Um pequeno teste.

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The_Fourth_Horseman
Veterano
# fev/09
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kohler1000
não deveria haver para os, sei lá, bisnetos dos escravos, quem sofreu foi o escravo e não o bisneto do escravo. Por isso sou contra as cotas raciais.

A coisa é muito complexa. A vida e o que aconteceu na vida dos bisavós influencia demais na dos viventes de hoje.

kohler1000
Veterano
# fev/09
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The_Fourth_Horseman

Influenciados pelas condições sociais que foram impostas a eles a milhares de outros não-negros. O negro não foi o único lesado.

Se é assim então devia ter uma cota pra todo mundo que teve antepassados pobres.

The_Fourth_Horseman
Veterano
# fev/09
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kohler1000
Se é assim então devia ter uma cota pra todo mundo que teve antepassados pobres.

Tem uma diferença gritante entre antepassados pobre e antepassados escravos.

ZXC
Veterano
# fev/09 · Editado por: ZXC
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Ao meu ver, o aborto é um assunto emocional demais e tem fortes argumentos prós e contras. Quando falamos nesse assunto, não lembramos da discussão entre feminismo e masculinismo, que estão envolvidas nesse acaso. O direito do homem e da mulher , assim como o direito da criança antes de nascer....
Eu levaria o caso para a questão do aborto girar em torno dos direitos e deveres...isso é, se a mulher tem ou não o direito de interromper a gestação que não deseja, ou se tem o dever de levar até o fim o que não quer.
Se vermos com uma visão anti-aborcionista, teremos a noção de que o feto deve ser uma pessoa a partir de sua concepção e que o direito do feto a vida, é maior que o direito da mãe de controlar o que está dentro do seu corpo. Será?
E quanto ao dote natural ao livre-arbítrio, ao direito de ser dono da sua própria vida, ao direito inato aos "direitos"? São esquecidos?
Ninguém é dono ou tem poder sobre a sua vida....você é soberano sobre ela.
Se o aborto é o término da vida de alguém que não tem direito a opinar, isso é, uma decisão unilateral em relação a vida...reflito que o que está aqui em causa, não é mais a vida humana, e sim o entendimento que fazemos do valor para sobrepor a todas as outras questões...

Carpano-Jr.
Veterano
# fev/09
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Não concordo nem discrodo, muito pelo contrário.

anonymous4
Veterano
# fev/09
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Concordo que tanto os escravos como os donos deveriam ser indenizados.

lula_molusco
Veterano
# fev/09
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chuta tudo C que você acerta.

Devil Boy
Veterano
# fev/09 · Editado por: Devil Boy
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brunohardrocker
Sou contra o aborto até mesmo de fetos sem atividade cerebral. Considero mesmo tipo de crime que é destruir ovos de tartarugas nas praias, não seria homicídio pois não há atividade cerebral, mas continua sendo crime na minha opinião.

E antes que venham comparações com ovos de galinha que comemos, já digo que o caso dos ovos de galinha é diferente, estão na cadeia alimentar natural nossa, cadeia alimentar é diferente de crime.


Na verdade, ja faz um bom tempo que eu abandonei o criterio da "atividade neural", assim como minhas antigas crencas abortistas. Percebi que insistir nesse raciocinio implicaria em aceitar que matar moscas e baratas(seres dotados de "atividade neural", mas desprovidos de consciencia moral) e o mesmo que homicidio. O argumento da "cadeia alimentar" tambem nao e bom, a menos que justificado pela consciencia do certo e do errado, que so existe na especie humana.

Alguem ainda poderia retrucar: "mas se e a consciencia do que e certo e do que e errado(e nao a 'atividade neural') que define a nossa condicao de individuos, entao criancas de 5 anos, por exemplo, nao sao individuos e com certeza nao tem direito a vida."

Dai pode-se inferir que nao e so a capacidade moral que nos define como seres humanos e como individuos, mas sim, a potencialidade dessa capacidade. O desdobramento logico disso e que a figura do individuo surge a partir do momento em que o ovulo fecundado pelo espermatozoide e implantado no utero e se inicia o processo de gestacao(a partir do qual o embriao passa a ser, para todos os efeitos e ate que surja evidencia em contrario, dotado de potencialidade moral) - e que, portanto, praticas abortivas sao imorais. Todas elas. Nao importa o estagio da gravidez.

Quem quer que seja a favor do aborto, so possui duas alternativas diante de si para tentar manter ao menos a coerencia: pregar o "direito" das esponjas a vida ou negar esse direito as criancas. Nao ha meio termo.

Voce faria isso ou nao?

Não.


Eu sei que disse que nao era necessario se justificar, mas... por que nao?

Devil Boy
Veterano
# fev/09 · Editado por: Devil Boy
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ZXC
Se os escravos ganham sua liberdade, mas as terras que plantaram e cultivaram e que são suas por direito do "princípio de apropriação", continua em outras mãos...essa abolição não existe de verdade.
Liberdade, é mais do que libertar o homem da escravidão política e econômica...


Se vermos com uma visão anti-aborcionista, teremos a noção de que o feto deve ser uma pessoa a partir de sua concepção e que o direito do feto a vida, é maior que o direito da mãe de controlar o que está dentro do seu corpo. Será?
E quanto ao dote natural ao livre-arbítrio, ao direito de ser dono da sua própria vida, ao direito inato aos "direitos"? São esquecidos?


Parabens(ou nao), voce agora e uma libertaria rothbardiana.

ZXC
Veterano
# fev/09
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Devil Boy
Parabens(ou nao), voce agora e uma libertaria rothbardiana

Pela dúvida do parabéns...fica também a dúvida para quem a lê, se isso é bom ou ruim...ahahahah

Devil Boy
Veterano
# fev/09
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ZXC
Pela dúvida do parabéns...fica também a dúvida para quem a lê, se isso é bom ou ruim...ahahahah

Sendo a favor do aborto, entao e ruim.

brunohardrocker
Veterano
# fev/09 · Editado por: brunohardrocker
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Devil Boy

Olha, eu mantenho minha opinião de que o aborto mesmo de fetos sem atividade neural é crime. Temos que ter Lei, e temos que ter critérios com bom senso nelas.
Se é crime pescar na piracema porque isso impede a vida em potencial dos peixes, se é crime destruir os ovos das tartarugas na praia, se é crime desmatar, se é crime poluir rios e mares, o aborto também é crime.
Todos esses exemplos que citei, são ações que impedem a vida em potencial, não somente a vida em si, e são crimes.
E esses critérios tem bom senso, levando em conta que preservam a vida e defendem o equilibrio ambiental, que este indiretamente favorece a nós mesmos (seres humanos).
Então, se é crime impedir a vida em potencial, porque não pode ser crime impedir a vida em potencial de nós mesmos?

E quanto ao argumento de que deveríamos considerar os mesmos critérios para moscas, baratas e afins, seria crime apartir do momento que isso interferisse, prejudicasse o meio ambiente. São seres que trazem riscos à nossa saúde, e devemos nos defender, e nada é mais natural que isso.

Lembrando que o crime que falo, não é o homicídio.

Voce faria isso ou nao?

Não.

Eu sei que disse que nao era necessario se justificar, mas... por que nao?


Ah, acho que por motivos bem óbvios. Se eu tenho problemas com abortistas (criminosos na minha opinião) e a lei dá liberdade à eles, meu problema não seria exatamente com eles e sim com a lei. Faria meu papel de significância quase nula de cidadão em lutar para que a lei mudasse. Se eles estão soltos, não sou eu que os julgo.
Não teria porque me negar a realizar um negócio com um abortista só porque o considero um criminoso, meu negócio foi feito para dar lucro!
Dou graças a Deus (literalmente) pela lei ser contra o aborto.

Ronin
Veterano
# fev/09
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brunohardrocker
Temos que ter Lei, e temos que ter critérios com bom senso nelas.

Se procura um critério na lei, constitucionalmente ela é muito simples... você só é cidadão, só é 'alguém', depois que nasce... e de preferência que nasça vivo. Criança natimorta, por exemplo, não é considerada pela constituição como cidadão. Em resumo, a lei que criminaliza o aborto é auto-contida... não se apóia em outras leis ou na constituição.


brunohardrocker
Todos esses exemplos que citei, são ações que impedem a vida em potencial, não somente a vida em si, e são crimes.
Neste caso, você proibiria a inseminação artificial? Afinal, para ocorrer a inseminação artificial é necessário fecundar diversos óvulos e colocá-los no útero da mãe, dos quais diversos morrem. Dos óvulos fecundados, diversos outros são guardados congelados e, caso a mãe venha a ter um filho, serão guardados por um tempo e finalmente jogados fora (a não ser, claro, que algum padre que seja contra o uso deles para pesquisas com células tronco decida levar todos para casa e criá-los com carinho.

Como fica o critério da vida potencial neste caso?

Devil Boy
Veterano
# fev/09 · Editado por: Devil Boy
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brunohardrocker
Olha, eu mantenho minha opinião de que o aborto mesmo de fetos sem atividade neural é crime.

Ei, acho que tu nao entendeu direito o que eu escrevi, mas eu TAMBEM acho que e crime. =)

Foi exatamente isso que eu quis dizer quando falei que abandonei a defesa do aborto.

O problema nao e matar a "vida em potencial" ou seres com "atividade neural". O criterio passou a ser o de "potencialidade moral" - que a capacidade potencial de tomar decisoes racionais sobre o que e certo e o errado, como no caso das criancas .

Eu simplesmente acho que qualquer feto a partir do inicio da gravidez(implantacao do embriao no utero) deve ser considerado um individuo e que, mata-lo, portanto e homicidio.

Ah, acho que por motivos bem óbvios. Se eu tenho problemas com abortistas (criminosos na minha opinião) e a lei dá liberdade à eles, meu problema não seria exatamente com eles e sim com a lei.

Pedi para assumir como premissa a "neutralidade" do Estado porque outro dia tava falando sobre isso justamente com um professor anarquista aqui na universidade, que defende abertamente o fim do Estado.

A figura cre piamente que, na ausencia do Estado, o controle da criminalidade deve ser feito por agencias policiais e judiciarias privadas que seriam usadas pela vitima(ou seus herdeiros) para processar/punir o criminoso. E que no caso da vitima ser um feto ou uma crianca e de o agressor ser o seu pai ou mae, a "punicao" seria feita pelos outros membros da sociedade atraves do boicote e outros mecanismos de mercado. Ele nao so acha acha que o simples fato de a maioria das pessoas serem capazes de perceber intuitivamente a irracionalidade do aborto e indicador de que, numa "stateless society", os abortistas seriam tratados como parias, como tambem isso seria mais eficiente na repressao dos abortistas e pedofilos do que as atuais punicoes do Estado. Eu pessoalmente acho que isso e colocar fe demais no ser humano.

E claro que perguntar esse tipo de coisa em um forum de internet esta longe de ter algum rigor estatistico, mas e sempre util saber o que as pessoas pensam sobre isso.

Entao, para nao ficar nenhuma duvida... em uma sociedade sem Estado, voce faria o boicote?

brunohardrocker
Veterano
# fev/09
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Ronin
Se procura um critério na lei, constitucionalmente ela é muito simples... você só é cidadão, só é 'alguém', depois que nasce... e de preferência que nasça vivo. Criança natimorta, por exemplo, não é considerada pela constituição como cidadão.

Se é cidadão ou não, não faz diferença. Se um feto não tem direito à vida, ninguém tem o direito de impedir a vida de acontecer.

Neste caso, você proibiria a inseminação artificial? Afinal, para ocorrer a inseminação artificial é necessário fecundar diversos óvulos e colocá-los no útero da mãe, dos quais diversos morrem.
Como fica o critério da vida potencial neste caso?

Se os óvulos morrem, os espermatozóides de uma masturbação também morrem, e isso é um processo natural e não é crime.

O caso do aborto é que o feto foi originado atravéz de uma relação sexual entre um homem e uma mulher, que por irresponsabilidade ou por acidente a mulher engravidou.
Ora, isso é motivo pra dizer "eu mando no meu corpo e tenho direitos de não ter esse filho?"

Ronin
Veterano
# fev/09
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Devil Boy
Eu pessoalmente acho que isso e colocar fe demais no ser humano.

Eu, pessoalmente, acho que seria o início de uma platocracia.

Bagre_Ensaboado
Veterano
# fev/09
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brunohardrocker

Se os óvulos morrem, os espermatozóides de uma masturbação também morrem, e isso é um processo natural e não é crime.

Mas eu me sinto um monstro por mandar tantos futuros bagrinhos pelo ralo do banheiro, eles nem sabiam nadar :(

Ronin
Veterano
# fev/09
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brunohardrocker
O caso do aborto é que o feto foi originado atravéz de uma relação sexual entre um homem e uma mulher, que por irresponsabilidade ou por acidente a mulher engravidou.

O caso do aborto é matar um zigoto (e não um feto) ou não... ou agora existe uma separação entre estar dentro do corpo ou não?! O zigoto só tem 'direito à vida' quando está dentro de um corpo? Cadê a potencialidade?

No caso da inseminação, são óvulos fecundados... óvulos com espermatozóides, que só precisam do ambiente certo para gerarem vida... teoricamente, eles tem toda a potencialidade de um zigoto gerado no "old-style", rssss.


Quando se cai neste papo de "irresponsabilidade", a discussão começa a cair para um lado no qual, ao menos me aparenta, os contrários ao aborto defendem esta contrariedade simplesmente como forma de punição a esta irresponsabilidade. Coisa que não acho que seja um bom argumento.

Devil Boy
Veterano
# fev/09 · Editado por: Devil Boy
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Ronin
Eu, pessoalmente, acho que seria o início de uma platocracia

E o pior e que por enquanto eu tambem acho isso mesmo. ;)

Devil Boy
Veterano
# fev/09
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No caso da gravidez resultante de estupro, eu acho que a mulher que optar pelo aborto nao pode ser recriminada pelo ato em hipotese nenhuma. Por uma simples razao: ela foi coagida, o estuprador usou de violencia para forca-la a levar pica e eventualmente embuchar. Esta totalmente no direito dela nao prosseguir com a gravidez e nao assumir as consequencias da acao do pilantra.

Mas isso serviria para mudar o fato de que o feto e um individuo? Nem por um segundo. Ele continua preenchendo o requisito da potencialidade moral e, consequentemente, o aborto continua sendo homicidio. A questao agora passa a ser: se o aborto e um homicidio e a mae nao pode ser responsabilizada, quem seria entao o homicida nessa historia? O estuprador, oras.

Se um pai coloca um bebe no meio da rua para ser atropelado no exato momento em que passa um carro, somente ele proprio sera acusado pela morte do bebe. Jamais o motorista que atropelou, pois ele nao pode ser responsabilizado pelo desfecho abominavel. Seguindo essa analogia, o estuprador, e somente ele, responderia por dois crimes: o estupro e a morte do feto.

Acho que esse e o unico ponto que deveria ser mudado na atual legislacao brasileira.

brunohardrocker
Veterano
# fev/09
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Devil Boy
em uma sociedade sem Estado, voce faria o boicote?

Sim, não teria outra maneira de me manifestar contrariamente.

Ronin
Veterano
# fev/09
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Devil Boy
Eu simplesmente acho que qualquer feto a partir do inicio da gravidez(implantacao do embriao no utero) deve ser considerado um individuo e que, mata-lo, portanto e homicidio.

Não esqueça que o feto só existe após a 8ª semana de gravidez... até mesmo a primeira divisão da célula embrionária só acontece 30 horas depois da fecundação.

Eu entendo a sua escolha quanto a questão do aborto, e sou sincero em dizer que minha opinião sobre o assunto sequer é formada... já fui contra, já fui a favor, sei lá. Mas é que pontuar assim o momento em que a criança possui "potencialidade moral", é arbitrário, e alguém que seja a favor do aborto pode simplesmente posicionar o surgimento desta potencialidade moral em outro momento... por exemplo, no surgimento do feto. Isto porque a questão de potencialidade moral é, entre tanto mais, vaga e subjetiva.

Devil Boy
Veterano
# fev/09 · Editado por: Devil Boy
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Ronin
Não esqueça que o feto só existe após a 8ª semana de gravidez... até mesmo a primeira divisão da célula embrionária só acontece 30 horas depois da fecundação.

E, eu disse "feto", mas se aplicaria a qualquer "amontoado de celulas", desde que a gravidez ja tenha comecado.

Mas é que pontuar assim o momento em que a criança possui "potencialidade moral", é arbitrário, e alguém que seja a favor do aborto pode simplesmente posicionar o surgimento desta potencialidade moral em outro momento... por exemplo, no surgimento do feto. Isto porque a questão de potencialidade moral é, entre tanto mais, vaga e subjetiva.

Na verdade, eu abandonei os outros criterios justamente porque considero todos eles arbitrarios e subjetivistas demais. Por que um feto com 3 meses e um "ser vivo" e um feto com 2 meses, 29 dias, 23 horas, 59 minutos e 59 segundos nao? =)

Acho que esse problema da arbitrariedade nao se aplica a ideia de "potencialidade moral", por uma regra logica bem simples:

Antes da implantacao do zigoto no utero, podemos afirmar, com toda a certeza, que ate que surja evidencia em contrario, o zigoto nunca sera nada alem de um "amontoado de celulas", isto e, nunca sera um individuo capaz de fazer juizos morais - o que caracteriza a especie humana. Logo, deduzimos que embrioes congelados em laboratorios ou aqueles que sao impedidos pela "pilula do dia seguinte" de se fixarem na parede do utero, nao tem direito nenhum.

Por outro lado, apos a implantacao no utero, em que comeca o processo normal de gestacao, podemos dizer que, ate que surja evidencia em contrario(como a descoberta de que o feto nao tem cerebro, por exemplo), o embriao possui a capacidade moral em potencial. Ate que se prove o contrario, ele um dia sera capaz de viver em sociedade.

Por que isso? Porque e o inicio da gestacao que garante a possibilidade de embriao se tornar futuramente um ser moral e racional. Antes desse evento, essa possibilidade simplesmente nao existe - como pode ser provado pelos embrioes que nao foram inseminados e, ate prova em contrario, jamais se desenvolverao.

Bizet
Veterano
# fev/09 · Editado por: Bizet
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1.a

2. Sou a favor.

Você disse sobre atividade neural... Eu não sou a favor do aborto quando não há atividade neural, mas quando não há um sistema nervoso central completo que torne o feto capaz de sentir dor (física ou não).

shoyoninja
Veterano
# fev/09
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Devil Boy

No caso da gravidez resultante de estupro, eu acho que a mulher que optar pelo aborto nao pode ser recriminada pelo ato em hipotese nenhuma. Por uma simples razao: ela foi coagida, o estuprador usou de violencia para forca-la a levar pica e eventualmente embuchar. Esta totalmente no direito dela nao prosseguir com a gravidez e nao assumir as consequencias da acao do pilantra.

Mas isso serviria para mudar o fato de que o feto e um individuo? Nem por um segundo. Ele continua preenchendo o requisito da potencialidade moral e, consequentemente, o aborto continua sendo homicidio. A questao agora passa a ser: se o aborto e um homicidio e a mae nao pode ser responsabilizada, quem seria entao o homicida nessa historia? O estuprador, oras.

Se um pai coloca um bebe no meio da rua para ser atropelado no exato momento em que passa um carro, somente ele proprio sera acusado pela morte do bebe. Jamais o motorista que atropelou, pois ele nao pode ser responsabilizado pelo desfecho abominavel. Seguindo essa analogia, o estuprador, e somente ele, responderia por dois crimes: o estupro e a morte do feto.


Se o feto é um idivíduo então as ações do pai ou da mãe nada tem a ver com ele, não pode ser condenado a morte nem pela decisão da mãe nem pelo crime cometido pelo pai. A partir do momento que você considera o feto um indivíduo não há como justificar o aborto.

E no exemplo que você deu, se o motorista tiver tempo para desviar, mas escolhe não fazê-lo, ele é igualmente responsável.

ZXC
Veterano
# fev/09
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Devil Boy

Não entendi a posição do "se é a favor do aborto é ruim"...Rothbard compactuava com minha premissa de que uma pessoa, tem o direito exclusivo ao seu próprio corpo e que mesmo que um embrião seja classificado como pessoa (ser humano com plenos direitos) não tem direito ao corpo de outra pessoa...ele falando é lindo, se eu o digo, sou uma completa insana?

Não acho aceitável que terceiros tenham o direito de interferir nas minhas escolhas e nem proibi-los, assim como não julgo-os culpado pelos mesmos. Como ser humano, considero-me responsável por todos os meus atos, mesmo os mais irresponsáveis, e responderei sempre por eles.

Mesmo dentro dessa minha linha de raciocínio, de liberdade e direito pleno sobre minha vida e meu corpo,votaria não a qualquer referendo, em plena coerência com os meus ideais, pois considero 10 ou 12 semanas (onde o embrião já se transformou em feto), muito tempo para um "erro",e não pelo fato de ser moral ou jurídicamente correto, nem para fazer parte do senso comum hipócrita e mentiroso, nem por nenhuma coerção externa, mas pelo meu próprio senso, pela minha própria moral e direito, que me é inato.

Para quem não sabe....a fecundação (encontro do óvulo com o espermatozóide) ocorre somente no fim da segunda semana do ciclo, A implantação (quando embrião "gruda" no útero) ocorre no fim da terceira semana, e é só na quinta semana, que inicia-se a formação propriamente dita. As mulheres, (exceto as hipócritas caçadoras de pensão claro), sabem que estão grávidas já na primeira semana, no máximo na segunda, pelas mudanças de seus corpos e toda a sintomologia que causa.

A fecundação artificial em proveta, que tem sido praticada com frequência no mundo todo, ou para casais sem filhos, ou por simples aproveitamento de tecidos, estão aí...são aproveitados os embriões e descartados os defeituosos e outros, pelo alto custo de seu congelamento. Na Inglaterra por exemplo, só são guardados por 5 anos...e depois são destruidos. Acho isso, igualmente criticável...e sobre isso,não vejo discussões ferrenhas.

Enfim...mesmo que o aborto não seja proibido, ainda assim, vai ser visto como um ato imoral, pois é a forma da sociedade impor, sem coação, os seus valores ditos morais, mesmo sendo eles hipócritas e mentirosos.

;)

Paul Young
Veterano
# fev/09
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Devil Boy
Dai pode-se inferir que nao e so a capacidade moral que nos define como seres humanos e como individuos, mas sim, a potencialidade dessa capacidade. O desdobramento logico disso e que a figura do individuo surge a partir do momento em que o ovulo fecundado pelo espermatozoide e implantado no utero e se inicia o processo de gestacao(a partir do qual o embriao passa a ser, para todos os efeitos e ate que surja evidencia em contrario, dotado de potencialidade moral) - e que, portanto, praticas abortivas sao imorais. Todas elas. Nao importa o estagio da gravidez.

Certo e errado, moral e imoral, são coisas relativas, variam de cultura pra cultura, de ser humano para ser humano, ou de ser humano para não ser mais humano.

Devil Boy
Veterano
# fev/09 · Editado por: Devil Boy
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shoyoninja
Se o feto é um idivíduo então as ações do pai ou da mãe nada tem a ver com ele, não pode ser condenado a morte nem pela decisão da mãe nem pelo crime cometido pelo pai.

O feto nao tem nada a ver com as acoes dos pais, mas nesse caso, a mae tambem nao tem nada a ver com o feto.

Se alguem e um individuo e tem o direito a vida, isso nao significa que outro alguem tem automaticamente a obrigacao de sustenta-lo. I mean, eu nao tenho o dever de dar de comida a todos os famintos e miseraveis que possivelmente chegarem na porta da minha casa pedindo.

E preciso que haja um nexo de responsabilidade de um individuo para com o outro. Caso contrario, nao existe tal obrigacao.

Nao creio que haja responsabilidade nenhuma por parte da mulher para com o "feto". Pode parecer meio cruel, mas acho que nesse caso, o feto deve ser considerado uma especie de "parasita", colocado no corpo da mulher por meio de uma agressao. Ela tem todo o direito de remover um invasor do seu corpo(sua propriedade, afinal), da mesma forma que eu tenho o direito de expulsar um invasor da minha casa. Se o invasor fatalmente vier a morrer depois de feito o procedimento medico, a culpa e de quem o colocou nessa situacao de invasor.

Agora o estuprador nao. Se tem alguem ai responsavel nessa historia, e ele. Acho que ele poderia ate dar algum incentivo financeiro para que a mulher reconsiderasse(e assim ele nao ser acusado do crime de homicidio), mas a decisao final seria totalmente dela.

E no exemplo que você deu, se o motorista tiver tempo para desviar, mas escolhe não fazê-lo, ele é igualmente responsável.

Sim, se ele tiver tempo de desviar, ele pode ser responsabilizado.

Mas a mulher, pelo simples fato de que foi estuprada, nao pode ser responsabilizada em momento ou hipotese alguma pela gravidez. E, portanto, nao pode ser obrigada legalmente a leva-la adiante, embora eu considere que seria uma atitude bela e louvavel da parte dela fazer isso.

Da mesma forma que seria igualmente belo e louvavel ela arrumar casa, comida e emprego para todos os mendigos que encontrasse na cidade. O ponto e: ela nao tem obrigacao legal alguma de fazer isso.

Devil Boy
Veterano
# fev/09
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ZXC
Não entendi a posição do "se é a favor do aborto é ruim"...Rothbard compactuava com minha premissa de que uma pessoa, tem o direito exclusivo ao seu próprio corpo e que mesmo que um embrião seja classificado como pessoa (ser humano com plenos direitos) não tem direito ao corpo de outra pessoa...ele falando é lindo, se eu o digo, sou uma completa insana?

Nao, Rothbard tambem era insano.

Devil Boy
Veterano
# fev/09 · Editado por: Devil Boy
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Paul Young
Certo e errado, moral e imoral, são coisas relativas, variam de cultura pra cultura, de ser humano para ser humano, ou de ser humano para não ser mais humano.

Eu acho que ja falei isso ate por aqui mesmo, mas eu nao acredito que "certo" e "errado" sejam conceitos relativos. Acho que sao conceitos objetivos, facilmente descobriveis pela razao.

A falha dos relativistas decorre da incapacidade de perceber que o relativismo, quando aplicado a um valor fundamental, p.ex., a "vida humana do seu semelhante", gera contradicoes que tornam impossivel a propria tentativa de relativizar esse valor.

O erro começa a partir de um vicio logico muito obvio: se tudo é relativo, entao o proprio relativismo e relativo e deve-se necessariamente aceitar a existencia de algo de absoluto.
Por outro lado, se alguem alegar que o relativismo nao pode ser objeto de relativismos, entao esse alguem tambem estaria aceitando a existencia de algo absoluto, segundo seus criterios pessoais - e, portanto, nem tudo seria relativo.

Admitir que alguem "matar individuos" deve ser permissivel dentro de uma certa cultura, mesmo que isso implique em impedir outras pessoas de "matar individuos" contradiz justamente a propria ideia de que "matar individuos" deve ser permissivel dentro dessa certa cultura. Isso e irracionalismo puro.

E acho que nao ha expressoes melhores do que "Bem" e "Mal" para definir o que estou tentando explicar aqui.

"Bem", por definicao, e a acao que pode ser praticada, i.e., uma acao moral. Em contrapartida, "Mal" seria o ato imoral, impraticavel. Na concepcao dos relativistas, esses conceitos de Bem(acao permissivel) e Mal(acao impermissivel) seriam relativos, variando de acordo com os costumes e crencas.

Sem precisar questionar a alegacao deles, poderiamos dizer que, se algo "relativamente bom" e aquilo que pode ser praticado por uma relativa pessoa em um relativo lugar e epoca, entao algo "absolutamente bom" e aquilo que pode ser praticado em ambito universal, independentemente da pessoa, epoca ou local, como a acao de "respeitar os outros individuos". O mesmo raciocinio se aplica a "absolutamente mau", que incluiria a acao de "matar individuos".

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