raf.pp Veterano |
# out/10
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Cavaleiro
Sim, mas isso pelo forte lobby e poder dos bancos frente ao governo. Se analisarmos pelo lado da agricultura você verá que é totalmente diferente, existe, por exemplo um protecionismo muito grande com os produtores de laranja norte-americanos.
E todos sabemos que Protecionimos é o oposto do Liberalismo.
Pedro_Borges
Concordo com você em alguns pontos, mas peço para pensar no seguinte:
- Pense num governo ideal que desenvolve o país socio-economicamente. - Esqueça das péssimas experiências que vc teve no passado com estatais... (isto para ter uma analise menos parcial)
Qual o melhor caminho? Privatizar x Estatizar?
Na teoria eu prefiro as estatais... esse é meu ponto de vista uma vezs que as empresas privadas visam o lucro. Lógico que com uma boa regulamentação e controle do governo, podemos ter privatizações ótimas.
Só não gostaria que a discussão fosse para o lado de PSDB x PT, uma vez que no meu ponto de vista os dois fizeram cagadas enormes...
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Pedro_Borges Veterano |
# out/10
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raf.pp
Deixemos então os efeitos partidários e eleitoreiros das últimas horas para uma reflexão sobre as questões que você coloca.
Tenho visto por aí alguns neologismos criados para sublimar as posições extremas de suas origens tais como: Neoliberalismo, Centro direita, Centro; Centro esquerda, e por aí vai. Ora, o que existe de pragmático são duas posições antagônicas: Capitalismo e Comunismo. O resto é como disse. São neologismos.
No capitalismo os meios de produção pertencem à iniciativa privada que, por sua vez só atua em setores onde possam obter a remuneração mínima e o retorno de seus investimentos, balizando-se ainda pelo custo de oportunidade (uma alternativa tem que superar o custo da renúncia a outra).
No comunismo os meios de produção pertencem ao estado e não há o princípio da propriedade privada. Até não gosto de usar esse termo "meios de produção", pois me faz lembrar Karl Marx e a sensação que me vem à mente, nesse caso, é de um sujeito com dentes mal escovados, com mal hálito, além de barbas horríveis e odor de bebida destilada misturando-se a pigarro (não leia este texto antes do jantar). Sem falar do olhar carrancudo de crocodilo faminto. E ainda tem gente que o chama de "meu ídolo". Risos.
Pois bem, fiz esse prólogo para direcionar melhor minhas conclusões e, claro, conferir um pouco de humor à tragédia.
Nosso país nasceu com a vocação capitalista e assim o é, seja ele independente ou dependente do capital de outras nações desenvolvidas. O certo é que não dá para ser duas coisas simultaneamente, ou ainda, meio coisa e meio outra.
Sendo nosso país de economia capitalista, como já foi dito, não compete ao estado o papel pela produção de bens e serviços. A este compete apenas normatizar e regular as relações econômicas e sociais desse modelo econômico.
Também é papel do estado atuar em setores que não são atrativos à iniciativa privada, mas de cujos serviços e bens produzidos são essenciais à população. Exemplos: transportes, comunicações, energia, produção de matérias primas para incentivar as indústrias secundárias, etc.
Nestes casos o estado deve atuar enquanto tal seguimento for deficitário, ou seja, enquanto apresentar prejuízos. A partir do momento que começa a apresentar resultados atrativos, nesse instante encerra-se a necessidade da atuação do estado.
A lógica é que para os negócios deficitários, porém essenciais o estado não pode impor à iniciativa privada que nele atue, pois o capital privado, além de necessitar de remuneração, tem limite e pode esgotar o capitalista. Neste caso, a empresa estatal deve e tem de ser financiada a custa dos impostos que pagamos. Essa é a tutela que devemos dar para que o conjunto da economia se desenvolva.
Veja as áreas que foram iniciadas pelo estado quando a iniciativa privada não se interessava:
a) Siderurgia – criou-se o pólos tais como o de Volta Redonda, CSN, Usiminas, etc. para que a indústria metal mecânica se desenvolvesse e também um conjunto de outras indústrias afins. Foram privatizadas quando houve interesse do capital privado.
b) Telefonia – qual empresa privada atuaria num setor em que, somente nos grandes centros podiam-se obter ganhos, ao passo que deveria levar sinal a todas as regiões? O governo atuou enquanto era deficitário e depois privatizou.
c) Energia elétrica, correios e tantos outros.
Pois bem, as empresas estatais no Brasil são dirigidas atualmente cumprindo umas das missões que é a de dar prejuízo, entretanto, esse prejuízo não é porque o setor seja deficitário, e sim porque o governo é péssimo empreendedor e ótimo patrão.
Não há como manter serviços lucrativos nas mãos do governo. Empresas estatais nesse caso só servem para fomentar a corrupção, como se vê todos os dias (Correios, Banco do Brasil, etc), gerando-se com isso caixa para políticos inescrupulosos.
Fica claro o porquê o pessoal da esquerda quer um país capitalista com um governo estatizante. Querem as tetas e para se tornar "bezerros" necessitam apenas de um diplomazinho pró-forma ou quem sabe ter amizade com um político. E tenho dito!
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