Sobre os problemas da inteligência

    Autor Mensagem
    Slash_1989
    Veterano
    # mai/11 · Editado por: Slash_1989


    Até que ponto sermos racionais e lógicos nos trará felicidade e tornará nossa existência na terra menos sofrida? A partir do momento em que buscamos por conhecimento, entramos numa viagem paradoxal, que nos levará, necessariamente, a menos conhecimento. Explico com a teoria do "Queijo Suíço", na qual quanto mais queijo você compra, mais furos ele terá, portanto tem-se a máxima: Quanto mais queijo, menos queijo.

    Uma vez optando por ler um livro, você opta por não ler todos os demais livros existentes no mundo; uma vez buscando conhecer as coisas passiveis de conhecimento, se descobre existir ainda mais coisas que são passiveis de conhecimento.

    Então como conhecer? Ou melhor, pra que conhecer? Essa busca incansável pela verdade absoluta nos leva a um caminho solitário e sem volta, já que uma vez tento o conhecimento da verdade, torna-se impossível negar a sua existência.

    Nós, seres humanos, nos diferenciamos dos demais seres da terra pelo simples fato de conhecermos a finitude da nossa própria existência, o que nos leva a sempre reservar nossas ações presentes para um bem futuro. Mas me pergunto: uma vez sabendo que a única certeza da vida é a morte, vale a pena viver? Vale a pena lutar, sangrar, sofrer para conquistar as coisas que desejamos, sendo que inegavelmente todas elas se perderão no final? A vida só vale a pena porque sabemos que vamos morrer um dia, isso é o que nos faz NÃO viver apenas o nosso aqui e agora, mas a extrema inteligência poderia nos levar a abrir mão de tudo, poupando o sofrimento futuro? E alias, seria realmente o caminho mais sábio desistir das nossas funções como seres irracionais, e nos reservarmos a uma vida unicamente regida pela lógica e inteligência?

    "A inteligência é um duplo mal: ela nos faz sofrer e ninguém se da ao trabalho de considerá-la uma doença." Então qual caminho seguir? Dedicarmos à nossa estupidez cotidiana, vivendo apenas em lapsos de razão, tendo nossas felicidades já destinadas a se tornarem sofrimento; ou nos dedicarmos a busca incansável da virtude e do conhecimento, nos tornando seres solitários e auto-suficientes, porem protegidos da certeza da perda?

    A nossa motivação básica é evitar o sofrimento, e a razão nos parece oferecer as ferramentas necessárias para esse fim, mas o que recheia a nossa existência se não a mistura entre dor e prazer, razão e emoção? A inteligência é mesmo o caminho para levar uma vida menos sofrida, ou ela nos trará uma realidade solitária, incompleta e acima de tudo, contrariando a própria lógica da busca por conhecimento, infeliz?

    R. Marcone
    Veterano
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    mai/11

    Slash_1989

    Tá tudo bem com você?

    brunohardrocker
    Veterano
    # mai/11
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    Então qual caminho seguir?

    O caminho do meio.

    R. Marcone
    Veterano
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    mai/11

    brunohardrocker
    O caminho do meio.

    Eu achava que era o da "berada".

    DraKo
    Veterano
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    mai/11

    Então qual caminho seguir

    tanto faz, todos caminhos levam a roma

    Slash_1989
    Veterano
    # mai/11
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    brunohardrocker
    e como seguir por esse caminho conciliando inteligencia com ignorancia?

    brunohardrocker
    Veterano
    # mai/11
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    Slash_1989

    Não é exatamente por isso, apesar que ignorância num outro sentido não é sinônimo de burrice, então pode sim ser conciliada com a inteligência no momento em que você reconhece que pouco sabe sobre muita coisa.

    Mas eu vi você ligar a inteligência, a busca pelo conhecimento, diretamente com a infelicidade. Na prática isso pode acontecer muito, mas não acredito que essa infelicidade tenha como causa o próprio conhecimento. Acho que existem uma série de fatores que fazem com que uma pessoa "acima da média" se sinta infeliz, mas que são alheios ao conhecimento em si.

    Exemplo, muitos intelectuais não se contentam com o seu nível cognitivo e possuem um desejo, uma necessidade, de que todos o compreendam, de que todos dêem atenção as suas idéias. Ao invés de compreenderem os reais problemas, as dificuldades humanas de manter uma massa intelectualizada, se revoltam e ao mesmo tempo se dão conta que estão 'solitários'.

    Talvez o problema esteja na essência humana, que faz com que eu me sinta superior em ter mais dinheiro que a maioria, que eu me sinta poderoso por ser um rei e também me sinta poderoso por ter mais conhecimento, logo perde a humildade, sobe a cabeça certos sentimentos de autoritarismo, fica com desejo de ser visto e no caso do intelectual isso não é correspondido.

    Acredito que é possível ser "feliz" sim, tendo muito conhecimento. A partir do momento em que você descarta esses fatores externos, que não são o conhecimento em si, e passa a, ao invés de tê-lo como propriedade, compartilhá-lho, com as pessoas que estejam interessadas, sem se importar com o imbecil.

    brunohardrocker
    Veterano
    # mai/11
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    Slash_1989

    Dando minha resposta a sua ultima pergunta:

    A inteligência é mesmo o caminho para levar uma vida menos sofrida, ou ela nos trará uma realidade solitária, incompleta e acima de tudo, contrariando a própria lógica da busca por conhecimento, infeliz?

    Acredito (porque aqui não cabe afirmações categóricas), que na prática, pelo equívoco humano de ligar a inteligência à infelicidade, ela possa levar a humanidade a uma vida mais fria, solitária, autômata e quem sabe ao próprio fim.

    Kobberminer
    Veterano
    # mai/11
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    Slash_1989
    A inteligência é mesmo o caminho para levar uma vida menos sofrida, ou ela nos trará uma realidade solitária, incompleta e acima de tudo, contrariando a própria lógica da busca por conhecimento, infeliz?

    Só a inteligência limitada ao materialismo...

    mvrasseli
    Veterano
    # mai/11
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    Slash_1989
    A única verdade é que seremos eternos "ignorânties", e que cada um se contente em ser feliz na sua própria inteligência e na sua própria ignorância até que a morte as separe.

    Ikaruz
    Veterano
    # mai/11
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    Acho que a inteligência e a ignorância se equivalem. Assim como a morte e a vida. Você é triste com o fato de ver o problema e é feliz por resolve-lo. Você se mantém neutro quando não vê o problema ou quando ignora.
    Altos e baixos é igual ao zero, igual a vida e a morte.

    Córtex Frontal
    Veterano
    # mai/11
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    Slash_1989

    Caralho, parei aqui.

    uma vez sabendo que a única certeza da vida é a morte, vale a pena viver? Vale a pena lutar, sangrar, sofrer para conquistar as coisas que desejamos, sendo que inegavelmente todas elas se perderão no final? A vida só vale a pena porque sabemos que vamos morrer um dia, isso é o que nos faz NÃO viver apenas o nosso aqui e agora, mas a extrema inteligência poderia nos levar a abrir mão de tudo, poupando o sofrimento futuro?


    E pensei em me suicidar.. :S

    Viciado em Guarana
    Veterano
    # mai/11
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    Dois posts do rosélio marcados como inapropriados no mesmo tópico.

    LOL!

    Slash_1989
    Nós, seres humanos, nos diferenciamos dos demais seres da terra pelo simples fato de conhecermos a finitude da nossa própria existência, o que nos leva a sempre reservar nossas ações presentes para um bem futuro. Mas me pergunto: uma vez sabendo que a única certeza da vida é a morte, vale a pena viver? Vale a pena lutar, sangrar, sofrer para conquistar as coisas que desejamos, sendo que inegavelmente todas elas se perderão no final? A vida só vale a pena porque sabemos que vamos morrer um dia, isso é o que nos faz NÃO viver apenas o nosso aqui e agora, mas a extrema inteligência poderia nos levar a abrir mão de tudo, poupando o sofrimento futuro? E alias, seria realmente o caminho mais sábio desistir das nossas funções como seres irracionais, e nos reservarmos a uma vida unicamente regida pela lógica e inteligência?
    Somos o que somos. Aceite isso.

    "A inteligência é um duplo mal: ela nos faz sofrer e ninguém se da ao trabalho de considerá-la uma doença." Então qual caminho seguir? Dedicarmos à nossa estupidez cotidiana, vivendo apenas em lapsos de razão, tendo nossas felicidades já destinadas a se tornarem sofrimento; ou nos dedicarmos a busca incansável da virtude e do conhecimento, nos tornando seres solitários e auto-suficientes, porem protegidos da certeza da perda?
    Você não encontrará resposta plausível pra isso.

    A nossa motivação básica é evitar o sofrimento, e a razão nos parece oferecer as ferramentas necessárias para esse fim, mas o que recheia a nossa existência se não a mistura entre dor e prazer, razão e emoção? A inteligência é mesmo o caminho para levar uma vida menos sofrida, ou ela nos trará uma realidade solitária, incompleta e acima de tudo, contrariando a própria lógica da busca por conhecimento, infeliz?
    Somos seres essencialmente emotivos. Faz parte da nossa natureza, é impossível fugir dela.
    Veja só tantos anos e o ser humano não conseguiu se livrar de seus instintos mais primitivos.

    marcosshrp
    Veterano
    # mai/11
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    Até que ponto sermos racionais e lógicos nos trará felicidade e tornará nossa existência na terra menos sofrida?
    Até o ponto em que você pode escolher entre se alimentar, transar e comer comida cozida sem a necessidade de gastar tanta energia para conseguir tais méritos.

    Nós, seres humanos, nos diferenciamos dos demais seres da terra pelo simples fato de conhecermos a finitude da nossa própria existência
    Não, nós não conhecemos..

    uma vez sabendo que a única certeza da vida é a morte
    Não, não sabemos que a única certeza da vida é essa..

    Vale a pena lutar, sangrar, sofrer para conquistar as coisas que desejamos, sendo que inegavelmente todas elas se perderão no final?
    Você faz essas coisas inconscientemente. Ao escrever este tópico você procura respostas para as suas dúvidas, que é um modo de tornar a sua vida mais agradável e usando aquilo que você julgou desnecessária para uma vida saudável. Você esta em constante luta para a sua própria sobrevivência, seja ela derrubar um exército para se manter vivo, ou criar um tópico filosófico no OT

    A vida só vale a pena porque sabemos que vamos morrer um dia
    Não, não sabemos..e se sabemos, isso não faz a menor diferença.

    Strato_Master
    Veterano
    # mai/11 · Editado por: Strato_Master
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    Slash_1989

    sua argumentação está baseada em diversas falácias, começando pelo queijo suíço...


    de qualquer jeito... quanto mais nos exforçarmos para compreender algo, mais de perto veremos o abismo que nos separa da verdadeira compreenção e o quão insignificantes somos....

    por isso eu digo que (em alguns casos) a ignorância é uma benção...

    marcosshrp
    Veterano
    # mai/11
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    Strato_Master
    a ignorância é uma benção..

    eu vou mais além, digo que a felicidade está em um gol quadrado com 5 mil reais parcelados em som, tocando proibidão.

    acredite, eles são felizes..

    Lucas Borlini
    Veterano
    # mai/11
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    Enviado: 29/mai/11 16:05

    Slash_1989

    Tá tudo bem com você?



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    Enviado: 29/mai/11 16:07

    brunohardrocker
    O caminho do meio.

    Eu achava que era o da "berada".



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    Enviado: 29/mai/11 16:27

    Então qual caminho seguir

    tanto faz, todos caminhos levam a roma



    Caramba, o que tem de inapropriado nesses posts????

    Will Bejar
    Veterano
    # mai/11
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    Lucas Borlini
    Acho que é coisa do Ricardo Teixeira...

    Eu concordo com o mvrasseli
    +1

    Slash_1989
    Veterano
    # jun/11
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    marcosshrp
    Nós, seres humanos, nos diferenciamos dos demais seres da terra pelo simples fato de conhecermos a finitude da nossa própria existência
    "Não, nós não conhecemos.."

    Serio?! vc acredita mesmo que vivemos pra sempre? nunca te disseram que um dia vc vai morrer?

    uma vez sabendo que a única certeza da vida é a morte
    "Não, não sabemos que a única certeza da vida é essa.."

    E quais certezas vc tem sobre a sua vida? vc esta certo de quem vc eh? do que vc pensa? do que vc sente? do que vc vai ser, ou oq vai acontecer com vc daki 10 anos?
    A UNICA coisa que nós podemos garantir sobre a nossa propria existencia, eh que um dia iremos morrer.

    A vida só vale a pena porque sabemos que vamos morrer um dia
    "Não, não sabemos..e se sabemos, isso não faz a menor diferença."

    Não faz diferença?!?! Cara, TUDO oq nós fazemos inconscientemente esta ligado ao fato de sabermos que vamos sofrer consequencias futuras. Se um cachorro vê um predador vindo em sua direção, ele foge sistematicamente, instintivamente, para se salvar naquele exato momento. Se um homem ve um assaltante apontar a arma pra ele, ele nao sai correndo, pq ele sabe que o cara pode disparar e que pode mata-lo. Por ter essa consciencia da morte, diante de um perigo qualquer, o homem eh o unico ser que ao invez de fugir talvez diga: "por favor nao me mate, eu tenho uma familia para criar."

    Tudo oq move a existencia humana eh o fato de sabermos da finitude dessa nossa existencia. Nós só fazemos alguma coisa pq temos a noção de futuro, e queremos adquirir beneficios nesse futuro. Eu só criei esse tópico pq quero num futuro adquirir mais conhecimento do assunto. Eu só estudo pq num futuro quero ser alguem, ou simplesmente porque vai me trazer um prazer futuro conhecer aquilo. eu só olho pros dois lados da rua antes de atravessa-la pq naum quero no futuro ser atropelado. Diante de qualquer coisa na nossa vida, nossas ações visam adquirir algo no futuro, nem que seja um mero bem-estar ou sensação de missao cumprida. Por termos essa ideia de que vamos morrer, eh que fazemos nossa vida valer a pena. Não que o medo da morte nos motive, mas o fato de sabermos que ela existe faz toda a diferença. Caso o contrário ficariamos o dia inteiro deitados no sofa...

    O objetivo do tópico eh debater justamente sobre isso: "A vida só vale a pena porque sabemos que um dia vamos morrer."
    Até que ponto o conhecimento sobre nosso destino, os obstaculos da vida, e a finitude das coisas podem nos impedir de buscar por uma felicidade?
    Um exemplo particular: Quando criança eu queria muito ter um cachorro, mas o que me impedia realmente (e me deixava com medo) de ter um era saber que quando ele morresse, eu ainda seria muito novo pra lidar com a dor de perde-lo. Hoje tenho uma cachorra que me trouxe muitos momentos felizes na minha vida, e a finitude da vida dela não eh algo que nao me incomoda. Mas direi que "valeu a pena."
    Agora em escalas maiores, até que ponto a razão absoluta dessa finitude pode nos impedir de buscar coisas na vida? Ao escolher ter o cachorro, eu passei a ignorar que um dia ele morreria, e isso me fez feliz. Se eu fosse extremamente racional, eu nao iria querer ter um, sabendo do futuro inevitavel. E eh esse o ponto: será que sofreriamos menos se escolhermos não ter nada, só por que sabemos que vamos perder tudo?

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