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Bog Veterano
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# set/10
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Texas Blues Hat
Excluindo totalmente a quesão inicial, não pude deixar de notar isso:
nos tempos atuais, com a especificação e o metodismo da ciência me parece impossível alguém focar suas energias na ciência e na arte. O metodismo científico acaba por tornar qualqer um artísticamente estéril.
Dois pontos:
1. Você não vê grandes cientistas sendo grandes artistas por aí, mas também não vê grandes políticos ou grandes atletas, também. Em vez de considerar uma exclusão mútua intrínceca cheia de blablabla filosóico, sugiro começar com a hipótese de que o tempo é limitado e que pessoas normais gastam muito do seu para TALVEZ se destacar em uma única atividade - não sobrando muito tempo, cabeça, ou mesmo talento para ser bom também em outra coisa.
Digo, você acha que um atleta que treina 10 horas por dia conseguiria ser ao mesmo tempo um empreendedor que dedica 10 horas por dia ao sucesso do seu negócio e ainda um violonista que pratica 6 horas por dia?
2. Já lhe ocorreu que a maior parte dos cientistas não é cientista em tempo integral, nem tenta analisar tudo a todo momento sob esta ótica? Por exemplo, quando reslvi me casar com a minha esposa, pesou muito na balança um punhado de sentimentos iguais aos que qualquer ser humano comum pode ter. Não escrevi um paper a reseito, não realizei experimentos nem usei métricas objetivas. Da mesma forma, apesar de sempre existir alguma influência, no geral eu não sou o Bog pesquisador quando componho minhas musiquinhas. E se não sou bom nas duas coisas, não creio que seja por uma incompatibilidade natural entre ser cientista e ser artista, e sim pura falta de dedicação, tempo e talento.
Enfim, nunca conversei com o Brian May, mas acho que ele concordaria comigo. ;)
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Cavaleiro Veterano |
# set/10
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Bog
Falou bem e é por aí mesmo.
Eu vejo nas pessoas o medo de se expor e fracassar, atribuição ao destino para falta de conquistas.
Por exemplo, eu faço MBA, mestrado, trabalho 8 horas, to publicando artigo e tenho noiva e algumas outras atribuições e ainda dou conta de treinar e fazer aula de guitarra.
Não que eu seja o exemplo em pessoa, em qualquer dessas áreas, mas tem gente que faz metade e reclama do tempo e da falta de dom para a prática da arte ou qualquer outra coisa que fará tirar da zona de conforto.
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Texas Blues Hat Veterano |
# out/10 · Editado por: Texas Blues Hat
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Bog
Sinceramente não tenho a mínima disposição para continuar a discussão inútil deste tópico, mas deixo aqui meu último post:
1. A argumentação do post que você critica tem por objetivo o primeiro texto postado neste tópico (recomendo que o leia, caso não o tenha lido, já que você mesmo diz "Excluindo totalmente a questão inicial"). Ainda que em sua opinião hajam falhas, essas mesmas falhas não derrubam a tese principal.
2. Nenhuma parte do texto tem por objetivo ofensas pessoais (saliento isso baseado no tom ligeiramente emotivo de seu discurso).
3. Não disse que cientistas não são seres humanos como você deduziu. Apenas não tenho a capacidade de imaginar Andrew Wiles trabalhando na conjectura de Fermat e pintando quadros ao mesmo tempo, e que esses mesmos quadros expressem o estado mental de Wiles, que não era dos melhores durante esses dez anos, da mesma forma como o faria Van Gogh. Ou, ainda, compondo musiquinhas como o senhor o faz. Não creio que alguém preocupado com os zeros da função zeta de Riemann tenha inspiração para tanto.
4. Como você mesmo o disse "não sou o Bog pesquisador quando componho minhas musiquinhas". Noto o seu diletantismo e deduzo que a música para você é mero hobby, não uma ocupação principal, o que corrobora também com a afirmação principal.
5. Não utilizo exemplos pessoais, ainda que possa me valer da matemática pura e da música erudita. Seus argumentos pessoais acabam por tornar, de certa forma, o problema meramente estatístico (aí teríamos outro problema ad infinitum!), o que não condiz com o "rigor" da sua explanação. De fato não existe nenhum antagonismo biológico entre cientistas e artistas, apenas não imagino Einstein tocando o primeiro movimento da sonata Kreutzer enquanto trabalha na teoria da relatividade generalizada.
6. Desconsidero possíveis análises relativas ao blablabla cientifóico (uso sua nomenclatura) de seu discurso. Desconsidero também a falta de tempo ou talento que o senhor alega e retomo a idéia principal do texto anterior, que tem por razão apenas o meu parecer neste tópico: "Dawkins é tão capaz de assobiar e chupar cana ao mesmo tempo quanto uma freira de trepar e orar a deus."
Por fim, nunca tirei uma nota sequer de Brian May, pois sempre tive objetivos mais nobres como Hendrix, SRV, Joe Pass, e etc.
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Bog Veterano
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# out/10
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Texas Blues Hat saliento isso baseado no tom ligeiramente emotivo de seu discurs
Eu não posso ter usado um tom ligeiramente emotivo. Eu sou cientista. O metodismo científico acabou por me tornar emocionalmente estéril. :)
No mas, como você não tem a mínima disposição para continuar a discussão inútil... tanto faz.
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Blackus Veterano |
# out/10 · Editado por: Blackus
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Achas que Einstein seria um grande violinista? ele era
http://www.worldculturepictorial.com/images/content_2/einstein_playing _violin.jpg
http://soperfi.org.pe/galerias/albums/userpics/10001/einstein%20violin .jpg
Desde quando arte é feita pra dar prazer? Olha aí o tanto de arte com valor que é odiada e rejeitada...
note-se: se bem que sabe-se lá se seria grande, mas dizem que era bom.
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makumbator Moderador
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# out/10
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Blackus
De tudo o que eu já li sobre a vida de Einstein(tenho 2 das grandes biografias já escritas sobre ele), ele definitivamente NÃO era uma grande violinista(pelo menos não no que eu considero um grande executante do instrumento).
Ele ficava longe de ser ruim, mas ser qualificado como "excelente" seria forçar a barra. Os relatos de quem o ouvia(entre eles seus vários amigos músicos) são de que ele era bom, mas definitivamente não o apontavam como um músico excepcional, principalmente comparando-se os fundamentos técnicos no violino com outros músicos.
Talvez se ele tivesse se dedicado integralmente ao violino, poderia ter se tornado um excelente instrumentista profissional(pois definitivamente levava jeito para a música, e realmente gostava da arte), mas não foi o caso(para felicidade da ciência)
Entretanto, a música tinha grande importância em sua vida(mais do que para a maioria das pessoas "não musicistas"), e segundo os biógrafos ele adorava improvisar ao violino, enquanto pensava em física.
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odion Veterano |
# mar/13
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Texas Blues Hat nieztche era cristão, não ateu. e nem judeu. apenas fazia da filosofia sua arte e ele se denominava superman. o que é a igreja católica? um bando de hipócritas que se acham os donos da verdade. em sua obra como professor deixou a humildade como herança. humildade que é capaz de voltar atraz em suas opiniões e mesmo assim viver feliz pra sempre. e errar de novo.
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sallqantay Veterano |
# mar/13
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A arte e o progresso (inclua-se a ciência) são como dois inimigos mortais: ao se encontrarem, inevitavelmente um deve ceder o lugar para o ourtro passar.
[2]
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sallqantay Veterano |
# mar/13
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o Bog ficou mordido e tomou como ofensa pessoal uma crítica que tá bem longe do seu alcance (pois é permeada do que ele julga ser blablabla)
LOL
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sallqantay Veterano |
# mar/13
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na real o Bog poderia ter falado que o rigor formal da ciência é de certa forma uma arquitetura coletiva e anônima do saber
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odion Veterano |
# mar/13
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sallqantay arte e ciência tem em comum a sobriedade. só é possível chegar ao nível da sobriedade por turbulência, paixão e morte de algo que atrapalha um dos dois. no livro ciencia e política, duas vocações, fala-se dos baixos salários dos professores e que argumenta o fato de os professores serem os gênios da humanidade, humildes, desprovidos de ambição ou vaidade. o professor é o super homem.
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brunohardrocker Veterano |
# mar/13
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odion
por quê realmente um acontecimento leva à outro que causa um impacto completamente oposto, ou o mesmo impacto mas com diferentes causas e finalidades interpretativas?
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odion Veterano |
# mar/13
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fins interpretativos e finalidades interpretativas são opostas. ja está provado cientificamente que o cérebro tem dois lados com estimulação opostas. as cores não dizem nada. é a mesma coisa que configurar a tela de apresentação do windows pra monocolor e entrar em uma sala de bate papo. agora, se voce ligar um som nesta hora, os nomes dos usuários da sala começam a fazer sentido.
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sallqantay Veterano |
# mar/13
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odion
logo se vê que Weber é mais um idólatra
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Viciado em Guarana Veterano |
# mar/13
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sallqantay Para de implicar com o Bog senão ele não volta! Caramba!
>:(
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sallqantay Veterano |
# mar/13
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Viciado em Guarana
entra na onda e cria um pótico para ele
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brunohardrocker Veterano |
# mar/13
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#partiu ouvir o bloco do eu sozinho
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