Autor |
Mensagem |
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11
· votar
Cavaleiro Eu tenho a impressão que em maior ou menor grau, todas as pessoas do planeta podem ser encaixadas em um ou mais transtornos mentais.
Eu acho que a parada é um espectro contínuo, de forma que não existe 100% livre ou 100% acometido por um transtorno.
Das funçõesbiológicas que eu sei alguma coisa, não conheço nenhuma que seja 100% eficiente.
|
Cavaleiro Veterano |
# set/11
· votar
Die Kunst der Fuge Eu acho que a parada é um espectro contínuo, de forma que não existe 100% livre ou 100% acometido por um transtorno.
Das funçõesbiológicas que eu sei alguma coisa, não conheço nenhuma que seja 100% eficiente.
E isso é um prato cheio para a hermenêutica jurídica.
|
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11 · Editado por: Die Kunst der Fuge
· votar
Cavaleiro
Mas é só o que eu acho =P
|
brunohardrocker Veterano |
# set/11 · Editado por: brunohardrocker
· votar
Die Kunst der Fuge E eu não sei onde você quer chegar com esse negócio aí da mãe,
É que assim, a pessoa pode ser tratada com os medicamentos, por um determinado tempo, que vão regular o funcionamento do cérebro e tal, isso é óbvio. Tanto quanto qualquer outro remédio que vá combater outra doença. Porém, existe o ambiente externo. Esse produziu um evento que levou tal pessoa a depressão. Diante disso, que ferramenta mais próxima podemos utilizar, levando em conta que o ambiente em si, é um mar de subjetividade, para que a pessoa supere o trauma/a doença? Ou só os medicamentos bastam? Se seus hábitos não forem mudados, aconselhados.
|
Cavaleiro Veterano |
# set/11
· votar
Die Kunst der Fuge
Mas se for tratada por um psicanalista por exemplo, vai cair na subjetividade, e na subjetividade você pode incluir ou excluir qualquer pessoa, porque no fim depende do ponto de vista.
E isso faz a festa de muitos advogados criminais.
|
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11
· votar
Cavaleiro Mas se for tratada por um psicanalista por exemplo, vai cair na subjetividade, e na subjetividade você pode incluir ou excluir qualquer pessoa, porque no fim depende do ponto de vista.
E isso faz a festa de muitos advogados criminais.
Como você acha que deveria ser tratada essa questão, fazendo um paralelo?
brunohardrocker Porém, existe o ambiente externo. Esse produziu um evento que levou tal pessoa a depressão. Diante disso, que ferramenta mais próxima podemos utilizar, levando em conta que o ambiente em si, é um mar de subjetividade, para que a pessoa supere o trauma/a doença?
Psiquiatria.
Ou só os medicamentos bastam? Se seus hábitos não forem mudados, aconselhados.
Imagino que se tenha sido um evento pontual, sim.
|
Cavaleiro Veterano |
# set/11
· votar
Die Kunst der Fuge
Eu acho que assim como certos documentos como filmagens não servem como prova, atestados que contam com uma interpretação/subjetividade muito grande também deveriam ser invalidados como defesa criminal com fins de redução de pena.
|
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11
· votar
Cavaleiro Eu acho que assim como certos documentos como filmagens não servem como prova, atestados que contam com uma interpretação/subjetividade muito grande também deveriam ser invalidados como defesa criminal com fins de redução de pena.
Caramba, e não é assim que funciona não? o.o' E eu achando que tinham pessoas competentes pensando em como tudo funcionar direito, sério mesmo.
|
brunohardrocker Veterano |
# set/11
· votar
Die Kunst der Fuge Psiquiatria.
Chegamos onde eu queria! :P
Imagino que se tenha sido um evento pontual, sim.
De acordo. Porém, se por exemplo eu trabalhar como guarda florestal, lá no Acre, viver solitário... e todas as consequencias disso, poderei sim ser tratado com medicamentos para combater uma eventual depressão. Mas se eu continuar sendo o mesmo guarda florestal, não irei resolver meu problema.
Precisamos que o profissional que seja, aconselhe o cidadão a procurar uma função de acordo com sua personalidade. Aí entramos num mundo que não pertence a toda a rigorosidade da medicina ou ciência. Entraria palpites, opiniões. poderíamos rejeitar isso? Creio que não.
|
Cavaleiro Veterano |
# set/11
· votar
Die Kunst der Fuge
Hoje depende da interpretação do juiz, mas pode ser levado a um tribunal.
O problema do direito justamente é muitas ter que dar um parecer sobre a subjetividade, vai do humor, crenças, experiência do juiz, um tanto aleatório.
Nestes casos seria mais justo criar um algoritmo que dá uma sentença aleatória, pelo menos não seria enviesado.
|
Cavaleiro Veterano |
# set/11
· votar
brunohardrocker
Me metendo um pouco no assunto. Se o cara tá infeliz lá no Acre, ele necessariamente precisa de um profissional pra dizer o que ele deve fazer? No caso, teste vocacional.
|
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11
· votar
brunohardrocker Precisamos que o profissional que seja, aconselhe o cidadão a procurar uma função de acordo com sua personalidade. Aí entramos num mundo que não pertence a toda a rigorosidade da medicina ou ciência. Entraria palpites, opiniões. poderíamos rejeitar isso? Creio que não.
O negócio é que esse profissional aí que tu tá falando e seus palpites terão tanto embasamento quanto o da sua vizinha que toma conta da sua vida.
E é possível medir cientificamente como uma pessoa responde a determinados agentes de stress e checar se em tal profissão ela estará exposta a estes agentes. Mas óbvio que não é viável fazer isso.
|
brunohardrocker Veterano |
# set/11
· votar
Cavaleiro Me metendo um pouco no assunto. Se o cara tá infeliz lá no Acre, ele necessariamente precisa de um profissional pra dizer o que ele deve fazer? No caso, teste vocacional.
É só um exemplo bem simplista, mas que pode ser comparado a outros mais complexos, como crise no casamento, aluno bagunceiro. Por aí.
Eu não consigo aceitar que o trabalho de um psicólogo não possa ser levado a sério. O que me diz sobre a psicologia nas matérias de Recursos Humanos? O trabalho deles em selecionar pessoas ou fazer treinamentos.
|
brunohardrocker Veterano |
# set/11
· votar
Die Kunst der Fuge O negócio é que esse profissional aí que tu tá falando e seus palpites terão tanto embasamento quanto o da sua vizinha que toma conta da sua vida.
A diferença não estaria entre alguém que se formou na área e uma vizinha palpiteira? Seriam equivalentes?
E é possível medir cientificamente como uma pessoa responde a determinados agentes de stress e checar se em tal profissão ela estará exposta a estes agentes. Mas óbvio que não é viável fazer isso.
Fazem com testes, com entrevistas, coisa de quem senta atrás de uma mesa e pergunta, mas sabe investigar.
|
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11 · Editado por: Die Kunst der Fuge
· votar
brunohardrocker Fazem com testes, com entrevistas, coisa de quem senta atrás de uma mesa e pergunta, mas sabe investigar.
A diferença é que um resultado é objetivo e o outro é subjetivo.
Tem gente que não se importa, mas pra mim pelo menos isso é uma grande diferença.
|
Cavaleiro Veterano |
# set/11
· votar
brunohardrocker
O que me diz sobre a psicologia nas matérias de Recursos Humanos? O trabalho deles em selecionar pessoas ou fazer treinamentos.
Aí já entra na minha área de formação. RH sempre foi a matéria que eu menos dei importância, tem técnicas que ajudam a recrutar, selecionar, fazer LNT, mas acabam sendo subjetivos.
Quando a pessoa do RH não em uma base sólida no tipo de formação que a empresa precisa, (Exemplo típico: Empresa de TI procurando programador.) como vai mensurar as competências, habilidades e atitudes de um candidato? Mesmo tendo já é bastante complicado.
É difícil trabalhar com coisas intangíveis, então normalmente ele vai ver se o cara ter uma certificação X, fez curso na área, tem experiência profissional, mas no fundo isso não tem a menor garantia que o profissional seja bom e principalmente tenha objetivos compatíveis com os da empresa.
Então cai na subjetividade. Não tô falando que a subjetividade não é importante, claro que tem seu valor, a probabilidade de alguém que estudou RH contratar pessoas melhor que um leigo é muito grande , só não concordo quando ela entra como opção ou até mesmo substituto para definir questões legais ou de saúde, por exemplo. Deve-se tentar quantificar e tangibilizar ao máximo antes.
|
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11
· votar
Cavaleiro Então cai na subjetividade.
E pra quem terá seu futuro - diante de um questão importante - decidido por tal subjetividade, isso é uma merda.
|
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11
· votar
Eu não ligo de várias questões da minha vida serem decididas na subjetividade, mas em uma questão que eu - subjetivamente - determinei como importante, eu quero objetividade.
|
brunohardrocker Veterano |
# set/11
· votar
Die Kunst der Fuge A diferença é que um resultado é objetivo e o outro é subjetivo.
Tem gente que não se importa, mas pra mim pelo menos isso é uma grande diferença.
Mas se não temos como obter os objetivos, o máximo que conseguimos são os subjetivos. Ou não teremos porque buscar resultados.
Pode pegar uma área que não seja da ciência, vamos jogar o exemplo para dentro de uma empresa: Se for mais fácil um funcionário tomar uma pílula pra ser mais educado com os clientes, certamente a empresa vai preferir esse método, que é objetivo. Mas essa pílula não existe, onde vamos buscar a solução? Reuniões, treinamentos... demissão.
|
Cavaleiro Veterano |
# set/11
· votar
Eu não ligo de várias questões da minha vida serem decididas na subjetividade, mas em uma questão que eu - subjetivamente - determinei como importante, eu quero objetividade.
Acho que esse é o ponto. Tem coisas que infelizmente não temos como ser extremamente objetivos, a minha área, gerenciamento de projetos é uma que fica no limiar da subjetividade e da objetividade, tem centenas de técnicas e cálculos, mas no fim você está trabalhando com pessoas.
|
brunohardrocker Veterano |
# set/11
· votar
Cavaleiro
Exato.
Resumindo:
só não concordo quando ela entra como opção ou até mesmo substituto para definir questões legais ou de saúde, por exemplo. Deve-se tentar quantificar e tangibilizar ao máximo antes.
Não deve entrar, claro. Mas quando não se tem outra opção...
|
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11
· votar
brunohardrocker Cavaleiro
O ponto é que eu vou dormir. Amanhã a gente se vê.
|
Cavaleiro Veterano |
# set/11
· votar
brunohardrocker
Nesse seu exemplo da empresa, seriam criados processos. Que nada mais é que uma tentativa de objetivar.
|
Cavaleiro Veterano |
# set/11
· votar
Die Kunst der Fuge
Também vou indo.
Já concordei muito para um dia só.
|
Die Kunst der Fuge Veterano |
# set/11
· votar
brunohardrocker Não deve entrar, claro. Mas quando não se tem outra opção...
Objetividade é uma só, subjetivo pode ser um monte de coisas, quem vai decidir qual o subjetivo que vai ser usado na questão?
|
brunohardrocker Veterano |
# set/11
· votar
Cavaleiro
No tempo que eu trabalhei com RH, eu percebi que eu tinha que ter olho bom, que ter faro... haha Isso parecia contar mais que o currículo da pessoa.
Quando era um cargo mais elevado, as entrevistas eram longas. Era como assistir um debate presidencial pra você decidir em quem votar. Então a objetividade fica muito de lado. Só vamos tirar a prova no primeiro mês de trabalho da pessoa.
|
brunohardrocker Veterano |
# set/11
· votar
Cavaleiro Nesse seu exemplo da empresa, seriam criados processos. Que nada mais é que uma tentativa de objetivar.
A preferência é a objetividade. Não nego isso. Mas a subjetividade existe e tá aí pra nos trollar.
Die Kunst der Fuge Objetividade é uma só, subjetivo pode ser um monte de coisas, quem vai decidir qual o subjetivo que vai ser usado na questão?
Não é o sujeito, o "quem", e sim a própria questão.
Boa noite pra vocês. Foi legal conversar aqui! É um exercício.
|
Simonhead Veterano |
# set/11
· votar
brunohardrocker Como a "morte da mãe" não pode ser detectada por aparelhos, por exames e etc, não poderia ficar a cargo da ciência.
E a mudança no comportamento? Não dá para perceber em exames? Eu creio que sim.
J. S. Coltrane
Gostei do texto. O penúltimo parágrafo do texto que você resumiu é o melhor e responde a muitos dos questionamentos anteriores. Valeu o post!
|
J. S. Coltrane Veterano |
# set/11 · Editado por: J. S. Coltrane
· votar
Konrad É plausível supor que o conhecimento sobre as doenças, seus desenvolvimento e sintomas tenha crescido e que mais casos estejam sendo diagnosticados.
Die Kunst der Fuge Cavaleiro
que fetiche da objetividade do caraleo
brunohardrocker Os transtornos mentais são biologicamente determinados?
O que mais me causou espanto foi a lógica circular usada para explicar biologicamente os transtornos. Somando isso com os estudos estatísticos rejeitados pela indústria e o patrocínio forte dos estudos que foram aprovados, eu diria que é difícil provar a determinação puramente biológica. Os caras dão um exemplo no texto:
Por exemplo: como o Thorazine diminui os níveis de dopamina no cérebro, postulou-se que psicoses como a esquizofrenia são causadas por excesso de dopamina. Ou então: tendo em vista que alguns antidepressivos aumentam os níveis do neurotransmissor chamado serotonina, defendeu-se que a depressão é causada pela escassez de serotonina. Antidepressivos como o Prozac ou o Celexa impedem a reabsorção de serotonina pelos neurônios que a liberam, e assim ela permanece mais nas sinapses e ativa outros neurônios. Desse modo, em vez de desenvolver um medicamento para tratar uma anormalidade, uma anormalidade foi postulada para se adequar a um medicamento.
Simonhead
o/
uma citação aleatória:
"O piscofarmaco pode aliviar e regular o sofrimento, mas não é capaz de tocar na posição subjetiva e tampouco desloca-la; seu uso como forma de eliminar todo e qualquer mal-estar produz um apagamento dos recursos que dispomos para dar sentido à vida, retira a implicação e a responsabilidade do sujeito ante ao seu sintoma, favorecendo a alienação e o distanciamento de si mesmo."
|
R. Marcone Veterano |
# set/11 · Editado por: R. Marcone
· votar
Ninguém pede pra ter doença mental., ou qualquer outro tipo de transtorno. Até uns anos atrás eu achava que isso era a maior palhaçada. Até o dia em que me peguei chorando sem motivo, nervoso, sem vontade fazer nada. E por mais que eu lutava contra isso, não conseguia nenhuma mudança. Então tive que procurar um médico e dizer o que estava acontecendo. Tive que tomar um monte de remédio, ficar 6 meses sem trabalhar, depois mudar o local de trabalho. E depois de uns 2 anos de tratamento fiquei bem. Eu acho. Mas como todo maluco nunca acha que é maluco, vamos indo.
|