Black Fire
Gato OT 2011
# nov/11
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Simonhead
E o fato de eles garantirem isso significa o que?

Konrad
Veterano
# nov/11
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-Dan
lá do tempo do patrimonialismo

Vivendo e aprendendo. Eu já havia visto o termo usado por ai, mas não sabia que ele designava essa ideia de confusão entre público e privado. Não sabia que isso tinha já termo específico.

Simonhead

Que há exonerações há. Mas o problema é a frequência e os critérios......

França e Rússia - 02 exemplos de países com proteção ao servidor público.

Você citou dois exemplos de países com uma tradição esquerdista podre. Não é atoa que dão proteção fora do comum a servidores. eheh

Konrad
Veterano
# nov/11
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Simonhead
França e Rússia garantem segurança ao servidor público, até onde eu sei. Se mudou, então é novidade para mim.

Isso é engraçado. Tem que se garantir proteção a qualquer cidadão.... uai. Whatever that means.

Isso me lembra aqueles avisos em repartições públicas "Ofender servidor público é crime blablabla..."

Até onde eu sei, ofender qualquer um pode ser crime.... ehhehe. Os caras tem tanta noção da propria ineficiência que afixam esses absurdos!

Carlos_Souza_Jr
Veterano
# nov/11
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Konrad

Concordo praticamente com tudo que você falou...

Meu único porém, é que o problema dos serviços públicos é que apesar de serem normalmente muito bons para selecionarem pessoas tecnicamente capazes, o mesmo não vale para selecionar as pessoas eticamente interessantes... E aí a preguiça de trabalhar, junto com a ausência de resultados e a sensação de que seu trabalho não muda nada, gera essa massa de servidores públicos que simplesmente não produzem.

-Dan
Veterano
# nov/11
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Konrad
Vivendo e aprendendo. Eu já havia visto o termo usado por ai, mas não sabia que ele designava essa ideia de confusão entre público e privado. Não sabia que isso tinha já termo específico.

Designa aquele época em que o estado era extensão da soberania do rei, e os servidores tinham status de nobreza. A democracia era fraquíssima, falta de controle e nepotismo imperavam. Esse assunto é muito recorrente em diversas provas.

-Dan
Veterano
# nov/11
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Carlos_Souza_Jr
Concordo praticamente com tudo que você falou...

Meu único porém, é que o problema dos serviços públicos é que apesar de serem normalmente muito bons para selecionarem pessoas tecnicamente capazes, o mesmo não vale para selecionar as pessoas eticamente interessantes... E aí a preguiça de trabalhar, junto com a ausência de resultados e a sensação de que seu trabalho não muda nada, gera essa massa de servidores públicos que simplesmente não produzem.


Fatão. Porem existentes maneiras mais eficientes do que simplesmente acabar com o serviço público.

Black Fire
Gato OT 2011
# nov/11
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Eu nunca entendi qual o pano de fundo moral que justifica ao Estado, dentro de uma economia capitalista, pegar dinheiro privado na forma de impostos e reinvestir, como se fosse um empresário. É o caso por exemplo desses subsídios e isenções que o Estado brasileiro dá há alguns setores, enquanto cobra impostos astronômicos dos outros. Alguém explica?

Konrad
Veterano
# nov/11
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Carlos_Souza_Jr

Eu acho que temos um problema de ética seletiva.

-Dan

Fuçando na internet, eu descobri que provavelmente devo tervisto o termo no Raízes do Brasil.....

Obrigado por acrescenter este útil termo ao meu vocabulário. o/

Black Fire

Tu já leste Bastiat? O que tu escrveu ai é cuspido e escarrado tudo que ele questiona aqui.

O que legitima isso? cara de pau e mentiras.

tambourine man
Veterano
# nov/11
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Konrad
Tais serviços não seriam demandados por ninguém em uma economia de mercado.

as economias de mercado são resultado e resultante da burocracia, não poderiam funcionar sem elas

E ai? O que acham? Estão no extremo ideológico austríaco ou no outro, o soviético?

Essa discussão no marxismo é imensa e sem fim [é bom dizer que marx não tem muito a ver com o que rolou na URSS]. Quase nenhum emprego é produtivo no esquema marxista [produção aqui é produzir valor através do trabalho material], e o capitalismo se esforça para reduzir isso cada vez mais. 99% dos trabalhadores são improdutivos no esquema marxista.

Black Fire

Função básica do estado: garantir a propriedade privada pelo monopólio da força legítima exercida por um exército de burocratas. Essa redestribuição de renda veio depois, com o pacto fordista-keynesiano e o aumento do estado, que passou a planejar e intervir no território para diminuir desigualdades regionais e de salários.

Quero ver os austríacos fazerem o capitalismo andar sem todo o planejamento estatal que dominou todo o mundo e possibilitou ao capital uma fluidez absurda.

Konrad
Veterano
# nov/11
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Black Fire

Ai ó:

Legal plunder can be committed in an infinite number of ways; hence, there are an infinite number of plans for organizing it: tariffs, protection, bonuses, subsidies, incentives, the progressive income tax, free education, the right to employment, the right to profit, the right to wages, the right to relief, the right to the tools of production, interest free credit, etc., etc. And it the aggregate of all these plans, in respect to what they have in common, legal plunder, that goes under the name of socialism.

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