Como será o mundo daqui a 14 anos - by C.I.A.

Autor Mensagem
Rock Charles
Veterano
# nov/06


A CIA (USA Central Intelligence Agency, em inglês, Agência Central de Inteligência dos EUA) foi criada em 1947, pelo então presidente Harry S. Truman, por meio da assinatura do Ato de Segurança Nacional. Pode-se imaginar, portanto, que sua vocação seja a de detentora de uma visão de mundo muito relacionada ao contexto de Guerra Fria, com informantes recolhendo dados sigilosamente e zelando pela famigerada "segurança nacional", em nome da qual o país mandou e desmandou tropas armadas a países em nome de seus interesses. E é crendo que ela se mantém fiel a essa vocação que deve ser lido O relatório da CIA - Como será o mundo em 2020, lançado pela -Editora Ediouro, com apresentação de Demétrio Magnoli e introdução à edição brasileira de Heródoto Barbeiro.

Mais do que fornecer uma visão aprofundada do presente - o relatório dá, por exemplo, pouca importância à América Latina - o intuito parece ser, como o próprio título sugere, esboçar uma visão geral de como será o mundo daqui a 14 anos. E, de acordo com a CIA, ele estará sob a hegemonia, claro, ou dos Estados Unidos, para quem parece que a doutrina Monroe ("A América para os americanos" - do norte) não acabou, ou de outras duas grandes potências em ascensão exaustivamente citadas ao longo do relatório: Índia e China. São esses os três possíveis protagonistas dos cenários que estão para aparecer.

Quanto aos cenários, o relatório apresenta quatro simulações de futuro que são, como a própria introdução de Heródoto aponta, a caricatura exagerada das estratégias originais de George W. Bush (no cenário denominado pelo relatório de "Pax Americana") e de Bill Clinton (na visão de futuro intitulada "Mundo de Davos"). Há ainda um terceiro cenário, chamado de "Novo Califado", no qual Osama Bin Laden teria papel crucial e o "Ciclo do Medo", que seria nada mais que uma resposta à multipolaridade defendida pelos franceses Hubert Védrine (ex-ministro socialista) e Dominique de Villepin (atual primeiro-ministro), como explica o jornalista-historiador Barbeiro em sua introdução. Esses dois últimos são os cenários mais pessimistas e, por que não, aqueles em que a CIA deixa mais claras as intenções estadunidenses quanto à sua política internacional. As descrições são complementadas com cartas fictícias e simulações de conversas que, se por um lado ajudam o leitor pelo tom didático, por outro pecam pelo tom um tanto quanto infantil. Daí a pergunta: será possível acreditar na seriedade de tais previsões?

Seja qual for a resposta, alguns dados da publicação saltam à vista. Além de prever a possibilidade de o Brasil ser uma potência, a Agência afirma que a tendência até 2020, com ou sem governo do PT, é a de aprofundamento da privatização da infra-estrutura do País. Globalmente, a previsão é de que política e da economia se distanciem mais ainda, tanto pelo retraimento do Estado quanto pelo desenvolvimento de atividades mais ligadas aos setores privados. O que talvez faça sentido sob certa concepção de mundo mas, a julgar pelo populismo latino-americano nascente, pode demorar até mais. O que nos faz lembrar que todo exercício de futurologia é, digamos assim, nada mais que um exercício.

São os dados relativos à produção bélica norte-americana, contudo, apresentados na introdução à edição, os que mais saltam aos olhos. Segundo o relatório, o departamento de contabilidade do governo afirma que os gastos com defesa dos EUA se igualam aos US$ 500 bilhões de déficit comercial do país (nos anos fiscais de 2006 e 2007). Isso equivale aos gastos de defesa de todos os outros países do mundo. Para se ter uma idéia, a China gasta US$ 50 bilhões e o Reino Unido, US$ 47 bilhões. Com aliados, os EUA despendem dois terços dos gastos totais de defesa do mundo. De acordo com o Instituto de Pesquisa para a Paz Internacional, em Estocolmo, boa parte desse incremento de 41%, ocorrido entre 99 e 2004, aconteceu após o 11 de setembro de 2001. Hoje, o orçamento total dos EUA gira em torno de US$ 300 bilhões. Um desempenho bastante agressivo se considerarmos que cifras de governos como os de Eisenhower e Kennedy já impressionavam, com nada menos que 10% do PIB do país voltado para sua defesa. E os gastos prometem não parar por aí: em 2007 os EUA pretendem gastar US$ 439 bilhões em orçamento bélico.

O restante do relatório volta-se para temas como o futuro do Oriente Médio, o chamado populismo Latino-Americano (considerado, como era de se esperar, um problema para a economia dos países sob esses governos), globalização, petróleo e outras fontes de energia, biotecnologia e biomedicina. De todos esses temas, extrai-se que o futuro é agora. Ao menos no que concerne à vocação protecionista norte-americana, que permanece inalterada. Bem como o fato de a distância entre ricos e pobres aumentar, do número de idosos crescer, de não haver terceira guerra mundial e de que a vez da Ásia vai chegar. Essa afirmação é alimentada pela previsão de que os Produtos Internos Brutos (PIBs) da China e da Índia superem, respectivamente, os de todas as potências ocidentais (exceto EUA, claro) e européias. A economia mundial vai crescer, mas a riqueza permanecerá acumulada em poucas mãos, já que "grandes bolsões de pobreza continuarão a existir, mesmo nos países considerados 'vencedores'".

Assim, se em parte não apresenta novidades, sob certo olhar o relatório pode ser um exercício divertido de futurologia geopolítica. Há, por exemplo, previsões dignas de discussões acaloradas, como a da obsolescência da ONU e das instituições financeiras internacionais criadas após a Segunda Guerra Mundial (boa parte delas com destinos muito influenciados pelos EUA). Mas é preciso manter certo distanciamento. Afinal de contas, a frase mais empregada ao longo de todo o relatório é: "Os EUA ainda estão numa posição de conservar sua liderança geral". Como o próprio Heródoto Barbeiro lembra em seu prefácio: "A concepção darwinista é muito forte na sociedade norte-americana, pois ela acredita que o mundo tem de ficar nas mãos dos mais qualificados e dotados por Deus para exercer essa liderança". Parece que os estadunidenses não têm dúvidas, nem hoje nem em 2020, de que tais escolhidos, claro, só podem ser eles.

FONTE

Duvideiro
Veterano
# nov/06
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por isso que digo que o Brasil será crucial...

snowwhite
Veterano
# nov/06
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Ai...não. Agora sim a ingenuidade vai criar asas e voar...

snowwhite
Veterano
# nov/06
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Duvideiro
por isso que digo que o Brasil será crucial...


HAUHAUSHUAHSUAHUASH


Crucial para que?

cao fofo
Veterano
# nov/06
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se vc posta isso meio dia eu ia ler tudim, mas agora nao

Duvideiro
Veterano
# nov/06
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snowwhite
pelo nióbio

Duvideiro
Veterano
# nov/06
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snowwhite
alguma vez ja ouviu falar?

snowwhite
Veterano
# nov/06
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Duvideiro
pelo nióbio

ah...claro...sim

snowwhite
Veterano
# nov/06
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Duvideiro
alguma vez ja ouviu falar?


Que vem a ser isso?

Rock Charles
Veterano
# nov/06
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snowwhite

Ai...não. Agora sim a ingenuidade vai criar asas e voar...

isso mesmo. A velha história de acreditar em tudo que le só porque está impresso em algum lugar. Eu não levo fé em mais da metade dessa porcaria aí...

Duvideiro
Veterano
# nov/06
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Rock Charles
ela se referia a mim

Rock Charles
Veterano
# nov/06
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Duvideiro

nem por isso deixa de servir para o tópico em si...

Midgard
Veterano
# nov/06
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Soh espero q o Iron Maiden esteja na ativa \m/

snowwhite
Veterano
# nov/06
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Rock Charles
isso mesmo. A velha história de acreditar em tudo que le só porque está impresso em algum lugar. Eu não levo fé em mais da metade dessa porcaria aí...


E porcaria de Brasil do Futuro nenhuma.



Duvideiro
ela se referia a mim


Não. Quem disse? A todos que se iludem com essa conversa gasta há décadas.

snowwhite
Veterano
# nov/06
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Rock Charles
nem por isso deixa de servir para o tópico em si...


Claro...e nem me referi a ele não...=)

Midgard
Soh espero q o Iron Maiden esteja na ativa \m/

\m/

Duvideiro
Veterano
# nov/06
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Rock Charles
concordo..

snowwhite
me desculpa, entao. Erro de interpretação

snowwhite
Veterano
# nov/06
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Duvideiro
me desculpa, entao. Erro de interpretação


=)

Rock Charles
Veterano
# nov/06
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Midgard

Soh espero q o Iron Maiden esteja na ativa \m/

Velhon Maiden?

gsprs
Veterano
# nov/06
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Nós não vamos pagar nada lá lá lá
Nós não vamos pagar nada lá lá lá
É tudo free.. \m/

Rock Charles
Veterano
# nov/06
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snowwhite

E porcaria de Brasil do Futuro nenhuma.

De fato não é. Mas poderia ser, não fossem inúmeros detalhes.

Midgard
Veterano
# nov/06
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snowwhite

\m/

Rock Charles

Iron \o\o\o\ melhor banda \o/

Rock Charles
Veterano
# nov/06
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Midgard

Iron \o\o\o\ melhor banda \o/

mas tocando com andador é foda...

Midgard
Veterano
# nov/06
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Rock Charles

???? nom entendi =/

Rock Charles
Veterano
# nov/06
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Midgard

???? nom entendi =/

hhuehuehue, imagine o Bruce cantando assim...

Midgard
Veterano
# nov/06
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Rock Charles

mas ele conseguira \m/

Rock Charles
Veterano
# nov/06
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Midgard

mas ele conseguira \m/

\o/

não caindo do coqueiro já tá susse!

Pardal
Veterano
# nov/06
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Acho esse relatório um impropério à inteligência... acho que esles são muito tendenciosos. Sempre foram...

Índio_DT
Veterano
# nov/06
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Não sei...só sei que terei 32 anos e serei um "coroa" enxuto

joe_harris
Veterano
# nov/06
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Midgard
Soh espero q o Iron Maiden esteja na ativa \m/
\m/com certeza..

Midgard
Veterano
# nov/06
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joe_harris
Rock Charles

\m/

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