cardosocaio Veterano |
# jan/11
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Um dos mais fascinantes temas da ciência é como surgiu a inteligência humana ao longo da evolução dos grandes primatas aos hominídeos chegando até o ser humano. A inteligência é um tema fascinante porque nos dá a chave para o tesouro do entendimento sobre nós mesmos e como a seleção natural pôde produzir tamanha maravilha como o cérebro humano e sua capcidade em tempo tão curto. Também é uma explanação sobre a natureza da nossa singularidade no reino animal e porque nós somos assim hoje.
De fato, muitas facetas da evolução da inteligência humana são ainda matéria de considerável mistério, porque ela não pode ser observada diretamente no registro paleontológico, como um osso, ou dentes, por exemplo. A evidência reunida por cientistas sobre a inteligência vem indiretamente a partir da observação do aumento do tamanho da capacidade craniana, de artefatos prduzidos como resultado da inteligência humana, tais como a fabricação de ferramentas, a caça cooperativa e a guerra, o uso do fogo e o cozimento de alimentos, a arte, o enterramento dos mortos, e poucas outras coisas mais.
O aparecimento da inteligência, juntamente com a linguagem (e ambas são inexplicavelmente entrelaçadas, como veremos mais tarde), foi um passo espetacular da evolução animal. Ela apreceu em primatas, mas poderia ter sido desenvolvida igualmente bem em outros mamíferos avançados, tais como golfinhos. Por que ela se desenvolveu em primatas e não em outros gêneros animais? Provavelmente pela inerente instabilidade de ambientes territoriais, quando comparados com os ambientes aquáticos, e quase certamente devido às séries de mudanças dramáticas no clima africano em certos pontos da história geológica. Portanto, os fenômenos probabilistícos podem ser muito bem a explicação porque estamos agora na posição de sermos os mais inteligentes de todos os animais da Terra.
Este passo evolucionário foi espetacular porque deu origem ao círculo cada vez mais rápido de feedback positivo entre a evolução cultural (trazida pela linguagem) e o desenvolvimento posterior do cérebro ao aumentar enormemente o sucesso reproduzido e às chances de sobrevivência do organismo assim armados com um cérebro capaz de alta flexibilidade, adaptabilidade e capacidade de aprendizagem. Em um período de um a dois milhões de anos (praticamente um piscar de olhos em termos de tempo geológico), este poderoso impulso de evolução neural levou ao que somos hoje e ao que o homem será nos próximos 100.000 anos.
Será a inteligência unicamente presente nos seres humanos? ë claro que não. A inteligência humana parece ser composta de um número de funções neurais correlacionadas e cooperativas, muitas das quais já estão presentes em outros primatas, tais como a dexteridade manual, visão colorida estereoscópica altamente sofisticada e acurada, reconhecimento e uso de símbolos complexos, coisas abstratas que representam outras) memória de longo-prazo, etc. De fato, a visão científica atual é que de que existem vários graus de complexidade de inteligência presente em mamíferos e que nós compartilhamos com eles muitas características que anteriormente pensávamos que eram únicas ao homem (tais como linguagem simbólica, como já foi provado que ocorre em primatas).
Os cientistas têm levantado hipóteses sobre a existência de uma "massa crítica" de neurônios como um pré-requisito para a "explosão" evolucionária da inteligência. Em outras palavras, abaixo de um certo número de neurônios (ou tamanho do cérebro), a inteligência é altamente limitada e não leva à invenção, imaginação, comunicação social simbólica e outras coisas que não existem em cérebros não-humanos. Um número grande de fatores evolucionários convergentes determinaram um rápido aumento no cérebro e complexidade do cérebro de hominídeos e levaram à primeira espécie verdadeiramente Homo. A massa crítica foi atingida e após isso foi apenas uma questão de evolução quantitativa apenas. Definindo inteligência Mas o que é inteligência? Antes de embarcar em uma viagem ao entendimento desta evolução, nós devemos conhecer melhor o objeto de nossa questão.
Parece que existem tantas definições de inteligência quanto existem cientistas trabalhando no campo. De acordo com a Enciclopédia Britância, "ela é a habilidade de se adaptar efetivamente ao ambiente, seja fazendo uma mudança em nós mesmos ou mudando o ambiente ou achando um novo ambiente". Esta é uma definição inteligente, porque ela incorpora aprendizado (uma mudança em nós mesmos), manufatura e abrigo (mudança do ambiente) e migração (encontrando um novo ambiente). A inteligência é uma entidade multifatorial, envolvendo coisas tais como a linguagem, pensamento, memória, raciocínio, consciência (a percepção de si mesmo), capacidade para aprendizagem e integração de várias modalidades sensoriais. De modo a nos adaptar efetivamente, o cérebro deve usar todas estas funções. Portanto, "inteligência não é um processo mental único, mas sim uma combinação de muitos processos mentais dirigidos à adapatação efetiva do ambiente", prossegue a definição da EB.
Reconhecer quais são os componentes da inteligência é muito importante em termos de montar uma "teoria da inteligência". Uma das teorias mais sólidas e interessantes foi proposta por Sternberg (veja a tabela) e se relaciona diretamente ao que nós sabemos sobre a evolução. Ele propõe que a inteligência é feita de três aspectos integrados e interdependentes: no mundo interno, as relações com o mundo externo, as experiências que relacionam ao mundo externo e o interno.
Os Componentes da Inteligência O mundo interno: cognição
1. processos para decidir o que fazer e o quão bem foi feito 2. processos para fazer o que foi decidido ser feito 3. processos para aprender como fazer
O mundo externo: percepção e ação
1. adaptação a ambientes existentes 2. modelagem de ambientes existentes em novos 3. a seleção de novos ambientes quando os antigos se provam insatisfatórios
A integração dos ambientes internos e externos através da experiência
1. a habilidade de se adaptar às novas situações 2. processos para criar objetivos e para planejamento 3. mudança dos processos cognitivos pela experiência externa
Um dos melhores exemplos que demonstram os três aspectos da inteligência é a caça cooperativa nos hominídeos. O mundo externo é caracterizado por um terreno extenso tridimensional onde existem animais muito rápidos, muito grandes ou muito perigosos como presas em potencial. Aprender como emboscar a presa, como aproximar-se dela e como matá-la com um machado de pedra são habilidades cognitivas. Ser capaz de caçar em vários ambientes, se mover para outras áreas quando a caça se torna escassa ou fabricar armas de caça, armadilhas animais, etc, são exemplos de processos relacionados aos mundos interno e externo.
Finalmente, ser capaz de se comunicar e coordenar a caça com outros seres humanos, delinear uma estratégia para caçar mais efetivamente, e desenvolver e sustentar todo o processo de caça por meio da cognição, percepção e ação, são exemplos da integração entre os mundos interno e externo.
O quanto da inteligência humana, pensamento, raciocínio, imaginação e planejamento são devidos à linguagem? Praticamente tudo, nós poderíamos dizer. De fato, esses processos são uma espécie de "processamento interno da linguagem", como se diz. Um dos mais importantes experts em evolução humana, Ian Tattersall, da Inglaterra, propôs que o sucesso da humanidade é largamente o resultado da linguagem com toda a sua riqueza de sintaxe e semântica. A linguagem, portanto, é fundamental para a nossa capacidade de pensar, e o intelecto humano e as conquistas que nós vamos explicar neste artigo seriam impossíveis sem a linguagem. Para Tattersall, a linguagem é "mais ou menos sinônimo com o pensamento simbólico" e isto faz toda a diferença.
Neste contexto, aparece uma das mais importantes propriedades da mente humana que é a consciência, ou auto-percepção. Nós não temos muitas evidências se elas existem em outros animais, e quando ou onde elas aparecem em humanos pela primeira vez. Será a auto-consciência um produto da evolução? Será que ela é vantajosa para a adaptação e sobrevivência? A resposta é sim. A auto-consciência nos permite construir a realidade além de meras sensações físicas, como imaginar uma situação e as conseqüências de nossas ações, antes que qualquer coisa aconteça. Por exemplo, o uso de ferramentas para muitos tipos de tarefas tem sido bem documentado entre os antropóides, incluindo o uso de pequenos ramos, pedras, galhos, cordas, ganchos, etc. Entretanto, eles nunca foram observados inventando ou construindo ferramentas (embora pelo menos um biólogo ousado tenha ensinado como fabricar ferramentas de pedra como um ser humano pré-histórico). De todos os primatas superiores, apenas os seres humanos e os chimpanzés caçam e comem carne em uma base regular. Da mesma forma, muitos grupos de pesquisa foram capazes de demonstrar que os antropóides são capazes de aprender linguagem simbólica para se comunicar entre eles e com os humanos.
Os antropóides estão intimamente relacionados aos seres humanos em termos de evolução. Eles foram separados de nós cerca de 36 milhões de anos atrás, a partir de um ancestral comum que ainda não foi encontrado. Portanto, eles podem ser considerados um ramo paralelo da árvore evolutiva dos humanos. Os antropóides extintos que são os mais antigos que os primeiros hominídeos, tais como o Ramapithecus ardinus (5 a 6 milhões de anos atrás) não são considerados hominídeos. Estudos de biologia molecular mostraram que o Ramapithecus era mais similar aos orangotangos.
As seqüências de DNA dos grandes antropóides são 96,4% similar àqueles dos humanos. Em outras palavras, todas as nossas diferenças entre cérebro, inteligência, dexteridade, linguagem, etc, são codificadas em somente 3,6% de todos os genes que constituem nossos genomas.
Estudar a evolução da inteligência humana imediatamente nos faz lembrar de estudos similares dos nossos parentes, nossos primos, os macacos. Sem nenhuma dúvida, eles têm alguma forma de inteligência, e estudos comparativos mostraram uma importante luz sobre o entendimento de nossa própria inteligência.
Existem apenas cinco espécies vivas da ordem dos macacos Pongid, também conhecidas como antropóides (significa similares ao homem), dos quais três estão representados abaixo: o chimpanzé, o bonobo (muito similar aos chimpanzés, mas recentemente considerado uma única espécie), o gorila, o gibão (incluindo o siamang) e o orangotango. Com exceção do orangotango, todas as outras espécies estão distribuídas em regiões da floresta da África. O orangotango e gibão vivem nas florestas chuvosas da ilha de Java, Sumatra, etc.
Como podemos ver aqui, seus crânios e cérebros são anatomicamente muito similares: órbitas oculares grandes no mesmo plano frontal, cristas ósseas frontais e/ou laterais no crânio, fossas nasais triangulares grandes, mandíbula superior avançada, maxila pesada e dentes fortes com caninos grandes.
Começando pelos ancestrais comuns que os seres humanos compartilham com os antropóides, o ramo dos primatas humanos começou também na África, provavelmente 6 a 8 milhões de anos atrás e chegou até o homem moderno (que apareceu provavelmente cerca de 150.000 a 200.000 anos atrás e depois se espalhou para o resto do mundo). Eles são chamados de Hominídeos, e estão incluídos na superfamília de todos os antropóides, os hominóidea, membros dos quais são chamados hominóides.
A árvore evolucionária do homem não é uma linha única e contínua ao longo do tempo como muitas pessoas pensam. Os cientistas têm muitas evidências de muitos "troncos mortos", ou seja, muitas espécies de hominídeos que se extingüiram sem deixar descendentes. É muito difícil determinar nossa linha evolucionária direta, e existe ainda vários elos faltantes, sem mencionar que algumas vezes existe discordância entre cientistas sobre o que constitui a melhor probabilidade.
O Homo erectus foi o primeiro a sair da África para o resto do mundo, incluindo Europa, Oriente Médio e Ásia. Esta espécie tornou-se extinta em todos os locais exceto na África, onde deu origem ao chamado Homo sapiens arcaico (ainda falta um elo perdido entre H. erectus to H. sapiens). Portanto, a África meridional parece ser o "berço da humanidade".
A evolução do homo sapiens arcaico foi incrementada pelo isolamento causado pelos desertos e montanhas naquela parte do continente. Esta espécie mais tarde se espalhou mais tarde para a África, Europa, Ásia, 200.00 e 100.000 anos atrás, onde evoluiu para Homo sapiens neanderthalensis (o homem de Neanderthal, que é uma adaptação a ambientes frios, e não é considerado um ascendente direto do homem moderno, mas sim uma espécie muito relacionada), e o Homo sapiens sapiens, uma adaptação ao clima quente da África.
Os cientistas anunciaram recentemente a descoberta provável de um ancestral comum de ambos Neanderthal e o homem moderno, chamado Homo antecessor. Ele viveu cerca de 800.000 anos atrás, no que hoje é a Espanha. Em última análise os Neandertais sucumbiram 30.000 anos atrás provavelmente devido a competição com o Homo sapiens sapiens, o por acasalamento com eles ou ambos.
A cantora Kelly Osbourne apareceu com um visual novo em um ensaio fotográfico para a revista Cosmopolitan deste mês, informou o Daily Mail. Loira e mais magra, a filha do metaleiro Ozzy Osbourne esbanjou sensualidade e simpatia nas fotos.
Apesar de ter sido vista saindo de um restaurante com um homem misterioso na semana passada, Kelly admitiu à revista que ainda é apaixonada pelo ex-noivo, Luke Worrall. "Nós ainda temos muito o que aprender sobre a vida. Muitos erros foram cometidos, um monte de coisas ruins foram ditas", afirmou a cantora, ressaltando depois: "eu não estive com ninguém desde Luke".
Depois de ficar 20 kg mais magra, Kelly disse que a terapia a ajudou a perceber que perder peso é muito mais do que ter uma alimentação saudável. Ela contou que agora se sente bem, como se estivesse "tendo uma segunda chance".
A capacidade interna do crânio é grande e seus cérebros são altamente evoluídos e complexos, sendo apenas inferiores aos do homem moderno. Chimpanzés e gorilas têm um tamanho cerebral médio de 400 a 500 cm3, respectivamente. Em conseqüência, os antropóides são muito inteligentes e capazes de manipulação simbólica similar à linguagem, capacidade de resolução de problemas, comportamentos altamente complexos, aprendizagem, emoções, etc.
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